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11 novembro 2013

Lenda de S.Martinho

                            Dia de S.Martinho - 11 de Novembro

 
         Os Santos populares em Portugal são festejados no tempo quente de Verão: Santo António, São João e São Pedro. No Inverno há apenas um, que chega com o frio: São Martinho, que associamos à prova do vinho novo e às castanhas. Martinho nasceu no séc. IV em 316 ou 317 D.C. O nome de Martinho foi-lhe dado em homenagem a Marte, o Deus da Guerra e o protector dos soldados. Terá sido baptizado, por volta do ano 339.

        Martinho era filho de um soldado do exército romano e, como mandava a tradição, filho de militar segue a carreira militar, como todos os jovens que nesse tempo seguiam na continuidade a arte ou ofício do pai. Martinho estudou em Pavia, para onde a família foi viver, e entrou para o exército com 15 anos, tendo atingido o posto de General do Exército . Tinha a religião dos seus antepassados, deuses que faziam parte da mitologia dos romanos, deuses venerados no Império Romano, que, como é óbvio, variavam um pouco de região para região, dada a imensidão do Império. As Gálias teriam os seus deuses próprios, como os tinham a Germânia ou a Hispânia.

 Quando atravessava as montanhas dos Alpes, provavelmente, no ano de 338,  Martinho encontrou um mendigo esfomeado, mal agasalhado e gelado que lhe pedia esmola. O general ao ver o mendigo comoveu-se e como não tinha esmola para lhe dar, retirou o seu manto vermelho (clâmide), espesso e quente que o protegia do frio e da chuva dando-lhe um golpe de espada e dividiu em duas estendendo uma das partes ao mendigo e agasalhou-se o melhor que pôde para continuar o seu caminho. Apesar de mal agasalhado e a chover torrencialmente, Martinho continuou o seu caminho de regresso a casa, cheio de felicidade. Devido ao gesto de solidariedade, Deus presenteou este gesto fazendo desaparecer a tempestade. Imediatamente o céu ficou azul e surgiu um sol de verão, cheio de luz e calor. O bom tempo continuou durante os três dias, tempo que levou o general a chegar ao seu destino.  E assim todos os anos em Novembro somos presenteados com três magníficos dias de sol para que a memória dos homens não se esqueça do gesto que salvou a vida ao mendigo.
 
             Martinho, ainda militar, mas com uma dispensa vai ter com Hilário (mais tarde Santo Hilário) a Poitiers. Só em 357 Martinho é dispensado oficialmente do exército e continua a espalhar a sua fé. Funda primeiro o mosteiro de Ligugé e depois o mosteiro de Marmoutier, perto de Tour, com um seminário. Entretanto a sua fama espalha-se. Com o tempo, as suas pregações, o seu exemplo de despojamento e simplicidade, fazem dele um homem considerado santo. É aclamado bispo de Tours, provavelmente em Julho de 371.
 
            Morre em Candes, no dia 8 de Novembro do ano de 397 e o seu corpo foi acompanhado por    2 000 monges, muito povo e mulheres devotas. Chega à cidade de Tours no dia 11 de Novembro.  Em 444 foi elevada uma capela no local. Não foram só as gentes das Gálias que o veneraram, o seu culto espalhou-se por todo o Ocidente e parte do Oriente.
           Passando o dia de S.Martinho a ser comemorado a 11 de Novembro.
 
Por toda a Europa os festejos em honra de São Martinho, também conhecido por S. Martinho de Tours,  estão relacionados com cultos da terra, das previsões do ano agrícola, com festas e canções desejando abundância e, nos países vinícolas, do Sul da Europa, com o vinho novo e a água-pé. Daí os adágios «Pelo São Martinho vai à adega e prova o teu vinho» ou «Castanhas e vinho pelo São Martinho».

São Martinho e o Magusto
São Martinho é considerado como o santo dos bons bebedores. É nesta atura do ano que se faz a prova do vinho novo acompanhado das respectivas castanhas. É por tradição, no dia 11 de Novembro que se prova o vinho novo e que se atestam as pipas. O vinho novo é especial uma vez que deve ser bebido antes do Verão, devido às suas características de fermentação.

Aliado aos festejos do dia de S. Martinho está também o tradicional magusto, tradição ainda mais antiga que a data consagrada a este santo. Os magustos começavam no dia 28 de Outubro, dedicados a S. Simão e duravam até ao S. Martinho. Nesse dia, decorria o magusto familiar em que se reuniam os familiares na casa de um deles, assavam-se as castanhas e na lareira era pendurada uma panela furada. Depois de assadas as castanhas, as famílias jogavam ao “par ou pernão” e diziam os seguintes versos: “Dia de S. Simão, Só não assa castanhas, Quem não é cristão”.

Durante a noite de 11 de Novembro, era formada a “confraria” que, com tachas de palha, acesas, andavam pelas ruas da freguesia a cantar e a tocar harmónio, guitarra, zabumba e ferrinhos, já tocados pela bebida e chamando a atenção das raparigas, passando pelas várias adegas ou tabernas.

 Jeropiga e Água-Pé em vias de extinção
         A jeropiga e a água-pé, as bebidas tradicionais que acompanham as castanhas nesta época de S. Martinho, correm o risco de, a médio prazo, desaparecerem por completo.
Estas bebidas, são iguarias de fabrico caseiro das regiões do Minho, Trás-os-Montes, Beira Interior e Ribatejo (Portugal), da qual a produção tem vindo a diminuir dado que os campos têm sido abandonados e as explorações vinícolas de características empresariais vão ganhando terreno, no entanto, o maior problema resulta da lei que proíbe o fabrico e a comercialização destas bebidas tão procuradas e apreciadas. A água-pé, segundo diz, é para beber com as castanhas assadas e, algumas vezes, a meio de uma jornada de trabalho, quando o Verão de S. Martinho aquece os dias, já a jeropiga, bebida com elevado teor alcoólico é usada para beber com castanhas assadas, mas também é excelente para acompanhar outros frutos secos, como nozes, avelãs ou figos, e mesmo alguns doces tradicionais como filhós, fatias douradas ou broas de Natal.
 

01 novembro 2013

Dia de todos os Santos

All Saints -Autor:Fra Angelico (1395-1455, pintor Renascentista Italiano)
 
A Enciclopédia Católica define o Dia de Todos os Santos como uma festa em “honra a todos os santos, conhecidos e desconhecidos”. No fim do segundo século, professos cristãos começaram a honrar os que haviam sido martirizados por causa da sua fé e, achando que eles já estavam com Cristo no céu, oravam a eles para que intercedessem a seu favor. A comemoração regular começou quando, em 13 de maio de 609 ou 610 DC, o Papa Bonifácio IV dedicou o Panteão — o templo romano em honra a todos os deuses — a Maria e a todos os mártires.
 
 Markale comenta: “Os deuses romanos cederam seu lugar aos santos da religião vitoriosa.”
A data foi mudada para novembro quando o Papa Gregório III (731-741 DC) dedicou uma capela em Roma a todos os santos e ordenou que eles fossem homenageados em 1.° de Novembro. Não se sabe ao certo por que ele fez isso, mas pode ter sido porque já se comemorava um feriado parecido, na mesma data, na Inglaterra. The Encyclopedia of Religion (Enciclopédia da Religião) afirma: “O Samhain continuou a ser uma festa popular entre os povos celtas durante todo o tempo da cristianização da Grã-Bretanha. A Igreja britânica tentou desviar esse interesse em costumes pagãos acrescentando uma comemoração cristã ao calendário, na mesma data do Samhain. . . . É possível que a comemoração britânica medieval do Dia de Todos os Santos tenha sido o ponto de partida para a popularização dessa festividade em toda a Igreja cristã.”(...)
 
Na Igreja Católica, o dia de "Todos os Santos" é celebrado no dia 1 de Novembro e o de "Finados" no dia 2 de Novembro. Esta tradição de recordar (fazer memória) os santos está na origem da composição do calendário litúrgico, em que constavam inicialmente as datas de aniversário da morte dos cristãos martirizados como testemunho pela sua fé, realizando-se nelas orações, missas e vigílias, habitualmente no mesmo local ou nas imediações de onde foram mortos, como acontecia em redor do Coliseu de Roma. Posteriormente tornou-se habitual erigirem-se igrejas e basílicas dedicadas em sua memória nesses mesmos locais.
 
O desenvolvimento da celebração conjunta de vários mártires, no mesmo dia e lugar, deveu-se ao facto frequente do martírio de grupos inteiros de cristãos e também devido ao intercâmbio e partilha das festividades entre as dioceses/paroquias por onde tinham passado e se tornaram conhecidos. A partir da perseguição de Diocleciano o número de mártires era tão grande que se tornou impossível designar um dia do ano separado para cada um. O primeiro registo (Século IV) de um dia comum para a celebração de todos eles aconteceu em Antioquia, no domingo seguinte ao de Pentecostes, tradição que se mantém nas igrejas orientais.
 
Com o avançar do tempo, mais homens e mulheres se sucederam como exemplos de santidade e foram com estas honras reconhecidos e divulgados por todo o mundo. Inicialmente apenas mártires (com a inclusão de São João Baptista), depressa se deu grande relevo a cristãos considerados heróicos nas suas virtudes, apesar de não terem sido mortos. O sentido do martírio que os cristãos respeitam alarga-se ao da entrega de toda a vida a Deus e assim a designação "todos os santos" visa celebrar conjuntamente todos os cristãos que se encontram na glória de Deus, tenham ou não sido canonizados (processo regularizado, iniciado no Século V, para o apuramento da heroicidade de vida cristã de alguém aclamado pelo povo e através do qual pode ser chamado universalmente de beato ou santo, e pelo qual se institui um dia e o tipo e lugar para as celebrações, normalmente com referência especial na missa).(...)  (in: wikipedia.org 01-11-2013)

30 outubro 2013

Halloween ou dia das bruxas






 lanterna de halloween feita de abóbora

Dia de halloween /dia das bruxas 31 de Outubro

 
A origem do halloween remonta às tradições dos povos que habitaram a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C., embora com marcas das diferenças em relação às atuais abóboras ou da famosa frase "Gostosuras ou travessuras", exportada pelos Estados Unidos, que popularizaram a comemoração. Originalmente, o halloween não tinha relação com bruxas. Era um festival do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, celebrado entre 30 de outubro e 2 de novembro e marcava o fim do Verão (samhain significa literalmente "fim do Verão").

Origem Pagã

A origem pagã tem a ver com a celebração celta chamada Samhain, que tinha como objetivo dar culto aos mortos. A invasão das Ilhas Britânicas pelos Romanos (46 A.C.) acabou mesclando a cultura latina com a celta, sendo que esta última acabou minguando com o tempo. Em fins do século II, com a evangelização desses territórios, a religião dos Celtas, chamada druidismo, já tinha desaparecido na maioria das comunidades. Pouco sabemos sobre a religião dos druidas, pois não se escreveu nada sobre ela: tudo era transmitido oralmente de geração para geração. Sabe-se que as festividades do Samhain eram celebradas muito possivelmente entre os dias 5 e 7 de novembro (a meio caminho entre o equinócio de verão e o solstício de inverno). Eram precedidas por uma série de festejos que duravam uma semana, e davam ao ano novo celta. A "festa dos mortos" era uma das suas datas mais importantes, pois celebrava o que para os cristãos seriam "o céu e a terra" (conceitos que só chegaram com o cristianismo). Para os celtas, o lugar dos mortos era um lugar de felicidade perfeita, onde não haveria fome nem dor. As festas eram presididas pelos sacerdotes druidas, que atuavam como "médiuns" entre as pessoas e os seus antepassados. Dizia-se também que os espíritos dos mortos voltavam nessa data para visitar seus antigos lares e guiar os seus familiares rumo ao outro mundo.(...)

Origem Católica

Desde o século IV a Igreja da Síria consagrava um dia para festejar "Todos os Mártires". Três séculos mais tarde o Papa Bonifácio IV († 615) transformou um templo romano dedicado a todos os deuses (Panteão) num templo cristão e o dedicou a "Todos os Santos", a todos os que nos precederam na fé. A festa em honra de Todos os Santos, inicialmente era celebrada no dia 13 de maio, mas o Papa Gregório III († 741) mudou a data para 1º de novembro, que era o dia da dedicação da capela de Todos os Santos na Basílica de São Pedro, em Roma. Mais tarde, no ano de 840, o Papa Gregório IV ordenou que a festa de Todos os Santos fosse celebrada universalmente. Como festa grande, esta também ganhou a sua celebração vespertina ou vigília, que prepara a festa no dia anterior (31 de outubro). Na tradução para o inglês, essa vigília era chamada All Hallow’s Eve (Vigília de Todos os Santos), passando depois pelas formas All Hallowed Eve e "All Hallow Een" até chegar à palavra atual "Halloween".(...)

Actualmente

Entre os elementos acrescidos, temos por exemplo o costume dos "disfarces", muito possivelmente nascido na França entre os séculos XIV e XV. Nessa época a Europa foi flagelada pela Peste Negra e a peste bubônica dizimou perto da metade da população do Continente, criando entre os católicos um grande temor e preocupação com a morte. Multiplicaram se as Missas na festa dos Fiéis Defuntos e nasceram muitas representações artísticas que recordavam às pessoas a sua própria mortalidade, algumas dessas representações eram conhecidas como danças da morte ou danças macabras.

Possivelmente, a tradição de pedir um doce, sob ameaça de fazer uma travessura (trick or treat, "doce ou travessura"), teve origem na Inglaterra, no período da perseguição protestante contra os católicos (1500-1700). (...)
Mais tarde, a comemoração do dia de Guy Fawkes chegou à América trazida pelos primeiros colonos, que a transferiram para o dia 31 de outubro, unindo a com a festa do Halloween, que havia sido introduzida no país pelos imigrantes irlandeses. Vemos, portanto, que a atual festa do Halloween é produto da mescla de muitas tradições. (...)

Novos elementos do Halloween

A celebração do 31 de Outubro, muito possivelmente em virtude da sua origem como festa dos druidas, vem sendo ultimamente promovida por diversos grupos neo-pagãos, e em alguns casos assume o caráter de celebração ocultista. Hollywood fornece vários filmes, entre os quais se destaca a série Halloween, na qual a violência plástica e os assassinatos acabam por criar no espectador um estado de angústia e ansiedade. Muitos desses filmes, apesar das restrições de exibição, acabam sendo vistos por crianças, gerando nelas o medo e uma idéia errônea da realidade. Porém, não existe ligação dessa festa com o mal. Na celebração atual do Halloween, podemos notar a presença de muitos elementos ligados ao folclore em torno da bruxaria. As fantasias, enfeites e outros itens comercializados por ocasião dessa festa estão repletos de bruxas, gatos pretos, vampiros, fantasmas e monstros, no entanto isso não reflete a realidade pagã.   (in wikipedia.org 30-10-2013)
 
 




 A Lenda de Jack lanterna (origem das lanternas de halloween)

" Jack  Miserável " in history.com 

As pessoas fazem lanternas de Halloween à muitos séculos. A prática teve origem a partir de um mito irlandês sobre um homem apelidado de " Jack Miserável ". Segundo a lenda, este convidou o Diabo para tomar uma bebida com ele. Fiel ao seu nome, Jack Miserável não queria pagar a sua bebida, então convenceu o Diabo a se transformar numa moeda que ele poderia usar para comprar as bebidas. Uma vez que o Diabo assim o fez, Jack decidiu ficar com o dinheiro e colocá-lo no bolso junto com  uma cruz de prata , o que impediu o Diabo de mudar de voltar à sua forma original. Jack finalmente libertou o Diabo, sob a condição de que ele não o incomodaria durante um ano e  se entretanto Jack morresse , o Diabo não iria reivindicar a sua alma. No ano seguinte, Jack novamente enganou o Diabo, convencendo-o a subir uma árvore para pegar um pedaço de fruta . Enquanto ele estava em cima da árvore, Jack esculpiu um sinal da cruz na casca da árvore para que o diabo não pudesse descer  até que o Diabo prometeu a Jack que não o incomodaria por mais dez anos.

Logo depois, Jack morreu. Segundo a lenda, Deus não permitiria que uma figura tão desagradável fosse para o céu. O Diabo, chateado com os truques que Jack tinha usado para o enganar decidiu manter a palavra de não reclamar a sua alma, não permitiria que Jack entrasse no inferno. Enviou Jack para a noite escura, com apenas uma queima de carvão para iluminar seu caminho. Jack colocou o carvão num nabo esculpido e ficou a vaguear pela Terra desde então.
Os irlandeses começaram-se a referir a essa figura fantasmagórica como "Jack of the Lantern," e mais tarde simplesmente" Jack O'Lantern “ Jack Lanterna.

Na Irlanda e na Escócia, as pessoas começaram a fazer as suas próprias versões de lanternas do Jack,  esculpindo rostos assustadores em nabos e batatas e a colocá-las em janelas ou perto de portas para afugentar Jack Miserável e outros espíritos errantes . Na Inglaterra, são usadas grandes beterrabas.
Os imigrantes destes países levaram a tradição Jack O'Lantern com eles para os Estados Unidos. Tendo começado a utilizar abóboras uma fruta nativa da América , para fazerem os seus Jack Lanterna.
(traduzido para português por: Victor Simões)
 

 

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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