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Em novo confronto com um lanterna do campeonato, o Palmeiras passou apuro e só empatou por 2 a 2. Com o Rio Branco, em Araraquara, o alviverde saiu na frente mas, em menos de cinco minutos tomou a virada. Com o empate, as chances matemáticas de o time paulistano se classificar no estadual devem se esvair com os outros jogos da rodada.
Como assim empatar com o lanterna?
Um resultado ruim não foi exatamente uma novidade, bem como a dificuldade. O Verdão jogou três partidas contra equipes que respondiam, nas respectivas rodadas, pela lanterna. Primeiro, uma derrota para outro time de nome ribeirinho – o Rio Claro. A chuva atrapalhou, no revés simples. Depois, contra o Sertãozinho, uma luta para vencer por 3 a 2. Desta vez, novamente dois gols sofridos, mas apenas dois marcados.
As chances de avançar eram mínimas, quase inexistentes. Agora, é olhar para o que vem a seguir e repensar a trajetória do Palmeiras no campeonato, que teve troca de técnico e pouca definição sobre o futuro do time na temporada.
Chamou atenção, no jogo, que seis jogadores do Rio Branco tomaram cartões amarelos e Maurim ainda foi expulso. É bastante. O Palmeiras levou menos advertências, mas Diego Souza, Eduardo e Pierre não precisariam de tanta sede ao pote nos lances em que os cartões foram distribuídos.
Diego Souza abriu o placar, em passe de Cleiton Xavier, aos 17. Depois, aos 20 e aos 23, Alex Terra e Romarinho, ambos em passes do atacante Francisco Alex, garantiram a virada. O quarto gol da partida e segundo do Palmeiras veio de Ewerthon.
Eu que iria criticar a escalação de dois volantes – Pierre e Márcio Araújo – diante do lanterna concordei que, com um sistema defensivo desarticulado complica a vida de qualquer treinador. A proposta de jogo foi ofensiva, foram criadas chances, mas ainda tem coisa fora do prumo.
Até o fim da primeira etapa, foram criadas chances de gol, mas nada de alterar o placar. Com Lincoln no lugar do lateral Eduardo, mais chances, mas o passe para construir jogadas ainda não funcionam tão bem.
A hora é de pensar na Copa do Brasil, fazer o quê?
Uma das minhas preocupações é que o governador de São Paulo José Serra (PSDB) é pré-candidato à Presidência da República. Isso quer dizer que em alguns dias ele anuncia a desincompatibilização. O temor nada tem a ver com eleição. É que, como é semana santa, ele deve fazer isso até terça, talvez quarta-feira. Justamente o dia do jogo de volta contra o Paysandu. Vai que ele resolve ir ao estádio, palco de uma crise sem explicação do alviverde? A última vez em que deram ideia de ele ir ao jogo não foi legal.