
Os Musica Novarum foram os vencedores do I Festival de Conjuntos de Música Moderna da Costa do Sol que se realizou no Pavilhão dos Salesianos do Estoril no dia 16 de Julho de 1969.
Foi a vitória da modéstia e da simplicidade sobre a exuberância, quase sempre excessivamente barulhenta, da grande maioria dos competidores, escreveu o "Diário Popular" no dia seguinte.
A seguir aos Musica Novarum, classificaram-se no podium Sindicato (ex-Jets com baterista Chinchila, Vítor Mamede, mais Jorge Palma) (a quem pertenceu, talvez, o melhor arranjo musical do certame, mas cuja actuação foi prejudicada pela exuberância de um vocalista espalhafatoso de mais) e Emotion (um conjunto cumpridor, mas vulgar, a quem não fica bem o pedantismo de um título em inglês).
O quarto lugar foi repartido por todos as restantes bandas.
O júri desde Festival foi constituído por Francisco d'Orey, José Cid, Alexandre O'Neil, Ivo Cruz, José Nuno Martins, Melo Pereira, Manuel Jorge Veloso e José Manuel Cabral.
No Festival inscreveram-se 25 bandas, entre as quais, os Kakos, Fliers, Delphins, Pumas, Xaranga Beat, Logos Quintetus, Regimento Espiritual, Marqueses.
Os Musica Novarum eram formados por Nuno Rodrigues (viola), António Lobão (flauta), Daphne Stock (voz e adufe) e Judi Brennan (voz), todos residentes em Carcavelos.
Segundo o "Diário Popular", a realização do Festival em nada contribuiu para defender a qualidade do certame, pois dificilmente se encontraria um recinto com piores condições acústicas.
Os conjuntos dotados de mais poderosos instrumentos (e, à excepção do agrupamento vitorioso, todos possuíam tal caracterísitica) transformavam-se em autênticas fábricas de barulho ensurcedor, por força da ressonância do local, agravada pelo alarido do público.