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domingo, maio 01, 2011

São Paulo 0 X 2 Santos - Muricy mexe bem. E os craques decidem

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Nada de time reserva. Muricy Ramalho entrou com seus titulares para enfrentar o São Paulo, que tinha a vantagem da torcida e do campo, para tentar uma vaga na decisão do campeonato paulista. Ainda que o Tricolor tenha entrado com a proposta de acuar o Peixe, foi Neymar, depois de falha grotesca de Alex Silva, quem meteu uma bola na trave logo no início da partida. Mais à frente, Edu Dracena tentou imitar o rival e quase o São Paulo fez o gol.

A primeira etapa teve uma configuração curiosa: o time do Morumbi atacava mais pelo lado esquerdo da defesa alvinegra, com Jean e Ilsinho, mas também foi por ali que Léo chegou com perigo, exigindo uma boa defesa de Rogério Ceni. Mas foi jogando também pelo outro lado que os donos da casa, a partir dos 30 minutos, passaram a exercer muito mais pressão que o Peixe, fazendo uma blitz por oito minutos. Jean perdeu uma grande chance na cara do gol, quase reproduzindo um tiro de meta.

Se fosse uma luta de boxe, o São Paulo teria terminado a primeira etapa com leve vantagem por pontos. Mas Muricy mudou no intervalo. Colocou o zagueiro Bruno Aguiar e sacou o mais uma vez inoperante (ainda é o queridinho da torcida?) Zé Love. A ideia não foi recuar o time, mas sim avançar um pouco mais os laterais, os transformando em alas, e tomar conta do meio de campo, área de domínio tricolor até aquele momento. Em compensação, liberou mais os até então discretos Ganso e Elano para apoiarem Neymar.

Com menos de cinco minutos, Jonathan e Léo já tinham ido bem até  campo rival, e o São Paulo não conseguia mais atacar com tanta facilidade. Bruno Aguiar, jogando pelo lado direito, atuou muito bem, apesar de ter dado um passo errado que armou um contra-ataque sãopaulino. Mas difícil um zagueiro não falhar em um jogo tão movimentado.

O primeiro gol santista saiu graças a uma tranquilidade incrível de Paulo Henrique Ganso na área, depois de passe de Neymar. Ele conseguiu controlar e dar uma assistência primorosa para Elano marcar e voltar ao topo da artilharia do Paulista. O meia, aliás, que também fez gol contra o Tricolor na primeira fase da competição, conseguiu sua nona vitória na disputa (são só duas derrotas).

O segundo tento do Santos não tardaria, e com participação de um gigante veterano. Léo, que resistiu como pôde às investidas em seu setor no primeiro tempo e apoiou bem quando foi ao ataque, roubou a bola na intermediária e tocou para Ganso, que lançou Neymar. O atacante disputou corrida com dois zagueiros sãopaulinos, recebeu um toque de Xandão – e não caiu. Perdeu o ângulo para a finalização mas viu o companheiro Ganso chegando. Deu o passe e o Dez tocou com precisão para fazer o gol que desmoronou o rival.


A partir daí, o São Paulo tentou chegar com chuveirinhos sucessivos na defesa peixeira, com Rivaldo jogando a bola na área, tentando aproveitar a altura de Fernandão, que quase marcou. Antes disso, Neymar perdeu uma chance inacreditável sozinho diante de Rogério Ceni. Mas o santista tem créditos sobrando. E Muricy Ramalho, assim como fez à frente do São Caetano em 2004, eliminou o São Paulo do campeonato paulista. E o Santos, pelo segundo ano seguido, tirou o Tricolor nas semifinais do estadual, a quarta eliminação seguida da equipe da capital nessa etapa da competição.

A vitória traz mais confiança para a equipe, mas o desgaste também parece ser evidente. Desde que assumiu o Peixe, Muricy encarou cinco “finais”: contra o Cerro Porteño, em Assunção; Deportivo Táchira, no Pacaembu; Ponte Preta e América-MEX, na Vila, e São Paulo, no Morumbi. Já na terça, a partida de volta contra os mexicanos, em uma cidade a pouco mais de 200 quilômetros da Cidade do México. A força psicológica se consolida, mas a física aguenta?

terça-feira, fevereiro 02, 2010

No mato. E sem cachorro...

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A venda de André Dias (foto) para a Lazio por 2,5 milhões de euros, cerca de R$ 6,5 milhões, deixa a zaga do São Paulo totalmente exposta, desentrosada e sem opções para a estreia na Copa Libertadores, dia 10, contra o Monterrey do México. Afinal, como confiar em Renato Silva? Quem é Xandão? Pior: Miranda vem jogando muito mal, Alex Silva ainda demora para se recuperar de contusão e Andre Luis cumpre suspensão e está fora da primeira fase do torneio (se bem que isso pode até ser considerado um alívio!). Resumo da ópera: se o técnico Ricardo Gomes escalar o time no 3-5-2 na Libertadores, só terá Miranda, Renato Silva e Xandão em campo - e NENHUM zagueiro no banco. Se alguém se machucar ou for expulso, terá que improvisar Richarlyson na defesa. Isso é planejamento? Gomes ainda espera a contratação de um bom lateral-direito, para poder voltar ao 4-4-2. Cicinho não vem e, se viesse, é ofensivo e só renderia com três zagueiros em campo. Sei não. Nesta temporada me parece que a vaca foi para o brejo com menos de um mês no pasto...

sexta-feira, janeiro 29, 2010

Resumão Tricolor (ah, se não fosse o Youtube!)

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Por Moriti Neto

Tenho sido cobrado (com razão!) pela ausência de posts sobre os jogos do Tricolor. Explico: até ontem não tinha assistido ou escutado qualquer transmissão do Campeonato Paulista. Confesso que não tenho muita paciência com as partidas de começo de ano. Times em formação, jogadores “amarrados”, sem ritmo e tal; tudo aquilo que é englobado nos cansativos e repetitivos discursos dos técnicos “de que as equipes precisam de ritmo, sequência e num sei que lá, num sei que lá”.

No frigir dos ovos, optei por fazer uma análise geral das quatro atuações do São Paulo em 2010. Como? Simples. A partir do jogo de ontem, contra o Paulista, acompanhado pelo rádio, e assistindo aos melhores momentos dos outros três via Youtube. É minha nova opção para casos emergenciais. Quando não acompanhar transmissões ao vivo ou ao menos ver reprises pela televisão, serei assumidamente um “comentarista youtubista”.

Na estreia, contra a Portuguesa, que o Marcão já comentou, o São Paulo começou ganhando, perdeu um caminhão de gols, teve domínio no primeiro tempo, mas cedeu espaços à Lusa, que correu mais na segunda etapa e, merecidamente, venceu por 3 a 1.

Já no segundo jogo, com o Mirassol, Ricardo Gomes colocou em campo um time totalmente diferente, com muitos reservas, e o São Paulo só não perdeu graças a um golaço de Richarlysson, no finzinho da peleja. Mas, pelo que vi, a derrota seria resultado justíssimo.

Aí, no sábado passado, veio o "temido" Rio Claro, que segundo comentários maldosos que pululam entre companheiros de redação, não ganha nem do Velo Clube (o que a companheira Carminha teria a dizer sobre isso?). O Tricolor, jogando em casa, fez 3 x 0, com gols de Hernanes, Washington e Rogério Ceni, de penâlti. Essa vitória parece ter servido para Ricardo Gomes perceber uma coisa: para o esquema 4-4-2 funcionar é necessário ter laterais de ofício.

Eis, então, finalmente, o jogo que acompanhei na íntegra O São Paulo atuou numa éspecie de matinê, na tarde desta quinta-feira, na Arena Barueri, e venceu bem o Paulista de Jundiaí.

Dagoberto matou a pau, fazendo dois gols, driblando objetivamente e dando belos passes, sem a normal afobação costumeira. O outro tento foi anotado por André Dias.

Contudo é bom ressaltar que a situação só melhorou para o Time da Fé depois que o Galo da Japi teve um jogador expulso. O volante Rai tomou o vermelho aos 37 do tempo incial, seus companheiros reclamaram, mas a falta em Dagoberto foi mesmo bem forte. A partir dali, os são paulinos tiveram mais espaços e souberam aproveitar. Não faltaram bolas trabalhadas em velocidade pelos lados.

Fora Dagoberto, destaques para Jorge Wagner, na ala esquerda, e para o trio de zagueiros André Dias, Miranda e Xandão (sim, destaque para Xandão, o melhor na defesa!).

Foi a primeira vez no ano que o Tricolor jogou no esquema 3-5-2, clara sinalização para o restante da temporada, já que com a volta de Alex Silva não haverá como fugir da formação. Porém, antes de começar a elocubrar sobre variações táticas, quero ver um pouco mais do time e o que ocorre até o fechamento das janelas de negociação.


Nota da redação (por Frédi). Publiquei por que aqui a gente não é de discriminar as opções das pessoas, mas juro que não entendi as exclamações no título, o que é um "comentarista youtubista" e a preferência pelo craque Xandão (isso deve ser coisa de são-paulino).