MINHA HISTÓRIA (GESUBAMBINO) (Dalla/ Pallotino - versão: Chico Buarque)
Chico Buarque
Ele vinha sem muita conversa, sem muito explicar Eu só sei que falava e cheirava e gostava de mar Sei que tinha tatuagem no braço e dourado no dente E minha mãe se entregou a esse homem perdidamente, laiá, laiá,laiá, laiá
Ele assim como veio partiu não se sabe prá onde E deixou minha mãe com o olhar cada dia mais longe Esperando, parada, pregada na pedra do porto
Com seu único velho vestido, cada dia mais curto, laiá, laiá,laiá, laiá Quando enfim eu nasci, minha mãe embrulhou-me num manto Me vestiu como se eu fosse assim uma espécie de santo Mas por não se lembrar de acalantos, a pobre mulher Me ninava cantando cantigas de cabaré, laiá, laiá, laiá, laiá Minha mãe não tardou alertar toda a vizinhança A mostrar que ali estava bem mais que uma simples criança E não sei bem se por ironia ou se por amor Resolveu me chamar com o nome do Nosso Senhor, laiá, laiá, laiá,laiá
Minha história e esse nome que ainda carrego comigo Quando vou bar em bar, viro a mesa, berro, bebo e brigo Os ladrões e as amantes, meus colegas de copo e de cruz Me conhecem só pelo meu nome de menino Jesus, laiá, laiá Os ladrões e as amantes, meus colegas de copo e de cruz Me conhecem só pelo meu nome de menino Jesus Laiá, laiá, laiá,laiá
A Folhaonline traz hoje uma etiqueta dispensável (como toda etiqueta) sobre "como servir cada tipo de cerveja no copo certo". Manguaça que é manguaça toma cerveja até em copo de geléia Cascão, ou de requeijão Mimoso com rótulo, ou mesmo no bico, que é mais fácil. Mas é interessante o primeiro "ensinamento" da Folha:
"A cerveja pilsen (...) deve ser servida em copo pilsener."