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terça-feira, novembro 10, 2015

Sem 'meritocracia' ou 'fato novo': Fifa derrubou Doriva

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Gustavo Oliveira: 'meritocracia'
No fim da xêpa de mais uma temporada sem ganhar nada, o São Paulo engrandece a alegria dos adversários ao contratar e demitir um treinador no prazo recorde de um mês e dois dias. “Acho que, quando o São Paulo soube dessa história da saída do [Juan Carlos] Osorio para a seleção mexicana, já deveria ter deixado o Milton [Cruz] no cargo até o final do ano e contratar alguém em 2016”, comentou, em um programa televisivo, o outro treinador defenestrado pelo clube este ano, Muricy Ramalho. Difícil ou fácil? No São Paulo atual (infelizmente), difícil. 

Afinal, vejam a ginástica do diretor-executivo do clube, Gustavo de Oliveira, para "justificar" a demissão de Doriva: "Se tem algo importante que eu prezo num clube, que tem muita política, é que temos de trabalhar com meritocracia". Pô, Gustavo, logo você, filho do Doutor Sócrates, vir falar em "meritocracia"! Agora vejamos, nas palavras do próprio Doriva, o que de fato aconteceu: "Gustavo me disse que queria criar um fato novo no São Paulo. E por isso fui demitido". O mais grotesco é que o próprio Gustavo Oliveira já foi demitido este ano. Será que ali, também, prevaleceu a dita "meritocracia"?

Doriva: criação de 'fato novo'
Não. Nem "fato novo". Como agora: o que derrubou Doriva foi a oportunidade. Criada pelas convocações da seleção para os jogos das eliminatórias, que paralisaram o Brasileirão por dez dias. Depois da quarta derrota em sete jogos no comando da equipe, estava na cara que Doriva não ia permanecer no cargo. Mas, a não ser que o time tomasse uma goleada vexaminosa de Atlético-MG ou Corinthians, a diretoria ia preservá-lo até o fim da competição. Primeiro, pra não "passar o recibo" de que fez (e faz) besteira, e segundo porque poderia parecer "irresponsável" ou "precipitada" se o demitisse sem ter um plano B.

Mas as datas-Fifa surgiram, muito oportunamente, para dar tempo a uma breve "faxina" de dez dias. Nada que faça alguma diferença. Acreditar que esse time vá se classificar pra Libertadores - com qualquer um no comando - é muito esforço de boa vontade. E, mesmo se conseguir, vai passar vexame novamente na competição continental. No Paulista e na Libertadores, o São Paulo, no máximo, chega à fase mata-mata. E morre. Com qualquer treinador no banco de reservas.


quarta-feira, outubro 14, 2009

Classificação da Argentina faz Maradona ter seu dia de Zagallo

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Brasil, Paraguai, Chile e Argentina estão na Copa do Mundo da África do Sul. O Uruguai vai à repescagem contra um representante da Concacaf. A seleção de Diego Armando Maradona venceu a Celeste Olímpica por 1 a 0 em Montevidéu, com gol de Bolatti aos 40 do segundo tempo. Com o resultado, veio a classificação, o que permitiu ao treinador ter seu momento de Mário Jorge Lobo Zagallo, xingando jornalistas que o criticaram até a sétima geração. Só que sem o mesmo pudor.

"Tem que lutar até a morte. Porque eu amo a Argentina e a levo no coração. Não me importa o que digam os jornalistas. A la p... que los pariu! Rouco, na saída do vestiário, disse: "pedi que explodissem e explodiram, deixaram tudo". Dedicou a conquista aos que estiveram com ele e a ninguém mais. à imprensa, insistiu. "Que la chupen y que le siguen chupando". Está que vuela Maradona, y no sólo a Sudáfrica...

A diferença em relação a Zagallo não envolve apenas as palavras. O então treinador da seleção brasileira ordenou aos críticos que o deglutissem em 1997, após a conquista da Copa América na Bolívia. A única referência em vídeo que encontrei foi um funk com o tema "Vão ter que me engolir".

O que é melhor: engolir Zagallo ou ir à pqp e seguir "chupando"?

Voltando ao jogo atual...
Diego está que voa, diz o Olé. O drama não nem metade do que se previa – ou do que se secava. É que o Equador perdeu para o Chile de Marcelo Bielsa em Santiago por 1 a 0. Assim, bastava não perder para os argentinos irem à Copa. O atacante uruguaio Forlan perdeu chances de estragar a festa. Já Maxi Pereira acertou até um soco.

Já o Brasil, empatou com a Venezuela em Campo Grande em 0 a 0. De nada adiantou deslocar o horário do Jornal Nacional, suspender capítulo da novela das 19h, dividir o Jornal Nacional em duas partes. A seleção não conseguiu fazer um gol sequer. A volta dos titulares não fez diferença.

Os comandados de Dunga precisam mostrar que o time não está na descendente depois de alcançar o auge em 19 partidas sem perder. Em novembro, tem amistoso marcado contra a Ingleterra.

Diego Tardelli ganhou mais pontos. O xará Souza não deve voltar a ser convocado. E Ramires parece contar com muita boa vontade de Dunga, que por sua vez saber que o titular é Elano.

Classificados
Das 32 seleções que participam da Copa de 2010, 22 estão definidas. São elas:

América do Norte - Estados Unidos e México (Costa Rica e Honduras disputam a repescagem: enquanto o governo for golpista, vai Costa Rica!)

América do Sul - Brasil, Paraguai, Chile e Argentina (Uruguai disputa repescagem com quem perder na Concacaf, provavelmente Honduras: Vai, Uruguai!)

África - África do Sul, Gana e Costa do Marfim (falta definir três outras vagas entre os duos Camarões e Gabão, Tunísia e Nigéria e Argélia e Egito)

Ásia - Coreia do Norte, Coreia do Sul, Japão e Austrália, aquisição do continente asiático assegurada pela Fifa em 2005 (Nova Zelândia e Bahrein disputam o jogo de volta da repescagem em 14 de novembro: vai Bahrein!)

Europa - Inglaterra, Holanda, Dinamarca, Alemanha, Suíça, Sérvia, Itália, Espanha e Eslováquia (faltam quatro vagas divididas em um mata-mata entre os oito melhores segundos colocados, o que inclui a França, Portugal, Irlanda e atá a Bôsnia).

Palermo, dos pênaltis errados, virou santo

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A Igreja Católica tem muitos santos cuja vida casta e exemplar ocorre depois de uma conversão, um momento de redenção de uma vida devassa das mais distintas práticas pecaminosas.

São Paulo era, antes, Saulo, um caçador sanguinário de cristãos. São Francisco de Assis era rico de família avarenta, mas abriu mão de tudo. E por aí vai.

A Argentina, correndo o risco em uma grande conspiração tramada por Uruguai e Equador – que são Brasil nas eliminatórias – além do Chile, apela ao mais improvável dos neobeatificados no universo do futebol.



Marcelo Sottile escreve:

Diego: não bata o Rolls Royce. A partir do seu talento como jogador, você reclamou ser o técnico da seleção para encerrar a obra, para lustrar seu nome. Não para comper a coroa. Pense bem em suas decisões, busque lucidez no mais profundo do seu ser. Você não é um ladrão que rouba conhecimento dos outros. Você não será menos Maradona por escutar, por aceitar uma sugestão, por pedir ajuda. Não permita que a Argentina fique fora do Mundial. Não suportaríamos este tremendo fracasso. Até agora, Deus jogou do seu lado. (...) Palermo abriu-lhe uma porta para você se esquivar do outro final.


A matéria do Olé está aqui.

Palermo é o mesmo atacante que conseguiu, em pelo menos duas feitas, perder três pênaltis em uma mesma partida. Para refrescar a memória:

Contra o River Plate: "dedicate a otra cosa, papa", escreveu o autor da publicação no Youtube.


Colômbia 3 x 0 Argentina


Claro que o atacante do Boca Juniors não é só pênaltis errados. Ele também faz gols. É o imortal. Mas é divertido ver o desespero alheio.

segunda-feira, outubro 12, 2009

Seleção brasileira perde invencibilidade e mantém tabu contra Bolívia

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O Brasil perdeu para a Bolívia por 2 a 1 em La Paz. Todos os jogadores, mais o técnico Dunga foram unânimes em afirmar que a culpa foi da altitude.

Diego Souza jogou nada. Tardelli, no segundo tempo, correu. Ramires, Maicon e Daniel Alves devem ter ganho pontos com Dunga por se mostrarem aplicados trabalhadores, mesmo no nível das nuvens.



Perder para a Bolívia em La Paz por 2 a 1 é ruim. Aceitar que toda a culpa foi da altitude, é pior. Ter de ouvir Galvão Bueno elogiar Ricardo Teixeira por ter sido o único presidente de federação sul-americana a se posicionar contra partidas na altitude, é muito pior.

Pelo menos não foi de seis. Também não é ruim Dunga não virar referência como técnico invicto por tanto tempo no comando da seleção. Se o Fora Dunga! é mantido apenas por esporte, isso também não quer dizer que seja o técnico dos sonhos.

Na última partida das eliminatórias, o Brasil enfrenta a Venezuela com Kaká e Luís Fabiano em Campo Grande. Se tivessem jogado os titulares, a seleção teria feito muito melhor? Tenho dúvidas...

terça-feira, setembro 08, 2009

Troque seu futebol por um cachorro rico

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A maratona começou na madrugada de sexta para sábado, quando fui trabalhar catando lixo no Electric Picnic Festival (à direita), em Stradbally, a duas horas e meia de Dublin. Não é possível descrever em palavras do que se trata esse serviço. Mesmo os novatos, que ainda não tinham passado pela experiência, só foram entender a encrenca depois que chegaram no local (eu já tinha trabalhado no Oxegen Festival, em julho). Bom, chegamos em dois ônibus, 100 desesperados por qualquer euro e trabalho forçado, em uma cidadezinha minúscula onde, num fazendão, aconteceu um festival de 3 dias com atrações musicais 24 horas, milhares de pessoas acampadas, muita bebida, sexo, drogas, lama e lixo - principalmente lama e lixo. Você chega lá, te dão um par de luvas e sacos de lixo e dizem: ''-Catem tudo!''. Simples assim.

Não tem vassoura, nada. Você tem que se abaixar para pegar cada papel, lata, resto de comida, plástico, enfim, tudo. Depois de três ou quatro horas fazendo isso, sem parar um minuto, você não tem mais espinha dorsal, nem sente mais as pernas, os braços, nada. E começa, literalmente, a delirar. Ri sozinho, canta, tem vontade de chorar, esquece o próprio nome, o que está fazendo ali, que raio de lugar é aquele. Começa a catar lixo à meia-noite e, lá pelas sete da manhã, já está em alfa, robotizado, abestalhado. Foi por aí que entrei numa das diversas tendas onde o povo do festival curte música eletrônica, já vazia, e, além da tonelada de lixo me olhando convidativamente, vi um cartaz enorme do uísque Southern Comfort, o preferido da falecida Janis Joplin (que nunca recebeu um tostão por fazer propaganda). Comecei a viajar nessa idéia e, quando voltei ao planeta Terra, olhei para o chão e vi uma lata de cerveja fechada. Limpei o barro da tampa e mandei ver, quente mesmo. Santa Janis!

Bom, depois de todo esse martírio, que vai me render uns 40 euros (pouco mais de 100 reais), cheguei em casa às 10 da manhã, fui dormir às 11 e botei o despertador pras 3 da tarde, pois teria que trabalhar de garçom, ou melhor, de food runner, a partir das 5, no restaurante do estádio Shelbourne Park, que abriga corridas de cachorro (à esquerda). O lugar é enorme, maior que os campinhos da maioria dos times de futebol brasileiro. Além do restaurante, abriga dois fast foods e um café. Food runner é quem pega os pratos de comida na cozinha e, literalmente, sai correndo para levar paras as mesas (os garçons só atendem e comandam os pedidos). Eu estava sendo testado junto com um chileno e um colombiano. Só uma vaga. 100 mesas para atender. Três pratos quentes (pelando de quente) equilibrados em cada braço. 30 lances de escadas. 30 segundos para retornar até a cozinha e pegar mais pratos. E eu praticamente sem dormir, moído da catação insana de lixo...

O público, no restaurante, é basicamente de velhos ricos, muito ricos - que apostam pesado nos cachorros (vai daí o estádio ser um luxo só). Tinha até uma equipe de televisão fazendo uma chamada ao vivo do meio do restaurante, que é uma espécie de arquibancada coberta, acarpetada, com móveis finos e malucos como eu, de camisa social azul turquesa e gravata vermelha, correndo com pratos pra todo lado - várias vezes percebi que as crianças ricas preferiam nos observar do que os cachorros, que levavam os pais e avós a uma histeria e fanatismo piores que os das torcidas de futebol. Tanto que, ao mesmo tempo, quatro telões transmitiam um jogo da Irlanda pelas eliminatórias e, quando o time fez 2 a 1 sobre Chipre, poucos prestaram a atenção (só uma mesa comemorou). E comida vai, prato sujo vem, cachorro corre, velho aposta e, enfim, fui dispensado. O chileno ficou com a vaga.

Mas não fiquei chateado, não. Ou melhor, até um pouco aliviado por me ver longe daquele trabalho alucinante em meio a ricaiada esnobe. Peguei meus 50 euros de pagamento (quase 150 reais) e fui direto para o pub do Australiano, point da brasileirada, para comemorar o aniversário de uma amiga e um amigo e, de quebra, assistir Brasil x Argentina. O primeiro copaço de Foster's, australiana, caiu como se nunca tivesse sentido o prazer de uma cerveja gelada na vida. E por aí foi, até o terceiro gol(aço), de Luís Fabiano (à direita), quando a casa quase desabou com 200 brasileiros pulando e 100 argentinos tentando correr para algum abrigo seguro (inexistente). Com um telão de 3 por 5 metros, e a torcida canarinho cantando e gritando mais do que os torcedores do Boca em La Bombonera, os 90 minutos, a sensação era a de estar no estádio, mesmo. E o melhor: bebendo cerveja. Melhor ainda: o Brasil ganhando. E pra fechar com chave de ouro: tirando várias lasquinhas das argentinas e brasileiras embriagadas e sufocadas na multidão de bêbados.

A comemoração seguiu com festa em um apartamento. Cheguei em casa às 7 da manhã de domingo. Um dos habitantes tinha enchido a geladeira de cerveja (Carlsberg, Stela Artois, Tyskie, Heineken etc). E também tinha uma vodka, trazida da Alemanha. Fui dormir às 2 da tarde, quase um dia após a soneca de quatro horinhas antes de ir para o restaurante. Serviços malucos faço por obrigação. Mas cerveja e futebol, não tem hora! Cheers!

quarta-feira, agosto 26, 2009

Liédson é seleção

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Agora é oficial: o atacante Liédson, do Sporting, é o mais novo jogador da seleção portuguesa.

Liédson é baiano, e mora em Portugal desde 2003, quando iniciou sua trajetória no Sporting. É ídolo no clube, pelo qual foi artilheiro do Portuguesão em duas ocasiões, nas temporadas 2004/5 e 2006/7.

Sua naturalização já era dada como certa há algum tempo - e gerou protestos por parte do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol.

Mas agora está confirmada. Esperemos para ver Liédson em ação com a camisa encarnada. Vale lembrar que a situação de Portugal nas Eliminatórias europeias tá longe de ser tranquila. O time hoje é o terceiro colocado no Grupo1, atrás de Dinamarca e Hungria. Apenas o campeão de cada chave garante vaga direta na Copa; os oito melhores segundos colocados definem as vagas restantes em mata-matas.

quarta-feira, junho 17, 2009

Olha o eixo do mal aí, gente

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E o país que mais agitou a geopolítica internacional estará nos holofotes do mundo esportivo em 2010. Na tarde (no horário de Brasília) de hoje, a Coreia do Norte empatou sem gols com a Arábia Saudita fora de casa e garantiu sua classificação para a Copa do Mundo da África do Sul. Austrália, Japão e Coreia do Sul são os outros asiáticos* já garantidos na Copa. Bahrein e Arábia Saudita se enfrentarão em uma repescagem para definir quem pega a Nova Zelândia, campeã da Oceania, na decisão da última vaga desses continentes.

Será a segunda vez em que a Coreia do Norte chega a umMundial. A primeira foi no distante ano de 1966, quando a seleção surpreendeu o mundo ao mandar a Itália para casa. Apesar de tanto tempo de ausência, a classificação dos conterrâneos de Kim Jong-Il (foto) não chega a ser uma verdadeira surpresa, se analisarmos certa evolução que a seleção local tem mostrado de uns tempos pra cá - é só pensarmos que em 2007 o país esteve presente nos Mundiais Sub-20 e Sub-17.

Ainda falando em termos esportivos, já antevejo a pedreira que os jornalistas esportivos terão para falar sobre a seleção da Coreia do Norte nas análises prévias e na Copa propriamente dita. É que o país, um dos mais fechados do mundo, pouco fala sobre si próprio e não há nenhum jogador norte-coreano em ligas famosas (aliás, não há nenhum que atue fora do país, se não me engano). A página da Coreia do Norte no site da Fifa traz poucas informações e, aparentemente, não existe um site oficial da confederação local. Trata-se de uma seleção desconhecida, portanto.

Agora a análise política, que não tem como deixar de ser feita. Em primeiro lugar, é curioso que o retorno da Coreia do Norte aos mundiais tenha se dado justo agora, quando há menos de um mês o país fez testes nucleares e provocou agitações em todo o planeta. É uma ironia dos diabos.


E arrisco a dizer que este talvez seja um dos poucos impactos que a presença norte-coreana na Copa vai gerar - o aumento das discussões, das conversas, do blábláblá e por aí vai. Até porque é isso que os exemplos históricos nos sugerem. Em 1988, a Coreia do Sul sediou as Olimpíadas e a Coreia do Norte - ainda oficialmente em guerra com os vizinhos - esteve presente. Há alguns anos, houve até a formação de uma seleção unificada de futebol que disputou campeonatos da base na Ásia. Ou seja: o esporte já proporcionou algumas aproximações, que infelizmente não se estenderam ao "mundo real".

O que fica agora é a expectativa de qual será o grupo em que os norte-coreanos estarão. Que tal se entre seus adversários na primeira fase estiver a seleção dos EUA? Aí teremos que aguentar aquela lenga-lenga do "jogo da paz", como o que americanos e iranianos fizeram em 1998, que foi bonito, épico, mas não amenixou em nada o quebra-pau que as nações seguem travando do ponto de vista político.

Para relembrar:


* - sim, o Futepoca sabe que a Austrália não fica na Ásia. Mas futebolisticamente falando, os australianos estão filiados à federação asiática desde 2006.

quinta-feira, junho 11, 2009

De virada, Brasil assume liderança das eliminatórias para a Copa 2010

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Com gols de Nilmar e Robinho, a seleção brasileira venceu o Paraguai por 2 a 1. Foi de virada, já que Cabañas, sempre ele, abriu o placar aos 25 minutos. De falta, com desvio em Elano, parecia que o pesadelo de Assunción teria replay. Foi a terceira vitória seguida na competição, acumulando os três pontos somados diante do Peru e do Uruguai.

O paraguai foi valente, jogou bola até o final e, não fosse a boa fase da defesa canarinho, o destino da partida teria sido diferente.

Foto: CBF/Divulgação

Parece Gilberto Silva como bobinho no treino

Dunga parece ter caído nas graças da Globo. Pelo menos foi o que me pareceu ao assistir ao segundo tempo da transmissão da emissora. Galvão Bueno exaltou a campanha do treinador xará-de-anão no comando do escreve nacional. Ajuda a liderança nas elinatórias da Copa de 2010, conquistada na rodada desta quarta-feira, 10.

Daniel Alves foi bem, melhor do que Maicon, o que não quer dizer tanta coisa. No segundo tempo, uma bicicleta mal calibrada dentro da grande que quase gerou lance de perigo mostrou mais semelhanças entre o camisa 2 e Roberto Carlos. Além de jogar da Espanha, Daniel Alves também corre para a bola em cobranças de falta com o mesmo padrão de pique que o lateral-esquerdo titular nas copas de 1998 a 2006.

Kaká foi bem, correu o tempo todo. Robinho fez o gol, mas todo mundo sempre vai esperar mais. Nilmar também marcou, justificou a escalação como titular no lugar de Luís Fabiano expulso injustamente contra o Uruguai, mesmo tendo dado lugar a Pato no segundo tempo. Ramires e Kléberson também se mostraram funcionais para quando precisar recuar o time sem perder capacidade de contra-ataque.

Pode ter sido uma combinação favorável, mas o time mostrou maturidade e determinação. Não resolve, mas se, por partida, um dos que sabem da bola decidir jogar, fica mais fácil.

Enquanto isso...
A Argentina de Diego Armando Maradona e Messi perdeu de 2 a 0 para o Equador na altitude de Quito. Com Valdívia como garçom, o Chile mordeu a segunda colocação das eliminatórias do Paraguai ao golear a Bolívia por 4 a 0. Surpreendente Marcelo Bielsa. Uruguai e Venezuela empataram em 2 a 2 nas terras de Hugo Chávez. E a Colômbia venceu pelo placar mínimo o Peru no confronto andino da rodada.

Na próxima partida, em 5 de setembro, a equipe de Dunga vai à Argentina tentar provar que Maradona faria melhor papel dentro de campo que no banco. Ou como ministro de Cristina Kirchner, quem sabe?

Com 27 pontos, o Brasil precisa matematicamente de mais seis pontos para carimbar o passaporte (chavão-vão-vão), já que o quinto colocado Equador tem 20 e pode chegar a 32 se ganhar tudo. Mas cada vez menos gente banca apostas de que o ex-volante não visita o país de Nelson Mandella.

Como inserir o Fora, Dunga! nessa história?

domingo, junho 07, 2009

Brasil 4 X 0 Uruguai - ¿Cómo Lula, no éramos amigos?

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O leitor pode achar o Futepoca um blogue ranzina, e terá certa razão. É um mau resultado da seleção que pouco tempo depois se estampa nesse espaço um texto clamando Fora Dunga . Mas, quando se conquista uma vitória histórica, nada...

Ontem o 4 a 0 contra o Uruguai, em pleno Centenário , foi a maior derrota sofrida pela Celeste em seu estádio, mas poderia até ter sido pior se fosse marcado um pênalti em Luís Fabiano no primeiro tempo e se o mesmo não tivesse sido expulso de forma injusta. O Brasil teve menos posse de bola, mas não foi dominado pelo Uruguai em qualquer momento, ainda que tenha sofrido certa pressão quando estava com um menos. O time canarinho foi objetivo e mortal na saída rápida de bola e na movimentação na frente. Da partida, algumas notas.



Defesa - Júlio César, de novo, quando exigido, compareceu. A dupla de xaga também passa segurança. O problema começa nas laterais. Daniel Alves apoia bem e defende razoavelmente, mas Kléber Chicletinho, pela esquerda, é uma lástima. Ontem, as chegadas mais perigosas do Uruguai eram pelo seu lado e seu apoio ao ataque foi pífio. Seu reserva, André Santos, também não é exatamente inspirador. Vivemos uma crise de laterais esquerdos brasileiros?

Volantes - alguém com mais mobilidade que Gilberto Silva faria muito, mas muito bem. Felipe Melo fez até bem a saída de bola ontem, e marcou ainda melhor: foi responsável por quase metade das roubadas de bola do time (6 de 14), mas poderia apoiar mais o ataque. Por ora, é uma aposta de Dunga que vem dando certo.

Meias e atacantes - Elano é hoje peça fundamental no esquema de Dunga. Faz a cobertura no lado direito, chega bem ao ataque (ontem deu uma assistência e fez o cruzamento para um gol), dificultando bastante as descidas adversárias por aquele lado. Kaká e Robinho jogaram abaixo do que se espera deles, ainda assim o "abaixo" deles é suficiente.

Já Luís Fabiano marcou, se posicionou muito bem, e mostra que em um esquema armado como o de Dunga, que exige velocidade e movimentação constante na frente, é quase inviável que jogue um atacante mais pesado, do estilo Ronaldo atual ou Adriano. Sem dúvida é sua a vaga de titular.

Em suma: Dunga vai ser o treinador em 2010, algo cada vez mais evidente. Melhorando a saída de bola com um volante menos cascudo que Gilberto Silva, qualificando mais a marcação e a ligação com o ataque, e com uma lateral esquerdo mais confiável, a seleção pode fazer uma boa figura na África do Sul.

*****

Mesmo com o resultado, os uruguaios não perderam o bom humor, ainda que alguns considerem esta a "derrota mais humilhante da sua história". O jornal La Reppública perguntou, abaixo dos dizeres "Tristeza não tem fim: 4 a 0", perguntou: ¿Cómo Lula, no éramos amigos?, em referência a uma declaração recente do presidente brasileiro. Lula, que já foi responsabilizado por derrotas da seleção  e também por vitórias , não comentou a manchete.

quinta-feira, abril 02, 2009

Dunga 3 a 0, Maradona 1 a 6

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No dia da mentira, o time do massacrado técnico Dunga venceu a seleção do Peru por 3 a 0 em Porto Alegre. Enquanto isso, em La Paz, a Argentina apanhou de 6 a 1 da vice-lanterna representação da Bolívia. Nem foi a redenção do primeiro nem a execração do segundo. Ainda.

Brasil e Peru
Com dois gols de Luís Fabiano, incluindo um de pênalti e outro em posição de impedimento, e outro de Felipe Melo, o Brasil manteve o padrão nas eliminatórias. Para facilitar a convocação de atletas e conciliar a prévia da Copa, são realizadas duas partidas na mesma semana e, sempre, o escrete canarinho vai bem em uma e mal na outra – ou vice-versa. Desde os tempos de Carlos Alberto Parreira era assim.


Daniel Alves foi bem.

Quando a primeira das duas partidas é ruim e a segunda melhora, cabe dizer: "O Dunga deve ter falado umas boas verdades pra turma". Ou: "Ouviram as críticas e resolveram largar de fazer corpo mole". Quando é o inverso é mais complicado.

Os próximos jogos são contra Uruguai e Paraguai. Se mantiver o padrão, uma vitória e um empate para manter a segunda colocação seriam o melhor cenário.

Em campo
Kaká voltou, procurou jogo, correu os 90 minutos. Embora não tenha sido sua melhor forma, mandou avisar que Ronaldinho Gaúcho não precisa mais ser convocado. Daniel Alves foi apontado como melhor em campo por alguns comentaristas, claramente agrada Dunga, mas não tem vaga garantida. Maicon, o parceiro de Adriano nas baladas, tem mais vigor físico, embora tenha apresentações piores com a amarelinha.

Robinho até procurou a bola, mas não esteve bem. Alexandre Pato entrou a pedidos da torcida, mas aprontou quase nada. Elano, pela regularidade, parece ter conquistado a posição na meia.

Cabe destacar o gol do camisa 5, foi um lance de raça, com divididas e mais divididas até chegar à cara do goleiro. E então, quando eu esperava um chutão, uma bomba para coroar uma arrancada que teve um pouco de técnica e muito de trombada, veio o inusitado. Um toque sutil para tirar o arqueiro da jogada.

A seleção do Peru jogou muito mal, é fato. Conseguiu uma bola na trave em um lance que Julio Cesar, o quase imbatível contra o Equador estava adiantado.

Piaba
Enquanto parte da torcida brasileira fazia cara feia a cada passe certo da equipe de Dunga, os argentinos tinham um pouco mais de motivos para se preocupar. A goleada histórica de 6 a 1 traz a lembrança do placar de 5 a 0 alcançado nas eliminatórias da Copa de 1994 contra a Colômbia, que condenou os hermanos a disputar a repescagem contra a Austrália e abriu caminho para a volta de Diego Maradona no mundial dos Estados Unidos.

Mas não é essa digreção que importa. Importa que o time verde massacrou o time do agora técnico Dieguito. A cada gol, era como uma punhalada no coração, descreveu o treinador. Equivocou-se e pagou, o que lhe rendeu, nas contas do Olé, 40% da responsabilidade pela derrota – 20% para altura, 30% para os jogadores e 10% para a Bolívia. Isso porque os jogadores fizeram as "partidas de suas vidas", segundo a reportagem.

O que é divertido é que, na partida contra a Venezuela, a mídia argentina elogiou tanto o time que considerou a melhor atuação de Messi com a camisa da seleção. No jogo seguinte...

É inevitável preferir Dunga ao Maradona.

quarta-feira, outubro 22, 2008

Eliminatórias na África chegam à fase final

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Foram sorteados hoje os grupos da fase final das eliminatórias africanas para a Copa do Mundo de 2010. O regulamento agora é bem simples - são vinte seleções divididas em cinco grupos com quatro equipes cada. Jogam todas contra todas dentro do grupo e o campeão de cada chave garante vaga no Mundial. Serão seis seleções africanas no total: as cinco classificadas nessa disputa e, evidentemente, a África do Sul, país-sede do certame.

A parada mais difícil ficou no Grupo A. Lá estão as tradicionalíssimas seleções de Camarões e Marrocos, o emergente Togo e os coitados do Gabão. Desde já temos que escolher: Adebayor ou Eto'o na Copa?

O Grupo B também reúne duas seleções com participações cativas em mundiais recentes, Nigéria e Tunísia. Completam a chave Moçambique e Quênia, que jamais disputaram a Copa do Mundo.

No Grupo C, desde já o Egito, campeão continental, desponta como favorito. Disputará a vaga com Ruanda, Zâmbia (seleção sempre lembrada pela tragédia de 1993) e a Argélia, figurinha carimbada nas Copas da década de 1980, tendo inclusive enfrentado o Brasil.

Já nas duas últimas chaves o nível técnico - ao menos no nome das seleções - cai um pouco. No Grupo D está a maior possibilidade de um estreante se fazer presente em 2010. A única seleção que já jogou uma Copa é a de Gana - Benin, Sudão e Mali são as outras equipes do grupo. E no Grupo E a Costa do Marfim não deverá ter muitos problemas para superar Malawi, Burkina Faso e Guiné.

quinta-feira, outubro 09, 2008

Opa! O nome disso é treino

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Para quem é criticado por não ter jogadas em seu time, o treinador da seleção brasileira Dunga pôs o time para jogar pelas laterais no coletivo da Granja Comari. É o que narra Luciano Borges.

Seja com os laterais bem abertos ou com os meias fechando pelo meio para tabelar com os atacantes, a aposta é nessa modalidade de ação para vencer as defesas. Além de inverter o jogo, transferindo a bola de lado o tempo todo.

Bom, até eu que sou mais besta reclamei disso no último jogo contra a Bolívia, no Engenhão, junto da apatia crônica que de vez em quando volta a abalar a equipe canarinho desde os tempos de Carlos Alberto Parreira. A minha avaliação era de que o problema era técnico.

Jorginho, assistente, ficou ensinando jogador a cruzar ao mesmo tempo em que reclama que os adversários fecham as laterais para evitar jogadas de ultrapassagem, aquelas em que alguém tabela com o lateral na altura da grande área para permitir a jogada de fundo, em velocidade. Será que é mais fechado do que a entrada da área?

Bom, independentemente disso, é fato que treino é treino, jogo é jogo. E o time tinha ensaiado jogadas de bola parada, só não tentou conseguir faltas e escanteios.

Tomara que o time entre com o Daniel Alves na direira e sem o Kléber pela esquerda. Mas não deve ser isso a acontecer no domingo, contra a Venezuela, às 17h.

Adriano, convocado de última hora para o posto de Luis Fabiano, treinou como titular. Assim como Elano, ao lado de Kaká, em vez de Ronaldinho Gaúcho e Diego. Robinho também vai a campo. Será que vão cumprir o que o técnico mandou?

Foto: CBFNews

Adriano (centro) vai de convocado de última hora a titular?

segunda-feira, setembro 08, 2008

A "bronca" de Lula, a seleção de Dunga, o Chile e a Argentina

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Apesar da resposta mal-educada e estapafúrdia do goleiro Júlio César, parece que a bronca do presidente Lula deu certo. Ao contrário de outras apresentações, a seleção mostrou uma aplicação bem maior ontem contra o Chile. Mas claro que não foi só esse o fator determinante da vitória verde-amarela.

Dunga parece ter seguido uma lógica elementar para escalar o time que jogou nas Cordilheiras. Se você não tem alas que atacam e defendem com qualidade, você os torna laterais, com mais funções defensivas que ofensivas. Com isso, anulou o esquema de três atacantes feito por Marcelo Bielsa e, com um homem a mais na frente, não perdeu poder ofensivo.

Pontos positivos e negativos. Josué atuou bem na marcação, assim como o criticado Gilberto Silva. Anderson e Lucas continuam como boas opções, mas parece que Mineiro não vai vestir mais a amarelinha. Outro que também não deu pra entender porque atuou foi Kléber. Contesto sua posição de titular até no Santos, quanto mais na seleção. Coroou sua performance com a expulsão, merecida.

O Chile é uma equipe frágil, mas como poucos apostavam na vitória da seleção, Dunga ganha sobrevida. Noves fora, Diego jogou bem, Robinho idem, apesar de um pouco dispersivo, e Luís Fabiano não tem rivais na posição. Ronaldinho Gaúcho ainda deve.

*****

Quem também foi muito aplicado, mas em excesso, foram dois queridinhos nas bandas de cá. Valdívia foi expulso em um lance desnecessário e no sábado Carlitos Tevez quase afundou a Argentina em pleno Monumental de Nuñez, ao ser eliminado ainda no primeiro tempo.

Aliás, o empate da Argentina com o Paraguai foi uma partida bastante sofrível. A equipe paraguaia saiu na frente em um gol contra grotesco de Heinze. Ele, junto com Coloccini, não passou confiança em momento nenhum (tanto que saiu de campo) e ambos no mano a mano por pouco não comprometeram definitivamente a partida na primeira etapa. Mas o Paraguai desperdiçou a chance.

Como não matou o jogo, o time guarani deu o espaço para os argentinos no segundo tempo. Ao invés de marcar pressão, como fizera antes, o Paraguai preferiu esperar em seu próprio campo e Messi, em um lance de Riquelme, deu uma bela assistência para Aguero empatar. Por pouco não aconteceu uma virada, mas a inferioridade numérica se fez notar no fim do jogo. Ao Paraguai, faltou ousadia; aos argentinos, competência. Um empate de bom tamanho.

E o time de Alfio Basile completou a quarta partida consecutiva sem vitória nas eliminatórias. Se no papel tem jogadores admiráveis, quando a bola rola parece um time para lá de comum e não comove a sua própria torcida. Qualquer semelhança com outra equipe sul-americana é mera coincidência (ou não). Será que Cristina Kirchner deveria elogiar Robinho?

terça-feira, junho 17, 2008

Alfio Basile "prestigiado" na Argentina

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“Chega de Dunga Dunga”. É com essa manchete que jornal argentino Ole trata o duelo entre Brasil e Argentina amanhã, em Belo Horizonte. A referência é em relação às duas derrotas que o time de Alfio “Coco” Basile teve contra a seleção comandada por Dunga: dois 3 a 0, um em 2006 e outro mais dolorido, em 2007, na final da Copa América.

O periódico pergunta se Basile, quando vê o Brasil “chora” e responde: “não se sabe, mas se preocupa sim.” No entanto, prega a continuidade do trabalho do treinador, independentemente do resultado da partida, e faz uma diferenciação no modo de se encarar o trabalho dos comandantes de equipes aqui e na Argentina.“Se Dunga, que foi campeão na mesma Copa América, é tratado como burro e está na corda bamba... No Brasil são muito passionais e não têm a cultura de respeitar os contratos.”

As críticas ao treinador não são feitas por conta dos jogadores escolhidos, que o jornal afirma haver consenso por serem os melhores, mas sim pelo fato de não haver ainda um time. Observa a insistência de Basile em manter Riquelme, que o comandante diz ser “seu Maradona”, mesmo nos jogos em que vai mal. Também destaca o fato de, mesmo tendo atuado bem em algumas partidas, Messi nunca ter repetido na seleção o “nível estelar” apresentado no Barcelona, argumentação semelhante à usada por muitos no Brasil em relação a Ronaldinho Gaúcho.

Mesmo assim, o Ole assume que prega a permanência de “Coco”, citando a cultura brasileira de demitir técnicos. “O ciclo tem 22 meses e salvo contra a França, em París, as outras três partidas “classe A” terminaram mal: Espanha e duas com o... Brasil! Ao contrário do que acontece no Brasil (o São Paulo foi campeão da Libertadores em 2005 com três técnicos diferentes), aqui respeitamos os ciclos: Basile deve seguir, aconteça o que acontecer, mas também é preciso refletir porque é tão difícil dar forma a uma grande equipe.”

segunda-feira, junho 16, 2008

Dunga empata com Luxemburgo

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Matéria publicada no portal Uol lembrou uma coincidência interessante: a campanha do Brasil até agora nas eliminatórias para a Copa de 2010 se equivale à feita por Vanderlei Luxemburgo nos jogos classificatórios para 2002.

A ordem dos jogos foi exatamente a mesma, com os mesmos mandos. Nas partidas disputadas em 2000, a seleção obteve os seguintes resultados:

Colômbia 0 X 0 Brasil
Brasil 3 X 2 Equador
Peru 0 X 1 Brasil
Brasil 1 X 1 Uruguai
Paraguai 2 X 1 Brasil

Já na Era Dunga:

Colômbia 0 X 0 Brasil
Brasil 5 X 0 Equador
Peru 1 X 1 Brasil
Brasil 2 X 1 Uruguai
Paraguai 2 X 0 Brasil

O aproveitamento dos dois é o mesmo, oito pontos em 15 disputados. No "desempate", Dunga vence o "gênio" no saldo de gols: a equipe de Luxa fez seis gols e tomou cinco. Já a atual equipe marcou oito e sofreu quatro. E se ontem o Brasil entrou com três volantes, em 2000 não foi diferente. O time era Dida; Cafu, Edmílson, Roque Júnior e Roberto Carlos; César Sampaio, Flávio Conceição, Zé Roberto (Vampeta) e Rivaldo; Djalminha (Marques) e França (Guilherme). Lembremos que Zé Roberto jogava como segundo volante, e depois foi substituído por Vampeta.

Na partida seguinte à derrota para o Paraguai, o Brasil de Luxemburgo derrotou a Argentina por 3 a 1, talvez a única apresentação decente da seleção sob seu comando contra um adversário de nível, já que o Brasil sapecou potências como Tailândia, País de Gales, Nova Zelândia e Arábia Saudita. Luxa acabou caindo após a derrota nas Olimpíadas, sendo substituído pelo interino Candinho.

Já Dunga tem a chance de se recuperar contra um adversário que tem lhe dado sorte. Em 2006, conseguiu sua primeira vitória à frente do Brasil com um 3 a 0, e conquistou seu primeiro título oficial, na Copa América do ano passado, com outro 3 a 0 sobre os portenhos. Os argentinos continuarão salvando o ex-volante?

PS: se for pra tirar o Dunga, que não me tragam o Luxemburgo.

domingo, junho 15, 2008

A seleção de "totó" de Dunga

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Para quem já viu o time perder para a Venezuela, nada a estrannhar perder para o Paraguai nas eliminatórias.

Mas o mais irritante da seleção do anão Dunga foi não ter feito nenhuma conclusão a gol com um jogador a mais em praticamente todo o segundo tempo.

Todas as jogadas eram linhas de passe no meio de campo que acabavam num dos laterais para eles cruzarem na cabeça de algum zagueiro paraguaio.

O time estava tão parado, mais para jogadores de totó (pebolim) que para jogadores que ganham milões e usam a camisa de futebol mais famosa do mundo.

Acho que o erro na realidade era de esporte, com Adriano, Luis Fabiano e Júlio Batista, podíamos jogar basquete. Teríamos três pivôs com força embaixo da tabela, não três tanques que não fazem nada com ela nos pés.

Dá-lhe, Paraguai, que falsificada ontem foi a selecinha do Dunga.

Que a Argentina tenha piedade de nós na quarta-feira...

Não vou secar, porque a última vez que peguei no pé da selecinha do Anão, na Copa América, eles ganharam da Argentina de goleada...

sábado, junho 07, 2008

Uma Venezuela em ascensão

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Claro que perder para a Venezuela no futebol, em se tratando de uma seleção pentacampeã como o Brasil, não deixa de ser vexatório. Mas o fato é que a equipe do país de Hugo Chávez vem mostrando uma evolução grande desde o final das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2002. Antes um mero saco de pancadas, agora os atletas locais começam a mostrar que a lanterna sul-americana é coisa do passado.

O esporte mais popular do planeta perde para o beisebol e o basquete no país, competindo com o ciclismo e o boxe na preferência dos venezuelanos, o que talvez explique o desempenho pífio da seleção ao longo da história. Até as eliminatórias para a Copa do Japão/Coréia do Sul, a equipe tinha vencido somente duas partidas na competição: contra a Bolívia em 1981 (1 a 0) e contra o Equador em 1993 (2 a 1). Em 1998, primeira edição disputada em pontos corridos, o time ficou em último, com três pontos, resultado repetido em todas as edições anteriores.

No entanto, nas cinco últimas rodadas da fase eliminatória para 2002, os venezuelanos ganharam quatro partidas, perdendo para o Brasil de Felipão na última rodada (não se esqueçam que muitos torcedores temeram a Venezuela antes do embate). Naquele torneio, a Venezuela protagonizou uma das maiores zebras das eliminatórias sul-americanas, vencendo o Uruguai por 2 a 0 em San Cristóbal. Depois, derrotou o Chile pelo mesmo placar, em Santiago; venceu o Peru em casa, por 3 a 0 e superou o Paraguai por 3 a 1. Em cada um desses jogos, a Venezuela conseguiu um resultado histórico.

Terminou pela primeira vez uma eliminatória fora da lanterna (que ficou com o Chile), obtendo 16 pontos e cinco vitórias (venceu também a Bolívia por 4 a 2). Já nas eliminatórias de 2006, conquistou cinco vitórias e três empates, com destaque para a partida contra a Colômbia, vencendo na casa do adversário, e um fantástico 3 a 0 contra o Uruguai em Montevidéu.

Depois de conseguir pela primeira vez passar para a segunda fase da Copa América, em 2007, nas atuais eliminatórias os venezuelanos já venceram o Equador, fora de casa, por 1 a 0, e superaram a Bolívia em um empolgante 5 a 3. Estão em quinto lugar, o que lhes daria o direito de disputar uma vaga para a Copa do Mundo contra uma equipe da Concacaf. Será que é dessa vez que a Venezuela irá para o Mundial?

*****

Não é só no futebol que a Venezuela tem surpreendido. No vôlei, pela primeira vez irão às Olimpíadas. Em dose dupla! O masculino, após a histórica vitória contra o Brasil de Bernardinho no Pan de 2003, venceu a Argentina na casa do rival para assegurar sua vaga. Já as meninas selaram sua classificação contra o Peru, uma das seleções mais tradicionais do continente.

*****

Não é possível mensurar ao certo se a evolução no futebol tem relação com os investimentos do governo de Hugo Chávez. Mas o fato é que tem sido feito um esforço para massificar a prática esportiva nas escolas e treinadores estrangeiros chegam para preparar atletas, como é o caso do brasileiro Ricardo Navajas, do vôlei. Para se ter uma idéia, em 2006, os investimentos na área foram de US$ 510 milhões, além de terem sido gastos US$ 700 milhões para financiar as obras da Copa América de 2007.

segunda-feira, novembro 26, 2007

Eu e a torcida adversária

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Tania Lima, amiga de Carminha, eminência parda desse blogue, foi pela primeira vez a um estádio de futebol no jogo da seleção contra o Uruguai. Mas ficou na torcida celeste... Abaixo, o texto dela, feito para o Futepoca, que conta como foi.


Ontem foi minha estréia. Passada a injustificada aversão pelo futebol, que gradativamente foi perdendo força no decorrer dos últimos cinco anos, vi-me, de corpo e espírito presentes, no estádio do Morumbi. Em tempo: já via-me, na noite que antecedeu a partida, misturada à turba de torcedores vestidos de verde-amarelo. Mas o ingresso que caiu-me às mãos, físico, palpável, legível e com indicação de setor e assento, no dia da partida, colocava-me junto à torcida adversária! Não é como estar avizinhada, ou ter no entorno etc., é exata e especificamente estar imiscuída!

Pouco dada a eventos que reúnam multidões, e por consequência não familiarizada com o ambiente, embora a partida tivesse seu início marcado para as 21h45, antecipei-me, e às 18h em ponto disse aos colegas de trabalho: me estoy yendo. E fui. Andei errante entre um e outro portão de acesso até ver-me instalada cerquita a los hermanos. Iniciado o espetáculo, os uruguaios, em intervalos, entoavam entusiasmados: “Soy, celeste, soy celeste, soy celeste, celeste, soy, soy !!!” Havia uma lista de alternativas para o “celeste” do refrão, que eu não conseguia decifrar, por mais que disponibilizasse os dois ouvidos, dúvida que após uma consulta, no intervalo, a um uruguaio, muy guapo, ficou esclarecida, deixando claro a relação do celeste do refrão com a cor da camisa da seleção uruguaia. A ignorância decididamente aprisiona, e é lindo o azul do céu que nos cobre a todos.

Não ponho resistência ao que se configura previsível, e como costumeiramente acontece, emocionei-me com o hino nacional brasileiro, e desafinada, inclusive porque no peito dessa desafinada indubitavelmente bate um coração brasileiro, cantei solitária, altiva e orgulhosa de meu hino que é, dentre todas e muitas belezas, uma primazia em música e verso.

Há num estádio de futebol, com algo aproximado a 80 mil pessoas presentes, uma energia reinante, sob o efeito da qual nos sentimos inebriados e, sem qualquer autonomia, somos movidos por sentimentos e sensações que oscilam e se intercalam entre o desalento e a euforia, ao sabor de qualquer passe incerto ou drible magistral. Seguramente a aversão passada se transformou ontem em paixão.



domingo, novembro 18, 2007

Mal acostumados

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Já estamos ficando mal acostumados. Porém, no sentido inverso do que a expressão costuma ser usada. Já vemos a seleção brasileira jogando fora contra times de qualidade técnica inferior - caso do Peru hoje - e escutamos dos atletas canarinhos:"tínhamos o objetivo de vencer, mas não podemos desprezar um empate fora de casa". Não???

Pois eu desprezo totalmente. O Brasil jogou, o tempo todo, para empatar com o Peru. Quando à frente no marcador, não se preocupou em atuar aproveitando os contra-ataques que a seleção peruana o presenteava. Os laterais de Dunga são laterais mesmo, não alas, e avançam pouco. Quando defendem, ainda conseguem comprometer, como é o caso do canhoto Gilberto. Seu lado foi a avenida peruana, e suas falhas defensivas só não causaram uma tragédia porque Juan estava inspirado demais. Maicon pouco desceu. Se isso não era orientação técnica, que ambos fossem substituídos.

Os volantes não atacam. Se Mineiro, quando no São Paulo, aparecia próximo à área adversária em momentos cruciais para o Tricolor, na seleção ele não avança. Quanto a Gilberto Silva, melhor que não vá para frente mesmo. Como seu xará de equipe, sua permanência como titular é um enigma.

Quando está zero a zero, Dunga tem um esquema. Quando está um a zero, o esquema é o mesmo. Quando o Peru empata, Dunga substitui. Coloca Elano para jogar no lugar de Robinho, mas na função de Ronaldinho Gaúcho, que ocupa a esquerda que era do atleta madrilenho. Pouco antes, troca Vágner Love por Luis Fabiano. O esquema? Rigorosamente o mesmo. Não consegue fazer uma alteração que seja de fato tática. Por que? O empate fora de casa é bom.

PS: Revi "Pelé Eterno" ontem. O Rei recebe passes de Pepe, Coutinho, Pagão, Dorval... Vendo ontem os passes dados por Vagner Love a Robinho, Kaká e Gaúcho, fico pensando se Pelé seria o Rei caso tivesse que fazer tabelas com o atleta do CSKA.

quinta-feira, setembro 27, 2007

É com Fernando e Afonso que a gente vai

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Saiu hoje a convocação do Dunga para a estréia do Brasil nas eliminatórias para a Copa de 2010. Nenhuma surpresa nos nomes. Infelizmente, o atacante Afonso e o volante Fernando (a pergunta continua: quem?) estão na lista. Seguem os nomes:

Goleiros:

Doni (Roma/ITA)

Júlio César (Inter de Milão/ITA)

Defensores:

Alex Costa (Chelsea/ING)

Alex Silva (São Paulo)

Daniel Alves (Sevilla/ESP)

Gilberto (Hertha Berlim/ALE)

Juan (Roma/ITA)

Kléber (Santos)

Lúcio (Bayern de Munique/ALE)

Maicon (Inter de Milão/ITA)

Meio-campistas:

Diego (Werder Bremen/ALE)

Elano (Manchester City/ING)

Fernando (Bordeaux/FRA)

Gilberto Silva (Arsenal/ING)

Josué (Wolfsburg/ALE)

Júlio Baptista (Real Madrid/ESP)

Kaká (Milan/ITA)

Mineiro (Hertha Berlim/ALE)

Ronaldinho Gaúcho (Barcelona/ESP)

Atacantes:

Afonso (Heereveen/HOL)

Robinho (Real Madrid/ESP)

Vágner Love (CSKA/RUS)


Quem poderia ter sido lembrado e não foi? Alexandre Pato? Ceni e Diego Cavallieri? Qualquer volante melhorzinho? Qualquer atacante que exista?

E com essa lista? Dá para garantir a vaga sem sustos?