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O Palmeiras venceu o Corinthians por 2 a 1, de virada, em Presidente Prudente neste domingo, 28. O resultado não alterou o topo da classificação do campeonato na última rodada do primeiro turno, porque o segundo, terceiro e quarto colocados não vanceram para complicar a vida do alvinegro paulistano. Assim, o time do técnico Tite lidera a competição.
De 2002 a 2007, nos primeiros anos do modelo de pontos corridos, valeu a escrita de que o campeão do primeiro turno faturava o caneco. Em 2008, quando o Grêmio de Celso Roth quebrou a regra, e 2009, quando o Inter venceu e o Flamengo faturou. No ano passado, o Fluminense fez como manda a cartilha original.
Neste ano, como os outros times não estão muito dispostos a encostar, a antiga escrita pode prosseguir.
Cheio de histórias
O climão do clássico foi quente. Começava pelo histórico. Fazia seis partidas que o Palmeiras não vencia o Corinthians. A vitória anterior, de 2009, foi aquela em que Obina marcou três, no próprio Prudentão. De tanto que disseram que nunca mais aquilo aconteceria, parece que a praga resvalou mais na representação de Palestra Itália do que sobre o atacante outrora melhor do que o Eto'o.
É bem verdade que, no Prudentão, o alvinegro não sabe o que é vencer o Verdão (antes do jogo deste domingo, eram três vitórias e três empates, nenhuma derrota corintiana).
Depois, teve o fator Kléber-gavião, com a divulgação de uma ficha de inscrição do camisa 30 do Palmeiras junto à principal torcida organizada corintiana. Luiz Felipe Scolari até tentou espalhar a história de que o clima no elenco tinha melhorado com a história, porque o atacante se transformou em motivo de plilhéria oficial do elenco. Mas foi só o gol no meio de semana contra o Vasco que deu mais confiança ao torcedor.
Enquanto o Corinthians dependia de um empate para ser o primeirão da metade inicial do campeonato, o Palmeiras queria se recuperar no campeonato e melar a vida do rival.
O torcedor palmeirense sonhava com a chegada de um homem-gol e até a comissão técnica admitia que sem isso nada daria certo, Felipão ganhou um reforço no meio de semana. Fernandão veio do Guarani, nem foi apresentado oficialmente, e já salvou a pátria. Sorte, estrela... Coisas que o técnico do Palmeiras ostenta em sua história.
Falando no técnico, foi Murtosa quem comandou o time do banco de reservas. Suspenso, o treinador assistiu tudo do camarote.
Na prática
Quando a bola rolou, o Corinthians começou melhor. Saiu na frente com Émerson, em uma falha da defesa verde, que envolveu Henrique e Marcos, o Goleiro.
Ainda no primeiro tempo, Patrik deu lugar ao tal Fernandão. Colocou-se o time para frente, recuando um pouco Luan. Mas o empate veio deste atacante-volante a quem o torcedor ama e odeia conforme passam os jogos. Luan chegou ao décimo gol na temporada e sexto na competição, enquanto Kléber fez 17 no ano e só três no Brasileiro. Nada mal para alguém tão contestado.
A virada foi no segundo tempo, quando Fernandão recebeu um belo lançamento de Marcos Assunção. Bola matada no peito, chute de primeira, belo gol, bela estreia.
No final, jogadas feias de doer envolveram uma bicicleta de Liedson sobre Henrique e a desinteligência envolvendo Valdívia e Chicão.
Mas deu Palmeiras no placar. Quem achou que Kléber, mordido, seria ator principal, se enganou. Quem pensou que Felipão fora do banco significaria problemas, idem.
Noves fora
Oscilações à parte, o time terminou o primeiro turno em sexto, com esperança de ter conseguido um centroavante de referência de que precisa muito. Claro que um jogo não significa a salvação, e a torcida já sofreu com Wellington Paulista que não rendeu o que se prometia. Que com Fernandão seja diferente.
Dois pontos separam o Palmeiras do quinto, o Botafogo. São três de distância para o quarto e terceiro, Vasco e São Paulo.
Só com otimismo acima da crítica dá para sonhar com briga pelo título, mas com um pouco de bom humor, consigo acreditar que a vaga na Libertadores só depende de um pouco mais de estabilidade (ou de uns tropeços da turma da frente).
Que venha o segundo turno.