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quarta-feira, 4 de março de 2015

CONJUNTO MISTÉRIO


DECCA - PEP 1118

Só Tu (Luís Waddington) - Tired Of Waiting For You (Ray Davies) - Rosa Branca Desmaiada (popular) - Goodbye My Love (Mosley/Swearingen/Simington)

Um dos mais fantásticos conjuntos portugueses dos anos 60, na minha opinião, claro.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

quinta-feira, 10 de julho de 2014

CONJUNTO NOVA ONDA


ALVORADA - AEP 60576 - 1963

Porque Não Vens Dançar ("Do You Want To Dance") - Vendaval (António Rodrigues/Joaquim Pimentel). Ao Ritmo do Madison ("Madison Time") - Solidão (Luís Waddington-DR)

O Conjunto Nova Onda foi dos primeiros ié-iés portugueses.

Este EP, com uma versão de "Vendaval" (Tony de Matos), foi editado em 1963.

Foi o precursor dos Mascarilhas, futuro Conjunto Mistério.

Gonçalo Lucena tornou-se depois conhecido com o concurso televisivo "A Visita da Cornélia" (1977).

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

CONJUNTO MISTÉRIO GANHOU HÁ 50 ANOS!


O Conjunto Mistério venceu há 50 anos o Concurso Tipo Shadows que se realizou no cinema Roma, em Lisboa.

Reunido faz hoje 50 anos, o júri do Concurso, formado por Mello Pereira, Villas Boas, Posal Domingues, Hugo Ribeiro, Maria João Aguiar, José Gomes, João Nobre, Paulo Medeiros, Leite Rosa e Antómio Miguel, decidiu por unanimidade atribuir a vitória ao Conjunto Mistério de Fernando Concha (sic).

O conjunto mais votado pelo público foi Victor Gomes e os seus Gatos Negros.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

1º FESTIVAL DE ROCK PORTUGUÊS HÁ 50 ANOS!


O primeiro grande festival de rock português (ié-ié, "tipo Shadows) faz hoje 50 anos!

Foi no cinema Roma, em Lisboa, para promover o filme "Mocidade em Férias", com Cliff Richard e os Shadows, e tinha o curioso título Concurso de Conjuntos  do Tipo Shadows.

O primeiro dia do Festival ocorreu a 16 de Setembro de 1963, faz hoje meio século.

Para o sensacional concurso do cinema Roma, inscreveram-se 22 conjuntos: Victor Gomes e os seus Gatos Negros, Nelo do Twist e seus Diabos, Electrónicos, Jets, Telstars, Eddye Gonzalez e os seus Ekos, Les Fanatics, Vendavais, Tigres, 3 Jotas, Titãs, Daniel Bacelar e os Gentlemen, S.O.S., Lisboa À Noite, Nova Onda, Sanremo 172, Napolitano, Panteras do Diabo, Jovens do Ritmo, Mascarilhas, Juventude Dinâmica e Condores.

Rezava assim o anúncio do Concurso publicado na Imprensa no dia 05:

O cinema Roma convida-os (aos conjuntos) a comparecerem na sua sala nos próximos dias 6 e 7, das 10 às 12,45 e das 18,30 às 20 horas, a fim de serem ouvidos, para que se possa fazer uma selecção prévia, e combinar o plano da sua actuação a partir da estreia do filme "MOCIDADE EM FÉRIAS", que está prevista para sexta-feira, 13 de Setembro.

Nesta reunião privada não se exigem os trajos com que aparecerão perante o público. Apenas se tornam indispensáveis os instrumentos de música e respectivos aparelhos de amplificação.

Mais uma vez se lembra que o Conjunto eleito pelo voto do espectador terá direito, graças aos Estabelecimentos Valentim de Carvalho, a uma face de um disco comercial e o Conjunto escolhido pelo Júri a um disco comercial (2 faces) e ainda à apresentação pessoal aos Shadows, em Londres, para onde serão transportados em aviões dos TAP-BEA.

O cinema Roma agradece, desde já, a todos o entusiasmo com que acolheram esta iniciativa.

O júri era constituído por Maria João Aguiar, António Miguel, Luís Villas-Boas, João Nobre, Paulo de Medeiros, Hugo Ribeiro, Posal Domingues, Mello Pereira, A. Leite Rosa e José Gomes.

Com apresentação de Fernando Pessa, as actuações decorreram de 16 a 29 de Setembro, tendo o júri deliberado convocar para a finalíssima, no dia 04 de Outubro, os Panteras do Diabo, Nelo do Twist e seus Diabos, Titãs, Daniel Bacelar e os Gentlemen e Fernando Concha e o Conjunto Mistério (ex-Mascarilhas).

No comunicado da decisão, o júri avisa que considerando que a apreciação dos Conjuntos por princípio teria de ser fundamentalmente do tipo do "The Shadows", não julgou a actuação dos vocalistas (embora alguns bastante se tivessem distinguido).

A final realizou-se no dia 04 de Outubro e o júri deliberou por unanimidade declarar vencedor do Concurso o "Conjunto Mistério de Fernando Concha".

O júri considerou também que constituiu um êxito invulgar, tanto para o Cinema Roma como para o público, a presença de tão elevado número de Conjuntos, na maioria formados por jovens executantes e de alguns elementos que muito se distinguiram.

O grupo mais votado pelo público foi Victor Gomes e os seus Gatos Negros.

No dia 07 de Outubro, o Diário Popular, pela pena de Paulo de Medeiros, simultaneamente escriba e membro do júri do Concurso, publica a crónica que se segue:

Perante uma enorme multidão, na sua essência constituída por jovens apaniguados do azougado ritmo dos nossos dias - o twist - terminou na passada sexta-feira no Cinema Roma o certame que a Gerência daquela sala empreendeu no sentido de escolher um agrupamento que maiores afinidades apresentasse com os celebrados Shadows.

Depois da exibição de todos os grupos inscritos, o júri seleccionou cinco conjuntos que dirimiam forças na final e que na realidade se afiguraram os mais apetrechados para discutir a primeira posição. Foram eles Os Diabos, de Nelo, Titãs, Conjunto Mistério, de Fernando Concha, Panteras do Diabo e os Gentlemen, de Daniel Bacelar.

Após as respectivas audições, saiu vencedor, como se previa - e por mérito próprio - o agrupamento Mistério, dirigido pelo conceituado Fernando Concha. Com efeito, o popular conjunto caprichou em ofertar-nos um variado e homegéneo sortilégio melódico para todos os paladares.

Sem dúvida que para o êxito obtido em muito contribuiu a escolha das engendradas composções onde o quarteto desenvolveu a sua classe proverbial, pois empregou uma orquestração assaz rica e utilizou-a em todas as tonalidades, sem perder qualquer das suas outras facetas quer no aspecto inventivo, frescura melódica e sentido rítmico.

Apresentação sóbria, como é apanágio, de Fernando Pessa.

Estão pois de parabéns o público, o conjunto galardoado, Portal da Costa, idealizador do certame que com tanto brilho decorreu e o júri pela uniformidade e certeza de critério com que deliberou.

No dia 12 de Outubro, a revista Rádio & Televisão deu a capa ao Conjunto Mistério e no interior escreveu:

No palco do Cinema Roma estiveram vários conjuntos jovens num concurso destinado a eleger o que mais se identificasse com os famosos Shadows. Ganharam justamente Fernando Concha e o seu Conjunto Mistério. E revelaram-se outros grupos que poderão ficar como valiosos intérpretes de música moderna.

Além deste factor, a iniciativa teve outra particularidade agradável: não houve êxtase de jovens contagiados na plateia, não houve distúrbios na sala.

Provou-se que os ritmos modernos podem ter o seu lugar em Lisboa sem os alarmanetes exageros de juventude que têm preocupado outras capitais e que ainda recentemente foram nota pouco tranquilizadora numa sala lisboeta".

Luís Pinheiro de Almeida

segunda-feira, 17 de junho de 2013

3º EP DO CONJUNTO MISTÉRIO (1964)


DECCA - PEP 1080 - edição portuguesa (1964)

Alecrim (popular) - Sonho do Espaço (Luís Waddington) - Os Olhos da Marianita (popular) - Plaine, Ma Plaine (Knipper)

Capa de Alberto Benfeita.

Há uma edição sul-africana que é igual.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

FOI AQUI QUE TUDO COMEÇOU...


A origem do Conjunto Mistério pode ser encontrada em finais dos anos 50, início dos 60, quando cinco jovens da zona do Rato/Campo de Ourique (Lisboa) formaram uma banda a que deram o nome de Nova Onda.

Eram eles Luís Waddington (viola-solo), futuro pai de Jason Cheetham/Jason Kay/Jay Kay (Jamiroquai), Gonçalo Lucena (voz), que haveria de fazer sucesso público mais tarde no concurso da RTP, “A Visita da Cornélia” (1977), o irmão Manuel Lucena (bateria), Edmundo Silva (baixo), futuro Sheiks, e Francisco Deslandes.

Andávamos pela Pastelaria Coimbra, na rua Braamcamp, e pela tasca “O Cachorrinho”, lembra Edmundo Silva.

O Conjunto Nova Onda foi assim dos primeiros grupos portugueses tipo Shadows, tendo editado em 1963 um EP, pela Alvorada, com “Porque Não Vens Dançar”, “Ao Ritmo do Madison”, “Solidão” e uma versão do clássico de Tony de Matos, “Vendaval” (António Rodrigues/Joaquim Pimentel).

PS: há um equívoco na memória de Edmundo Silva, a Pastelaria Coimbra fica na rua Alexandre Herculano, 29, não na Braamcamp, mas enfim, é perto uma da outra.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

3º EP DO CONJUNTO MISTÉRIO (1964)


CONTINENTAL RECORDS - P-QB 184 - edição sul-africana (1964)

Alecrim (tradicional) - Sonho do Espaço (Luís Waddington) - Os Olhos da Marianita (tradicional) - Plaine, Ma Plaine (Knipper)

segunda-feira, 23 de abril de 2012

2º EP DO CONJUNTO MISTÉRIO (1964)


DECCA - PEP 1.073 - 1964

America (Stephen Sondheim/Leonard Bernstein) - Pauliteiros do Douro (Artur Ribeiro/José Maria Antunes) - If I Had A Hammer (Lee Hays/Pete Seeger) - Coimbra Menina E Moça (Fausto Frazão)

Por curiosidade: José Maria Antunes foi jogador de futebol da Associação Académica de Coimbra e seleccionador nacional.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

GONÇALO LUCENA


PHILIPS - 6031.066 - 1977

Canção de Madrugar/Verão/Vamos Cantar De Pé/Festa Da Vida/Flor Sem Tempo/ Tourada/E Depois Do Adeus/Portugal No Coração - Basin Street Blues/C'Est Si Bon/Biografia Do Fado

Gonçalo Lucena fez parte do Conjunto Nova Onda, com o irmão Manuel e ainda Luís Waddington, Edmundo Silva e Francisco Deslandes, "berço" do Conjunto Mistério.

Em 1963, o Conjunto Nova Onda editou um único EP (Alvorada AEP 60 576) com uma versão do clássico "Vendaval", de Tony de Matos.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

CONJUNTO MISTÉRIO HOJE EM SINTRA


Um novo Conjunto Mistério, com Daniel Bacelar na primeira voz, estreia-se hoje em Sintra nas Festas Populares da vila, em São Pedro de Penaferrim.

Da esquerda para a direita, Vítor Mamede (bateria), Duarte Mendes (viola-ritmo, voz e comichão nas costas), Daniel Bacelar (voz e ar de pastor anglicano), Edmundo Siva (baixo e voz) e José Pino (viola-solo e voz de comando).

Tanto quanto se sabe, Daniel Bacelar cantará 5 canções de Ricky Nelson, mas nem uma sua, havendo depois interpretações de êxitos dos Shadows e do próprio Mistério.

A splendid time is guaranteed for all.

domingo, 19 de junho de 2011

ENSAIO DO MISTÉRIO 10-FIM


Atendendo às instruções do chefe...

ENSAIO DO MISTÉRIO 09


Mais uma fase animada do ensaio do Conjunto Mistério para o espectáculo do dia 23 de Junho nas Festas de Sintra.

As harmonias vocais de Duarte Mendes e de Edmundo Silva e o virtuosismo de Zé Pinho na guitarra vão ser belas surpresas...

ENSAIO DO MISTÉRIO 08


Uma das belas surpresas do espectáculo do Conjunto Mistério+Daniel Bacelar nas Festas de Sintra no dia 23 de Junho é o jogo de vozes de 3 mamíferos, Daniel Bacelar, Duarte Mendes e Edmundo Silva, este último ausente desta imagem.

ENSAIO DO MISTÉRIO 05


Zé Pino, o virtuoso da Fender.

A sua guitarra ouve-se no último álbum de Rita Redshoes.

ENSAIO DO MISTÉRIO 03


Uma fase aturada do ensaio do Conjunto Mistério, com Vítor Mamede a varrer com as vassouras.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

CONJUNTO MISTÉRIO TOCA EM SINTRA


Um renovado Conjunto Mistério toca no dia 23 de Junho nas Festas de S. Pedro de Sintra.

Do vetusto conjunto resta o baixo Edmundo Silva (também dos Sheiks) a que se juntaram agora Zé Pino, Duarte Mendes e Vítor Mamede (por doença de Michel).

Este blogue sabe que Daniel Bacelar é um dos convidados do Mistério.

Vai haver tributos a Cliff Richard e aos Shadows (afinal de contas o Mistério foi o vencedor há 48 anos do Concurso Tipo Shadows), mas também repertório do Conjunto, como "Chapéu Preto", "Coimbra", "Alecrim", "Fui Colher Uma Romã", "Pèzinho da Vila", "P'ra Pior Já Basta Assim" e "Vira do Minho".

Há uma hipótese séria de Daniel Bacelar brindar com "Marcianita".

quinta-feira, 5 de maio de 2011

CONJUNTO MISTÉRIO EM LONDRES


Em pé, Fernando Concha, sentados, da esquerda para a direita, João Sintra, António Moniz Pereira, Edmundo Silva e Fernando Mendes

A origem do Conjunto Mistério pode ser encontrada em finais dos anos 50, início dos 60, quando cinco jovens da zona do Rato/Campo de Ourique (Lisboa) formaram uma banda a que deram o nome de Nova Onda.

Eram eles Luís Waddington (viola-solo), futuro pai de Jason Cheetham/Jason Kay/Jay Kay (Jamiroquai), nascido em a 30 de Dezembro de 1969, Gonçalo Lucena (voz), que haveria de fazer sucesso público mais tarde no concurso da RTP, “A Visita da Cornélia”, o irmão Manuel Lucena (bateria), Edmundo Silva (baixo), futuro Sheiks, e Francisco Deslandes.

Andávamos pela Pastelaria Coimbra, na rua Braamcamp, e pela tasca “O Cachorrinho”, lembra Edmundo Silva.

O Conjunto Nova Onda foi assim dos primeiros grupos portugueses tipo Shadows, tendo editado em 1963 um EP (Alvorada AEP 60-576), com “Porque Não Vens Dançar”, “Ao Ritmo do Madison”, “Solidão” e uma versão do clássico de Tony de Matos, “Vendaval” (“António Rodrigues/Joaquim Pimentel).

O conjunto esgota-se pouco depois e nascem os Mascarilhas (actuavam com mascarilhas) com Luís Waddington (viola-solo), Edmundo Silva (baixo), Miguel Artur da Silveira, Michel (bateria) e António Moniz Pereira (viola-ritmo).

Com boas aparelhagens e bons instrumentos, os Mascarilhas lançam-se, na boa tradição dos Shadows, a tocar temas populares portugueses, instrumentais, com arranjos pop.

Com uma formação diferente – João Martins, António Moniz Pereira, Edmundo Silva, Fernando Mendes e Fernando Gaspar, dos Conchas, (voz ocasional) - os Mascarilhas participam e ganham o Concurso Tipo Shadows, que se realizou em Setembro/Outubro de 1963 no cinema Roma, em Lisboa, para promoção do filme “Mocidade Em Férias”, com Cliff Richard e os Shadows.

Vencem o concurso já com a designação de Conjunto Mistério, nome que foi encontrado na sequência de um concurso de ideias na “23ª Hora”, da Rádio Renascença.

Conheciam João Martins e Joaquim Pedro, responsáveis do popular programa, a quem mostraram as músicas, algumas delas gravadas nos próprios estúdios.

Eram apresentados como um grupo novo cujo nome é ainda mistério, pois não têm nome.
Decidiram então lançar um concurso de ideias, só que os nomes sugeridos eram tão maus que decidimos ficar pelo Mistério, recorda Edmundo Silva.

Os Mascarilhas ganharam a final do Concurso, no dia 04 de Outubro de 1963, batendo os Panteras do Diabo, Nelo do Twist e seus Diabos, e Daniel Bacelar e os Gentlemen.

O prémio era uma viagem a Londres para conhecer os Shadows, viagem que já fizeram como Conjunto Mistério.

Lá fomos e lá conhecemos os Shadows, sobretudo Hank Marvin e Bruce Welch.

Na deslocação a Londres, ainda em 1963, Luís Waddington foi substituído por João Sintra e Michel por Fernando Mendes.

O Luís não conseguiu tirar o passaporte pois ia entrar na vida militar e o governo deverá ter tido receio de ele não voltar e o Michel já se encontrava mesmo no serviço militar, explica Edmundo Silva.

Acompanhado por Fernando Pessa, o Conjunto Mistério esteve uma semana na capital londrina, tendo actuado na secção portuguesa da BBC e na Casa de Portugal, perante o embaixador português, corpo diplomático, jornalistas, críticos, agentes artísticos e outros convidados.

No regresso de Londres, o conjunto gravou dois EPs com a voz de Fernando Gaspar, citado como Fernando Concha para efeitos de marketing: Decca PEP 1067, em 1963, com “Um Pequeno Nada”, versão portuguesa de “Any Little Thing”, “Sem Ti Não Sei Viver”, versão portuguesa de “I’ll Get You”, dos Beatles, “Tchim Tchim”, versão de “Cheap, Cheap”, e “Chapéu Preto” e Decca PEP 1073, em 1964, com “América”, “Pauliteiros do Douro”, “If I Had A Hammer” e “Coimbra, Menina E Moça”.

A discografia do Conjunto Mistério compreende mais dois EPs, já sem Fernando Concha, um, Decca PEP 1080, de 1964, com “Alecrim”, “Sonho do Espaço”, original de Luís Waddington, “Os Olhos da Marianita” e “Plaine, Ma Plaine”, e o derradeiro, Decca PEP 1118, em 1965, com “Só Tu”, “Tired Of Waiting For You”, dos Kinks, “Rosa Branca Desmaiada” e “Goodbye My Love”, dos Searchers.

Começava também por essa época a carreira do Duo Ouro Negro e rapidamente o Conjunto Mistério passou a ser a banda de acompanhamento preferida de Raul Indipwo e de Milo Mac Mahon, tendo gravado com os artistas angolanos, nomeadamente, o famoso EP “Kwela”.

Os Beatles é que deram cabo do Conjunto Mistério. Nós fazíamos instrumentais de canções populares portuguesas e depois apareceram os Beatles com as suas vozes fantásticas e nós fomos por água abaixo. Não tínhamos vozes, recorda ainda Edmundo Silva.

Edmundo Falé, primeira voz dos Ekos, fez então parte do Conjunto Mistério, mas em Setembro de 1964 começa a delinear-se o fim do grupo com a saída de Edmundo Silva para os Sheiks.

O Paulo de Carvalho namorava uma rapariga de Cascais minha amiga, com quem, aliás, acabou por casar. Por meio dela conheci o Paulo e ele um dia convidou-me para os Sheiks, pois o Carlos Mendes não se ajeitava a tocar baixo. E eu, que já estava um bocado cansado do Conjunto Mistério e o interesse passou dos Shadows para os Beatles fui para os Sheiks.

No Conjunto Mistério, Edmundo Silva foi substituído por Mário Terra.

Por essa altura, José Cid começa a tocar e a ensaiar na garagem de Michel Mounier, onde o Conjunto Mistério tinha também os seus ensaios.

José Cid que, em Coimbra, já tinha iniciado uma carreira musical com os Babies (primeira banda portuguesa de rock), transferiu-se para Lisboa a fim de tirar o curso do então INEF (Instituto Nacional de Educação Física), acabando por integrar o Mistério, como teclista.

No dia 02 de Fevereiro de 1966, o Conjunto Mistério ainda participa no Teatro Monumental, em Lisboa, no Grande Prémio do Disco, juntamente com o Conjunto Académico João Paulo, Claves, Rocks, Sheiks, Teresa Tarouca, João Ferreira-Rosa e Nino Ferrer.

Finalmente em 1967, o Conjunto Mistério desfaz-se, dando origem ao Quarteto 1111, com José Cid, Michel, António Moniz Pereira e Mário Terra.

Luís Pinheiro de Almeida

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

CONJUNTO MISTÉRIO REINVENTA-SE


O Conjunto Mistério reinventou-se com Duarte Mendes e Zé Pino e estreia-se hoje ao vivo no Teatro Tivoli, em Lisboa, às 21H00, na gala da Rádio Sim.

Além do Conjunto Mistério, também uns renovados Chinchilas participam na Gala.

Outros nomes são, por ordem alfabética, Argentina Santos, António Pinto Basto, Carlos Guilherme, Carlos Mendes, Eduardo Nascimento, Fernando Machado Soares, Lenita Gentil, Maria Amélia Canossa, Maria Armanda, Paulo Alexandre e Trio Odemira.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

KWELA


COLUMBIA - SLEM 2196

Meadowlands - M'Bube - N'Dôa - Muindo D'Iáxala

Esta foi uma das raras ocasiões em que a música então portuguesa teve repercussões no estrangeiro. O Duo Ouro Negro é aqui acompanhado pelo Conjunto Mistério.