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07 dezembro 2012

O que nos irá acontecer ???

Em meados de Agosto, há menos de 4 (quatro) meses, no Algarve, Passos anunciou o fim da recessão em 2013, o que não pode deixar de ser relembrado agora, quando o Banco de Portugal espera recessão de 1,6% do PIB em 2013, contrariando a projecção actual do Governo que prevê uma queda de 1%.

«A instituição liderada por Carlos Costa considera que em 2013 a economia portuguesa vai recuar 1,6 %, um desempenho muito mais negativo do que a estagnação estimada no último boletim, publicado antes da apresentação do Orçamento do Estado (OE) para o próximo ano.» A Notícia PIB sofreu contracção de 3% no conjunto dos três primeiros trimestres também não é animadora e está em sintonia com o pessimismo do BdP, embora a notícias deste se refira a previsões.

Também o PR, professor catedrático de economia, admite que a situação é muito pior do que se antecipava.

Por seu lado, Passos, para apaziguar os cidadãos, esquecidos daquilo que prometeu no Algarve, diz que os números do INE «estão em linha» com as estimativas do Governo. Isto não cheira a franqueza e a lealdade, sendo mais louvável a surpresa manifestada pelo PR.

Imagem de arquivo

29 maio 2008

Inconstância de catavento

Segundo notícia do DN, o porta-voz da Casa Branca, entre 2003 e 2006, Scott McClellan, defendeu a guerra no Iraque (assumiu o cargo apenas uns meses após a invasão) e garantiu que a Administração estava a fazer tudo para ajudar as vítimas do furacão Katrina.

Depois de ter acompanhado Bush desde quando este foi governador do Texas e de servir, talvez pressionando, o Presidente durante três anos, apareceu agora com umas memórias, de 341 páginas, que surpreenderam todos por nelas tecer duras críticas ao antigo mentor que acusa, por exemplo, de ter enviado os EUA para "uma guerra desnecessária no Iraque". Refere que "a resposta falhada ao Katrina foi agravada por decisões anteriores como a ida para uma guerra sem planeamento adequado, nem preparação do pós-guerra".

Porquê, então, tanto entusiasmo como porta-voz? Porque permaneceu três anos nessas funções, em apoio de tais erros do seu patrão? Porque não saiu dessas funções? Será que nessa altura não era inteligente e agora é?

O que agora diz é do conhecimento de quem acompanhou as notícias internacionais, mas o facto de ter colaborado na campanha de propaganda da Casa Branca, em realidades que achava erradas, demonstra, deslealdade, falta de franqueza, oportunismo, desonestidade, falta de carácter. Vir agora afirmar tais erros, mais do que inconstância, é uma confissão da sua instabilidade que é mais nefasta para a sua imagem do que para a de Bush que já é sobejamente conhecido.

Isto tem odor de ambição, primeiro para ser pago pela Casa Branca e depois por interesses opostos ao Presidente que lhe terão oferecido mais. Já não há sinceridade nem amor à camisola, mas apenas o interesse no dinheiro.

No campo oposto, recordo a atitude honesta de um Sr. major de Cavalaria, conhecido por «Sistema», que sendo chefe da segurança do PR Costa Gomes e começando a não gostar de atitudes deste, pediu para sair dessas funções e disse para os seus companheiros de trabalho: «tenho por dever colocar-me ente o PR e uma bala que lhe seja dirigida e não quero que, quando isso possa vir a ser necessário, não tenha a convicção, a abnegação e a força suficiente para cumprir esse dever». Isto é honradez de um português que venera os heróis da nossa história.

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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