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Destaques
segunda-feira, abril 22, 2013
PSDB já estuda impedir o São Paulo de jogar de vermelho
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sexta-feira, março 25, 2011
Neymar, Pelé e PV
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Na noite de quinta-feira, 24, líderes de oposição interna do PV reuniram-se na zona leste de São Paulo. Em jogo, o lançamento da "Transição Democrática", um movimento por mais abertura e menos controle da legenda por parte de José Luiz de França Penna (SP), deputado federal e presidente nacional dos Verdes desde 1999, e outras figuras, como José Sarney Filho (MA).
O motivo da celeuma ocoreu em reunião da executiva nacional, a primeira desde o fim do processo eleitoral, em que Marina abocanhou 20% dos votos no primeiro turno da corrida ao Palácio do Planalto. O quase vitalício mandatário do PV aprovou, por sugestão de Zequinha Sarney, uma determinação de esticar seu breve mandato por "até" um ano. No período, seria conduzida uma série de seminários e uma convenção nacional para debater (ou encontrar) os rumos da agremiação.
Parece que a manobra fez cair uma ficha para Marina, Sirkis e cia., a de que algumas lideranças resistem a mudanças na legenda que levam a perdas de poder de influência e caminham para um destino incerto. O próprio Penna atribui o "vendaval" a um "surto de partido grande", sugerindo que o tamanho real dos Verdes é médio e sem homogeneidade nacional.
Ao que interessa
O fato é que a turma estava animada com a movimentação de gente (partido?) grande, propondo democracia e renovação programática. Tudo em um contexto de aproveitar a "explosão" da militância pró-Marina em 2010, e coisa e tal. Boa parte deles evitava o tom separatista a todo custo, fazendo até elogios ao que foi produzido pelo grupo de Penna.
O auge foi cunhado pelo deputado federal Guilherme Mussi (SP). Primeiro, ele disse sentir "vergonha alheia" por certos companheiros que estariam até esboçando um movimento "sai, Marina", paródia do "Vem, Marina" de 2009. Depois, amortizou.
Mussi declarou que os dirigentes que agora pareciam resistir a mudanças foram importantes e fizeram muito pelo partido, mas era hora de mudar, renovar, arejar. E chegamos finalmente à metáfora com futebol que justifica o título deste post: "É como se, na Copa de 2014, o Pelé quisesse jogar na seleção no lugar do Neymar. Não queremos negar que ele contribuiu bastante, mas o momento é outro".
Pelé não foi localizado para se manifestar a respeito da comparação.
quarta-feira, novembro 25, 2009
Como entender as respostas escatológicas de Gabeira e Juca Ferreira
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Na terça-feira, 24, a Folha de S.Paulo publicou denúncia de que deputados envolvidos em campanhas eleitorais (como candidatos ou articuladores) teriam usado a verba indenizatória da Câmara dos Deputados para custear a ação política pessoal visando ao pleito.
– O meu carro, se me permite a expressão, não há cu de peruano que aguente. Os caras andavam comigo em um Gol, não dava para colocar quatro pessoas
A menção às terminações do sistema digestivo do país governado por Alan Garcia parece ser mais comum no Rio de Janeiro do que em São Paulo. Mas mesmo assim, não consigo entender a relação com um carro pequeno de cinco lugares ocupado por quatro pessoas. Como assim?
Foto: Divulgação Ministério da Cultura
Eis que outro integrante do PV, o ministro da Cultura Juca Ferreira, apostou em outra resposta que beira a escatologia.
Deputados da oposição tentaram transformar uma audiência sobre o Vale-Cultura (análogo ao vale-refeição que dá acesso a teatro, cinema, livros etc.) em um palanque de críticas ao governo. Tudo por causa de um folder com os nomes dos parlamentares que apoiam a iniciativa do Ministério.
Juca acusou a imprensa e a oposição de mentirosos:
– Meu pinto, meu estômago, meu coração e meu cérebro são uma linha só. Não são fragmentados. Fui desrespeitado pela imprensa que reverberou sem investigar e por dois ou três deputados – disparou. – Não acredito em pessoas que não têm capacidade de se indignar. Vocês (jornalistas) recebem (dinheiro) para escrever mentira – acusou.
Embora eu não consiga (nem tente) entender bem como usar todos os órgãos em uma mesma linha – a não ser, talvez, numa parrilla argentina – até posso vislumbrar a indignação do ministro da Cultura por ver um momento crucial da tramitação do Vale Cultura na Câmara se diluir em um debate paralelo (ou uma lambança, dependendo do ponto de vista).
Em 1989, o então candidato a Presidência da República, Fernando Collor de Mello, mencionou, em um comício, que tinha "aquilo roxo", afirmando sua própria masculinidade em alguma relação obscura e que é melhor não imaginar entre as duas coisas.
Houve caso recente de bate-boca entre parlamentares com citações a "merda" (ou "de merda", para ser preciso).
Mas como explicar a sequência de escatologias no mundo da política?
quinta-feira, agosto 20, 2009
Marina Silva rumo ao PV e as pesquisas
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Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Até dia 1º de outubro, todo mundo que quiser ser candidato em 2010 precisa estar devidamente filiado a um partido político. Então, resta pouco tempo para todas as articulações e mudanças de domicílio eleitoral estejam concluídas, do contrário, não tem candidatura.
Marina Silva anunciou que deixaria o PT e negocia com o PV um "saneamento" geral. Não, isso nada tem a ver com José Sarney Filho, ex-ministro do Meio Ambiente, filiado aos verdes e ao presidente do Senado. Nem é um trocadilho. Tem a ver com criar um conteúdo programático para a legenda.
Ações além do discurso foi justamente o que o deputado estadual Major Olímpio apontou como motivo para sair do mesmo PV atirando. Ele tem certeza de que a legenda vai fazer campanha para José Serra (PSDB-SP) ao Planalto em 2010, assim como fizeram em 2006 apesar de ter candidato próprio ao governo do estado. Fernando Gabeira (PV-RJ), pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, seria "mais serrista do que a família de Zé Serra", no conceito de Olímpio. Mas são acusações de um dissidente.
Um dos trunfos do PV era uma pesquisa que dava 10% para Marina, mas avançaria para 24% se Ciro Gomes fosse retirado.
O levantamento do Ipespe foi coordenado pelo sociólogo Antonio Lavareda, o mesmo que conduziu o levantamento que sugeria ao PFL mudar de nome para Democratas. Ele já havia trabalhado para a legenda em outros períodos, como a eleição de 2004. A confiança era grande, a ponto de ele ter sido indicado pelos então pefelistas para socorrer (putz, a fonte do link não foi boa) a campanha de Geraldo Alckimin em 2006.
Então a pesquisa é viciada para beneficiar interesses do DEM ou do PSDB? Seria leviano ao extremo insinuar isso. Como os verdes fazem parte da base aliada do governo federal, comandado pelo PT, e do estadual de São Paulo, chefiado pelos tucanos, é mais plausível notar de quem o PV está mais próximo. Afinal, a indicação do profissional para conduzir uma pesquisa que vai definir a estratégia eleitoral precisaria ser obtida junto de parceiros.
De qualquer forma, é uma perda para o PT a saída de Marina Silva. E nem a senadora sabe se vai conseguir o que quer no PV.
sexta-feira, setembro 19, 2008
Os melhores parlamentares do Brasil
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Cristovam Buarque (PDT-DF), senador, e Gustavo Fruet (PSDB-PR), deputado, são os dois melhores parlamentares do Congresso Nacional. A avaliação é resultado de pesquisa que o site Congresso em Foco fez com 204 jornalistas que cobrem a casa.
No "Top 5" de cada uma das casas, verifica-se uma interessante heterogeneidade entre partidos e estados de origem dos parlamentares. O PT tem dois senadores (Eduardo Suplicy-SP e Marina Silva-AC) e dois deputados (Maria do Rosário-RS e Maurício Rands-PE). Todos os outros seis integrantes do grupo dos dez mais cotados são de siglas distintas - DEM, PMDB, Psol, PV e os já citados PSDB e PDT.
Entre os estados, Rio de Janeiro tem dois nomes - os deputados Chico Alencar (Psol) e Fernando Gabeira (PV) -, assim como o Rio Grande do Sul: o senador Pedro Simon (PMDB) e a já citada deputada Maria do Rosário (PT). As demais unidades da federação lembradas trazem um representante cada: São Paulo, Distrito Federal, Acre, Goiás, Paraná e Pernambuco.
Cabem algumas interpretações nessa lista. Todos os parlamentares aí citados compõem o tal do "alto clero" da casa - ou seja, são políticos de certa influência nos trâmites do Congresso. O que é positivo. É bom saber que quem cobre diariamente o Legislativo nacional considere bom o trabalho de figuras que tanto aparecem nos noticiários.
É curiosa, para mim, a menção de Marina Silva. Não por demérito ao trabalho da senadora ou coisa parecida, mas simplesmente pelo pouco tempo que ela ocupa o cargo - só reassumiu sua cadeira no Senado há pouco menos de seis meses, quando deixou o Ministério do Meio Ambiente. Certamente pesaram a favor da senadora as ações de seu primeiro mandato (1994-2002).
O Congresso em Foco premiará, no final do ano, o melhor deputado e o melhor senador, eleitos por consulta popular.