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Um belo dia dessa semana que custa a passar para os trabalhadores brasileiros, Carminha, eminência parda deste blogue, chegou à editora cantando "Américo bebeu/bebeu, bebeu, bebeu/chegou de madrugada/a mulher se aborreceu". Diante dos olhares de estupefação de seus companheiros de trabalho, tentou justificar que tal canção existia, mas, dada a sua prodigiosa memória, não conseguiu lembrar de onde era.
Após exaustivas pesquisas no Google, foi achada a origem da música. Composta por Pedro Caetano e Alcydes Pires Vermelho, a marchinha de carnaval foi um grande sucesso do ano de 1946. O primeiro intérprete foi o grupo Quatro Ases e um Coringa (foto abaixo), cuja formação original, carioca da gema, tinha Evenor Pontes de Medeiros, José Pontes de Medeiros, Permínio Pontes de Medeiros, André Batista Vieira (o Curinga), e Esdras Falcão Guimarães (o Pijuca). De acordo com o Wikipedia, no mesmo ano que entoaram as peripécias americanas, gravaram Baião, sucesso de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.
Salve o Américo (Pedro Caetano/Alcydes Pires Vermelho)
O Américo bebeu
bebeu, bebeu, bebeu
Chegou de madrugada
A mulher se aborreceu
O dia raiando
Cadeira voando
Vassoura cantando
Ficou bombardeado, coitado
Deus Salve o Américo
Ficou como as Ilhas do Japão
A bomba estourou na sua mão
Deus Salve o Américo
Que o bombardeio não é sopa, não!!!
A gravação original do grupo está aqui. Já a regravação de Cristina Buarque (sim, a irmã do Chico) e Banda Glória está aqui.
E como diria um companheiro da redação, quem não foi Américo um dia...