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Capa que expôs o PSDB nas bancas do país |
Como as acusações de corrupção e outras irregularidades contra os governos estaduais do PSDB em São Paulo estão repercutindo até
lá na Alemanha, a "grande" imprensa brasileira bem que hesitou, mas não teve como esconder o megaescândalo de seus adorados tucanos. A revista
IstoÉ foi a primeira a dar destaque como matéria de capa (
leia aqui), resumindo que "em troca de imunidade civil e criminal para si e seus executivos, a empresa [Siemens] revelou como ela e outras companhias se articularam na formação de cartéis para avançar sobre licitações públicas na área de transporte sobre trilhos" e que isso "lançou luz sobre um milionário propinoduto mantido há quase 20 anos por sucessivos governos do PSDB em São Paulo para desviar dinheiro das obras do Metrô e dos trens metropolitanos".
Em resumo, segundo a publicação, "desde que foram feitas as primeiras investigações, tanto na Europa quanto no Brasil, as empresas envolvidas continuaram a vencer licitações e a assinar contratos com o governo do PSDB em São Paulo. O Ministério Público da Suíça identificou pagamentos a personagens relacionados ao PSDB realizados pela francesa Alstom – que compete com a Siemens na área de maquinários de transporte e energia – em contrapartida a contratos obtidos. Somente o Ministério Público de São Paulo abriu 15 inquéritos sobre o tema." Com base nos inquéritos, a revista observou ainda que "só em contratos com os governos comandados pelo PSDB em São Paulo, duas importantes integrantes do cartel apurado pelo Cade, Siemens e Alstom, faturaram juntas até 2008 R$ 12,6 bilhões."
Sem saída, os jornalões, tradicionalmente preocupados em poupar os peessedebistas (vide silêncio orquestrado e constrangedor no
episódio Privataria Tucana), se viram na saia justa de também ter que noticiar o escândalo internacional. Mas, claro, fazendo ginásticas para amenizar ou evitar dar nome aos bois - ou ao partido envolvido. O
Estadão deu uma primeira materinha (leia a
versão online aqui) citando o PSDB somente na última frase do pé do texto. E, até hoje, a versão impressa do jornal dos Mesquita não deu manchete de capa sobre o assunto. Já a
Folha, da família Frias, noticiou pela primeira vez de forma ainda mais generosa (
leia aqui), sem citar uma única vez nem o PSDB nem Covas, Serra ou Alckmin. Hoje, dez dias após a publicação gritante da
IstoÉ, cuja capa expôs o "tucanato paulista" nas bancas de todo o país, a
Folha de S.Paulo se dignou a dar uma manchete sobre o caso.
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'Mensalão mineiro': saída para 'do PSDB' |
Porém, a notícia bombástica de que a "multinacional alemã Siemens apresentou às autoridades brasileiras documentos nos quais afirma que o governo de São Paulo soube e deu aval à formação de um cartel para licitações de obras do metrô no Estado" (acesse
a versão online aqui) aparece na capa da
Folha sob a manchete "
Governo paulista deu aval a cartel do metrô, diz Siemens" (o grifo é nosso). Ou seja, o mesmo expediente de quando se veem obrigados a noticiar o
Mensalão do PSDB, como já observou o Glauco
aqui nesse post: escondem o nome do partido e usam "mensalão mineiro" nos títulos e manchetes - como exemplo,
clique aqui para ver materinha sobre mais esse assunto espinhoso ao PSDB publicada pela mesma
Folha de S.Paulo. Aliás, a artimanha "mensalão mineiro" já foi utilizada em uma capa da mesma revista
IstoÉ que agora decidiu escancarar os termos explícitos "propinoduto do tucanato" e expor as caras de Covas, Serra e Alckmin nas bancas (
certa música dos Titãs comentaria: "Alguma coisa aconteceu/ Inevitável, acidente...").
É óbvio que, se o partido fosse outro, a manchete diria que o aval para o cartel teria sido dado pelo "governo do PT", "governo petista", "governo Lula", "governo Dilma" etc. Como eu já disse
aqui, é dessa forma que se constroem "bandidos" e "mocinhos" para o público consumidor de informações. Ou, como já dizia
Malcom X, "se você não for cuidadoso, os jornais farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas - e amar as pessoas que estão oprimindo." E é curioso como essa frase se aplica perfeitamente à notícia publicada ontem pelo
Estadão: "
Alckmin rebate críticas de Dilma e cobra investimentos federais em metrô"...
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Só no 'Dia de São Nunca' essa manchete diria 'Governo DO PSDB deu aval a cartel...' |
PÓS SCRITPTUM - Tava demorando: a mesma
Folha de S.Paulo, agora, já cumpre o habitual papel de "assessoria de imprensa" tucana e, impossibilitada de rotular o caso de
"trololó petista", denuncia que o megaescândalo envolvendo o PSDB (farto de provas no Brasil e no exterior) não passa, na verdade, de um "trololó Cadista"...
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Os jornalões nunca dizem que tem alguém querendo 'prejudicar' quando o rolo é do PT |