As minhas expectativas em relação a este livro estavam elevadas desde que li duas opiniões muito boas no instagram. Como as encontrei com poucos dias de diferença e uma delas fazia referência ao facto de ser um bom livro para ler no verão, achei que era um sinal e aproveitei os primeiros dias de setembro para me iniciar nesta leitura.
Demorei algum tempo a embrenhar-me na história mas rapidamente percebi que não é um daqueles livros de ler compulsivamente. Tem uma escrita trabalhada e muito bonita, o que significa que o próprio livro nos convida a ler devagar e a saborear a leitura.
Não sei dizer-vos o que correu mal entre mim e este livro. Não posso afirmar que o problema seja inteiramente meu, uma vez que me parece que o livro peca na forma como a história é contada.
[Fotografia da minha autoria]
Toda a história nos é contada por Elio através da sua visão dos acontecimentos daquele verão em que conheceu Oliver. Conhecemos os seus pensamentos, os seus receios, angústias, momentos de tristeza e felicidade.
Há muito pouco diálogo e foi difícil conhecer mais de Oliver que, na minha opinião, era a personagem mais interessante do livro.
Apesar de ter um pouco de dramatismo (algo que eu até aprecio), este é um livro muito introspetivo, muito virado para os pensamentos e talvez tenha sido essa a razão por que não funcionou comigo. Descobri que, aparentemente, não tenho paciência para este tipo de narrativas, preferindo aquelas mais dinâmicas e que puxam por mim.
Acabou por se tornar difícil terminar o livro pois, embora quisesse saber como iria terminar, ao fim de meia dúzia de páginas, sentia-me terrivelmente aborrecida, pelo que a leitura se prolongou mais tempo do que eu desejava.
Apesar de tudo, admito que é um livro interessante, muito bem escrito e com uma temática forte. Decidi atribuir-lhe 3 estrelas pois reconheço que tem qualidade e, embora não tenha resultado comigo, não significa que outros leitores não o possam adorar.
Não deixem de o ler! Depois partilhem a vossa opinião.
Classificação: 3/5 estrelas