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28 março 2013

A dívida total - canibalização de um povo

Pretende-se com este primeiro texto - entre vários que irão ser divulgados em breve - proceder a uma abordagem abrangente da dívida e outras responsabilidades que impendem sobre os residentes em Portugal e que, no fundo, oneram e irão onerar durante gerações, a multidão de trabalhadores e ex-trabalhadores, tomados pelo poder do capital, os receptáculos últimos e os naturais pagadores das faturas apresentadas pelo capitalismo global[i].
Quem se resignar a esta situação está do lado da continuidade da exploração capitalista, por ignorância, por conveniência ou… é masoquista.

Não tem, evidentemente, de ser assim e isso, só pode ser evitado numa concertação de povos[ii] contra os capitalistas e a sua extirpação, numa luta que custará – não tenhamos ilusões - sangue, suor e lágrimas. Aliás, esses fluidos escorrem já hoje, abundantemente nos quatro cantos da Terra, por ação ou inação criminosas do capitalismo, dos seus mandarins, polícias e exércitos.

Ontem já era tarde para reagir. E para reagir é necessário conhecer o inimigo, o terreno do combate, as armas de que detém e como as utiliza. Este texto é um modesto contributo para o efeito, no seguimento de muitos outros já publicados sobre a dívida[iii] e não só.

Sumário:
1 - O endividamento da economia portuguesa
2 - Endividamento das empresas não financeiras
3 - Endividamento das sociedades financeiras
4 - Endividamento das administrações públicas
5 - Endividamento dos particulares
6 – Os direitos de crédito do exterior sobre a sociedade portuguesa
7 – Resumo da evolução dos vários tipos de passivos em cada agregado económico
8 - Tipos de responsabilidades por agregado económico

1 - O endividamento da economia portuguesa
A dívida do Estado, do sistema financeiro, das empresas e das famílias é, constituída, parcialmente dentro do país, numa matriz de relações interna, entre as entidades ou agregados atrás considerados e parcialmente, de modo direto, junto de entidades sediadas no exterior. Por outro lado, mesmo quando o mútuo envolve apenas entidades residentes em Portugal, muitas vezes o credor municiou-se previamente no exterior enquanto a situação inversa é muito menos relevante.

O Banco de Portugal publica regularmente as contas financeiras de Portugal. Como em qualquer contabilidade procede-se a uma avaliação do ativo e do passivo, consolidando os haveres, direitos e obrigações de empresas não financeiras, do sistema financeiro, das administrações públicas e dos particulares; designa-se por consolidado por não relevar as relações internas no âmbito de cada agregado. Como contas financeiras não contabilizam o património físico existente em Portugal, como o edificado habitacional ou instalações industriais, comerciais ou de serviços, os recursos naturais, os bens materiais dos particulares ou das empresas. Consideram-se, sumariamente, para além do ouro monetário (não o privado retido para adorno ou entesouramento), o dinheiro e os depósitos, os títulos, e os empréstimos obtidos ou concedidos."

(...)conclusão
Sendo o setor financeiro o elemento dominante na generalidade das economias, é aquele que controla os aparelhos de Estado e os gangs de mandarins, tornando-se o mais habilitado para a determinação e gestão das políticas fiscal e orçamental, da produção legislativa e da decisão política[vi]. Por outro lado, a maior desmaterialização dos seus capitais, a procura desenfreada de altos níveis de liquidez, permite ao sistema financeiro global, como aos seus saguões nacionais, margens de lucro elevadas, tornando-se por isso particularmente procurados pelos capitais, mesmo os mais especulativos dos “investidores”. Daí que haja uma tendência para o aumento do valor atribuído às empresas do setor financeiro, apesar das suas fragilidades[vii], superadas pelo desmedido e dedicado apoio do BCE e dos estados nacionais.
Por outro lado, nas empresas não financeiras, as que operam na chamada economia real, a crise financeira actual gera dificuldades de obtenção de crédito, encerramentos, redução de atividade, numa gigantesca destruição ou subaproveitamento de capital que carateriza os dias de hoje. Esses elementos contribuirão para a redução do peso das sociedades não financeiras entre as partes sociais que representam os direitos dos capitalistas detentores das empresas e o desaparecimento de largos estratos de capitalistas pequenos e médios e dos seus sonhos de passarem a grandes[viii].

Para continuar a ler e analisar em profundidade o tema,  clique este link onde terá acesso a todos os 8 pontos que compõem o artigo, e os respectivos gráficos e quadros.

08 março 2008

AFINAL DE CONTAS...

Afinal de contas, parece que tenho razão. Num recente post aqui colocado, e que se intitulava "PORQUE NÃO...", parece que eu já adivinhava algo de muito concreto. As empresas Portuguesas de maior destaque, aquelas que têm maiores accionistas, inclusive capital estrangeiro, tem o seu centro de decisão, na sua maioria, aqui ao lado em Espanha. Dependendo, as nossas filiais das mesmas empresas, dos planos IBÉRICOS, para os anos em curso. Ora, se isto se está a tornar hábito, se as empresas se reestruturam a nível IBÉRICO, porque é que carga de água, os dois países não o poderão fazer.

O poder económico, a isso obrigará, mais cedo ou mais tarde. Não vale a pena andarmos a tapar o sol com a peneira. A IKEA, é uma dessas empresas, e investiu cá com fábrica e com lojas, mas o seu centro de decisão, é no país vizinho. Quem sofre com esta separação de poderes legislativos, somos todos nós. Mas mais exemplos há, a minha própria empresa prepara-se, mais ano menos ano, desde que adquiriu o seu parceiro em Portugal de mais de trinta e tal anos, para passar o centro de decisão para Barcelona. Agora decidem que neste período será uma transição, grandes desafios se avizinham.

Mas sinto-me ao menos satisfeito numa coisa, é que desde que nós trabalhadores desta empresa passámos a ser parte do grupo mãe, as nossas condições de trabalho tem vindo a melhorar de dia para dia, com a promessa de novos desafios e de novas metas. Não posso sentir-me totalmente satisfeito, quando vejo, num país que amo, ser a prática corrente outras políticas que maltratam os outros trabalhadores em geral, por eu estar bem, não me acomodo com o que sei que ainda há muito por fazer pelos outros, por isso o meu incessante ACTIVISMO.

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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