Há bem mais de dez anos que eu não lia nada de Isabel Allende. Trouxe Violeta da biblioteca e o livro revelou-se uma surpresa muito boa.
Não me recordava do estilo de escrita da autora; pelo que parece, as suas histórias são narradas com pouquíssimo diálogo. Por vezes, este aspeto pode tornar o livro denso para alguns leitores, e neste caso aconselho uma leitura mais pausada.
Este livro tem uma escrita maravilhosa, com algum sentido de humor que me fez soltar gargalhadas, bem como outras passagens que deixam o leitor emocionado. A escrita é tão boa que o leitor dá por si embalado numa história muito bonita.
Desta forma, numa narrativa contada na primeira pessoa, vamos conhecer a história de Violeta, uma jovem que nasce em 1920, numa família com cinco irmãos. Violeta dirige a sua história a Camilo, uma pessoa muito importante para ela.
Vamos acompanhando a sua vida durante a Grande Depressão, e de terem passado de uma vida boa para uma vida mais pobre, a viver numa região selvagem e remota. Vamos conhecer os amores e desamores de Violeta, os seus amigos, pessoas que a ajudaram e a quem ela também ajudou.
Esta história manteve-me entretida durante vários dias e soube-me muito bem. Geralmente, prefiro livros com mais ação, sinto necessidade de ser quase constantemente estimulada, mas este livro mais calmo e de leitura lenta cativou-me por completo.
Ficou, sem dúvida, a vontade de ler mais Isabel Allende num futuro próximo. E tenho sorte, a biblioteca da minha residência tem inúmeros livros da autora.
Classificação: 4/5 estrelas