Mostrar mensagens com a etiqueta ACTIVISMO. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta ACTIVISMO. Mostrar todas as mensagens

10 dezembro 2010

Lei sobre o depósito de valores em clínicas privadas, antes do Internamento.

Para ler e divulgar!

O Hospital da Luz exigiu 2000€ a uma pessoa para ser internada de urgência!


SAÚDE: Lei Sobre o Depósito de Valores nas Clínicas Privadas, Antes do Internamento.
Foi publicada no DIÁRIO DA REPÚBLICA em 09/01/02, a Lei nº 3359 de 07/01/02, que dispõe:
  • Art.1° - Fica proibida a exigência de depósito de qualquer natureza, para possibilitar internamento de doentes em situação de urgência e emergência, em hospitais da rede privada.
  • Art 2° - Comprovada a exigência do depósito, o hospital será obrigado a devolver em dobro o valor depositado, ao responsável pelo internamento.
  • Art 3° - Ficam os hospitais da rede privada obrigados a dar possibilidade de acesso aos utentes e a afixarem em local visível a presente lei.
  • Art 4° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Uma lei como esta, que deveria ser divulgada, está praticamente escondida da população!
E isso vem desde 2002. Estamos em 2010...!!!

19 outubro 2010

Uma pequena teoria, que talvez nunca tenham pensado.

Como poderão saber, os ingleses pagam à semana e claro, administrativamente é uma seca! Mas ...diz-se que há sempre uma razão para as coisas! Ora bem, cá está um exemplo aritmético simples e que não exige altos conhecimentos de matemática.
Fala-se que o governo pode vir a não pagar aos funcionários públicos o 13º mês.
Se de facto o fizerem, é uma roubalheira sobre outra roubalheira. E porquê? Porque o 13º mês não existe! (Passo a explicar para não dizerem já "duh")

O 13º mês é uma das mais escandalosas de todas as mentiras do sistema capitalista, e é justamente aquela que os trabalhadores mais acreditam.

Eis aqui uma modesta demonstração aritmética de como foi fácil enganar os trabalhadores.

Suponhamos que um trabalhador ganha 700,00 por mês. Portanto, multiplicando-se esse salário por 12 meses, recebem um total de 8.400,00 por um ano.
700X12 =  8.400,00

Em Dezembro, o generoso patrão manda então pagar-lhe o conhecido 13º mês. Logo,

8.400,00 + 13º mês =  9.100,00

8.400,00 (salário anual) +  700,00 (13º mês) =  9.100,00 (salário anual mais o 13º mês)

E o trabalhador vai para casa todo feliz com o patrão.

Agora vejam bem o que acontece quando o trabalhador se predispõe a fazer umas simples contas que aprendeu no 1º ciclo:

Se o trabalhador recebe  700,00 mês e o mês tem quatro semanas, significa que ganha por semana  175,00.

700,00 (Salário mensal) / 4 (semanas do mês) =  175,00 (Salário semanal)

Portanto, o ano tem 52 semanas. Se multiplicarmos  175,00 (salário semanal) por 52 (número de semanas anuais) o resultado será  9.100,00. Façam as vossas contas.

175,00(salário semanal) x 52 (número de semanas anuais) =  9.100.00

E como já verificaram, o resultado acima é o mesmo valor do salário anual mais o 13º mês

Então, onde está o 13º mês?

A explicação é simples, embora os nossos conhecidos líderes nunca se tenham dado conta desse facto simples.

A resposta é que o patrão lhe rouba uma parte do salário durante todo o ano, pela simples razão de que há meses com 30 dias, outros com 31 e também meses com quatro ou cinco semanas (ainda assim, apesar de cinco semanas o patrão só paga quatro semanas) o salário é o mesmo tenha o mês 30 ou 31 dias, quatro ou cinco semanas.

No final do ano o generoso patrão presenteia o trabalhador com um 13º mês, cujo dinheiro saiu do próprio bolso do trabalhador.

Se o governo retirar o 13º mês aos trabalhadores da função pública, o roubo é duplo.

Daí que, como palavra final para os trabalhadores inteligentes, não existe 13º mês nenhum. O patrão apenas devolve o que sorrateiramente lhe surripiou do salário anual.

Conclusão: Os Trabalhadores recebem o que já trabalharam e não um adicional.

Nota: Recebi de pessoa devidamente identificada e com credenciais no assunto em salários.

05 outubro 2010

Imaginem...

Imaginem ler o texto, sem interessar que é o seu Autor. Imaginem tudo que nele contém, ser aplicado à risca. Imaginem, o conto de fadas que seria. Imaginem a opinião, vinda séria, isenta e lúcida. Leiam o texto e IMAGINEM, o autor, vem no final.

@Carlos Rocha
Beezz

"Imaginem que todos os gestores públicos das 77 empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados. Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação.
Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento. Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas. Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado. Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público. Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar.
Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês. Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência. Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas.
Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam.
Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares. Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas. Imaginem remédios dez por cento mais baratos. Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde. Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros. Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada. Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido. Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.
Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas.
Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo.
Imaginem que país podíamos ser se o fizéssemos.
Imaginem que país seremos se não o fizermos."



Por Mário Crespo

28 setembro 2010

Nós, como matéria prima de um país...

Quantas vezes, quantas, este texto já foi espoliado na net, em fóruns, em dezenas de artigos de bloggers? Eu ainda assim acho que não o foi suficientemente divulgado, vale mesmo a pena lê-lo, reflectir, e depois apontar caminhos. Acusam-me que sou de esquerda, ou julgo ser. Mas ser de esquerda é ser Justo? É querer o bem de todos por igual? É querer que todos tenham acesso ao ensino? É querer que todos tenham acesso sem barreiras e sem restrições, à justiça? É querer uma saúde gratuita e universal, em iguais circunstâncias para todos, mesmo que não tenha balúrdios para pagar uma operação aos seios descaídos? É querer salários e condições justas e dignas para os trabalhadores, e suas famílias?
Se ser de esquerda é querer tudo isto, sim, sou de esquerda. Se me rotularem de que sou de direita e centrista, pelos mesmos desejos, serei. Serei tudo o que disserem, menos um vendido, quer por cargos, ideais, actos ou omissões, isso nunca.

Mas, como todos os partidos, e a "partidarite" deste país se agudiza, são uns falaciosos, senhores detentores do erário público, que fazem e desfazem a seu bel-prazer, não posso deixar de concordar com tudo o que Eduardo Prado Coelho escreveu, pouco antes de falecer, e que merece reflexão.

Escreveu então assim em 25/08/2007, "Precisa-se de matéria Prima para construir um País."

A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria prima de um país. 
Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais. 
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL,DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particularesdos seus empregados pouco honestos, que levam para casa,como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útilpara os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porqueconseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país:
-Onde a falta de pontualidade é um hábito;
-Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
-Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os esgotos.
-Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
-Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memóriapolítica, histórica nem económica.
-Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe médiae beneficiar alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicaspodem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.
-Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentadafinge que dorme para não lhe dar o lugar.
-Um país no qual a prioridade de passagem é para o carroe não para o peão.
-Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.
Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não. Já basta.
Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.
Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA' congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...
Fico triste.
Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.
E não poderá fazer nada...
Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.
Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa ?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror ?
Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados... igualmente abusados !
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimentocomo Nação, então tudo muda...
Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer.
Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.
Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:
Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e,francamente, somos tolerantes com o fracasso.
É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir)que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.
AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.
E você, o que pensa ?... MEDITE ! 

Por Eduardo Prado Coelho
@Beezz
Carlos Rocha

24 julho 2010

Desemprego, esse flagelo fácil de controlar...

É assim, todos os anos, com tendência para os anos mais próximos do actual, se tem falado na variação da percentagem do desemprego, taxa essa que interessa aos bajuladores e sanguessugas do nosso actual sistema político. Este problema social, seria certamente resolvido com duas medidas que passam pela cabeça já algum tempo, mas claro que a vontade política, e as pressões das confederações patronais, um dos vários lobbies existentes no país, se opõe a esta receita, que seria na sua essência, o IEFP ser o mediador entre desempregado, e entidade à procura de mão-de-obra especializada, que neste momento oferece salários absolutamente obscenos para o nosso modo de vida, chamativo ao consumismo e ao endividamento, e dou exemplos:

  • Um trabalhador especializado, seja carpinteiro, empregado de Balcão, Maquinista fabril, Motorista de Pesados, etc. Aquele que tenha uma profissão, nunca poderia ser admitido sendo-lhe proposto um vencimento abaixo daquilo que ganha estando pelo Fundo de desemprego, e porquê, porque na sua maioria das vezes, já ganha 70% do que auferia se estivesse na empresa que o mandou para aquele estado, se ele ganha-se a trabalhar onde estava 1000€, recebendo pelo fundo de desemprego 700€, nunca lhe poderia ser proposto pelos chulos dos patrões oportunistas 475€ mensais, que é o que se passa neste Jardim à beira-mar plantado e a comunicação social da treta nada diz a este respeito.
  • Uma entidade patronal, que recebe-se milhares de contos em benefícios fiscais, terrenos, etc e tal, nunca poderia despedir um trabalhador da sua unidade fabril ou de comércio, sem justificação bem fundamentada, ou seja, seria também o IEFP, a monitorizar auditorias às ditas contas correntes dessas empresas, a fim de observar todos os movimentos de cash-flow, bem como os lucros, para que não houvesse depois aquilo que assistimos todos os dias na TV, com fechos inesperados de empresas que tiveram ajudas do estado, lucros absolutamente escandalosos e porque a leste a mão-de-obra é mais barata fecha-se aqui a empresa e envia-se ao cuidado do estado (todos nós) os trabalhadores e as suas famílias, caindo no desemprego.
Bom, se a altura é propícia a despedimentos, com a crise encapotada (veja-se na banca, os lucros astronómicos, trimestre a trimestre) também seria da mais alta transparência e coerência, o estado zelar pelo interesse de todos nós, sem com isso, prejudicar sempre os mesmos, a classe média dos trabalhadores e assalariados deste país, com impostos e mais taxas, que só servem para pagar aos senhores do dinheiro, ou seja, a banca. Pode alguma vez, um profissional, que ganhava 1250€/mês fazendo depois daí os seus devidos descontos, ser obrigado a aceitar um emprego do género por 475€/mês ou 500€/mês fazendo depois daí também os devidos descontos, estando a ganhar limpos pelo fundo de desemprego à volta dos 1000€/mês? Porque é isto que interessa, repares-se na legislação que se anda a preparar para obrigar os desempregados a aceitarem valores bastante inferiores aos que auferiam no desemprego, beneficiando o patronato com salários mais baixos, e prejudicando o estado pelas prestações sociais obrigatoriamente menores.

Já era tempo de verem este lado do problema, mas é claro, os lobbies são mais fortes e a vontade é pouca ou nenhuma...


@Carlos Rocha
Beezz

16 junho 2010

POR FALAR EM "Patriotismo"...

Não posso conceber, nem aceitar, que alguém me venha com a história do "Patriotismo", por da cá aquela palha. Eu, que jurei Bandeira, defender a pátria, nem que fosse com o sacrifício da própria vida, a mim, não.

Sua Excelência, o Prof. Aníbal Cavaco Silva, Presidente da Republica Portuguesa, numa visita, à bem pouco tempo, ao Algarve, dizia e apelava ao "Patriotismo" dos Portugueses, em passarem férias cá dentro, pois dando o exemplo, de que as férias passadas fora do país seriam consideradas "Importações", que bela aula de economia, parecia um professor que tive nos tempos de liceu, dando exemplos concretos da vida cotidiana das pessoas, para explicar essa tão afamada "Economia", outra coisa não era de esperar, vindo de um Professor catedrático na matéria.

Mas, eu pergunto-me, se não são consideradas "importações", os productos hortícolas que compramos forçosamente à UE, se não são "Importações" o pescado que compramos à UE, se não são também "Importações", todos os bens essenciais, como medicamentos e produtos farmacêuticos, que somos obrigados a comprar aos lobbies Europeus dos Farmacêuticos?

Patriotismo, para mim, é defender o que é Português, com unhas e dentes, é defender as pescas, o tecido insdustrial (arrasado pelas sucessivas políticas de desinvestimento), o sector das pescas, onde se pagram fortunas para abater froats de Pesca, na Agricultura onde fortunas também foram gastas para não se cultivar, etc, etc e tal...

Ser Patriota, cmo faz questão o senhor PR, é dar estes problemas como factor principal para a saída da crise, e ter em conta, que em casa, mandamos nós, não ter medos dos lobbies europeus e dos magnatas do capitalismo, olhar de frente para os problemas do país, e resolvê-los, e deixar-se de lamechisses folclóricas, para mostrar que anda preocupado, só porque temos eleições presidenciais daqui a um ano.

Para mim, Cavaco está já em adiantado estado de campanha, e como apanágio do que os políticos nos tem habituado, com promessas falsas e mentiras pegadas.
Haja coragem de levar Portugal para a frente, mas com esta gente, os medrosos da UE, só teremos mais fome e mais miséria.
Carlos Rocha
@Beezz

26 maio 2010

UM PAÍS POBRE, MAS DE ESPÍRITO...

O texto não é meu, mas faz todo o sentido se olharmos aos números e notícias com que somos constantemente bombardeados. Vale a pena pensar nisto, e reflectir. Se gostou, divulgue como eu o fiz.

"O povo saiu à rua para festejar a vitória do Benfica e eu, apesar de ser do FC Porto, não achei mal. As pessoas têm o direito de ficar alegres.

O povo saiu à rua para ver o Papa e eu, apesar de ser agnóstico, não acho mal. As pessoas têm direito à sua fé.
O povo vai à Covilhã espreitar a selecção e eu, apesar de não ligar nenhuma, não acho mal. As pessoas têm direito ao patriotismo.
O governo escolhido pelo povo impõe medidas de austeridade umas atrás das outras, aumentando os impostos e não abdicando dos mega investimentos. O povo não reage. Não sai à rua. Reclama à boca pequena e cria grupos zangados no Facebook. É triste que este povo, que descobriu meio mundo, não imprima à reivindicação dos seus direitos a mesma força que imprime à manifestação das suas paixões."

Pobreza do Dias úteis

"Um país onde se admite a possibilidade de taxar o subsídio de Natal, ou mesmo acabar com ele, mas que gasta de dinheiros públicos para TGV, altares, estádios de Futebol, frotas milionárias para gestores públicos, reformas obscenas a quem trabalha meia dúzia de anos ou nem tanto, etc... é um país pobre, de facto. "
Mas de espírito, antes de mais.

@Beezz
Carlos Rocha

12 janeiro 2010

PORTUGAL VALE A PENA...

Saiu um artigo na revista “Exportar” do director-adjunto do Jornal Expresso,, Nicolau Santos, em que diz o seguinte, e passo a citar:

Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade mundial de recém-nascidos, melhor que a média da UE.

Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores.Eu conheço um país que é líder mundial na produção de feltros para chapéus.

Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende no exterior para dezenas de mercados.

Eu conheço um país que tem uma empresa que concebeu um sistema pelo qual você pode escolher, no seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar.

Eu conheço um país que tem uma empresa que inventou um sistema biométrico de pagamento nas bombas de gasolina.

Eu conheço um país que tem uma empresa que inventou uma bilha de gás muito leve que já ganhou prémios internacionais.

Eu conheço um país que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, permitindo operações inexistentes na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos.

Eu conheço um país que revolucionou o sistema financeiro e tem três Bancos nos cinco primeiros da Europa.

Eu conheço um país que está muito avançado na investigação e produção de energia através das ondas do mar e do vento.

Eu conheço um país que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para os toda a EU.

Eu conheço um país que desenvolveu sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos às PMES.

Eu conheço um país que tem diversas empresas a trabalhar para a NASA e a Agência Espacial Europeia.

Eu conheço um país que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagens das auto-estradas.

Eu conheço um país que inventou e produz um medicamento anti-epiléptico para o mercado mundial.

Eu conheço um país que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça.

Eu conheço um país que produz um vinho que em duas provas ibéricas superou vários dos melhore vinhos espanhóis.

Eu conheço um país que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamento de pré-pagos para telemóveis.

Eu conheço um país que construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade um pelo Mundo.

O leitor, possivelmente, não reconheceu neste país aquele em que vive… PORTUGAL. Mas é verdade.Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses. Chamam-se, por ordem, Efacec, Fepsa, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Out Systems, WeDo, Quinta do Monte d’Oiro, Brisa Space Services, Bial, Activespace Technologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Portugal Telecom Inovação, Grupos Vila Galé, Amorim, Pestana, Porto Bay e BES Turismo.

Há ainda grandes empresas multinacionais instalada no País, mas dirigidas por portugueses, com técnicos portugueses, de reconhecido sucesso junto das casas mãe,como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal e a Mc Donalds (que desenvolveu e aperfeiçoou em Portugal um sistema que permite quantificar as refeições e tipo que são vendidas em cada e todos os estabelecimentos da cadeia em todo o mundo ).

É este o País de sucesso em que também vivemos, estatisticamente sempre na cauda da Europa, com péssimos índices na educação, e gravíssimos problemas no ambiente e na saúde… do que se atrasou em relação à média UE…etc. Mas só falamos do País que está mal, daquele que não acompanhou o progresso. É tempo de mostrarmos ao mundo os nossos sucessos e nos orgulharmos disso. Agora pergunta-se: Porque é que Portugal se encontra na cauda da União Europeia embora tenhamos uma lista de empresas que dão cartadas a nível mundial?

NOTA: O caminho é este, temos o dever de nos sentirmos PORTUGUESES, do orgulho que devemos ao empreendedorismo e aos nossos melhores feitos. Procurar soluções que funcionem lá fora, implementa-las cá, e exportar o que de bem fazemos, só assim sairemos do lodaçal que se encontram as nossas contas públicas e o nosso país. Vamos erguer as nossas forças e levantar PORTUGAL.

@Beezz
Carlos Rocha

16 dezembro 2009

A CAPACIDADE DE NEGOCIAÇÃO...

Muito se tem falado, estes últimos dias, do aumento, ou não no salário mínimo Nacional, para 475€ mensais, quanto a mim uma vergonha, mas isso é a minha opinião, estando já o patronato a delinear estratégias de combater este aumento, inclusive com ameaças de mais despedimentos. Somos um país do 3º mundo, que temos o privilégio de estar metidos na Europa, e dela sermos o seu caixote do lixo. Aqui ao lado, em Espanha, com a crise bem patente como em todo o mundo em geral, os salários na mesma qualificação, são 3 vezes mais do que os praticados aqui, e dou um exemplo:

A minha empresa, irá ser integrada a partir de Janeiro de 2010, numa economia de escala, criando-se assim a empresa IBÉRICA, que em conjunto com a mesma representante Espanhola, darão cobertura aos seus clientes da mesma forma até aqui, nada mudando para estes, mas aligeirando processos, e juntando recursos, quanto a isto nada a dizer. Em Outubro último, por causa da dita reestruturação, a empresa levou a cabo aqui e em Espanha, despedimentos colectivos, no seu total cá foram 41 trabalhadores, e em Espanha 180. É certo e sabido, que Espanha, regista cerca de 19% de desemprego, e Portugal cerca de 10,2%, compare-se no entanto a população activa de um e de outro. Compare-se ainda, o nível de vida e o custo deste, em que os bens essenciais são bem mais baratos do que cá, e os salários, como disse à pouco, bem mais superiores, na casa dos 1000€ mensais, na minha categoria (Vendedor), mas nas outras, chega a ser bem mais gritante a disparidade. Mas lá, em Espanha, os administradores da minha empresa, ganham menos do que os de cá, querendo dizer, que a riqueza é melhor redistribuída. O que fazer então, quando à 5 anos a esta parte, não tem havido aumentos na empresa, e o poder de compra tem-se vindo a degradar? Vamos então negociar.

O processo de negociação, passa por várias etapas, e é isso que quero aqui explicar, para se ser bem sucedido, ou pelo menos, se tirar maior rentabilidade de um negócio. “Um negócio só é bom, se for bom para ambas as partes“. Toda a gente sabe, que os sindicatos e as comissões de trabalhadores, são quem normalmente negoceia estas questões, e nesse campo não há nada a dizer. Mas os sindicatos e comissões de trabalhadores, são hoje reféns das empresas, e eu digo isto com conhecimento de causa, pois já fui delegado sindical, e este assunto é que levou ao meu abandono do dito sindicato.

1ª Etapa – Tentar perceber se existe vontade da administração em mexer nos pontos que queremos propor, ou ouvir a proposta da empresa para esse assunto. Ouvir os colegas, definir estratégias, negociar-mos entre nós o que queremos levar para a mesa das negociações, criar consenso, eleger a pessoa que irá representar o grupo e elaborar a dita proposta a apresentar (foi o que fizemos).

2ª Etapa – Esperar a oportunidade de apresentar a proposta, ou criar dentro da legalidade essa oportunidade, nomeadamente, convocando uma reunião com a administração da empresa (foi o que fizemos, numa reunião em que se tocou no assunto dos vencimentos)

3ª Etapa – Apresentar, de forma ordeira e sucinta, distribuindo à administração, cópia da mesma proposta, para que saibam bem do que propomos e as razões (foi o que fizemos).

4ª Etapa – Acompanhar de perto a evolução do desenrolar dos acontecimentos e movimentações, tentando perceber, se existe ou não, vontade de irem ao encontro das nossas pretensões.

Não esquecer, que um elemento importante deve ser tido em conta, nomeadamente, que se queremos alcançar os 10, teremos de pedir 20, para eles oferecerem os ditos 10 que pretendemos, claro que numa lógica sempre de negociação e conscientes de que o que se pede é perfeitamente aceitável, e razoável.

Na nossa negociação, a administração, não ficou muito satisfeita com esta forma de que nós adoptamos por negociar, pois no ano anterior, impuseram eles a forma e os aumentos que quiseram , e nós perdemos 44% face ao antigo sistema de comissionamento, e ficamos uns a falar para os outros, criando uma balbúrdia total, em que a empresa depois foi negociar individualmente com cada filial e seus respectivos vendedores, numa clara alusão ao “dividir para reinar” impondo assim o seu sistema. Mas desta vez, antevendo que se passaria o mesmo, antecipamos-nos e organizamo-nos, de forma a que não nos comam por lorpas mais uma vez. Ouvimos de tudo, desde que “Não pensava-mos que estávamos perante um sindicato de vendedores“, dizia um, outro ia mais longe, afirmando que tinha acabado a URSS, e o comunismo, e que não estávamos no tempo do PREC, e no 25 de Abril, todos estes, claro para espanto dos Espanhóis na sala, que são quem vai ficar a mandar nesta empresa nova IBÉRICA, boquiabertos com tamanha organização da nossa parte, não fazendo a mínima ideia dos salários e comissões aqui praticadas. Lamentáveis afirmações, as proferidas por alguns “Ratos Gordos”, que se pavoneiam com altas máquinas e salários “chorudos”, e o nosso parque automóvel, automóveis que servem para as nossas deslocações nas vendas, vendas essas que rendem milhares de euros para a empresa, está a degradar-se dia após dia.

Numa apresentação feita antes dessa reunião, foi-nos transmitido, que a “Limpeza”, referindo-se aos despedimentos colectivos anteriores, tinha mesmo assim, com indemnizações pagas, dado um resultado positivo para a empresa de 1,2 milhões de Euros, numa clara falta de respeito para com os colegas que foram dispensados, a sua grande maioria, numa idade em que são velhos para o trabalho e novos para a reforma. Mas como a mim ninguém me cala, coube-me a mim falar por todos, e assim, dar algumas chapadas de luva branca nos senhores administradores, que irão agora, pressionados pelo administrador geral Espanhol, rever todas as folhas salariais em vigor na empresa, resta-nos esperar para ver.

@Beezz
Carlos Rocha

29 agosto 2009

UMA NOVA ERA...

Não consigo compreender, e se calhar o defeito é meu, ou até compreendo mas finjo o contrário, é esta dança de cadeiras, este tentar o poder a todo o custo, visto que está relançado o debate sobre as eleições de 27 de Setembro. José Sócrates, diz não aceitar "Uma segurança Social em que esteja cada um por si", como parece querer o PSD. Ora todos sabemos, que a discórdia entre o PS e o PSD, apenas tem conotações de nome e sigla, o que não deixa de ser normal, ainda para mais o acordo ortográfico está aí. O que me espanta, é que José Sócrates, veste agora a pele de cordeiro perante os Portugueses, e mostrando a sua raça de Lobo Mau direccionado ao partido que ele, e o PS entenda-se ajudou "enterrar-se" e criar divisões internas ao longo destes últimos anos, fazendo as suas mais elementares políticas, sob o lema "dividir para reinar".

Nunca houve alguém, em Portugal na governação, com "tomates" como Sócrates, para mexer naquilo em que ele mexeu, é um facto. Nunca estivemos outrora, com uma recessão destas, nem saberemos quando iremos sair, outro facto. Mas as políticas anti-sociais, dum partido dito "Socialista", as reformas da administração pública, o estatuto da carreira docente, o ataque aos direitos dos funcionários públicos, o congelamento dos seus salários, o novo código do trabalho, tudo isto e mais alguma coisa, direccionado a governar à direita, deixando o PSD sem o seu espaço, encostando-se muitas vezes ao CDS/PP com as suas políticas, tanto que alguns já diziam que haveria coligação PS/CDS-PP imagine-se. Inteligente, o sr. José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa. Tão inteligente, que se forma numa cadeira de Inglês Técnico, a um Domingo, também ajudado por um amigo militante do PS e com ligações e interesses no Partido, e surgindo o nome noutro escandaloso caso, o "Freeport". Tirem as vossas conclusões, eu já tirei a minha, mais do mesmo, Não obrigado!

Enquanto alguns, que respeito, apelam ao voto "NULO" ou em "BRANCO", eu apelo ao voto útil, esse à direita ou à esquerda, mas uma chapada no charco e marasmo deste bloco central de interesses, que nos tem desgovernado ao longo destes anos. Eu, sendo fiel aos meus princípios, assalariado que sou, da classe pobre, só poderei votar útilmente à esquerda, mas compreendo os que querem e vão votar à direita, são defensores do estatuto que tem e do seu lote de interesses a defender, como eu, defendendo os meus. Mas aos indecisos, apelo ao voto útil.

Portugal, corre o risco de continuar a ser desgovernado por este conjunto de factores, que nada de bom nos tem trazido.

@Carlos Rocha
Beezz

06 maio 2009

A GRIPE (A) - h1n1, OU DE ORIGEM SUÍNA...

Ninguém sabe ainda se a gripe suína vai se tornar uma pandemia mundial, mas está ficando cada vez mais claro de onde ela veio: muito provavelmente de uma gigantesca fazenda industrial de criação de suínos mantida por uma corporação multinacional americana em Veracruz, México.

Essas fazendas industriais são repulsivas e perigosas e se multiplicam rapidamente. Milhares de porcos são brutalmente comprimidos para dentro de celeiros imundos e recebem um jato com um coquetel de drogas, pondo em risco sanitário mais do que simplesmente nossa alimentação. Esses animais e suas lagoas de estrume criam as condições ideais para gerar novos e perigosos vírus como o da gripe suína. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização para a Agricultura e Alimentação (FAO) precisam investigar e criar mecanismos de controle para essas fazendas a fim de proteger a saúde do mundo.

Grandes empresas de agronegócio tentarão obstruir qualquer tentativa de reforma, então precisamos de um protesto em massa que as autoridades de saúde não possam ignorar. Inclua seu nome neste abaixo-assinado pedindo uma investigação e controle de fazendas industriais e divulgue-o entre seus amigos e familiares, que nós o entregaremos aos órgãos da ONU. Se conseguirmos 200.000 assinaturas, entregaremos o abaixo-assinado à OMS, em Genebra, juntamente com um rebanho de porcos de papelão. Para cada 1000 assinaturas, acrescentaremos um porco ao rebanho:

Na semana passada, a gripe era o único assunto: o México tem estado quase em paralisia e em todo o mundo as autoridades suspenderam o tráfego aéreo, baniram as importações de carne de porco e iniciaram drásticas medidas de controle para atenuar a propagação do vírus. Enquanto a ameaça mostra sinais de apaziguamento, a questão se desloca para a origem e o modo de conter outro surto.

A Smithfield Corporation, maior produtor de suínos do mundo, cuja fazenda está sendo apontada como fonte do surto do vírus H1N1, nega qualquer ligação entre seus porcos e a gripe, enquanto grandes empresas de agronegócio em todo o mundo gastam enormes quantias de dinheiro em pesquisas para comprovar que a biossegurança é garantida na produção industrial de suínos. Porém, há anos a OMS tem dito que “uma nova pandemia é inevitável” e os especialistas da Comissão Europeia e da FAO têm alertado que a rápida transformação de pequenas propriedades em locais de produção industrial de porcos aumenta o risco de geração e transmissão de epidemias de doenças. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA alertam que os cientistas ainda não conhecem todos os efeitos que os compostos contagiosos produzidos em fazendas industriais têm sobre a saúde humana.

Há inúmeros estudos sobre as condições atrozes em que vivem os porcos nesses ambientes de produção concentrada e de grande escala, e sobre o devastador impacto econômico da produção excessiva e de grande escala sobre as comunidades de pequenos agricultores. A própria Smithfield já foi multada em $12,6 milhões e atualmente é alvo de uma investigação do governo americano devido a danos tóxicos causados por lagos de excrementos de porcos ao meio ambiente.

Porém, mesmo com todos esses indícios de danos, a combinação do aumento do consumo mundial de carne e de uma indústria poderosa motivada pelo lucro às custas da saúde humana significa que em vez de serem encerradas, as operações nocivas dessas fazendas industriais estão se multiplicando em todo o mundo, subsidiadas por nós mesmos. No rastro dessa ameaça da gripe suína, vamos fazer com que os produtores industriais de suínos assumam sua responsabilidade. Inclua seu nome no abaixo-assinado para pedir investigação e controle:


Se dermos fim a essa crise sanitária mundial com coragem reavaliando nosso padrão de consumo e produção de alimentos e pedindo urgentemente um estudo sobre o impacto de fazendas industriais sobre a saúde humana, poderíamos criar regras severas de controle dessas fazendas que salvarão a população mundial de uma futura pandemia mortal de origem animal.

24 janeiro 2009

STAND BY ME...

Era bom que assim fosse, mas pelo menos alguém se esforçou para dar este exemplo, e sob a alçada de "www.playingforchange.com", se dá voz a uma causa, a montagem está magnífica, senão atentem:


10 outubro 2008

A "inútil" ESCREVEU A MIGUEL SOUSA TAVARES...


Há tantos inúteis neste país e só se fala dos professores… Então e os outros. Querem que enumere? É fácil!!!! A “inútil” escreveu assim a Miguel de Sousa Tavares sobre os Professores:

É do conhecimento público que o senhor Miguel de Sousa Tavares considerou “os professores os inúteis mais bem pagos deste país.” Espantar-me-ia uma afirmação tão generalista e imoral, não conhecesse já outras afirmações que não diferem muito desta, quer na forma, quer na índole. Não lhe parece que há iúteis, que fazem coisas inúteis e escrevem coisas inúteis, que são pagos a peso de ouro? Não lhe parece que deveria ter dirigido as suas aberrações a gente que, neste deprimente país, tem mais do que uma sinecura e assim enche os bolsos? Não será esse o seu caso? O que escreveu é um atentado à cultura portuguesa, à educação e aos seus intervenientes, alunos e professores. Alunos e professores de ontem e de hoje, porque eu já fui aluna, logo de “inúteis“, como o senhor também terá sido. Ou pensa hoje de forma diferente para estar de acordo com o sistema?

O senhor tem filhos? - a minha ignorância a este respeito deve-se ao facto de não ser muito dada a ler revistas cor-de-rosa. Se os tem, e se estudam, teve, por acaso, a frontalidade de encarar os seus professores e dizer-lhes que “são os inúteis mais bem pagos do país?” Não me parece… Estudam os seus filhos em escolas públicas ou privadas? É que a coisa muda de figura! Há escolas privadas onde se pagam substancialmente as notas dos alunos, que os professores “inúteis’”são obrigados a atribuir. A alarvidade que escreveu, além de ser insultuosa, revela muita ignorância em relação à educação e ao ensino. E, quem é ignorante, não deve julgar sem conhecimento de causa. Sei que é escritor, porém nunca li qualquer livro seu, por isso não emito julgamentos sobre aquilo que desconheço. Entende ou quer que a professora “explique” de novo?

Sou professora de Português com imenso prazer. Oxalá nunca nenhuma das suas obras venha a integrar os programas da disciplina, pois acredito que nenhum dos “inúteis” a que se referiu a leccionasse com prazer. Com prazer e paixão tenho leccionado, ao longo dos meus vinte e sete anos de serviço, a obra de sua mãe, Sophia de Mello Breyner Andersen, que reverencio. O senhor é a prova inequívoca que nem sempre uma sã e bela árvore dá são e belo fruto. Tenho dificuldade em interiorizar que tenha sido ela quem o ensinou a escrever. A sua ilustre mãe era uma humanista convicta. Que pena não ter interiorizado essa lição! A lição do humanismo que não julga sem provas! Já visitou, por acaso, alguma escola pública? Já se deu ao trabalho de ler, com atenção, o documento sobre a avaliação dos professores? Não, claro que não. É mais cómodo fazer afirmações bombásticas, que agitem, no mau sentido, a opinião pública, para assim se auto-publicitar.

Sei que, num jornal desportivo, escreve, de vez em quando, umas crónicas e que defende muito bem o seu clube. Alguma vez lhe ocorreu, quando o seu clube perde, com clubes da terceira divisão, escrever que ‘os jogadores de futebol são os “inúteis mais bem pagos do país?” Alguma vez lhe ocorreu escrever que há dirigentes desportivos que “são os inúteis” mais protegidos do país? Presumo que não, e não tenho qualquer dúvida de que deve entender mais de futebol do que de Educação. Alguma vez lhe ocorreu escrever que os advogados “são os inúteis mais bem pagos do país?” Ou os políticos? Não, acredito que não, embora também não tenha dúvidas de que deve estar mais familiarizado com essas áreas. Não tenho nada contra os jogadores de futebol, nada contra os dirigentes desportivos, nada contra os advogados. Porque não são eles que me impedem de exercer, com dignidade, a minha profissão. Tenho sim contra os políticos arrogantes, prepotentes, desumanos e inúteis, que querem fazer da educação o caixote do (falso) sucesso para posterior envio para a Europa e para o mundo. Tenho contra pseudo-jornalistas, como o senhor, que são, juntamente com os políticos, “os inúteis mais bem pagos do país”, que se arvoram em salvadores da pátria, quando o que lhes interessa é o seu próprio umbigo.

Assim sendo, sr. Miguel de Sousa Tavares, informe-se, que a informaçãozinha é bem necessária antes de “escrevinhar” alarvices sobre quem dá a este país, além de grandes lições nas aulas, a alunos que são a razão de ser do professor, lições de democracia ao país. Mas o senhor não entende! Para si, democracia deve ser estar do lado de quem convém.

Por isso, não posso deixar de lhe transmitir uma mensagem com que termina um texto da sua sábia mãe: “Perdoai-lhes, Senhor Porque eles sabem o que fazem.”

Ana Maria Gomes
Escola Secundária de Barcelos

Esta, foi a forma que eu encontrei de homenagear todos os professores, pois sei que os há também maus, como em tudo na vida, mas uma classe não pode ser enxovalhada desta forma pela classe política, sendo a mesma de importante missão para o desenvolver de um povo.

A LUTA CONTINUA, COMPANHEIROS PROFESSORES, EU ESTOU CONVOSCO!!!

Texto publicado também no "Beezzblog" e no "Democracia em Portugal"

O Contraditório (actualizado em 12/10/2008)
Afinal, Parece que Srª Doutora se enganou, e um dos comentários se insurgiu contra o que aqui está escrito, e porque vivemos em democracia, publico aqui a dita "mea-culpa" da referida Professora

Porque me foi solicitado que publicasse…
No dia 20 de Março de 2008 foi publicada neste blogue uma carta minha intitulada "Sobre os professores - a Miguel Sousa Tavares". Em relação a essa carta, sinto-me no dever de fazer um esclarecimento.
Referi que: "É do conhecimento público que o Sr. Miguel Sousa Tavares considerou os professores "os inúteis mais bem pagos deste país". Quando escrevi "É do conhecimento público (…)", fundamentei-me naquilo que ouvi vários colegas dizerem, e não apenas da minha escola, e ainda naquilo que li na Internet, nomeadamente no blogue www.ramiromarques.blogspot.com, do qual imprimi um texto que tenho em minha posse.
Vivo num país democrático e julgo ter o direito de manifestar a minha opinião sobre aquilo que considero, ou não, correcto. Esse direito tenho-o.
Já o direito de tornar públicas declarações que pudessem ter sido proferidas ou escritas pelo próprio, sem que eu própria as tivesse ouvido ou lido, esse direito não o tenho. Efectivamente, não ouvi o comentador Miguel Sousa Tavares proferir sobre os professores a frase "os inúteis mais bem pagos deste país", nem li a mesma frase escrita pelo jornalista Miguel Sousa Tavares - e que o próprio desmente terminantemente alguma vez ter dito, escrito ou sequer insinuado.
Admito que cometi dois erros. O primeiro foi ter-me fundamentado no que me transmitiram e no que li na Internet. Como pessoa de boa fé que sou, acreditei que tal fosse verdade, tanto mais que, por esses dias, alguns jornalistas escreveram sobre os professores comentários nada abonatórios, que me indignaram. O segundo foi ter dado importância ao que ouvi e li. Considero-me uma pessoa útil à sociedade no exercício da minha profissão.
Exerço-a por vocação e com paixão. E, "Quem não deve não teme", por isso nem sequer me devia ter indignado. Mas as emoções, em determinadas circunstâncias, são difíceis de controlar." Errare humanum est."
Reconheço, pois, que me precipitei, que errei, e, como cidadã responsável de um país democrático, tenho também deveres, por isso, esclarecida que está a situação, quero retractar-me e pedir desculpa a Miguel Sousa Tavares. Assim, retiro tudo o que disse na minha primeira carta, e que o possa ter lesado na honra e bom nome.

Ana Maria Gomes
Escola Secundária de Barcelos

por lm, 2008.10.05 18:34:24
http://smartforum.educare.pt/index.php?id=69009

05 outubro 2008

TODA A GENTE SABE...

O vídeo que se segue, é retirado do “Democracia em Portugal“, onde também orgulhosamente faço parte do painel de autores e por ser tão actual, e sempre na divulgação aos mais incautos, sugiro que vejam mesmo até ao final, e se quiseres leva-o contigo.


28 agosto 2008

DIVÓRCIO e SNIPERS - Quem nos defende?

Recebi este texto, devidamente identificado, a pedir que divulga-se, aqui está ele, e como o assunto é sério, penso vale a pena a sua leitura e posterior reflexão.
Se ignoras, pois te convém, Os fracos, os mais pequenos, Por mais que olhes muito e bem, ´Stás a ver cada vez menos.
José Caniné, in “Inquietando” (2004)

(…) A força usada pela polícia contra cidadãos que se presumem inocentes não pode ser superior à que os tribunais usam contra os condenados. (…)
João Miranda, in “Diário de Notícias” de 16-8-2008.

Na semana passada o Presidente da República quis pôr alguma ordem nas atitudes aventureiristas do Partido Socialista de Sócrates Pinto de Sousa (já se confirmou que é engenheiro, inscrito na respectiva Ordem?), com um veto à nova lei do divórcio, legislação que é uma autêntica afronta à família e pior ainda, às crianças, que não têm quem as defendam destes abusos legislativos de determinados políticos… Pedro Passos Coelho (PSD), depois de defender os casamentos dos homossexuais (espero que não defenda a adopção pelos gays, pois coitadas das crianças indefesas não têm culpa de estar naquela situação de abandono…) veio também armar-se em seguidor fiel do facilitismo na destruição das famílias, apoiando esta lei governamental do divórcio “à la carte” e contabilística. No final de tudo isso, onde e como ficam as crianças desses casais? Ainda antes de abordar a temática deste questionado divórcio, gostaria de analisar aquilo que eu designo como a “presunção de inocência dos criminosos violentos”. Recentemente alguns comentadores e jornalistas dos designados periódicos politicamente correctos vieram questionar a utilização de snipers pela PSP e GNR, para resolução de casos como o do BES, em que civis inocentes foram alvo de sequestro e violência, com armas de fogo apontadas às suas cabeças e à vista de câmaras da TV, e depois de muitas horas de tentativa de resolução da situação, envolvendo os mais variados especialistas: técnicos policiais e de segurança, psicólogos, etc. Sobre a presunção de inocência, eu julgava que esta figura jurídica se aplicaria a casos em que ainda não tivessem sido provados os factos ilícitos, pois, em flagrante delito e para evitar males maiores (a morte dos sequestrados, por exemplo, como já se viram em atentados de pirataria aérea, onde os criminosos até matam vítimas inocentes “a horário” apenas para conseguírem impor a sua vontade), os agentes de autoridade e até qualquer cidadão, nos termos da lei, têm a obrigação de actuar dentro das suas possibilidades.
Inês Pedrosa, que já tem sido por mim criticada em atitudes incoerentes, como foi o caso dos antecedentes do 25 de Abril, até conseguiu um texto admirável sobre este assunto (in “Expresso de 23-8-2008), onde critica a posição do “investigador em biotecnologia”, João Miranda, habitual comentador do “Diário de Notícias”. Respiguemos algumas das suas afirmações, na crónica intitulada “Quem mata quem?”. “(…) A escolha era matar os assaltantes ou deixar que eles matassem as vítimas. A escolha, na verdade, foi feita pelos assaltantes, quando ergueram as armas, não deixando à polícia outra opção. Quem assim pensa deve assumir as consequências deste modo de pensar, que conduz a uma sociedade sem lei, nem justiça, nem a mínima noção de segurança: a sociedade do salve-se quem puder. E deve então mudar-se para um país onde a protecção dos cidadãos indefesos não signifique nada (o Sudão, por exemplo) e tentar sobreviver por lá. (…) “O cronista do DN, João Miranda insurge-se contra a utilização de snipers para a resolução deste assalto (…). “Escapa-me como se pode presumir a inocência de dois cidadãos que têm as armas apontadas às cabeças de outros dois cidadãos. Esta é mesmo uma daquelas situações em que o Bem e o Mal se manifestam em todo o esplendor do contraste e sem lugar para dúvidas – quem ousar colocar reticências às prioridades a ter em conta num momento assim, não pode queixar-se da falta de valores, porque não os tem. (…)” E Inês Pedrosa, depois salientar os aspectos bárbaros da questão associados ao contágio do medo, coloca o problema também em termos políticos, dizendo: “(…) A complacência da esquerda democrática (será mesmo democrático quem faz afirmações deste tipo?, pergunto eu) para com a banalidade do mal, a sua incapacidade de proclamar a possibilidade e a superioridade do bem, tem conduzido ao crescimento da direita autoritária por toda a Europa (o caso da Itália é eloquente). A violência cresce, impante, nos bairros suburbanos, e os mais pobres desistem de acreditar na solidariedade dos burgueses bem pensantes que lhes repetem que todos os cidadãos – mesmo os que roubam e sequestram e violam e aterrorizam – são inocentes até prova em contrário. Os pobres, tal como os polícias (que também estão longe de ser ricos e protegidos pelo Estado), estão fartos de ser a inútil e morta prova em contrário.” A jornalista Inês Pedrosa terminaria o seu texto falando no caso da criança, filha do cigano foragido à Justiça, onde a certa altura refere: “ (…) Uma criança de 13 anos morre, apanhada por um tiro da polícia contra uma carrinha em fuga, depois de um assalto. Acusa-se de imediato a polícia que atirou aos pneus da viatura que se recusou a parar – e o agente é constituído arguido e acusado de homicídio. A ninguém parece ocorrer que o culpado da morte do rapaz é o pai. (…)”

Mas o “investigador em biotecnologia” Miranda é um homem persistente nas ideias que defende. Exactamente no dia em que o “Expresso” publicava o texto acima descrito (23-8-2008), voltou à carga com um segundo artigo, intitulado “Os snipers (2)”. Dado terem surgido pessoas a defenderem a utilização dos snipers , como no caso do BES/Campolide, ele teve que vir defender a sua dama,- a presunção de inocência do acusado, afirmando dislates como estes: “(…) Ninguém tem a capacidade de fazer julgamentos sumários sem cometer erros. É por isso que a presunção de inocência é tão importante. A presunção de inocência garante que as certezas do acusador são sempre confrontadas com as dúvidas levantadas pela defesa. (…) E mais à frente, este investigador biotécnico vem afirmar mais isto: “Se a presunção de inocência não for respeitada em todos os casos, os snipers acabarão por matar alguém na sequência de um juízo errado.” (…) Este senhor estará ciente do que afirma e viverá no mesmo mundo que eu? Duvido, pois não se percebe se quererá que seja montado um “tribunal de campanha” junto do Posto de Comando da força policial, que intervém em emergências deste género. Este “analista” devia abster-se de comentar assuntos de segurança e judiciais, os quais julgo não dominar, nem para tal estar vocacionado.

“Casamento como bem consumível”. E as crianças, meu Deus? A propósito da nova lei sobre os divórcios, proposta pelo Partido Socialista e seus acompanhantes de esquerda, Cavaco Silva não terá razão quando afirma? “(…) desprotege o cônjuge que se encontra em situação mais fraca – geralmente a mulher – bem como os filhos menores” (…) “No mínimo é singular que um cônjuge que viole sistematicamente deveres conjugais previstos na lei, por exemplo uma situação de violência doméstica, possa, de forma unilateral e sem mais, obter o divórcio e, sobretudo, possa daí retirar vantagens aos mais diversos níveis, incluindo o patrimonial “ (…) “Existe ainda o paradoxo que emerge do novo modelo de divórcio a que corresponde uma concepção de casamento como espaço de afecto, quando a seu lado se pretende que conviva, através da criação do crédito de compensação, uma visão contabilística do matrimónio, uma conta-corrente das suas contribuições para os encargos da vida conjugal e familiar.” (…) Serão retrógrados os valores defendidos pelo Presidente da República, como é sugerido pelo Partido Socialista e Passos Coelho, ou pelo esquerdista Francisco Louçã e seus muchachos? Não. O que está em causa é a destruição da família, até agora considerada a base nuclear da sociedade. E depois queixam-se da insegurança nas ruas, e de haver cada vez mais pessoas a necessitar de tratamento psiquiátrico. Já não bastava ser o desemprego a grande doença do novo milénio, provocado essencialmente pelo avanço demolidor da máquina sobre o homem. Tal já evocado pelo distinto historiador Prof. Braga de Macedo há cerca de duas décadas… A propósito, lembram-se como era há cerca de vinte anos? Quantos empregos se foram apenas pela utilização de um simples computador ou de câmaras de vigilância nas empresas. A análise lúcida de um psiquiatra Continuando a falar de psiquiatras, quero salientar o artigo de opinião de um destes profissionais, Pedro Afonso, que coloca o problema do conteúdo da proposta de lei governamental sobre o divórcio, na sua verdadeira dimensão (“Público” de 26-8-2008). Veja-se o que afirma e qual a sua esclarecedora argumentação, que apoio incondicionalmente. Assim sendo, faço a sua transcrição quase na íntegra: “(…) Uma das questões ideológicas é perguntarmos qual é a legitimidade do Estado em passar sinal claro à sociedade de que a felicidade, na vivência matrimonial, deve ser alcançada de forma em tudo idêntica à política comercial praticada por algumas empresas: “satisfação ou reembolso”? Neste caso, para dissolver um casamento deixa de ser necessário evocar qualquer razão especial, bastando somente evocar “insatisfação”. Parece-me, portanto, - e neste ponto, pode perfeitamente aplicar-se o epíteto de “pensamento retrógrado” -, que esta lei acaba por expressar um menosprezo completo pela família, equiparando-a, na prática, a um bem consumível. “Se é verdade que o casamento não é uma criação do Estado, também é verdade que não compete ao Estado orientar ideologicamente a sociedade, criando mecanismos legislativos facilitadores e promotores da dissolução desta importante instituição. Na prática, o legislador (para mim é o Partido Socialista e o seu líder) assume-se como um promotor do divórcio, uma vez que, ao torná-lo liberal, célere e fácil, não reconhece o casamento e a família como um elemento estruturante da sociedade. Significa, portanto, que a estabilidade na relação entre homem e mulher deixa de ser vista como um bem, passando a considerar-se o casamento como como uma relação instável, efémera e que o Estado se escusa a proteger. “Numa altura em que têm sido realizadas uma série de campanhas em defesa das mulheres vítimas de maus tratos, o Estado promove uma lei que vai em sentido contrário, visto que, ao desaparecer a figura jurídica de divórcio culposo, possibilita que se prejudique a vítima e se favoreça o cônjuge agressor. Deste modo, as vítimas ficam fragilizadas e à mercê da chantagem do agressor, criando-se consequentemente uma maior desprotecção para aos filhos menores. “Este novo modelo de casamento acaba ainda por desvalorizar os deveres conjugais e o “respeito pelo outro”. Julgo que até mesmo para Freud seria difícil de aceitar esta autêntica “ditadura da libido”, que se transforma, em si mesmo, num elemento escravizante para o indivíduo. Por outras palavras, os cidadãos, nas relações conjugais, passam a ser comandados pelas emoções e pelo temor (paranóide) de que o aborrecimento possa tomar conta da relação, conduzindo a uma inevitável “neurose do casamento”. O fantasma do divórcio passará a ser uma constante, uma vez que o espírito da lei, ao invés de apelar à unidade e comunhão dos cônjuges, fragiliza o casamento e favorece o individualismo. “Não é compreensível defender que o Estado seja ao mesmo tempo o promotor do bem comum e, simultaneamente o impulsionador de relações humanas inteiramente frágeis, sujeitas a actos impulsivos ou estados de alma. Seguramente que não é neste ambiente jurídico que se organiza uma sociedade madura e estável, nem tão pouco se promove a harmonia social e a segurança mínima para que as crianças possam crescer sem que os seus direitos estejam condicionados ao livre arbítrio dos seus progenitores. “Instala-se, assim, na sociedade a ideia de que nada é definitivo. As relações entre homem e mulher devem ser, por princípio, descartáveis e o bem-estar reside na fugacidade e na subjectividade do amor individual. Estamos perante a cultura da frivolidade, cujo lema é exigir demasiado e o progresso encontra-se na tolerância absoluta. “Por último, importa referir que, apesar de alguns entenderem a defesa da família como uma posição ideológica retrógrada e ultrapassada, a família ainda é o melhor ambiente para qualquer ser humano nascer, crescer, ser amado e ser feliz.” Repararam que este especialista e técnico de saúde, ao longo de todo o artigo, não apresentou uma única vez qualquer argumento de natureza religiosa ou teológica? Senão, lá teríamos que aturar o esquerdista e bloquista historiador Rosas (julgo que filho ou familiar de um ex-ministro das Finanças do regime salazarista-caetanista) a perorar sobre a “mistura da religião com a política” …Termino fazendo de novo a pergunta: E as crianças, meu Deus?
Manuel Amaro Bernardo
Agosto de 2008

08 abril 2008

A LIBERDADE DEFENDE-SE, EXERCENDO-A...

"Pedro Jorge, Electricista e dirigente sindical, interveio no Programa Prós e Contras de 28/1/2008. Motivo invocado esta semana pelo patronato para lhe mover um processo disciplinar para despedimento: dizer a verdade em público! No vídeo anexo reproduzimos as 4 intervenções de Pedro Jorge no programa. São um libelo à liberdade que nos têm destinada as classes dominantes: a liberdade dos escravos. Por Abril, a luta continua! As liberdades defendem-se exercendo-as!" (?)



POUCO ME IMPORTA SE ME CHAMAREM COMUNISTA, DEPOIS DISTO, ATÉ ME PODIAM CHAMAR NAZI...

A MIM NINGUÉM ME CALA!!!

13 março 2008

A (DES)EDUCAÇÃO DESTE SENHOR...


CLICA PARA AMPLIARES

A arrogância de certas pessoas, chega a tal ponto, que por encomenda ou por estupidez mesmo, escrevem tudo o que não lhes vêm à alma, e dissecam os outros com tanta baboseira da pior espécie, este senhor, que é irmão do outro Rangel, conotado com a extrema-direita mais reles que alguma vez existiu em Portugal, quer denegrir a imagem dos professores, com textos encomendados pela sinistra, a que não ri nem do próprio tombo pois não tem inteligência para tal. Para esse senhor, de nome Emídio, a minha vontade, não prevalecente, é a de que ele vá dar uma grande curva e que não volte... Afinal o anormal é ele. Já estamos fartos de ver alarves a ditar regras e a opinar, quem não sabe do que fala, cale a caixa.

E nada melhor para responder a este senhor como a resposta que vem a seguir, esta sim de alto teor informativo:

Exmo. Sr. Rangel:
Não sou uma figura pública como V. Exa., nem tenho um jornal que acolha as minhas opiniões. Felizmente existe hoje a blogosfera e os amigos para publicar o mais possível a nossa opinião; espero que esta carta chegue até si! Sou apenas um dos 143 000 professores deste país e um dos 100 000 que estiveram na Marcha da Indignação no dia 8 de Março, dia em que fui brindado com o seu artigo de opinião a que batizou de «HOOLIGANS EM LISBOA».

Como deve estar à espera, depois daquilo que escreveu, ou coloca uma venda nos olhos e uns tampões nos ouvidos ou terá de ver e ouvir os argumentos dos visados. Como quem não se sente não é filho de boa gente, e fui um dos seus alvos, o seu artigo merece-me uma resposta, bem ao estilo político e jornalístico, em dez breves pontos. Está preparado? Cá vai:

1) A sua legitimidade para me chamar «hooligan» é a mesma que eu tenho de lhe chamar palerma, idiota e atrasado mental! Repito: a legitimidade é exactamente a mesma!

2) A sua legitimidade para me chamar comunista e que o Prof. Mário Nogueira (não é Sequeira, sr. Rangel) é um assalariado do PCP e que tal partido alugou 600 autocarros para a manifestação, é a mesma que eu tenho para lhe chamar fascista, assalariado do PS e alugado por este partido para emitir estas imundas alarvidades. Repito: a legitimidade é exactamente a mesma!

3) Os professores e os empregados da Lisnave são cidadãos dignos, que trabalham toda a vida para sustentar as suas famílias com ordenados por vezes miseráveis, não são jornalistas de segunda que andam à crava de pequenos tachos de ocasião, depois de fracassarem pessoal e profissionalmente à frente de grandes cadeias de televisão, com ordenados de rei para gastar em opulentas noitadas algarvias!

4) A maioria dos professores que V. Exa diz ainda terem dignidade, comparando-os aos seus, somos todos nós, Sr. Rangel, porque somos 143 000, estavam lá 100 000, sendo que dos 43 000 que não estavam certamente 40 000 não estiveram apenas de corpo e os restantes 3000, ou por aí, serão os inevitáveis fundamentalistas partidários, cuja religião PS lhes ofusca a lucidez!

5) V. Exa nunca pertenceu à nossa classe! V. Exa foi professor, mas universitário e, não lhe retirando mérito pela formação que isso permitiu, fique sabendo que ser professor universitário nada tem a ver com o que se passa nas nossas salas de aula, onde todas as crianças e jovens têm lugar, os bons, os maus, os educados, os mal-educados, os civilizados, os selvagens, os ricos, os pobres, os inteligentes, os deficientes, os meus filhos, os seus filhos… Enfim, não se trata de um lugar onde uma clivagem por resultados escolares, permite que tenhamos uma sala com 20 ou 30 alunos com toda a socialização feita e a quem basta dar bibliografia e pouco mais!

6) V. Exa ignora por completo o que o ME quer impor nas escolas e aos professores, pois isso sim, é que favorecerá a incultura, deseducação, a anarquia pedagógica, em que o obrigatório facilitismo formará uma geração de humonoides completamente ocos de valores, cultura e sabedoria; eu sou um produto do sistema que V. Exa acusa de iníquo e sei o que significa dignidade, respeito, admiração, ponderação, civismo, tolerância… enfim, tudo o que V. Exa não revela, na sua miserável crónica!

7) Vergonha devem sentir os cidadãos portugueses de terem de levar com opiniões de jornalistas (esses sim, é que são pseudo) completamente esventrados de sensatez, isenção e responsabilidade. Este artigo de V. Exa é o epíteto do desnorte e testemunho de um intoxicado intelecto!

8 ) A Ministra é corajosa e determinada? Estamos de acordo. Acontece que V. Exa confunde estes
conceitos com clareza, responsabilidades e, sobretudo, com justiça e sentido de visão estratégica para a Educação. Todos os grandes fascínoras políticos da História eram corajosos e determinados!

9) Todos os que V. Exa chama estúpidos e que, sendo do PSD, do PCP ou daquilo que o você quiser, apoiam e compreendem a causa dos professores, se o fazem por antipatia política ou oportunismo, e sei que os há, tal adjectivo acenta-lhes que nem uma luva; aos restantes, que são infinitamente mais, não os confunda com um espelho!

10) V. Exa pertence, ou pelo menos pertenceu, a uma recente classe de portugueses, muito inferior à dos professores, quer em número quer em dignidade, cujo novo - riquismo aliado ao corrupto mercado da imagem, fazem de vós uma praga infestante para o cidadão comum, que luta todos os dias contra as dificuldades de um país minado por políticos fajutos e incompetentes e por um jornalismo bacoco e de algibeira, do qual V. Exa é um belo protagonista!

Paulo Carvalho
CARTA ABERTA AO SR. EMÍDIO RANGEL

08 março 2008

AFINAL DE CONTAS...

Afinal de contas, parece que tenho razão. Num recente post aqui colocado, e que se intitulava "PORQUE NÃO...", parece que eu já adivinhava algo de muito concreto. As empresas Portuguesas de maior destaque, aquelas que têm maiores accionistas, inclusive capital estrangeiro, tem o seu centro de decisão, na sua maioria, aqui ao lado em Espanha. Dependendo, as nossas filiais das mesmas empresas, dos planos IBÉRICOS, para os anos em curso. Ora, se isto se está a tornar hábito, se as empresas se reestruturam a nível IBÉRICO, porque é que carga de água, os dois países não o poderão fazer.

O poder económico, a isso obrigará, mais cedo ou mais tarde. Não vale a pena andarmos a tapar o sol com a peneira. A IKEA, é uma dessas empresas, e investiu cá com fábrica e com lojas, mas o seu centro de decisão, é no país vizinho. Quem sofre com esta separação de poderes legislativos, somos todos nós. Mas mais exemplos há, a minha própria empresa prepara-se, mais ano menos ano, desde que adquiriu o seu parceiro em Portugal de mais de trinta e tal anos, para passar o centro de decisão para Barcelona. Agora decidem que neste período será uma transição, grandes desafios se avizinham.

Mas sinto-me ao menos satisfeito numa coisa, é que desde que nós trabalhadores desta empresa passámos a ser parte do grupo mãe, as nossas condições de trabalho tem vindo a melhorar de dia para dia, com a promessa de novos desafios e de novas metas. Não posso sentir-me totalmente satisfeito, quando vejo, num país que amo, ser a prática corrente outras políticas que maltratam os outros trabalhadores em geral, por eu estar bem, não me acomodo com o que sei que ainda há muito por fazer pelos outros, por isso o meu incessante ACTIVISMO.

Prémio

Prémio
Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

Indicadores de Interesse

My Popularity (by popuri.us)

DESDE 11 DE JUNHO DE 2010

free counters

Twitter

eXTReMe Tracker
My BlogCatalog BlogRank




 Global Voices Online em Português - O mundo está falando. Você está ouvindo?
 Global Voices Online em Português - O mundo está falando. Você está ouvindo?

Etiquetas