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Pela segunda vez na semana, o Palmeiras teve a faca e o queijo nas mãos para resolver sua situação. Por pouco, o time poderia ter se mantido vivo e bem nos dois campeonatos do primeiro semestre, mas foi eliminado da Copa do Brasil e continua em situação delicada no Paulista.
No domingo, contra o Guaratinguetá, em pleno Parque Antártica, o empate de 2 a 2 teve sabor de derrota. O time da cidade de Frei Galvão abriu dois de vantagem no primeiro tempo, com Dinei, em dois contra-ataques que me fizeram lembrar a zaga do ano passado que abria verdadeiras clareiras para os adversários. O Guará cedeu o empate, com Valdívia, de cabeça, e Edmundo de pênalti (desta vez no canto superior direito do goleiro).
O time do Vale do Paraíba teve dois expulsos, pênalti não marcado no primeiro tempo e se segurou diante da incapacidae palmeirense de superar a retranca. Com a derrota do Bragantino, o alviverde poderia ter voltado à quarta colocação isolada do Paulista e chegaria à última partida contra o São Bento dependendo apenas de suas forças.
Na quinta-feira, no mesmo estádio, a classificação da Copa do Brasil é que escapou, diante do Ipatinga, nos pênaltis. Na ocasião, o time teve todo tempo do mundo para chegar ao terceiro gol, mas, como admitiu o técnico Caio Jr. no programa do Milton Neves, não teve competência.
No sábado, o Corinthians venceu o América em um Pacaembu vazio, apenas 2.400 pagantes. No Palestra Itália, foram 5.000. O domingo frio e chuvoso não ajudou, mas para um time que briga para a classificação, é ainda mais triste do que o ocaso corintiano.
Fica Edmundo
Um dos que mais sentiram a oportunidade perdida foi Edmundo. Ao fim do jogo, nervoso com a incompetência do time (e da diretoria), se emocionou em entrevista. Chegou a dizer que pensava em parar de jogar futebol. O motivo foi a divulgação de que o clube liberaria o atleta para jogar nos Estados Unidos caso se confirmasse proposta. O melhor: Edmundo não quer ir. Gilberto Cipullo disse que tudo é um mal-entendido. Mas o camisa 7 deixa claro que está com a "paciência torrada", como diria minha avó.
Suspenso da última partida com o terceiro amarelo, o camisa 7 se disse cansado com o excesso de jogos. Levando em conta que, há dez ou quinze anos o volume de competições para times de ponta era pelo menos 50% mais intenso, os 36 anos estão claramente pesando para o craque. Na perspectiva de que as distâncias percorridas no Brasileirão serão muito superiores às realizadas até agora no ano, o Palmeiras não pode depender tanto assim do veterano bom de bola.
Isso fica grave para um time cuja falta de capacidade de resolver vem sendo recorrente. O "quase", típico de times pequenos ou que acumulam anos na fila, é insuportável.
2 comentários:
Para mim, Anselmo, mesmo antes dos jogos contra o Ipatinga e Guaratinguetá, você já tinha matado a questão quando escreveu "Estavam superestimando o Palmeiras". O time conseguiu uma reação digna de nota de um mês pra cá (e Caio Jr., Valdívia e Edmundo merecem muitos elogios por isso), mas a verdade é que o time é fraco. Entendo sua frustração pelo time ter ficado no "quase" (se bem que, depois de o Bragantino ter perdido do Sertãozinho, ainda acho que o Parmêra tem chance). Para você, em tese, o "quase" é pior do que o caso do Curíntia. Disconcordo: se você comparar com o início da temporada, o Palestra está bem melhor agora. Mesmo fragilizado, sem grana, o clube pode tentar algumas contratações "modestas mas certeiras" (caso de zagueiros e laterais, por exemplo) e, mantendo o Caio Jr., fazer um Campeonato Brasileiro decente.
decente não resolve, marcão... isso é coisa de time que reconhece como normal a eventualidade de cair pra segunda divisão. convenhamos, por mais que a pilhéria seja inevitável, isso não é postura pra um time que é considerado grande em são paulo...
o que digo que é pior do que o Curintia é a ausência de publico. qdo escrevi esse trem, eu pensava em outra coisa que eu escrevi em algum lugar que a lua-de-mel entre caio jr e a torcida estava acabando... os 5 mil no palestra dao conta disso.
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