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Destaques
quinta-feira, setembro 24, 2015
O cúmulo do escárnio
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terça-feira, maio 31, 2011
Projeto Cidade Suja
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Tenho ouvido muitas pessoas reclamarem da limpeza urbana da cidade de São Paulo. Gente da Zona Leste, Centro, Zona Sul, enfim, de todo canto, tem observado o acúmulo de sujeira pelas ruas e espaços públicos. Agora há pouco, no curto trajeto que percorro entre a casa e o trabalho, umas oito ou nove quadras, resolvi fotografar o desleixo em vias como a rua Teodoro Sampaio e avenidas Henrique Schaumann e Brasil (as imagens ilustram o post). Faço esse caminho há quase um mês e posso assegurar que o lixo permaneceu intacto todo esse período. E olha que esse bairro da Zona Oeste, Pinheiros, é considerado um dos mais "nobres" da cidade. Por aí, dá pra imaginar como está a situação na periferia.
Numa rápida olhada pela internet, descobri que, há um ano, a Prefeitura já admitia que o serviço de limpeza, terceirizado, é falho e que tinha dificuldades para fiscalizá-lo. Na época, o secretário municipal de Serviços, Alexandre de Moraes, dizia que, quando problemas eram detectados, as empresas contratadas procuravam se eximir, empurrando a responsabilidade umas para as outras. O nó da questão, na verdade, parecia ser financeiro: em agosto de 2009, depois de anunciar um corte de 20% no Orçamento da varrição, o prefeito Gilberto Kassab (DEM ou PSD, sei lá) voltou atrás, mas com a condição de que os contratos com as empresas não seriam reajustados.
A ideia era reduzir em até 9% os gastos com varrição, que em 2009 foram de R$ 348 milhões. O resultado está aí, nas ruas. Agora, neste mês, a Prefeitura anuncia mais um plano mirabolante para tentar resolver um serviço tão básico para a população. Segundo a Rádio CBN, Kassab "planeja mudar todo o modelo de contrato e fiscalização da limpeza urbana na cidade de São Paulo". Para isso, mandou contratar uma empresa de consultoria, por R$ 37 milhões, que terá três anos para "elaborar o projeto" (até lá, salve-se - da sujeira - quem puder!). Em resumo: Kassab fez uma economia porca de mais ou menos R$ 30 milhões e agora gasta R$ 37 milhões com uma consultoria, para resolver a bagunça que criou. E o lixo está aí, do mesmo jeito.
O comentarista da rádio observou: "É incrível como se planeja, como se contrata consultorias, como se contrata empresas para pensar o que vai acontecer. E nunca se ouve quando esses planos estão sendo implantados na cidade. Esse projeto do lixo já deveria ter sido implantado há cinco, seis anos na cidade de São Paulo". Segundo ele, na gestão de José Serra (PSDB), as metas do contrato firmado por Marta Suplicy (PT) com duas grandes empresas responsáveis pela limpeza urbana foram ampliadas mas, como consequência negativa, muitos dos resultados que estavam previstos para agora foram jogados mais para a frente. Ou seja: mais jogo de empurra-empurra.
Enquanto isso, a gestão de Kassab continua lucrando horrores com as multas do Projeto Cidade Limpa. Para o prefeito, a poluição visual é pior que a sujeira nas ruas. Ou, talvez, o intuito seja esse mesmo: deixar a cidade bem suja, assim, quando os eternos problemas de enchente acontecem, todo início de ano, ele pode botar a culpa na população, que é porca e entope bueiros e bocas-de-lobo com lixo, impedindo o fluxo das águas. Como disse minha filha Liz, de 9 anos, é o Projeto Sujeira Limpa: o lixo fica livre para sujar à vontade. Na maior e mais rica cidade da América do Sul...
domingo, maio 15, 2011
Cinco anos dos Crimes de Maio: 'obra' de Alckmin
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Há exatos cinco anos, uma série de ataques atribuídos a uma facção criminosa denominada Primeiro Comando da Capital (PCC) assolou o Estado de São Paulo, escancarando, para o Brasil e o mundo, a suprema incompetência, descontrole e omissão do governo do Estado mais rico da federação com a segurança pública. Pior do que isso: para responder aos ataques e tentar acalmar a população apavorada, o poder público paulista mandou sua Polícia Militar às regiões periféricas e mais pobres da capital para assassinar no mínimo 493 pessoas, A ESMO, sendo a imensa maioria delas, mais de 400 jovens, executados sumariamente - segundo o Movimento Mães de Maio (na foto, uma de suas inúmeras manifestações, com fotos dos mortos, sempre ignoradas pelo governo estadual).
Esse impressionante contingente de quatro centenas de pessoas pobres, negras e indefesas não tinha sequer passagens pela polícia, nem qualquer indício de envolvimento com crimes ou práticas ilegais. Morreram justamente porque eram pretos e pobres, assim como os 111 presos mortos pela mesma Polícia Militar paulista no vergonhoso massacre do presídio Carandiru, em 2 de outubro de 1992. Vale a pena reler a matéria que a Revista Fórum publicou sobre os Crimes de Maio de 2006 (a íntegra aqui).Naquele início de 2006, até pouco antes dos ataques, o governador - e verdadeiro responsável pelo descaso com a segurança pública, o crescimento das organizações criminosas e o assassinato de quase 500 pessoas pelo poder público - era Geraldo Alckmin (PSDB), que deixou o cargo para disputar as eleições presidenciais - por isso, seu vice, Cláudio Lembo, era o governador especificamente no mês dos ataques (mas é óbvio que a situação ficou caótica sob o governo do titular da pasta, não do vice).
Alckmin é esse mesmo que passou a ocupar novamente, a partir de janeiro deste ano, o posto de governador. Exatamente por isso, cinco anos após a tragédia, o governo estadual tucano não mexe uma palha para investigar os crimes que praticou. Sempre que é abordado sobre os Crimes de Maio de 2006, Alckmin se acovarda e foge, como mostra esse vídeo aqui:
Nota-se que a coragem de questioná-lo partiu de uma equipe estrangeira, pois a chamada "grande imprensa" paulista e brasileira (que, de grande, só tem o poder econômico) continua dócil e inofensiva ao PSDB. Ninguém citou Alckmin nas matérias sobre os cinco anos dos ataques e dos assassinatos. Ninguém deu - e nem dará - nome aos bois, ou melhor, ao boi.
"Somos centenas de mães, familiares e amigos que tivemos nossos entes queridos assassinados covardemente e até hoje seguimos sem qualquer satisfação por parte do estado: os casos permanecem arquivados sem investigação correta para busca da verdade dos fatos, sem Julgamentos dos verdadeiros culpados (os agentes do estado) sem qualquer proteção, indenização ou reparação. Um estado que ainda insiste em nos sequestrar também o sentimento de justiça", dizia texto divulgado pelo Movimento Mães de Maio em 2009.
Neste mês, um relatório apontou como causas principais dos ataques de maio de 2006 a corrupção policial contra membros do PCC, a falta de integração dos aparatos repressivos do estado e a transferência que uniu 765 chefes da facção criminosa, às vésperas do Dia das Mães de 2006, numa prisão de Presidente Venceslau (SP). Corrupção, falta de controle e decisões equivocadas. Esse deveria ser o verdadeiro slogan do PSDB paulista, em vez de "gestão, planejamento e eficiência", como gostam de alardear.
Federalização do caso
O estudo de quase 250 páginas foi produzido pela ONG de defesa de direitos humanos Justiça Global e pela Clínica Internacional de Direitos Humanos da Faculdade de Direito de Harvard, dos Estados Unidos. Ao esmiuçar os 493 homicídios ocorridos no Estado de 12 a 20 de maio de 2006, o estudo viu "indícios da participação de policiais em 122 execuções", além de discrepância na elucidação desses casos em relação aos que vitimaram 43 agentes públicos. Por conta disso, propõe a federalização da investigação. Assim, talvez haja alguma esperança de Justiça para as mães e parentes das vítimas da Polícia Militar paulista.
Porém, o que mais preocupa é que a inoperância do governo estadual tucano continua. Em cinco anos, NADA mudou na caótica segurança público do estado, e todos sabem, veladamente, que quem comanda os presídios paulistas é o PCC. "Passados cinco anos, nossa pesquisa indica que não foram construídos mecanismos eficazes, consistentes de superação e de enfrentamento para essa situação", afirma Sandra Carvalho, diretora da Justiça Global. É preciso insistir neste assunto. Sempre.
sexta-feira, maio 06, 2011
Oba! Agora a gente já pode passar raiva antecipadamente!
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Metrô de São Paulo: tudo funcionando na mais perfeita ordem, na mais santa paz
A materinha do Estadão é tão inacreditável, mas TÃO inacreditável, que prefiro reproduzir o título e o início antes de qualquer comentário:
Metrô de SP vai avisar usuários sobre panes via SMS
A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) vai começar a enviar no próximo mês mensagens de celular para alertar passageiros sobre problemas nas linhas, incluindo trechos onde trens operam com velocidade reduzida ou mesmo interrupção do funcionamento. O conteúdo será "personalizado": cada usuário vai receber apenas informações referentes às linhas e estações que estão em seu caminho. O cadastro para receber SMSs começa hoje.
Tradução: reconhecendo que é INCAPAZ de diminuir as panes no Metrô, e muito menos de evitá-las, o (des)Governo de São Paulo joga a toalha e prefere desenvolver um sistema para avisar a MERDA pelo celular de cada usu(ot)ário, como quem diz: "Olhaí, eu tô avisando! Depois não vem reclamar!".
Imaginem se fosse um governo do PT, o tiroteio que a mídia não ia promover contra esse novo serviço de "utilidade" pública...
E eu sempre me surpreendo com a arrebatadora capacidade de "gestão, planejamento e eficiência" do PSDB. Impressionante!
quarta-feira, fevereiro 03, 2010
Bomba!
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