1. O Benfica continua sem jogar nada. Futebol é mentira... Camacho irrita-se até se lhe disserem que está despenteado. Sou da opinião de que devia estar mais preocupado com o pouco futebol da equipa do que com jornalistas. Insiste nos dois médios-defensivos e agora adapta jogadores como se não houvesse amanhã... Nuno Assis continua a não ser opção; Gilles Binya, sim. É com força, com agressividade, com músculo que Camacho quer ganhar jogos?
2. Luisão cometeu um dos penaltys mais estúpidos de que me lembro. A sério, aquele lance demonstra tudo o que ele é: pouco ágil, lento, e com menos neurónios a funcionar que um doente em coma. Valeu-lhe a vista grossa do árbitro. A bola vai para a linha de fundo; a equipa do Leiria está recuada. João Paulo, que não é rápido, ganha a posição e chegaria, certamente, primeiro à bola do que o central brasileiro. Mas, além da recuperação de bola, os leirienses não tirariam outro proveito do lance. Luisão, talvez indignado por lhe terem postos as debilidades a nu, resolveu disputar o lance com ferocidade. Esqueceu-se que, entretanto, passava pela grande área. Resumindo: para ganhar uma bola inútil, arriscou disputar um lance na área e fez penalty. Ninguém tem o número do Dunga? Gostava de saber se, pagando mais do que o Luisão, ele também me convoca para a selecção.
3. Binya é mau. "Quem?" - pergunta o leitor distraído. Bynia, o novo médio-centro camaronês do Benfica. Há quem diga que também é jogador de futebol, mas aguardo confirmação. Corre que se farta, é certo. Também bate nos outros, o que é capaz de intimidar. E aquele cabelo é sempre significado de um talento à solta. Só é pena é pensar menos que o Luisão. Aliás, imagino que no balneário estes dois se engatem várias vezes à porrada e digam coisas como: "Esse neurónio é meu, pá!" Agora a sério, o rapaz tem vontade. Mas com vontade há muita gente. Eu sei que sou um bocado esquisito, mas numa equipa de futebol gosto que haja jogadores de futebol. Tem uma virtude: consegue fazer lançamentos de lateral muito longos. É pena é que o futebol se jogue com os pés e se pense com a cabeça. Se por algum azar, contudo, o futebol passar a ser um jogo em que ganha aquele que atirar mais longe a bola com os braços, hei-de lembrar-me deste tipo.
4. Rui Costa começa a abrandar de ritmo. Depois de ter começado a época em grande, parece mais desgastado e está menos em jogo. A sua posição no terreno terá muito a ver com isto. Mas terá ainda mais a ver, com certeza, com a qualidade dos colegas de sector. Deve custar muito a alguém como ele ter de jogar com alguém como o Binya quando está o Nuno Assis no banco. Imagino até que, durante muitas vezes, Rui Costa tem vontade de fazer um passe a rasgar para o banco de suplentes.
5. Podem dizer: "O Porto também não está a jogar nada." Sim, podem. Sou o primeiro a dizê-lo, até. Mas uma coisa é certa: sem um futebol agradável, sem jogar em apoios, ainda que efectuando transições demasiado rápidas, ainda que com processos pouco elaborados, a equipa está devidamente organizada. E a organização táctica é meio caminho para a equipa produzir bom futebol. E, nisso, o Porto está a quilómetros do Benfica...
2. Luisão cometeu um dos penaltys mais estúpidos de que me lembro. A sério, aquele lance demonstra tudo o que ele é: pouco ágil, lento, e com menos neurónios a funcionar que um doente em coma. Valeu-lhe a vista grossa do árbitro. A bola vai para a linha de fundo; a equipa do Leiria está recuada. João Paulo, que não é rápido, ganha a posição e chegaria, certamente, primeiro à bola do que o central brasileiro. Mas, além da recuperação de bola, os leirienses não tirariam outro proveito do lance. Luisão, talvez indignado por lhe terem postos as debilidades a nu, resolveu disputar o lance com ferocidade. Esqueceu-se que, entretanto, passava pela grande área. Resumindo: para ganhar uma bola inútil, arriscou disputar um lance na área e fez penalty. Ninguém tem o número do Dunga? Gostava de saber se, pagando mais do que o Luisão, ele também me convoca para a selecção.
3. Binya é mau. "Quem?" - pergunta o leitor distraído. Bynia, o novo médio-centro camaronês do Benfica. Há quem diga que também é jogador de futebol, mas aguardo confirmação. Corre que se farta, é certo. Também bate nos outros, o que é capaz de intimidar. E aquele cabelo é sempre significado de um talento à solta. Só é pena é pensar menos que o Luisão. Aliás, imagino que no balneário estes dois se engatem várias vezes à porrada e digam coisas como: "Esse neurónio é meu, pá!" Agora a sério, o rapaz tem vontade. Mas com vontade há muita gente. Eu sei que sou um bocado esquisito, mas numa equipa de futebol gosto que haja jogadores de futebol. Tem uma virtude: consegue fazer lançamentos de lateral muito longos. É pena é que o futebol se jogue com os pés e se pense com a cabeça. Se por algum azar, contudo, o futebol passar a ser um jogo em que ganha aquele que atirar mais longe a bola com os braços, hei-de lembrar-me deste tipo.
4. Rui Costa começa a abrandar de ritmo. Depois de ter começado a época em grande, parece mais desgastado e está menos em jogo. A sua posição no terreno terá muito a ver com isto. Mas terá ainda mais a ver, com certeza, com a qualidade dos colegas de sector. Deve custar muito a alguém como ele ter de jogar com alguém como o Binya quando está o Nuno Assis no banco. Imagino até que, durante muitas vezes, Rui Costa tem vontade de fazer um passe a rasgar para o banco de suplentes.
5. Podem dizer: "O Porto também não está a jogar nada." Sim, podem. Sou o primeiro a dizê-lo, até. Mas uma coisa é certa: sem um futebol agradável, sem jogar em apoios, ainda que efectuando transições demasiado rápidas, ainda que com processos pouco elaborados, a equipa está devidamente organizada. E a organização táctica é meio caminho para a equipa produzir bom futebol. E, nisso, o Porto está a quilómetros do Benfica...