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22 maio 2008

Bombeiros bem ou mal equipados?

Há poucos dia o Sr. MAI, com muita pompa e circunstância e o seu habitual «entusiasmo», afirmava que, este ano, os fogos florestais não iriam levar a melhor, não iriam ficar a rir da dificuldades dos bombeiros, no confronto com os «soldados da paz», e anunciava que estes foram dotados com mais meios modernos.

O povo bem intencionado, de brandos costumes, muito crédulo nas palavras dos senhores governantes, ficou mais tranquilo e convencido de que os grandes fogos de anos anteriores, foram coisa do passado. Mas já nesses anos ouvira iguais promessas e não viu melhoras significativas.

Mas, como balde de água fria, antes que os fogos anulassem a ilusão criada pelo Sr. ministro, caiu agora a notícia «bombeiros sem equipamento» no jornal gratuito Metro. Segundo ela, o comandante distrital de operações de socorro de Lisboa, Elísio Oliveira, referiu no dia 20 as necessidades de equipamentos individuais dos bombeiros. Disse que existem carências de «materiais de protecção individual para combate a incêndios urbanos, e sistemas de respiração». Curiosamente, o seu espírito de missão levou-o a dizer que, apesar disso, os bombeiros podem «responder a qualquer situação», mas certamente, com menor eficiência!

Depois de tais palavras, a governadora civil do distrito de Lisboa, Dalila Araújo, salta à estacada e garante que as corporações do distrito estão bem equipadas.

Perante isto, ficamos totalmente baralhados. Quem estará a falar verdade? Quem é tecnicamente mais credível para opinar sobre o assunto? O que concluir das palavras de Dalila a desmentir o comandante Elísio? Como reagirá este?

27 dezembro 2007

Não podemos acreditar em nada!!!

No artigo do Jornal de Notícias com o título Mitos médicos desmontados pela ciência, da autoria de Helena Norte, é lançado o alerta oriundo do British Medical Journal (www.bmj.com) contra determinados mitos com que temos sido bombardeados insistentemente.

São disto exemplos «beber oito copos de água faz bem à saúde» ou «apenas usamos 10% do nosso cérebro» ou «ler com luz fraca prejudica a visão» ou «cortar cabelo faz com que cresça mais forte».

Segundo o BMJ, apesar de os médicos procurarem convencer os seus clientes destas «verdades», elas carecem de fundamento científico.

Os autores desmontam algumas crenças comuns a partir da evidência científica existente, com o objectivo de alertar os médicos para a necessidade de questionarem as suas convicções e práticas.

A ingestão excessiva de água pode ser perigosa para a saúde. Segundo a mais moderna imagiologia, tanto de cérebros normais como lesionados, mostram que não há qualquer área do nosso encéfalo que esteja completamente adormecida ou inactiva. A baixa luminosidade cria a sensação de dificuldade de focagem e obriga a um esforço maior, mas os efeitos negativos são temporários e é muito pouco provável que causem alterações permanentes na estrutura do olho. Os estudos que procuraram correlacionar o corte do cabelo com a espessura e a rapidez com que renasce demonstraram que não existe qualquer ligação.

Para mais informação, pode ser lido o artigo referido ou o BMJ de que se indica o acesso.

Tira-se a conclusão de que devemos pôr em causa toda a informação que nos chega, comparando com outras origens, principalmente as ligadas a centros científicos ou publicações com credibilidade. Já vi na TV um médico dizer que o melhor óleo alimentar era o de girassol e, alguns anos mais tarde vir afirmar com o mesmo ar doutoral que o melhor óleo é o azeite. A mesma pessoa, movida pelo dinheiro dos contratos, não teve escrúpulos de invocar a ciência que o seu diploma lhe outorgava para nos enganar, de uma das vezes ou das duas.

26 dezembro 2007

A política e o ilusionismo

Transcrição de artigo do JN

O "lifting" nacional
Por Manuel António Pina, jornalista do JN

Com uma campanha de três milhões comprada a uma agência de publicidade, o Governo quer apagar - vem no texto de apresentação da campanha - a imagem de "subdesenvolvimento, iliteracia, corrupção e recorrentes indicadores estatísticos de miséria" de Portugal.

O ministro da Economia é um "homme du monde" e, para milagres, não vai ao Professor Karamba, vai a uma agência de publicidade. Em vez do "Abracadabra!" do Professor, a agência pronuncia as palavras mágicas "West Coast of Europe" e o país transforma-se de um momento para o outro, em (ainda a crer no texto de apresentação da campanha) "surf, qualidade de vida, Hollywood, criatividade, entretenimento, Los Angeles, S. Francisco, Las Vegas, Silicon Valley".

Para o "lifting" nacional ser total, a agência usou imaginosamente, em vez de Amália, uma foto de Marisa, em vez de Eusébio, Mourinho e Cristiano Ronaldo (só falta a nova basílica para a trilogia Fado, Futebol & Fátima ficar completa).

A agência quis ainda (não é invenção do cronista, quis mesmo!) mudar a bandeira, pois isso constituiria um "evento mundial" maior do que, coisa banal, acabar com a iliteracia, a corrupção e a miséria, mas o ministro hesitou. A bandeira ficará para depois. Para quando Tony Carreira acabar de escrever o novo hino.

NOTA: São tradicionais as anedotas de loiras de cabeça oca e a estas são atribuídas as fantasias ilusionistas dos silicones e dos «liftings». Tácticas do «faz-de-conta» da ostentação de imagens fictícias para ocultar a realidade das rugas e dos sinais de feiura ou fealdade. Tudo virtual para iludir os menos atentos, os mais ignorantes. É a táctica do aldrabão que para vender o carro velho mete serradura o cárter do motor para evitar os ruídos causados pelas folgas. Agora, vemos que os políticos querem inscrever-se no mesmo rol de pessoas menos sensatas. Lá diz o velhote: meu rapaz, nunca compres um carro usado a um político!

22 outubro 2007

Fogos florestais. Propaganda e desleixo???

Um senhor secretário de Estado que tutela a protecção civil e os bombeiros, ao encerrar a fase charlie de combate aos fogos florestais, disse que, «entre os dias 1 de Julho e 30 de Setembro - os meses de maior risco - a área ardida foi significativamente menor do que em 2006, com 16.605 hectares ardidos até ao momento contra os 75.335 hectares ardidos no ano passado».E atribuiu este êxito a:
- «um aumento da área intervencionada»,
- uma melhor articulação dos sapadores florestais e a
- uma melhor vigilância da GNR.
Tudo isto era apontado como mérito do Governo e, portanto, da sua Secretaria de Estado.

Na ocasião, no post aqui colocado, Não há senso!, considerei que era preciso desplante, para não dizer arrogância insensata querer que os portugueses esquecessem as diferenças meteorológicas entre o verão de 2006 e o de 2007, tendo este sido menos quente, mais húmido e com vários períodos chuvosos. Dizia que o mérito coube não ao Governo, mas sim à «não comparência» dos fogos por virtude de S. Pedro.

Hoje os jornais, a propósito dos fogos no Parque Nacional da Peneda-Gerês, dizem que, enquanto em todo o Outubro de 2006 houve 423 fogos florestais, este ano, apenas desde um a 20 de Outubro, já houve 1670 fogos, o que é quatro vezes mais. Usando a estatística como os governantes gostam de fazer, como este número resulta da comparação de dois terços do actual mês com todo o mês do ano passado, significa que comparando os meses inteiros de Outubro dos dois anos, no corrente, haverá seis vezes mais fogos do que em 2006.

Isto faz pensar que ou o Sr. secretário de Estado quis fazer falsa propaganda, sem senso, e ofuscar a nossa ingénua visão, ou ele foi de férias acompanhado daqueles três factores, que incluem os sapadores florestais e a GNR, deixando negligentemente Portugal entregue à sorte.

Não há senso, quando, por intenção se oculta o principal factor de um fenómeno complexo. E digo intenção, para não dizer ignorância ou incompetência, porque isso poderia ser considerado ofensivo, enquanto que a intenção, mesmo que má, estava «politicamente correcta». Estava dentro do hábito de atirar poeira para os olhos menos atentos.

04 outubro 2007

Não há senso!

O Sr. Ascenso Simões teve a falta de senso de atribuir à governação todo o mérito do balanço positivo da fase "charlie" («C» de chuva?) do plano de combate aos incêndios florestais».

Segundo ele, «entre os dias 1 de Julho e 30 de Setembro - os meses de maior risco - a área ardida foi significativamente menor do que em 2006, com 16.605 hectares ardidos até ao momento contra os 75.335 hectares ardidos no ano passado». E atribuiu este êxito a:
- «um aumento da área intervencionada»,
- uma melhor articulação dos sapadores florestais e a
- uma melhor vigilância da GNR.

Já há duas ou três semanas que, em conversa, previa que acabassem por surgir palavras deste género!

Como a maior parte dos portugueses, durante o período acima referido esteve mais atenta às condições meteorológicas, por estar em férias, todos sabemos que o MÉRITO dessa vitória contra os fogos florestais, erradamente atribuída ao Governo, cabe à não comparência dos fogos por virtude de S. Pedro, ou melhor Daquele Deus a quem Sócrates prestou homenagem quando se benzeu, durante uma das muitas cerimónias oficiais de abertura do ano escolar. Em termos de temperatura e humidade do ar, todos sabemos a diferença entre 2006 e 2007. Os fogos não gostam muito de chuva e esta caiu com frequência e intensidade na maior parte dos dias da fase «charlie» de 2007.

Não há senso, não há vergonha, de abusar tanto da propaganda balofa, partindo da hipótese de que os portugueses somos todos estúpidos. Alguns o serão, mas não somos todos políticos ou devedores de favores à oligarquia..

Os governantes deviam fazer um esforço para compreender que, quando falam para o público em geral, não devem utilizar os argumentos comicieiros. Uma coisa são os políticos que batem palmas e aplaudem sem perceber o que estão a ouvir, outra coisa são os portugueses medianamente inteligentes que têm neurónios e os usam.

Origens desta notícia:
Balanço positivo no combate a incêndios
Área ardida foi 12 vezes inferior à média dos últimos cinco anos
Governo faz balanço positivo da fase "Charlie" de combate aos fogos

Prémio

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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