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08 novembro 2007

AMOR E MAR - Soneto

De Brizíssima

Mordemos o tempo em beijos de vento
Sorvemos as horas em sal diluídas
Trocámos promessas num mar sem alento
Despidos do mundo, gaivotas perdidas

A brisa soprou doçura e ciúme
A chuva caíu sobre nós, indiferente,
E os dois abraçados bem alto, no cume,
Vivemos a sós este amor imprudente

De corpos unidos, corais em paixão,
Gritámos saudade, amor, solidão,
Num marulhar sem mácula nem vício

Na noite escura de estrelas sombrias
Acendeu o nosso amor mil fantasias
Rasgando o céu em fogos de artifício!!!

Autora Brizíssima, do blog Brizíssima

21 setembro 2007

Poema do Outono

O OUTONO chegou

que lindo dia!

Vem, amor,

vem passear comigo pela rua,

que bom vai ser

sentir a minha mão na tua.

Olharemos o céu

com o mesmo olhar extasiado,

que bom vai ser

pisar as folhas a teu lado.

Ouvir o pássaro cantar

por sobre o ramo despido

e o sussurrar do teu amor

no meu ouvido.

Gente irá passando

alheada junto a nós,

que bom vai ser

sentir o mundo

e estarmos sós.

Num banco de jardim

soprado por fresca brisa

falar-te-ei de mim

serei poetisa.

Mas, se a brisa soprar

mais fresca e mais agreste,

irei buscar

o xaile que me deste.

E o brilho do nosso olhar

que em ternura se reflecte

será poesia, canção,

magia que se repete.

Poema oferecido por Brizíssima http://brizissima.blogs.sapo.pt/

20 setembro 2007

OUTONO

Chegas amanhã, Outono, e como eu te esperei...

Setembro vai caminhando já com sinais de cansaço, desmaiando aqui e ali em cores que o sol não domina nem protege.

A brisa vai soprando já com prenúncios de mudança. Sopra mais ligeira, mais atrevida. Sem o peso de canículas e chuvas de Verão. Agita uma folhagem perdida no alvoroço do seu destino, sem tréguas e sem esperança, caindo em solo alheado.

Sinfonia triste de uma balada todos os anos repetida.

Doce aquietar de sonhos vividos em partilha aceite e consumada.

Tempo de vindimas. Os bagos inchados de seiva de ternura e temperados de alegria apetecida. Uma apoteose de néctares e cantigas, risos e danças.

Outono...

O recomeço das aulas.

Batas vestindo risos, moldando emoções. Bandos de criançadas. Pássaros chilreando em algazarra colorida. Alguns saídos de ninhos acolchoados de amor para um primeiro voo, numa aventura que ainda amedronta mas excita.

Reencontro de amigos. Mistura ruidosa de jeans e abraços. Um reviver de momentos passados na partilha de gargalhadas e soluços. O relato de férias férteis em sol e lazer.

Outono...

O cheiro das castanhas assadas. Quentura estaladiça entre mãos que se tisnam de cinza escaldante.

E a brisa fresca empurrando fumos de assadura, perdidos depois em ruído e poeira.

Choram já as folhas pisadas em gemidos, sem eco na indiferença da multidão em faina apressada.

O sol com um brilhar mais cálido e suave, perdendo-se em acenos rubros e silenciosos lá bem nos confins do horizonte...

Como te esperei, Outono, para uma vez mais te celebrar em veleidades de poeta.

E amanhã, só amanhã poderás ler o meu poema.

Extraído do blog Brizíssima http://brizissima.blogs.sapo.pt/

Prémio

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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