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sábado, 22 de fevereiro de 2014

"Perto de ti" de Anita Notaro [Opinião]

No ano passado, tive oportunidade de contactar pela primeira vez com uma obra de Anita Notaro - Há Sempre um Amanhã - obra esta que, apesar de ter uma premissa interessante, acabou por não me convencer totalmente.

Por sua vez, Perto de ti recebera algumas opiniões menos entusiasmantes, o que me deixou um pouco de pé atrás. Porém, aproveitei o facto de o livro me ter sido emprestado e atirei-me a ele.

Nesta história, conhecemos Louisa, uma psicóloga que está farta da sua vida exigente e que, um certo dia, decide levar a cabo uma mudança radical, trocando o apartamento por uma casa móvel, o carro por uma moto, e as roupas elegantes por outras informais. Tudo isto para iniciar uma vida mais despreocupada. Ao mesmo tempo, lança-se num novo trabalho como psicóloga de cães. E assim, sempre com o apoio das suas melhores amigas - Maddy e Clodagh - embarca nesta nova aventura.

A primeira metade do livro é relativamente calma e com imensas peripécias divertidas, sempre escrito no estilo simples da autora. Há uma grande variedade de personagens - os clientes de Louisa - bem como imensos cães que alegram este livro.
De todas as personagens, foi a Maddy aquela de quem mais gostei, pelo seu espírito vivo e por ser tão divertida e otimista.
Adorei igualmente a forma como Louisa lidava com os problemas caninos, que estavam normalmente associados aos problemas dos seus próprios donos.

A parte final do livro mostrou-se extremamente comovente, bem mais do que estava à espera, o que me surpreendeu imenso. Gostava que a história tivesse levado outro rumo, digamos que menos dramático, mas apesar disso aceitei os acontecimentos e confesso que me fartei de choramingar!

Em relação a Louisa, apesar da sua mudança de vida, acabou por ser arrastada para os problemas pessoais dos donos dos cães. Todos estes problemas diziam respeito a relações familiares entre pais e filhos, o que curiosamente também era o caso de Louisa, que não tinha uma relação muito boa com a própria mãe.

Como forma de conclusão, considerei este livro melhor que o anterior que li da autora, e penso que vale a pena ser lido pela relação de amizade entre Louisa e as amigas, por todas as histórias familiares abordadas e, claro, pela presença dos animais!

Classificação: 4/5 estrelas

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

"Há Sempre um Amanhã" de Anita Notaro [Opinião]

Este romance de Anita Notaro centra-se na vida de duas irmãs gémeas, Alison e Lily. Tudo começa com uma tragédia: Alison afoga-se e deixa o seu filho Charlie, de 3 anos, à responsabilidade de Lily.

Enquanto tenta retomar aos poucos a sua vida, Lily conhece 4 homens que, de alguma forma, estavam ligados a Alison e, assim, começa a compreender que a sua irmã levava uma vida secreta.

Logo no primeiro capítulo, fiquei curiosa com a história e bastante esperançada de que o livro pudesse corresponder às minhas expectativas. Na verdade, normalmente fico um pouco de pé atrás com os livros demasiado longos (este tem quase 500 páginas) pois ou a história é muito boa ou tem muita palha.

Depois do capítulo introdutório, são-nos apresentados os 4 homens e as suas vidas atuais. A partir daqui a história vai alternando entre capítulos dedicados à Lily e aos diversos homens.

Gostei bastante da forma com a autora estruturou o texto, com capítulos pequenos e dedicados a diferentes personagens. No início é difícil assimilar os nomes de todos e as suas vidas, mas acaba por tornar-se mais interessante à medida que os conhecemos melhor.

A vida secreta de Alison é-nos revelada logo nos primeiros capítulos, mas Lily só perto do final é que compreende tudo. Gostava que a autora não tivesse revelado ao leitor este pormenor logo no início, mantendo o suspense por mais tempo. Para mim, a revelação mais surpreendente do livro foi descobrir a identidade do pai de Charlie.

Apesar da escrita da autora ser simples e permitir uma boa leitura, acho que nem todas as personagens estavam bem caracterizadas, principalmente os homens, que só pensavam em arranjar uma forma de levar Lily para a cama. Gostei do Daniel, que surgiu mais para fim; pareceu-me o mais interessante de todos e gostava de o ter conhecido melhor. Gostei igualmente do Charlie, uma criança amorosa!

De acordo com as críticas da contracapa, este livro prometia ser "dolorosamente comovente" (The Big Issue) e "uma montanha-russa emocional" (Patricia Scanlan). Infelizmente, não achei o livro assim tão poderosamente comovente nem repleto de emoções. Elas estão lá nas diferentes vidas das personagens, nos seus dramas e dificuldades, mas penso que não foram bem transmitidas. Tenho pena de não ter gostado mais; queria mesmo que este livro tivesse sido mais especial para mim.

Apesar da minha opinião, não deixem de o ler e de conhecer estas histórias! Como sabemos, os gostos são subjetivos; quem sabe se vocês não poderão gostar mais deste livro?

Classificação: 3/5 estrelas