JOSÉ ALMADA NA EMISSORA NACIONAL

Como sei que és um fã inveterado do Zé Almada, não resisti a enviar-te este guião que agora encontrei.

Foi concebido por mim para um programa na Emissora Nacional (1971).

Lá está o "Hóspede" e a introdução feita muito ao jeito da época (veja-se o "Grândola" no 25 de Abril):

Quando não se podia ser mais explícito, dizia-se a abrir um verso da música que vinha a seguir...

Idêntica solução foi adoptada para uma introdução de "Pau de Arara", de Zélia Barbosa, após a "sugestão" do responsável pelo programa para "alterar" a introdução inicialmente prevista:

"o enorme desequilíbrio que existe no mundo e que tem um nome bem definido: FOME".

Colaboração de Vítor Soares

JOSÉ ALMADA CANTA HOJE EM TONDELA

NOVO ÁLBUM DE JOSÉ ALMADA

METRO-SOM - CD 259 - 2011

Hóspede (Fausto José/José Almada) - Os Anjos Cantam (Carlos de Oliveira/José Almada) - Pedro Louco (José Almada) - Cala Os Olhos Vagabundo (José Gomes Ferreira/José Almada) - Oh Pastor Que Choras (José Gomes Ferreira/José Almada) - Vento Suão (Fausto José/José Almada) - O Mundo Não Vê (José Almada) - Balada Da Neve (Augusto Gil/José Almada) - Caracol (José Gomes Ferreira/José Almada) - Para Quê Ouvir Ao Luar (José Gomes Ferreira/José Almada) - Em Multidão (José Gomes Ferreira/José Almada) - Lágrimas (José Almada) - Perdigão (Luís de Camões/José Almada) - Canto E Caminho (Luís Corte-Real G. Machado/José Almada) - Casa Abandonada (Luís e José Almada) - Madre Silva (José Almada)

José Almada foi um trovador ímpar dos anos 70 que nos ofereceu dois belos LPs, "Homenagem" (1970) e "Não, Não, Não Me Estendas A Mão" (1975).

Depois destas gravações, ninguém mais ouviu falar de José Almada até 2007, quando este blogue, mais de 30 anos depois, o descobriu na praia do Furadouro (Ovar) e estabeleceu uma empatia recíproca.

José Almada mantém no séc. XXI a mesma ingenuidade dos anos 70, a mesma convicção de que os seus poemas, a sua música, a sua voz, a sua guitarra conseguem mudar o Mundo.

É por isso que gostamos de José Almada!

Neste hiato de mais de 30 anos, José Almada não auto-torpedeou a sua maneira de estar na vida ou, melhor, a sua concepção do que é a nossa vida contemporânea. Continua sim um ingénuo, um naive, um hippie.

É por isso que gostamos de José Almada!

E este seu novo álbum para a Metro-Som, o seu primeiro em CD, é disso demonstrativo. Os modernos dirão que já não se usa...

José Almada regravou alguns textos, como "Hóspede", "Os Anjos Cantam", "Cala Os Olhos Vagabundo", "Oh Pastor Que Choras" e "Vento Suão", o que me custa a engolir (prefiro o original), e adianta novas sensações, seja suas, seja com a chancela (novamente) de José Gomes Ferreira.

Bem sei que se trata de uma (esforçada) edição de autor, com escassos recursos, mas tenho para mim que José Almada merece ir mais longe.

JOSÉ ALMADA

O José estava muito nervoso, mas depois acalmou-se e acabou muito bem com um encore do "Pedro Louco" e uma canção que eu não conhecia, "Caracol".

Colaboração de José Mário Ferreira

PEQUENA HISTÓRIA COM GRANDE SIGNIFICADO PARA UM AMIGO

Dois homens viviam numa ilha pequena sozinhos.Um apanhava cocos e juntava cocos e ia comendo e alimentando-se deles. O outro, descobriu uma caixa cheia de diamantes e tinha uma fortuna fabulosa, só sabia tomar conta e guardar aquela riqueza.

O primeiro lá ia sobrevivendo com os cocos e lá seguia feliz o seu caminho de trabalho. O segundo passava muito mal, não tinha que comer, e, prestes a morrer à fome, de nada lhe valiam os diamantes, é como que não existissem.

Este mundo é um pouco assim, os verdadeiros valores, aquilo que vale de verdade não conta, vale mais o que o Homem impõe.

A Humanidade sofre!

José Almada

JOSÉ ALMADA CANTA HOJE

A data, no cartaz, está errada, José Almada canta hoje, dia 05.

JOSÉ ALMADA

Afinal, posso gravar o disco quando eu quiser. Vamos mesmo para a frente. Boa noticia é também que vão ser reeditados depois os meus dois álbuns e até o concerto ao vivo de Viana do Castelo.

Vou pegar na viola e deitar tudo cá para fora sozinho, como fiz sempre nos outros, é como um principio.

Colaboração de José Almada

NOVO DISCO DE JOSÉ ALMADA

José Almada, o trovador dos anos 70 cujo paradeiro foi finalmente descoberto por este blogue há dois anos, está a gravar um novo disco!

A notícia é dada pelo próprio autor. As gravações decorrem na primeira semana de Dezembro, não sendo ainda conhecida a data de edição.

O alinhamento deverá ser o seguinte:

- Mas O Mundo Não Vê (José Almada)
- Pedro Louco (José Almada)
- Oh Pastor Que Choras (José Gomes Ferreira)
- Mendigo (Luís Corte-Real)
- Vento Suão (Fausto José)
- Hóspede (Fausto José)
- Vento Irado (Luís Corte-Real)
- Os Anjos Cantam (Carlos de Oliveira)

- As Aves Choram (Carlos de Oliveira)
- Balada de Neve (Augusto Gil)
- Os Passos do Sol (José Gomes Ferreira)
- Cala Os Olhos Vagabundo (José Gomes Ferreira)

Destas canções, "Mas O Mundo Não Vê", "Balada de Neve" e "Os Passos do Sol" são as únicas originais.

ADEGA COOPERATIVA DE LAFÕES

São um pouco exageradas as notícias da morte da Adega Cooperativa de Lafões. É aliás dirigida por uma cunhada de José Almada. Como o Mundo é pequeno e... redondo.

O vinho de Lafões é único, um vinho de transição entre o verde e o maduro, ou vice-versa. Parece que só há mesmo na região de Lafões. Na Bulgária e na Roménia há parecidos, mas não iguais.

Do folheto:

A Região de Lafões é constituída pelos vales do rio Vouga e seus afluentes, entre a serra do Caramulo, com um clima atlântico, originando condições edafoclimáticas propícias à produção de vinhos.

As suas características são próximas das dos vinhos verdes, mais delgados e abertos, mas de maior graduação alcoólica, sendo tanto os brancos como os tintos ricos em ácido málico e uma acidez persistente.

São vinhos agradáveis de beber, indicados para acompanhar refeições de peixe e marisco, devendo beber-se bem frescos.
Há branco, tinto e rosé e ainda aguardente bagaceira. E no próximo fim de semana haverá grande novidade!

DEVES-ME 1 €, MEU CARO GIN TONIC

RCA VICTOR TP-504 - 1969

Pastoral - Borboleta Preta - Porque - Poema Do Mar

Supervisão e direcção musical de José Cid e António Moniz Pereira

O nosso universal amigo Gin-Tonic fez o favor de me emprestar este EP de Mário Piçarra para eu ouvir a sua versão, para mim desconhecida, de "Oh Pastor Que Choras", de José Gomes Ferreira, a que deu o título de "Pastoral".

O disco está em tal estado de conservação - sorry, camarada - que tive de colocar uma moeda de 1 € em cima da agulha para o conseguir ouvir sem saltos.

Valeu bem o investimento, imediatamente recuperado, mas a versão de Mário Piçarra não consegue (ainda) bater a de Fausto (minha opinião).

Em todo o caso, Gin-Tonic, obrigado!

Filho de Luís Piçarra, Mário Piçarra pertenceu aos Chinchilas.

06SET: ALINHAMENTO DO JANTAR-CONCERTO

O Filhote sugeriu que se publicasse o alinhamento do jantar-concerto de 06 de Setembro último. Acho boa ideia, só que, confesso, não apontei tudo.

José Almada, que amanhã, sábado, canta em Vila Nova de Cerveira, no Convento de S. Paio, interpretou "Perdigão Perdeu A Pena", "Não, Não, Não Me Estendas A Mão", "Balada Da Neve", "Hóspede", "Anda Madraço", "Cala Os Olhos Vagabundo" (1ª parte).

Daniel Bacelar, começou com "I Got A Woman", mas, claro, não esqueceu o seu Ricky Nelson ("Lonesome Town", "I Got A Feeling", "Travelin' Man" e "Hello Mary Lou"), nem os seus próprios originais ("Fui Louco Por Ti" e "Nunca"), e ainda cantou "Raining In My Heart" e "I'm Walking", mas esquivou-se à "Marcianita", com a desculpa de que a canção não estava ensaiada.

A questão é que Daniel Bacelar não morre de amores por "Marcianita" e foi rigorosamente por isso que os seus fãs tão insistentemente pediram a canção, mas sem êxito. Duro de roer, o gajo!

A torrente de Vicky no palco incluiu "Blackbird", "Yesterday", "Nowhere Man", "Can't Buy Me Love", "One After 909", "Rock Around The Clock/When The Saints/Alecrim", "Blue Suede Shoes", "Great Balls Of Fire", "A Hard Day's Night" e um merengue, cujo título desconheço, mas que fez levantar toda a gente para dançar (José Pino parecia o Carlos Santana).

Veio depois "A Whiter Shade Of Pale", "Roadhouse Blues" e um qualquer desvario instrumental para o filhote do Nuno dançar.

Regressou depois José Almada para "Vento Suão", "Oh Pastor Que Choras", "E A Ovelha Bale, Bale", "Ah Se Um Dia O Pedro Louco", "Os Anjos Cantam", "Homenagem" e "Hóspede" (2ª parte).

O baile foi a desbunda...

"'Til There Was You", "Boys", "Twist And Shout", "You Really Got Me", "Unchained Melody",
"Route 66", "Satisfaction", "House Of The Rising Sun", "Dock Of The Bay", "Unchained Melody", "To Love Somebody", "Proud Mary", e "Smoke On The Water", esta última só tocada, sabe-se lá porquê...

06SET: JOSÉ ALMADA

06SET: PARABÉNS A VOCÊ

Vicky manda avançar o bolo e conduz as operações da festança.

06SET: A FENDER DO ZÉ

Outro grande herói da noite de 06SET foi José Pino e a sua Fender. Que mestria! Já viram a colecção de pedais que tem a seus pés? Nem sei para que servem... (julgava que eram carregadores de telemóveis).

A noite foi excelente. Juntaram-se umas 70 pessoas, dos 4 aos 70 anos. Depois das pataniscas de bacalhau, do caldo verde, do lombo de porco e do arroz doce, entrou-se no prato forte, a música.

De branco vestido, José Almada, cada vez mais seguro de si próprio, re-encantou os que já o conheciam e conquistou novos fãs. Começa a afirmar-se como figura de culto. Foi ternurento vê-lo apagar o bolo de velas com todos os seus amigos a cantar os parabéns.

O nosso Daniel Bacelar é um senhor em palco, apesar de se ter esquivado a cantar a "Marcianita". Insistentemente desafiado pela multidão de fãs, nem os apelos desesperados da Fernandinha o conseguiram demover.

Dono de uma voz invejável, passeou o seu talento pelas versões de Ricky Nelson e foi uma delícia ouvi-lo cantar "Fui Louco Por Ti" e "Nunca".

Força bruta da Natureza, Vicky suou em palco e fez suar os que se levantaram das mesas e foram abanar o capacete. Beatles, Stones, Animals, Procol Harum, anos 50, não há segredos para Vicky e os seus Blue Jeans.

Excepção para Deep Purple (ah! ah! ah!).

Entusiasmado, José Almada regressou ao palco já a noite ia adiantada. Ficou a sensação de que, por ele, ficaria por ali com a sua guitarra e a bela poesia que gosta de musicar.

E quando o pessoal se preparava para recolher - estas noitadas já tinham caído no esquecimento - eis que o valente Vicky y sus muchachos volta a trepar para o palco para mais uma dose de boîte animada.

Às 4 da manhã ainda havia gente na Gago Coutinho entusiasmada com o renascimento de José Almada.

Muito obrigado a todos!

06SET: JANTAR-CONCERTO

Que me perdoem os grandes artistas que fazem o favor de ser meus amigos, como Daniel Bacelar, José Almada e Vicky (ordem alfabética, notaram bem?), mas hoje, 06SET, no jantar-concerto da Passarola, em Lisboa, tiveram, finalmente, uma oposição de respeito: o filho de 4 anitos do Nuno!

Tomou conta da pista e arrastou consigo a vèlhada! Meu Deus, a alegria com que dançou!

PARABÉNS A VOCÊ

José Almada faz 57 anos no próximo sábado, dia 06 de Setembro. Por feliz coincidência, estava marcado para esse dia um repasto dos Guedelhudos Grisalhos, em Lisboa.

Juntou-se a fome com a vontade de comer e nesse dia serão cantados os parabéns a você na presença do próprio.

Além de José Almada, actuam também os Blue-Jeans, de Vicky, que vão ter Daniel Bacelar como estrela convidada.

O jantar-concerto realiza-se em A Passarola, restaurante do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, que se associou à iniciativa.

AUTÓGRAFO CONTEMPORÂNEO DE JOSÉ ALMADA

Não foi fácil, mas eis um autógrafo contemporâneo de José Almada, dado no dia 17 de Setembro de 1971, há quase 37 anos!

JOSÉ ALMADA NO 06SET

José Almada acaba de confirmar a sua presença no jantar ié-ié de 06 de Setembro pf, juntando-se aos nomes de Daniel Bacelar e Vicky & os Blue-Jeans.

O curioso é que o autor do LP "Homenagem" faz 57 anos nesse dia.

Vai haver festa e baile!

JOSÉ ALMADA HOJE EM DIRECTO

O Rádio Clube de Armamar, com estúdios na Régua, transmite hoje em directo, às 15H00, um pequeno unplugged de José Almada com 9 canções. A emissão pode (e deve) ser ouvida aqui.

José Almada confidenciou-me que vai estrear uma canção "Canto e Caminho" que é a sua mais recente criação.

É um regresso de José Almada a uma cidade que o acolheu na juventude.

O autor de "Homenagem" viveu até aos seus 12 anos na Régua em casa da Avó, convivendo com os mendigos.

Passou uma semana com um deles, José, numa cabana no Douro, no que foi a sua inspiração para "Mendigo", uma das suas canções mais conhecidas.

José Almada não só estreou "Canto e Caminho" como três outras, "Caracol", "Casa Abandonada" (de autoria do seu irmão, Luís) e "Perdidamente".

Cantou também "Oh Pastor Que Choras", "Hóspede", "Homenagem", "Cala Os Olhos Vagbundo" e "Pedro Louco".

Boa emissão!

JOSÉ ALMADA CONFESSA-SE

José Forte já aqui deu conta de como decorreu o primeiro grande espectáculo de José Almada, após mais de três décadas de ausência da ribalta.

Mas eu pedi ao próprio José Almada que me vertesse as sua próprias emoções:

Luís, correu muito bem. As pessoas no fim aplaudiram-me de pé. A sala encheu e com muitos familiares. Alguém falou numa noite de magia. Falou-se num novo ambiente. Muita gente saíu de lágrimas nos olhos.

Acho que foi um espectáculo com um poder que me foi dado à medida. Levei o dia todo de hoje a receber mensagens de parabéns.

Não esperava tanto carinho e amizade de tantos.

Obrigado!

José Almada

Foi o seguinte o alinhamento do espectáculo, ocorrido no passado dia 30 de Maio em Ovar:

E A Ovelha Bale, Bale

Hóspede

Olha As Ovelhas Como São

Vento Irado

Anda Madraço

Cala Os Olhos Vagabundo

Homenagem

Os Anjos Cantam

Eh! Amigo Lagarto
Oh Pastor Que Choras
Ah! Como Odeio

Ah! Se Um Dia O Pedro Louco

Balada da Neve (nova canção)
Caracol (nova canção)

Casa Abandonada (nova canção)

Vento Suão

Perdidamente (nova canção)
Mendigo

José Forte tem outro belo texto na Loja de Esquina.