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Os adversários sempre criticam a "mídia são-paulina" por exaltar o "planejamento" do clube da Vila Sônia. Muitas vezes, têm toda razão. Eu pergunto, por exemplo: cadê o Reasco? Sim, aquele lateral-direito equatoriando comprado pelo São Paulo da LDU em 2006, cujo contrato termina em agosto próximo. Que logo na estréia sofreu uma lesão na fíbula, voltando ao time só no ano seguinte. Que virou titular quando Ilsinho foi para a Ucrânia mas, em jogo contra o Botafogo carioca, em agosto de 2007, fraturou a tíbia da perna esquerda e precisou ser novamente operado. Que retornou seis meses mais tarde e se machucou de novo, por isso não atua desde 8 de março, na derrota para a Portuguesa. Cadê ele? Dizem que o São Paulo não tem interesse em renovar seu contrato. E aí? A gloriosa mídia esportiva não vai apontar o dedo para esse "furo n'água" do São Paulo? Do time que só faz contratações acertadas, que não gasta dinheiro à toa, que é exemplo no planejamento e na recuperação de atletas?
Fuçando na internet, não consegui descobrir quanto o clube gastou com Reasco. Um cara de um site são-paulino especula que tenha sido algo em torno de US$ 1,5 milhão (aproximadamente R$ 2,8 milhões, na época, e de R$ 2,4 milhões hoje). Alguém pode até considerar que o valor é baixo, que o Reasco deu azar pelas seguidas contusões. É um bom argumento, mas quando ele esteve em campo, em plenas condições, não convenceu ninguém - prova disso é que Muricy preferia improvisar o Souza. Outros podem até aceitar a tese do palmeirense Luiz Gonzaga Belluzzo, em entrevista ao Futepoca e Diplô, de que o São Paulo contrata um monte de jogadores porque já sabe que vai vender outros. Reasco seria parte dessas contratações "por baciada", para suprir buracos como a venda de Ilsinho. Tudo bem, pode até ser uma opção. Mas nada disso muda a minha opinião de que a compra do Reasco foi, pura e simplesmente, um erro. Isso a "mídia são-paulina" parece não ter a menor vontade de dizer. E em agosto, Reasco irá embora sem deixar saudades. Como Dill, Rondón, Vélber, Leandro Bomfim, Rodrigo Fabri & companhia ilimitada. Isso é planejamento?