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segunda-feira, 19 de julho de 2010

4º EP DOS EKOS (1967)


ALVORADA - AEP 60 906 - 1967

Secret Love (Fain/Webster) - O Espelho (Lopes Júnior) - Baby On My Mind (Mário Guia) - O Meu Barco, O Mar E O Céu (Mário Guia)

Da esquerda para a direita: Luís Paulino (ex-Dakotas, voz), Tony Costa (ex-Bábulas, teclas), Mário Guia (bateria), Eddy Fróis (Zé Nabo, baixo) e João Camilo Lopes Júnior (viola-solo). Pelo corte do cabelo, vê-se que este última estava na tropa.

Mário Guia (bateria e compositor de grande parte dos êxitos deste grupo e o mais antigo elemento do conjunto), Lopes Júnior (viola-solo e também antigo elemento do conjunto que neste disco faz a sua estreia como compositor), Tony Costa (organista apaixonado de jazz, o mais antigo dos novos elementos do grupo e o único que sabe música), Eddy Frois (viola-baixo, bom músico, extraordinária execução de voz falsete) e Luís Paulino (vocalista possuidor de original entoação e que, com os seus 17 anos de idade, é a grande esperança do conjunto. É também um dos novos elementos.).

Completamente renovados, quer em elementos, quer em género de música, os Ekos oferecem à nossa apreciação neste seu 4º disco (o 1º com os novos elementos), um conjunto de melodias, três das quais, como é hábito, criadas pelo grupo, que se destacam pela real valia do seu conteúdo artístico e que nos revelam uma faceta completamente desconhecida do público o que os coloca ao nível de grupos internacionais da pop-music.(da contracapa do disco)

sábado, 10 de outubro de 2009

BÁBULAS



(António Guimarães Martins da Costa, João dos Reis Sardinha, José António Faria de Sousa e Silva, Carlos Manuel Costa Brito e Pedro Manuel Camalhão Pereira Rodrigues)

Nos anos 60, chegou a haver uns 300 conjuntos ié-ié por todo o País. Os Bábulas foram um deles.

Surgiram em Outubro de 1965 como Kábulas, participando num concurso ié-ié organizado pela Sociedade de Instrução da Amoreira, no Estoril.

Como não tinham instrumentos, exibiram-se com "atracção", podendo assim tocar as guitarras dos outros concorrente.

Apresentados erradamente como Bábulas, ganharam o "1º prémio de atracção".

Foram depois a estrela semanal nos bailes de uma colectividade de Trafaria e ensaiavam na Casa de Moçambique.

No dia 06 de Novembro de 1965, participaram na 11ª eliminatória do Concurso Yé-Yé no Teatro Monumental, em Lisboa, tendo ficado em 3º lugar (24,5 pontos), atrás dos Chinchilas (28,5 pontos) e dos Boys (33,5 pontos) que foram os primeiros.

Perderam este concurso, mas ganharam o do clube social da Igreja paroquial de Nossa Senhora de Fátima, em Lisboa, e um outro organizado no Cine-Teatro de Tomar.

Vasco Morgado contratou-os para o seu programa de Carnaval no Monumental e na Academica de Caselas, onde obtiveram novos êxitos, podendo afirmar-se que os Bábulas têm largo futuro assegurado (Diário Popular, 26 de Fevereiro de 1966).

Os Bábulas não gravaram qualquer disco, aliás, como a grande maioria dos conjuntos de então.

Esse patamar só foi almejado por alguns eleitos: Sheiks, Conjunto Académico João Paulo, Conjunto Mistério, Titãs, Tártaros, Fanatic's, Demónios Negros, Ekos, Night Stars, Morgans, Álamos, Claves, Zoo, Conjunto Universitário Hi-Fi, Diamantes Negros, Espaciais, Guitarras de Fogo, Rock's, Vodkas, Conjunto Nova Onda, Quinteto Académico, Chinchilas, Keepers, Plutónicos, Charruas, Fliers, Jotta Herre...

segunda-feira, 13 de julho de 2009

SNOBS GANHAM 13ª ELIMINATÓRIA


Os Snobs, de Setúbal, venceram a 13ª eliminatória do Concurso Yé-Yé que se realizou no Teatro Monumental, em Lisboa, no dia 20 de Novembro de 1965.

Os Snobs arrebataram 24 pontos, contra 15,5 dos Celtas (Póvoa de Santo Adrião), 15 dos Playboys (Moscavide), 11,5 dos Marialvas (Lisboa) e apenas 1,5 dos Não Brinques Comigo (Gafanha da Nazaré).

Os Snobs iniciaram a sua carreira artística no Verão de 65 e são todos amigos e companheiros de folguedos: Victor Raposeiro, 17 anos, estudante, viola-solo, Waldemar Baptista, 18 anos, empregado de escritório, vocalista, Jacinto Costa Albino, 17 anos, estudante, viola-baixo, Luís Henrique Nascimento, 17 anos, estudante, bateria, e José Augusto Baptista, 18 anos, empregado de escritório, viola-ritmo.

No palco do Monumental, vestidos de casacos azuis de listas pretas, tocaram "Shaddogie", "Shut Gone", "Vem" e "Só Por Ti".

O público gostou deles e aplaudiu-os demoradamente, rezam as crónicas.

Os Snobs viriam a perder a 3ª meia-final, no dia 22 de Janeiro de 1966, para os Espaciais, do Porto. Ficaram em 2º à frente dos Bábulas, Guitarras de Fogo, Átomos e Krawas.

O curioso é que 44 anos depois, a filha de José Augusto Baptista entrou em contacto com este blogue para dar conta de que os Snobs ainda se mantêm, agora com a designação de 4 Sixties, actuando na região de Setúbal, e que desejam encontrar-se com outros conjuntos da época.
"O conjunto do meu Pai esteve presente numa emissão em directo no Radio Clube Português... apresentou dois temas dos Shadows, "FBI" e "Wonderful Land", e um tema , editado e interpretado pelos Snobs, uma canção lindíssima que foi gravada na altura , mas que infelizmente se "perdeu" ficando apenas na memória de quem a escreveu , e tocou , tão bela e harmoniosa canção ao estilo de Cliff Richard.

"Actualmente, ao fim de todos estes anos... o conjunto voltou a reunir os seus antigos membros, foi uma ideia do meu pai, e um amor sem precedentes pela música dos anos 60 que o fez empreender tanta energia neste novo projecto...

"Agora com um novo nome... os 4 Sixties já fizeram várias actuações e têm já uma agenda preenchida para este ano. Uma das actuações que estará para breve será realizada dia 31 de Julho pelas 22h30 no Palco Principal da Feira Anual de S'antiago em Setúbal. Pel 2º ano consecutivo, tanto na Feira Anual de Santiago em Setúbal, bem como, na Feira das Vindimas em Palmela, também no Palco Principal.

"O meu Pai esteve bastante doente e creio que a paixão pela música foi o que mais o impulsionou para uma rápida recuperação.

"Estes "jovens" na faixa etária dos 60 anos, fazem com que muitas memórias daqueles belos tempos, transpareceram agora nos rostos de quem já viveu a loucura dos 60s, do Rock n'Roll e de quem agora admira a persistência e dedicação deste conjunto.

"A camaradagem que se vivia intensamente era reflexo de tanta opressão e resultado de quem foi ao Ultramar e que tristemente deixava para trás a familía, esposas, filhos ou namoradas, como foi o caso do meu Pai".
myspace.com/4sixties

contacto: José Augusto Baptista (918 501 557)

sexta-feira, 30 de maio de 2008

BOYS


Como é consabido, o primeiro conjunto yé-yé português formou-se em Coimbra, em 1958, com José Cid (rabecão, piano e voz), António Portela (piano e acordeão), António Igrejas Bastos (bateria e voz) e Rui Nazaré (guitarra).

Chamava-se Babies. Teve uma carreira curta, sem disco editado.

in "As Lendas do Quarteto 1111", António Pires, Ulisseia, 2007
Mas o primeiro conjunto yé-yé a sério em Coimbra - que eu saiba - foram os Boys, formados em 1964 com Vítor Manuel, 23 anos, vocalista, Luís Paula de Matos, 19 anos, viola-ritmo, Alexandre Reboxo Vaz, 17 anos, viola-baixo, Carlos Correia, 18 anos, viola-solo e António Lima, 21 anos, bateria.

António Figueiredo, 19 anos, era o técnico de som.

Na primeira vez que se apresentaram ao vivo em Lisboa, no Teatro Monumental, no dia 06 de Novembro de 1965, venceram a 11ª eliminatória do Concurso Yé-Yé.

Com casaco, calças e laços pretos e camisa branca, os Boys interpretaram "I Feel Fine", dos Beatles", "A Groovy Kind Of Love", dos Mindbenders, "Bongo Blues", dos Shadows, e "Satisfaction", dos Rolling Stones.

Com 33,5 pontos, venceram os temíveis Chinchilas, de Carcavelos, (com Filipe Mendes, Vítor Mamede, Mário Piçarra...), os Bábulas, de Lisboa, os Neptunos, do Montijo, os Príncipes do Ritmo, de Queijas, Carnaxide, e os Monarcas, de Almada, estes últimos com um "vocalista troglodita, vestido de serapilheira, à maneira dos homens das cavernas".

in "Rádio & Televisão", de 04 de Dezembro de 1965
Os Boys apresentaram-se depois no Monumental no dia 15 de Janeiro de 1996 para a segunda meia-final do Concurso, mas ficaram em último lugar.

Cá para mim, fazendo jus à irreverência dos estudantes de Coimbra, estavam todos bêbados em palco, depois de terem colocado um fardo de palha no Terreiro do Paço para o cavalo de D. José não morrer de fome.

Foram batidos pelos Saints, futuros Claves e grande vencedores do Concurso, Jets, de Lisboa e de João Alves da Costa, Tubarões, de Viseu, Cometas Negros, de Castelo Branco, e Kímicos, de Lisboa.

Faltaram os Monstros, de Lisboa, e os Krawas, de Évora.

Os Boys, sem gravar qualquer disco, duraram até ao final de 1966, dando então lugar ao Conjunto Universitário Hi-Fi.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

BOYS VENCEM 11ª ELIMINATÓRIA

Tenho andado distraído e por isso desleixado o Concurso Yé-Yé de 1965/1966, no Teatro Monumental, em Lisboa, que foi um dos objectivos deste blog.

Volto hoje com a 11ª eliminatória, realizada a 06 de Novembro de 1965, depois de ter abordado a 10ª.

O vencedor desta eliminatória foram os Boys, de Coimbra, na foto, futuros Álamos e Conjunto Universitário Hi-Fi, com 33,5 pontos.

Os Boys formaram-se em 1964 com Vítor Manuel, 23 anos, vocalista, Luís Manuel Bulhões Pimentel Paula de Matos, 19 anos, viola-ritmo, Alexandre Carlos Reboxo Vaz, 17 anos, viola-baixo, António Lima, 21 anos, bateria, Carlos Correia (Bóris), 18 anos, viola-solo, e António Figueiredo, 19 anos, técnico de som, todos estudantes universitários.

Foi a primeira vez que se apresentaram em Lisboa e logo para ganhar o palco do Monumental. Segundo a "R&T", o grupo exibiu-se com casaco, calças e laço preto e camisa branca (linda esta descrição, né?) , tendo cantado "I Feel Fine", "A Groovy Kind Of Love", "Bongo Blues" e "Satisfaction".

O segundo lugar foi para os famosos Chinchilas, de Carcavelos, com 28,5 pontos. Relatos da época indicam que a sua actuação provocou grande burburinho na sala, devido ao ruidoso apoio dos seus adeptos.

Fato característico: casaco preto com botões de metal branco e calças cinzentas. Tocaram e cantaram "Around On Around", "In Down", "Do You Love Me?" e "I Love You So", este último da autoria do grupo.

Formados em 1964, os Chinchilas eram aqui constituídos por Vítor Mamede, 15 anos, bateria, José Machado, 16 anos, pianista, Filipe Mendes, o Jimi Hendrix português, 17 anos, viola-solo, Mário Piçarra, 18 anos, viola acompanhamento, e Fernando, 19 anos, viola-baixo.

Os Bábulas, de Lisboa, alcançaram o terceiro lugar, com 24,5 pontos, mesmo com apenas um mês de existência.

Pedro Rodrigues, 20 anos, bateria, João Sardinha, 18 anos, viola-solo, Carlos Brito, 18 anos, viola-acompanhamento, e José António, 19 anos, viola-baixo, eram os seus membros, que vestiam casaco preto com lenço branco e calças cinzentas.

Cantaram "Route 66", "Main Theme", "Hippy Hippy Shake" e "Long Tall Sally".

O quarto lugar foi para os Neptunos, do Montijo, com 23,5 pontos, depois de terem tocado "All My Loving", "A Hard Day's Night", "Boys" e "Recorda Sempre". Apresentaram-se com casaco preto com um emblema com a inicial N dourada, calça branca e camisola branca de gola alta.

A banda era formada por 5 elementos: Nelson Soares, 20 anos, viola-solo, Fernando Rodrigues, 23 anos, viola-acompanhamento, Gualter Vieira, 21 anos, viola-baixo, Paulino Emanuel, 16 anos, pianista, e Zé Manuel, 19 anos, vocalista e bateria.

Os três primeiros eram "militares aviadores", segundo a revista.

Os Monarcas, de Almada, foram quintos com 13,5 pontos. Principiaram a carreira com esta participação no Concurso, para o qual aliás se constituiram expressamente. A história só regista os seguintes nomes: Eugénio, 20 anos, bateria, Carlos Martins, 21 anos, viola-baixo, Alberto Gonçalves, 20 anos, viola-baixo, e Vítor Manuel, 17 anos, viola-acompanhamento.

"Apresentaram ainda um quinto elemento que constituiu um show inesperado: o vocalista troglodita, vestido de serapilheira, à maneira dos homens das cavernas".

Neste dia 06 de Novembro de 1965, a eliminatória teve excepcionalmente seis bandas: os Príncipes do Ritmo, de Carnaxide, foram os últimos com 7 pontos.

Formado há três anos, o grupo interpretou "Summertime", "Abençoado Amor", "Saint Tropez" e "Esquece", vestidos com fato de xadrez preto e branco (o xadrez não é destas cores?), e camisa branca com laço do mesmo tecido do fato.

Eram cinco os Príncipes do Ritmo: Carlos Sinde, 29 anos, bateria, Luís Manuel, 24 anos, vocalista e viola-solo, António Berto, 27 anos, viola acompanhamento, Filipe Saramago, 25 anos, saxofonista, e Joaquim Almeida, 32 anos, viola-baixo.