Encontrei O Teorema Katherine na biblioteca e li-o em cerca de uma semana. A verdade é que o livro não me cativou muito, fui lendo devagar e cheguei ao fim com uma sensação de desapontamento.
Para começar, torci o nariz logo com a sinopse. Basicamente, Colin é um ex-menino prodigío, viciado em anagramas e que sempre se apaixonou por Katherines. E, mais especificamente, 19 foi o número de Katherines que lhe deram com os pés.
Infeliz com o fim de mais um relacionamento, Colin vai fazer uma viagem de carro com o seu amigo Hassan e decide elaborar um teorema capaz de prever o futuro de um relacionamento.
Primeiramente, não me pareceu nada credível que ele se tivesse apaixonado 19 vezes, e rapidamente comprovei que a minha sensação estava correta. Não me parece que se possa chamar relação ou paixão a algo que durou três segundos ou cinco dias.
Mais tarde, à medida que ia conhecendo melhor o Colin, surgiu-me outra questão: será que ele alguma vez amou de verdade alguma dessas Katherines?
Colin é egocêntrico, carente e choramingas, o que acabou por me aborrecer. Tudo girava à volta dele, do facto de ter sido deixado por todas as Katherines e de se sentir incrivelmente triste, daí que eu me tenha questionado. Numa relação, não podemos ser egocêntricos nem egoístas; é importante pensar no outro, ouvi-lo, partilhar...
Outro aspeto de que não gostei no Colin foi o facto de ele ter comportamentos nada adequados ao seu grau de maturidade.
Gostei do Hassan, das piadas e do final que ele teve, quando percebeu que era mais importante deixar de fazer piadas sobre tudo e todos e agir, fazer alguma coisa.
Também gostei da Lindsey, embora não me identificasse com algumas das suas ideias acerca do que queria para a sua vida.
O Teorema está presente ao longo de todo o livro e achei interessante todas as notas de rodapé que o autor foi introduzindo. Contudo, o final pareceu-me demasiado óbvio e nada extraordinário.
No geral, tenho gostado imenso das reflexões que o autor insere nos seus livros, do sentido de humor e da emoção, mas este livro não me conseguiu cativar, não me deixou a pensar nele, não me emocionou. Tenho de admitir que certas partes me divertiram, mas o balanço é negativo.
Penso que este não está entre os melhores livros de John Green e, embora recomende a leitura dos dois que mencionei acima, sinto mais reservas a recomendar este. Possivelmente outros leitores poderão gostar e, se for o vosso caso, gostava que partilhassem comigo o que mais vos agradou neste livro.
Classificação: 2/5 estrelas