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O centroavante Romário foi pego no antidopping. A substância: finasterida. Aos calvos do mundo fica o alerta, o medicamento é usado contra a queda de cabelo, mas é proibida pelo Controle de Dopagem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Aliás, esta é a alegação do veterano de 41 anos. As amostras do exame foram coletadas no dia 28 de outubro, depois do empate entre Palmeiras e Vasco.
Originalmente incorporada pela indústria farmacêutica no tratamento de problemas na próstata, o princípio ativo mostrou-se eficiente no combate ao mal que aflige calvos e carecas. Ao que consta, há um efeito colateral em 1% da população, uma redução significativa na libido.
No livro de controle de dopagem (em PDF) da CBF, a finasterida está listada entre os diuréticos que funcionam como "agentes mascarantes", por serem "inibidores de alfa-redutase". Há uma ressalva. Uma Autorização para Uso Terapêutico (AUT) pode até livrar o atleta, desde que nenhuma outra substância proibida seja encontrada. Se houver qualquer resquício de outro tipo de doping, mesmo que em dosagem igual ou inferior à permitida, adeus AUT.
Romário diz que consome o medicamento de nome fantasia Propécia, da Merck Sharp, mas tem um monte de genéricos com a mesma dosagem de 1 mg. Uma caixa dessas de 30 comprimidos sai, em uma pesquisa rápida na farmácia, por R$ 112. Os genéricos custam 15% disso. O problema é que, pelo mesmo motivo, o zagueiro Marcão, do Inter, foi suspenso durante o Brasileiro por 120 dias.
Estaria encerrada a carreira do último (ou o primeiro?) abstêmio-boêmio do futebol brasileiro?
Pelo menos para a auto-crítica o caso serviu. Concluiu o Baixinho:
– Isso não é doping – alegou – É só olhar a minha performance: eu corro menos e faço menos gols.
4 comentários:
Irônico que o fim da carreira de Romário possa chegar justamente por causa... da vaidade. A mesma que o fez persistir na carreira, como o cadáver adiado de Fernando Pessoa, na grotesca farsa dos mil gols. foi um dos maiores atacantes que já vi, mas merecia um fim de carreira melhor.
Cartão amarelo pelo trocadalho visual na montagem!
Na montagem, cabia ainda a figura de Careca Bianchesi, ídolo palmeirense do início dos anos 1990.
É verdade olavo. Na real, tive dificuldades de achar fotos do cidadão. Ou melhor, fotos em "crose", como diria meu avô.
Romário jogando bola aos 41 anos é mais uma excrescência do (amador) futebol carioca. Não dá pra levar a sério.
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