É assim, todos os anos, com tendência para os anos mais próximos do actual, se tem falado na variação da percentagem do desemprego, taxa essa que interessa aos bajuladores e sanguessugas do nosso actual sistema político. Este problema social, seria certamente resolvido com duas medidas que passam pela cabeça já algum tempo, mas claro que a vontade política, e as pressões das confederações patronais, um dos vários lobbies existentes no país, se opõe a esta receita, que seria na sua essência, o IEFP ser o mediador entre desempregado, e entidade à procura de mão-de-obra especializada, que neste momento oferece salários absolutamente obscenos para o nosso modo de vida, chamativo ao consumismo e ao endividamento, e dou exemplos:
- Um trabalhador especializado, seja carpinteiro, empregado de Balcão, Maquinista fabril, Motorista de Pesados, etc. Aquele que tenha uma profissão, nunca poderia ser admitido sendo-lhe proposto um vencimento abaixo daquilo que ganha estando pelo Fundo de desemprego, e porquê, porque na sua maioria das vezes, já ganha 70% do que auferia se estivesse na empresa que o mandou para aquele estado, se ele ganha-se a trabalhar onde estava 1000€, recebendo pelo fundo de desemprego 700€, nunca lhe poderia ser proposto pelos chulos dos patrões oportunistas 475€ mensais, que é o que se passa neste Jardim à beira-mar plantado e a comunicação social da treta nada diz a este respeito.
- Uma entidade patronal, que recebe-se milhares de contos em benefícios fiscais, terrenos, etc e tal, nunca poderia despedir um trabalhador da sua unidade fabril ou de comércio, sem justificação bem fundamentada, ou seja, seria também o IEFP, a monitorizar auditorias às ditas contas correntes dessas empresas, a fim de observar todos os movimentos de cash-flow, bem como os lucros, para que não houvesse depois aquilo que assistimos todos os dias na TV, com fechos inesperados de empresas que tiveram ajudas do estado, lucros absolutamente escandalosos e porque a leste a mão-de-obra é mais barata fecha-se aqui a empresa e envia-se ao cuidado do estado (todos nós) os trabalhadores e as suas famílias, caindo no desemprego.
Bom, se a altura é propícia a despedimentos, com a crise encapotada (veja-se na banca, os lucros astronómicos, trimestre a trimestre) também seria da mais alta transparência e coerência, o estado zelar pelo interesse de todos nós, sem com isso, prejudicar sempre os mesmos, a classe média dos trabalhadores e assalariados deste país, com impostos e mais taxas, que só servem para pagar aos senhores do dinheiro, ou seja, a banca. Pode alguma vez, um profissional, que ganhava 1250€/mês fazendo depois daí os seus devidos descontos, ser obrigado a aceitar um emprego do género por 475€/mês ou 500€/mês fazendo depois daí também os devidos descontos, estando a ganhar limpos pelo fundo de desemprego à volta dos 1000€/mês? Porque é isto que interessa, repares-se na legislação que se anda a preparar para obrigar os desempregados a aceitarem valores bastante inferiores aos que auferiam no desemprego, beneficiando o patronato com salários mais baixos, e prejudicando o estado pelas prestações sociais obrigatoriamente menores.
Já era tempo de verem este lado do problema, mas é claro, os lobbies são mais fortes e a vontade é pouca ou nenhuma...
@Carlos Rocha
Beezz
Já era tempo de verem este lado do problema, mas é claro, os lobbies são mais fortes e a vontade é pouca ou nenhuma...
@Carlos Rocha
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