Antes de mais, devo dizer que este livro tem um design espetacular: simultaneamente atraente e misterioso, desde as páginas que dividem os capítulos às diversas fotografias de estilo vintage presentes ao longo do livro.
Estas fotografias não foram colocadas ao acaso; elas inserem-se perfeitamente no decorrer da história, tornando-a mais viva e facilitando ao leitor a imaginação das personagens e dos acontecimentos.
Esta é a história de Jacob, um jovem de dezasseis anos que, após uma tragédia familiar, desloca-se a uma ilha remota na costa do País de Gales, onde encontra as ruínas do lar para crianças peculiares, criado pela senhora Peregrine.
Ao explorar a enorme casa abandonada, apercebe-se de que aquelas crianças, além de peculiares, podiam até ser perigosas. E, o mais surpreendente, é que elas podem ainda estar vivas...
Senti-me cativada logo desde o início da narrativa, não só devido à escrita do autor, como ao mistério que ele imprimiu em cada página. É impossível não sentir uma atmosfera sombria e, de certa forma, tensa, à medida que progredimos na leitura.
Adorei a mistura entre fantasia, sobrenatural e um toque de ficção científica, com a introdução das viagens no tempo, nomeadamente os vórtices temporais.
As personagens são ricas e credíveis e foi fantástico passar algumas horas na sua companhia, a conhecê-las.
Não achei que o livro fosse assustador ou provocasse medo, tal como o seu design mais dark pode sugerir, mas é, sem dúvida, extremamente empolgante e cuja leitura eu recomendo a quem aprecia suspense.
Espero que o próximo volume chegue rapidamente a Portugal, pois estou desejosa de ler a continuação desta história!
Classificação: 4/5 estrelas