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19 julho 2010

PARA MEDITAR...


A criação de grandes agrupamentos escolares que irá começar a tomar forma em Portugal no próximo ano lectivo está em queda noutros países, que já viveram a experiência e tiveram maus resultados. Na Finlândia, a pequena dimensão é apontada como uma das marcas genéticas de um sistema de ensino que se tem distinguido pelos seus resultados de excelência.

Em Portugal, para já, os novos agrupamentos, que juntam várias escolas sob uma mesma direcção, terão uma dimensão média de 1700 alunos, in- dicou o secretário de Estado da Educação, João Trocado da Mata. O número limite fixado foi de três mil estudantes.

Em Nova Iorque, o mayor Michael Bloomberg tem vindo a fazer precisamente o oposto. Desde 2002 foram fechados ou estão em processo de encerramento 91 estabelecimentos. Entre estes figuram mais de 20 das grandes escolas públicas secundárias da cidade, que foram substituídas por 200 novas unidades. Nas primeiras chegavam a coabitar mais de três mil alunos. Nas novas escolas, o número máximo vai pouco além dos 400.

Em algumas das grandes escolas que fecharam portas eram menos de 40 por cento os alunos que tinham êxito nos estudos. No conjunto das escolas da cidade, esta percentagem é de 60 por cento, mas entre os estudantes que estão nas novas unidades já subiu para os 69 por cento, revela um estudo financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates, divulgado no final do mês passado.

Ler Notícia completa aqui "Público".


"Na Finlândia, só três por cento dos estabelecimentos têm mais de 600 alunos. Ao contrário de Portugal, lá fora aposta-se no regresso a escolas mais pequenas"

"Em Nova Iorque, a taxa de sucesso entre os alunos que foram transferidos para escolas mais pequenas é superior à dos que permanecem nos velhos estabelecimentos"


Nota: Será que teremos de ser sempre a mesma merda, e copiar o mau, em vez dos bons exemplos? A demagogia dos nossos Políticos da treta, vão levar-nos longe, tão longe o quanto a nossa estupidez o permitir. Permitam-me que nos chame a nós uns estúpidos e uns cretinos, sim, pois temos para breve eleições e ganharão os mesmos que nos tem arruinado estes anos todos, PS/PSD/CDS, se bem que os últimos estiveram lá pouquíssimo tempo, mas o que fizeram mais valia estarem quietos (fizeram um grande negócio nos submarinos). Quero dizer que estou a salto, vou embora, para mim chega de tretas e de lamechices e choaradinhos. Vou-me pirar antes que me passe uma coisa ruim pela cabeça e seja obrigado a colocar a AR pelos ares a base de bomba... FUI.

19 dezembro 2008

Professores desmotivados

A vida de um País depende da eficiência do Ensino, da formação desde a mais tenra idade, da preparação para enfrentar as realidades profissionais, da entrega aos alunos de ferramentas válidas para interpretar a vida e tomar as melhores decisões em cada momento perante qualquer dificuldade.

Por isso, comungo o sentimento de Ferreira Fernandes perante as conclusões do inquérito que refere e lamento que o ministério da Educação não mostre capacidade para motivar os professores em benefício do Portugal de amanhã, pelo contrário, está a obter o efeito contrário, como o inquérito demonstra.

Vale a pena ler o pequeno mas significativo artigo:

A MAIS DRAMÁTICA DAS SONDAGENS
Ferreira Fernandes

O inquérito a professores foi feito a 1100 pessoas, um "universo", como se diz na linguagem das sondagens, que torna as conclusões credíveis. O inquérito foi organizado por uma entidade ligada à Federação Nacional dos Sindicatos da Educação que não deve regozijar-se com as conclusões, logo dando ainda maior credibilidade. E o que diz o inquérito? Que 75% mudavam de profissão se pudessem. Que 81%, se pudessem, pediam a aposentação. Que 26% voltariam a escolher a profissão de professores. Do inquérito - uma das mais dramáticas sondagens que já li sobre meu país - eu gostaria muito de acreditar, apesar dos considerandos, que ele é falso. Que três em quatro professores o sejam porque não se podem safar disso, é dramático. Que mais de quatro em cinco professores partiria já para a reforma, é dramático (considerando, o que não me parece abuso, que 81% dos professores não estão na véspera do seu 65.º aniversário). Não sei se é culpa do país, não sei se é culpa dos professores. Sei é que são conclusões desesperantes. E, já que estamos no fim da linha, só me apetece dizer: olá, 26% dos professores! Só vocês me interessam.

16 novembro 2008

DIVULGUEM

Professores e familiares - leiam que é grave!
O nosso país não sabe e não se apercebe, mas a grande maioria dos professores que estão no terreno já sabe que 30 anos após o 25 de Abril, estamos a assistir à destruição do sistema de ensino em Portugal.

Os motivos?....fácil:
Poupar nos profissionais (professores) para continuar a embolsar para diminuir o défice e encher os bolsos dos amigos que mamam à grande no Estado, desde administradores a gestores e passando pelos privados que recebem favores cada vez mais inconcebíveis! Até vão poupar nos profissionais que lidam com crianças deficientes (incluindo deficiências profundas, surdos, mudos, cegos, etc...) fechando os estabelecimentos apropriados a estes casos, colocando-as todas inseridas em turmas comuns numa escola normal!!!

Para fazer o quê?
Apenas porque o professor tem o dever de dar aulas? Não !!!!!- É para descredibilizar a Escola Pública e abrir caminho para os negócios privados da Educação que aí vêm! O último grande negócio que lhes faltava! Criar um país de absolutos ignorantes com um papel passado de frequência da escola que será obrigatória como depósito de pessoas, até ao 12º ano. Nunca terão emprego capaz! Não terão capacidade nem conhecimentos para protestar e deitar abaixo uma minoria de ditadorzinhos e exploradores que se alimentará e viverá em extrema riqueza à custa de todos!

Já Salazar sabia o perigo do povo ter instrução:
" A CULTURA LIBERTA!!! O burro aceita o cabresto!!!"

Aparentar na Europa que temos perto de 100% de alfabetização e frequência da escola até ao 12º ano. Uma colossal mentira!

Para isto, atacam todos os dias os professores, como se fossem os culpados de tudo o que não corre bem no ensino, pelo caminho os pais (4 milhões de votos...) são promovidos a santos e descartados de toda a responsabilidade na educação dos seus filhos (até aplaudem que no 5º e 6º anos os alunos passem a estar 11 horas por dia na escola!!! não querem filhos? Para que os tiveram?) e os alunos são promovidos a semi-deuses, podendo faltar às aulas a gosto, não trabalhando, não tendo disciplina, obrigações nem educação perante outras pessoas e estando garantida a sua passagem seja como for, e se ele não sabe nada, a culpa é do professor, claro! De repente, todos os professores que formaram milhões de Portugueses em 30 anos são incompetentes e maus profissionais, segundo este governo! Talvez devam começar a pensar que toda a base da nossa sociedade começa na educação e formação do nosso povo, senão seriam todos uns pobres labregos a trabalhar por uma Côdea de pão, e são os professores os agentes dessa formação! A base do nosso estilo de vida e da nossa sociedade!

Abram os olhos e digam a outros, pois a campanha de intoxicação das televisões por conta do governo tem impedido que as pessoas fora das Escolas saibam do que se passa!

PASSEM A PALAVRA, POIS ISTO É AINDA MUITO MAIS GRAVE DO QUE PARECE!

A avaliação do desempenho de professores, a divisão da carreira, as quotas, etc., etc., são patranhas para escamotear mais uma poupança para combater o défice!

10 outubro 2008

A "inútil" ESCREVEU A MIGUEL SOUSA TAVARES...


Há tantos inúteis neste país e só se fala dos professores… Então e os outros. Querem que enumere? É fácil!!!! A “inútil” escreveu assim a Miguel de Sousa Tavares sobre os Professores:

É do conhecimento público que o senhor Miguel de Sousa Tavares considerou “os professores os inúteis mais bem pagos deste país.” Espantar-me-ia uma afirmação tão generalista e imoral, não conhecesse já outras afirmações que não diferem muito desta, quer na forma, quer na índole. Não lhe parece que há iúteis, que fazem coisas inúteis e escrevem coisas inúteis, que são pagos a peso de ouro? Não lhe parece que deveria ter dirigido as suas aberrações a gente que, neste deprimente país, tem mais do que uma sinecura e assim enche os bolsos? Não será esse o seu caso? O que escreveu é um atentado à cultura portuguesa, à educação e aos seus intervenientes, alunos e professores. Alunos e professores de ontem e de hoje, porque eu já fui aluna, logo de “inúteis“, como o senhor também terá sido. Ou pensa hoje de forma diferente para estar de acordo com o sistema?

O senhor tem filhos? - a minha ignorância a este respeito deve-se ao facto de não ser muito dada a ler revistas cor-de-rosa. Se os tem, e se estudam, teve, por acaso, a frontalidade de encarar os seus professores e dizer-lhes que “são os inúteis mais bem pagos do país?” Não me parece… Estudam os seus filhos em escolas públicas ou privadas? É que a coisa muda de figura! Há escolas privadas onde se pagam substancialmente as notas dos alunos, que os professores “inúteis’”são obrigados a atribuir. A alarvidade que escreveu, além de ser insultuosa, revela muita ignorância em relação à educação e ao ensino. E, quem é ignorante, não deve julgar sem conhecimento de causa. Sei que é escritor, porém nunca li qualquer livro seu, por isso não emito julgamentos sobre aquilo que desconheço. Entende ou quer que a professora “explique” de novo?

Sou professora de Português com imenso prazer. Oxalá nunca nenhuma das suas obras venha a integrar os programas da disciplina, pois acredito que nenhum dos “inúteis” a que se referiu a leccionasse com prazer. Com prazer e paixão tenho leccionado, ao longo dos meus vinte e sete anos de serviço, a obra de sua mãe, Sophia de Mello Breyner Andersen, que reverencio. O senhor é a prova inequívoca que nem sempre uma sã e bela árvore dá são e belo fruto. Tenho dificuldade em interiorizar que tenha sido ela quem o ensinou a escrever. A sua ilustre mãe era uma humanista convicta. Que pena não ter interiorizado essa lição! A lição do humanismo que não julga sem provas! Já visitou, por acaso, alguma escola pública? Já se deu ao trabalho de ler, com atenção, o documento sobre a avaliação dos professores? Não, claro que não. É mais cómodo fazer afirmações bombásticas, que agitem, no mau sentido, a opinião pública, para assim se auto-publicitar.

Sei que, num jornal desportivo, escreve, de vez em quando, umas crónicas e que defende muito bem o seu clube. Alguma vez lhe ocorreu, quando o seu clube perde, com clubes da terceira divisão, escrever que ‘os jogadores de futebol são os “inúteis mais bem pagos do país?” Alguma vez lhe ocorreu escrever que há dirigentes desportivos que “são os inúteis” mais protegidos do país? Presumo que não, e não tenho qualquer dúvida de que deve entender mais de futebol do que de Educação. Alguma vez lhe ocorreu escrever que os advogados “são os inúteis mais bem pagos do país?” Ou os políticos? Não, acredito que não, embora também não tenha dúvidas de que deve estar mais familiarizado com essas áreas. Não tenho nada contra os jogadores de futebol, nada contra os dirigentes desportivos, nada contra os advogados. Porque não são eles que me impedem de exercer, com dignidade, a minha profissão. Tenho sim contra os políticos arrogantes, prepotentes, desumanos e inúteis, que querem fazer da educação o caixote do (falso) sucesso para posterior envio para a Europa e para o mundo. Tenho contra pseudo-jornalistas, como o senhor, que são, juntamente com os políticos, “os inúteis mais bem pagos do país”, que se arvoram em salvadores da pátria, quando o que lhes interessa é o seu próprio umbigo.

Assim sendo, sr. Miguel de Sousa Tavares, informe-se, que a informaçãozinha é bem necessária antes de “escrevinhar” alarvices sobre quem dá a este país, além de grandes lições nas aulas, a alunos que são a razão de ser do professor, lições de democracia ao país. Mas o senhor não entende! Para si, democracia deve ser estar do lado de quem convém.

Por isso, não posso deixar de lhe transmitir uma mensagem com que termina um texto da sua sábia mãe: “Perdoai-lhes, Senhor Porque eles sabem o que fazem.”

Ana Maria Gomes
Escola Secundária de Barcelos

Esta, foi a forma que eu encontrei de homenagear todos os professores, pois sei que os há também maus, como em tudo na vida, mas uma classe não pode ser enxovalhada desta forma pela classe política, sendo a mesma de importante missão para o desenvolver de um povo.

A LUTA CONTINUA, COMPANHEIROS PROFESSORES, EU ESTOU CONVOSCO!!!

Texto publicado também no "Beezzblog" e no "Democracia em Portugal"

O Contraditório (actualizado em 12/10/2008)
Afinal, Parece que Srª Doutora se enganou, e um dos comentários se insurgiu contra o que aqui está escrito, e porque vivemos em democracia, publico aqui a dita "mea-culpa" da referida Professora

Porque me foi solicitado que publicasse…
No dia 20 de Março de 2008 foi publicada neste blogue uma carta minha intitulada "Sobre os professores - a Miguel Sousa Tavares". Em relação a essa carta, sinto-me no dever de fazer um esclarecimento.
Referi que: "É do conhecimento público que o Sr. Miguel Sousa Tavares considerou os professores "os inúteis mais bem pagos deste país". Quando escrevi "É do conhecimento público (…)", fundamentei-me naquilo que ouvi vários colegas dizerem, e não apenas da minha escola, e ainda naquilo que li na Internet, nomeadamente no blogue www.ramiromarques.blogspot.com, do qual imprimi um texto que tenho em minha posse.
Vivo num país democrático e julgo ter o direito de manifestar a minha opinião sobre aquilo que considero, ou não, correcto. Esse direito tenho-o.
Já o direito de tornar públicas declarações que pudessem ter sido proferidas ou escritas pelo próprio, sem que eu própria as tivesse ouvido ou lido, esse direito não o tenho. Efectivamente, não ouvi o comentador Miguel Sousa Tavares proferir sobre os professores a frase "os inúteis mais bem pagos deste país", nem li a mesma frase escrita pelo jornalista Miguel Sousa Tavares - e que o próprio desmente terminantemente alguma vez ter dito, escrito ou sequer insinuado.
Admito que cometi dois erros. O primeiro foi ter-me fundamentado no que me transmitiram e no que li na Internet. Como pessoa de boa fé que sou, acreditei que tal fosse verdade, tanto mais que, por esses dias, alguns jornalistas escreveram sobre os professores comentários nada abonatórios, que me indignaram. O segundo foi ter dado importância ao que ouvi e li. Considero-me uma pessoa útil à sociedade no exercício da minha profissão.
Exerço-a por vocação e com paixão. E, "Quem não deve não teme", por isso nem sequer me devia ter indignado. Mas as emoções, em determinadas circunstâncias, são difíceis de controlar." Errare humanum est."
Reconheço, pois, que me precipitei, que errei, e, como cidadã responsável de um país democrático, tenho também deveres, por isso, esclarecida que está a situação, quero retractar-me e pedir desculpa a Miguel Sousa Tavares. Assim, retiro tudo o que disse na minha primeira carta, e que o possa ter lesado na honra e bom nome.

Ana Maria Gomes
Escola Secundária de Barcelos

por lm, 2008.10.05 18:34:24
http://smartforum.educare.pt/index.php?id=69009

03 setembro 2008

A (DES)EDUCAÇÃO...


Hoje, ao ouvir na rádio (Antena 1) a rubrica "Dias do Avesso"(clica para ouvir), em que a Drª Isabel Stilwell e o Dr. Eduardo Sá habitualmente tem nestas paragens, dei por mim a meditar, enquanto descia o Marão em direcção ao Porto depois de mais uma das minhas jornadas de trabalho pelo nordeste transmontano, sobre este nosso país e o peso do estado na (des)educação. A páginas tantas os dois interlucutores deixam no ar uma coisa curiosa, cerca de 1 em cada 10 crianças em idades compreendidas entre os 3 e os 5 anos, não conseguem vaga num instituição de apoio pré-escolar do estado (gratuito) enquanto as outras tem de pagar esse apoio pré-escolar na rede privada que está ao nível do preço e até mais caro que as propinas para uma faculdade privada. Muitas destas crianças que não acedem aos centros de pré-escola gartuita e porque os pais não tem hipoteses de pagar ficam com avós ou amas, o que os prejudica gravemente na sua formação e educação, pois tarde aprendem (por altura da entrada na escola do 1º ciclo) muita coisa de uma acentada só, o "está quieto e calado" os "horários" e "intervalos", a própria convivência com outras crianças, deixando-os muitas vezes a detestar a escola e o meio escolar desde o 1º dia. Fiquei a saber também que o estado criou uma norma em que proíbe a "cesta" depois do almoço, e se é verdade que prejudica a saúde segundo alguns especialistas, o nosso aparelho bilógico contraria todos os estudos, era portanto crucial nem criar uma que proíbe nem criar outra que obrigue, deixando as verdadeiras conhecedoras da criança decidirem se esta precisa daquele espaço para deitar num colchão agarrado à sua "chucha" a descansar.

Numa Europa cada vez mais envelhecida, cada vez mais menos culta, era bom que os nossos governantes começassem a pensar em pelo menos o pré-escolar ser gratuito para todas as crianças necessitadas ( as tais 70000 de fora neste momento) para depois se avançar com reformas do ensino superior, pois qualquer dia não haverá alunos para o ensino básico, quanto mais para o superior. O estado tem-se dimitido dos valores essenciais aos desenvolvimento humano, e isso choca-me. Por que sou autodidata, empenho-me no conhecimento, estou a criar um filho, em que não consegui apoio nenhum do estado e os miseráveis 25€ mensais do abono só pagra 1/4 do ATL que frequenta, e todas as despesas inerentes são à parte, como eu estão milhares de Portugueses, e assim não há amor paternal e maternal que aguente e dê o salto para conceber mais um filho, ai como eu gostava de agora ter uma menina...

Penso que devemos todos meditar sobre isto, pois a humanidade extinguirse-á por nossa culpa, e daqueles a quem confiámos os destinos do país e do mundo.

13 março 2008

A (DES)EDUCAÇÃO DESTE SENHOR...


CLICA PARA AMPLIARES

A arrogância de certas pessoas, chega a tal ponto, que por encomenda ou por estupidez mesmo, escrevem tudo o que não lhes vêm à alma, e dissecam os outros com tanta baboseira da pior espécie, este senhor, que é irmão do outro Rangel, conotado com a extrema-direita mais reles que alguma vez existiu em Portugal, quer denegrir a imagem dos professores, com textos encomendados pela sinistra, a que não ri nem do próprio tombo pois não tem inteligência para tal. Para esse senhor, de nome Emídio, a minha vontade, não prevalecente, é a de que ele vá dar uma grande curva e que não volte... Afinal o anormal é ele. Já estamos fartos de ver alarves a ditar regras e a opinar, quem não sabe do que fala, cale a caixa.

E nada melhor para responder a este senhor como a resposta que vem a seguir, esta sim de alto teor informativo:

Exmo. Sr. Rangel:
Não sou uma figura pública como V. Exa., nem tenho um jornal que acolha as minhas opiniões. Felizmente existe hoje a blogosfera e os amigos para publicar o mais possível a nossa opinião; espero que esta carta chegue até si! Sou apenas um dos 143 000 professores deste país e um dos 100 000 que estiveram na Marcha da Indignação no dia 8 de Março, dia em que fui brindado com o seu artigo de opinião a que batizou de «HOOLIGANS EM LISBOA».

Como deve estar à espera, depois daquilo que escreveu, ou coloca uma venda nos olhos e uns tampões nos ouvidos ou terá de ver e ouvir os argumentos dos visados. Como quem não se sente não é filho de boa gente, e fui um dos seus alvos, o seu artigo merece-me uma resposta, bem ao estilo político e jornalístico, em dez breves pontos. Está preparado? Cá vai:

1) A sua legitimidade para me chamar «hooligan» é a mesma que eu tenho de lhe chamar palerma, idiota e atrasado mental! Repito: a legitimidade é exactamente a mesma!

2) A sua legitimidade para me chamar comunista e que o Prof. Mário Nogueira (não é Sequeira, sr. Rangel) é um assalariado do PCP e que tal partido alugou 600 autocarros para a manifestação, é a mesma que eu tenho para lhe chamar fascista, assalariado do PS e alugado por este partido para emitir estas imundas alarvidades. Repito: a legitimidade é exactamente a mesma!

3) Os professores e os empregados da Lisnave são cidadãos dignos, que trabalham toda a vida para sustentar as suas famílias com ordenados por vezes miseráveis, não são jornalistas de segunda que andam à crava de pequenos tachos de ocasião, depois de fracassarem pessoal e profissionalmente à frente de grandes cadeias de televisão, com ordenados de rei para gastar em opulentas noitadas algarvias!

4) A maioria dos professores que V. Exa diz ainda terem dignidade, comparando-os aos seus, somos todos nós, Sr. Rangel, porque somos 143 000, estavam lá 100 000, sendo que dos 43 000 que não estavam certamente 40 000 não estiveram apenas de corpo e os restantes 3000, ou por aí, serão os inevitáveis fundamentalistas partidários, cuja religião PS lhes ofusca a lucidez!

5) V. Exa nunca pertenceu à nossa classe! V. Exa foi professor, mas universitário e, não lhe retirando mérito pela formação que isso permitiu, fique sabendo que ser professor universitário nada tem a ver com o que se passa nas nossas salas de aula, onde todas as crianças e jovens têm lugar, os bons, os maus, os educados, os mal-educados, os civilizados, os selvagens, os ricos, os pobres, os inteligentes, os deficientes, os meus filhos, os seus filhos… Enfim, não se trata de um lugar onde uma clivagem por resultados escolares, permite que tenhamos uma sala com 20 ou 30 alunos com toda a socialização feita e a quem basta dar bibliografia e pouco mais!

6) V. Exa ignora por completo o que o ME quer impor nas escolas e aos professores, pois isso sim, é que favorecerá a incultura, deseducação, a anarquia pedagógica, em que o obrigatório facilitismo formará uma geração de humonoides completamente ocos de valores, cultura e sabedoria; eu sou um produto do sistema que V. Exa acusa de iníquo e sei o que significa dignidade, respeito, admiração, ponderação, civismo, tolerância… enfim, tudo o que V. Exa não revela, na sua miserável crónica!

7) Vergonha devem sentir os cidadãos portugueses de terem de levar com opiniões de jornalistas (esses sim, é que são pseudo) completamente esventrados de sensatez, isenção e responsabilidade. Este artigo de V. Exa é o epíteto do desnorte e testemunho de um intoxicado intelecto!

8 ) A Ministra é corajosa e determinada? Estamos de acordo. Acontece que V. Exa confunde estes
conceitos com clareza, responsabilidades e, sobretudo, com justiça e sentido de visão estratégica para a Educação. Todos os grandes fascínoras políticos da História eram corajosos e determinados!

9) Todos os que V. Exa chama estúpidos e que, sendo do PSD, do PCP ou daquilo que o você quiser, apoiam e compreendem a causa dos professores, se o fazem por antipatia política ou oportunismo, e sei que os há, tal adjectivo acenta-lhes que nem uma luva; aos restantes, que são infinitamente mais, não os confunda com um espelho!

10) V. Exa pertence, ou pelo menos pertenceu, a uma recente classe de portugueses, muito inferior à dos professores, quer em número quer em dignidade, cujo novo - riquismo aliado ao corrupto mercado da imagem, fazem de vós uma praga infestante para o cidadão comum, que luta todos os dias contra as dificuldades de um país minado por políticos fajutos e incompetentes e por um jornalismo bacoco e de algibeira, do qual V. Exa é um belo protagonista!

Paulo Carvalho
CARTA ABERTA AO SR. EMÍDIO RANGEL

30 outubro 2007

DEVIA SER ASSIM...

Um texto muito oportuno, nos dias que correm... Luisa Castel-Branco escreve assim no DESTAK.

"Os meninos nasciam e, quando os papás os fossem registar, receberiam os seguintes diplomas:

- Certificado com aprovação do exame do primeiro, segundo e todos os ciclos que vierem a inventar;

- Carta de condução;

- Certificado de curso superior (e, de acordo com Bolonha, seria então bacharelato) para qualquer curso (o espaço ficaria em branco para o jovem escrever a sua escolha).

Enfim, desta forma poupava-se muito trabalho, despesa e sofrimento. Ao Estado, aos pais e professores, e aos "velhos do Restelo" que olham atónitos para as leis, cada uma que é promulgada, mais absurda do que a anterior.

Pensam que estou a brincar? Mas vejam bem: os trabalhos de casa, segundo os especialistas (!), traumatizam as crianças. Ninguém pode chumbar a não ser que os pais deixem. Se não lhes apetecer ir às aulas, que, como se sabe, são uma grandessíssima chatice, o Estado providencia exames especiais, tantas vezes quantas as que forem necessárias até os pobrezinhos passarem.

Passarem para onde? Para lado nenhum! Temos, cada vez mais, licenciados analfabetos, convencidos de que sabem tudo, com a agravante de uma sociedade que apenas faz uma coisa: pedir desculpas! Desculpas de quê?

Mas, afinal, quando é que conseguimos ultrapassar estes complexos pós-revolução e perceber que autoridade não é o mesmo que o autoritarismo e que NÃO SOMOS TODOS IGUAIS!

Para além do respeito devido a todos os seres humanos, existem pessoas cuja posição na vida dos jovens carece de respeito por inerência: os pais, os professores, os mais velhos, etc., etc.

Pena é que sejamos nós a não saber ocupar o nosso lugar!"

Luisa Castel-Branco

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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