quarta-feira, 30 de março de 2022

Palavras Sentidas


«Porque começo a perguntar-me se é isto que é estar-se apaixonado. Não te importares por teres de te desfazer em pedaços, desde que o outro possa ficar inteiro.»


A Hipótese do Amor
Ali Hazelwood

segunda-feira, 28 de março de 2022

«A Prometida do Capitão» de Tessa Dare [Opinião]


«Tessa Dare começa com uma reviravolta do destino, e depois conduz os leitores numa jornada intensa e emocionante que explora o amor e o poder de realização dos sonhos. Um romance brilhante e encantador.»
Kirkus Reviews
 
Estava mesmo a precisar de um livro assim!
 
Quando passeava junto das prateleiras da biblioteca, à procura de um livro que me cativasse, este chamou por mim. A sinopse cativou-me tanto que, mal cheguei a casa, li alguns capítulos e, à noite, já tinha devorado 100 páginas.

A premissa deste livro é muito engraçada. A jovem Maddie tem pavor de festas e de multidões. Então, para se escapar aos bailes da sociedade, inventa um noivo imaginário: o capitão escocês Logan MacKenzie. Para tornar a sua história mais credível, escreve-lhe cartas, onde revela os seus desejos e anseios.
Alguns anos depois, o impensável acontece: o capitão, fruto da sua imaginação, aparece em carne e osso à sua porta e exige aquilo que lhe pertence. Quer que Maddie se case com ele.

O início deste livro é simplesmente hilariante. Perdi a conta às peripécias engraçadas nas quais a nossa protagonista se mete.
Gostei muito de ver o desenvolvimento do romance entre Maddie e Logan. A verdade é que gosto muito de encontrar escoceses nos livros deste género e apreciei bastante a personalidade de Logan: um pouco rude e selvagem, mas muito protetor e fiel aos homens que o acompanharam na guerra.

Senti-me muito empolgada na primeira metade do livro, mas depois, por alguma razão, o meu fascínio esmoreceu um pouco, talvez por ter interrompido a leitura durante alguns dias e por ter lido outro livro em trabalho pelo meio.
No entanto, o final mostrou-se interessante e aqueceu-me o coração.

Não deixo de salientar os temas sérios que a autora abordou de forma divertida e adequada à época: a timidez e o medo de estar no meio de multidões, a lealdade e as consequências físicas e principalmente psicológicas da guerra, e ainda a importância dos nossos sonhos e a luta pela sua concretização.

A Prometida do Capitão é um livro cativante, divertido e leve para relaxar e devorar numa tarde. Fiquei com curiosidade em conhecer mais livros da autora.

Classificação: 3/5 estrelas

quarta-feira, 23 de março de 2022

Palavras Sentidas


«Não somos o que parecemos, mas sim o que fazemos com o que temos, o que fazemos com o que nos é dado, como tratamos os outros e o nosso planeta. Os seres humanos ao longo do tempo, por todos os continentes, são mais parecidos do que diferentes.»
 
Castas: As Origens do Nosso Descontentamento
Isabel Wilkerson

terça-feira, 22 de março de 2022

«A Noiva Judia» de Nuno Nepomuceno [Opinião]


Todas as histórias chegam ao fim e as aventuras do professor Afonso Catalão tiveram o seu último capítulo neste A Noiva Judia.

Tenho acompanhado o trabalho do Nuno Nepomuceno e foi com muita expetativa que iniciei a leitura do seu mais recente thriller.

Antes de mais, deixo a recomendação de que leias os seus livros por ordem de edição. Se não tiveres oportunidade, antes de leres A Noiva Judia, lê primeiro A Morte do Papa e O Cardeal. Estes três livros complementam-se e desenvolvem personagens comuns aos três.

A história inicia-se com o aparecimento do corpo de um homem espancado até à morte. Na mesma noite, um jovem confessa o homicídio, porém, as provas encontradas apontam para a sua inocência. O mistério vai adensar-se com o aparecimento da noiva da vítima e com um outro crime.

A Noiva Judia é uma trama que traz ao palco um conjunto de personagens que foram passando pelos diversos livros da série Afonso Catalão. Senti este reencontro com todas estas personagens como uma despedida do autor e talvez um bocadinho como uma homenagem aos que povoaram estas histórias.

[Fotografia da minha autoria]

Surgiram novas informações sobre o passado de Afonso Catalão e do escritor Adam Immanuel, uma personagem que gostei de conhecer, embora ele seja antipático e arrogante. A viagem ao seu passado permite perceber o traste que este homem realmente é.

A primeira metade do livro deixou-me um pouco confusa. Isto porque estava a acontecer muita coisa ao mesmo tempo, havia inúmeras ligações para fazer e a minha cabeça só perguntava «como raio é que o autor vai atar todos estes nós?»
Mas o Nuno tem o seu talento para as tramas complexas e as respostas começaram a chegar. O que este livro tem de interessante é que nos dá uma nova visão dos crimes que ocorreram em O Cardeal, daí que seja imprescindível ler esse livro primeiro.

Tinha expetativas de reencontrar as duas personagens implacáveis do livro anterior, ou seja, os dois assassinos a soldo, mas o autor não seguiu esse caminho. Quem sabe se, no futuro, possa voltar a pegar numa delas e desenvolvê-la num livro.

Embora tenha apreciado bastante A Noiva Judia, este não conseguiu conquistar o pódio, no qual continua O Cardeal, o meu livro preferido do autor.
Pela minha parte, vou ficar muito curiosa a aguardar o que o autor nos trará no futuro!

Classificação: 4/5 estrelas

Projeto Conjunto | Empréstimo Surpresa [Os motivos]

 
O primeiro livro do ano já seguiu para a casa da Silvana.

Este foi o escolhido:


Motivos da minha escolha:

Desta vez, ela pediu algo de leitura leve e fácil. Não tenho ainda muitos livros disponíveis desde que mudei de casa, mas consegui escolher um que acredito que ela poderá gostar.
Espero que seja uma leitura relaxante, Silvana!
 
Boa leitura!

sábado, 19 de março de 2022

«Ás de Espadas» de Faridah Àbíké-Íyímídé [Opinião]

 
«Um thriller acelerado e sinuoso que envolve muito mais do que um simples mistério.»
Alice Oseman, autora bestseller da série premiada Heartstopper
 
A Niveus é uma escola privada para alunos de elite. No seu último ano, Devon Richards e Chiamaka Adebayo são selecionados para delegado de turma e líder estudantil, respetivamente. São cargos de responsabilidade, apenas atribuídos aos melhores alunos. Para estes dois estudantes, o ano escolar está a começar da melhor forma.
Contudo, algum tempo depois, uma personagem misteriosa intitulada «Ases» começa a enviar mensagens a todos os alunos da escola, expondo segredos íntimos de Devon e Chiamaka.

Esta não é apenas uma história sobre dois alunos que se veem envolvidos em mexericos. É muito mais do que isto. Ao início, a revelação dos segredos parecia uma brincadeira de mau gosto; porém começa a tornar-se mais grave, obscura e com contornos até perigosos.

Posso afirmar que, na primeira metade do livro, me sentia curiosa por descobrir quem é que estaria por detrás do «Ases». Ao progredir mais na leitura, o «quem» passou para segundo plano e o «porquê» ganhou mais destaque. Ou seja, não me parecia tão relevante descobrir quem seria capaz de tamanha maldade, mas sim por que razão alguém estava a ser tão cruel com estes dois estudantes.

Por várias vezes, este livro me deixou perplexa e indignada com o que estava a ser feito às personagens. Era demasiado doentio mas, infelizmente, não tão descabido quanto isso na sociedade atual.

Classificando-se como um thriller YA, o livro começa por dar mais destaque à vertente YA e, aos poucos, vai intensificando o suspense. Embora me tenha sentido sempre curiosa por desvendar este enigma, senti que faltava qualquer coisa na forma como o livro me prendia. O suspense estava lá mas eu conseguia parar de ler sempre que queria. Estou habituada a ler thrillers e são o meu género preferido, e acho fundamental quando um livro me faz não querer parar de ler.

Ás de Espadas aborda temáticas muito atuais, como o racismo, a homofobia, o bullying, o elitismo, a discriminação, a diferença entre classes sociais, entre outras. Será uma leitura muito interessante para jovens, tendo em conta a vertente YA, bem como para todos os adultos que se interessem pelo tema.

Classificação: 3/5 estrelas

quarta-feira, 16 de março de 2022

Palavras Sentidas


«O que tornava a presença de um cão tão confortável? Talvez o facto de não precisarmos de esconder dele o que sentimos, de ele nunca nos exigir um sorriso falso.»

A Última Vítima
Tess Gerritsen 

quarta-feira, 9 de março de 2022

Palavras Sentidas


«[...] talvez seja necessário estar longe dos lugares do nosso quotidiano, das pessoas, para sentir falta das coisas que tomamos por certas. Para tomarmos como qualidade a sua distorção.»


O Ano da Dançarina
Carla M. Soares 

terça-feira, 8 de março de 2022

«O Homem das Castanhas» de Søren Sveistrup [Opinião]


«Excelente. Uma mistura sagaz de policial, thriller político e drama doméstico.»
The New York Times
 
O Homem das Castanhas inicia-se com um primeiro capítulo arrepiante e cujas descrições gráficas não serão adequadas aos leitores mais suscetíveis. Embora os diversos cenários de crime que encontramos ao longo do livro não sejam descritos com muita exaustão, são intensos e impressionam, pelo que deixo esta chamada de atenção aos leitores que não apreciam descrições tão gráficas e violentas.

A premissa do livro é bastante interessante: num subúrbio de Copenhaga, uma mulher é encontrada brutalmente assassinada, e falta-lhe uma das mãos. Junto ao corpo, é encontrado um pequeno boneco feito com castanhas. A pista mais interessante neste cenário é o boneco, que parece estar ligado a uma menina que desapareceu um ano antes e foi dada como morta.

Esta menina desaparecida é a filha da ministra Hartung, que regressa agora ao trabalho e agita a comunicação social.
Desta forma, este livro vai misturar investigação policial com drama familiar e alguma intriga política.

Naia Thulin é a detetive responsável pelo caso e a ela vai juntar-se Mark Hess, um investigador que acabou de ser temporariamente afastado da Europol e que vai trazer algum mistério à narrativa. A interação entre ambos acabará por ser difícil ao início, dado que ambos têm os seus motivos para não quererem estar ali e acaba por não ser fácil trabalharem juntos.
Há outras personagens importantes para a trama e que acabarão por ter a sua ligação aos crimes.

Considero que este é um romance policial de início lento, com uma grande variedade de personagens, podendo tornar-se confuso enquanto o leitor não se familiariza com todas elas.
Os capítulos são curtos (pormenor me agrada muito), o que incentiva a uma leitura rápida. Penso também que este livro será para ler de seguida, sem muitas pausas. Durante a leitura, acabei por estar uma semana sem conseguir pegar nele e, ao retomar a leitura, sentia-me ligeiramente perdida e sem me recordar das ligações entre algumas personagens.
Assim, recomendo a leitura deste livro quando tiverem mais disponibilidade.

A trama torna-se mais intensa à medida que nos aproximamos do final e as ligações entre as personagens começam a fazer sentido. Diria que as últimas cinquenta páginas são de leitura imparável.

O Homem das Castanhas vem provar a grande qualidade das obras literárias que nos chegam dos países nórdicos e considero que seja uma leitura obrigatória para os fãs deste género literário, desde que se sintam à vontade com as descrições mais gráficas e violentas.

Classificação: 4/5 estrelas

quarta-feira, 2 de março de 2022

Palavras Sentidas


«[...] a tristeza é um amor que ficou sem casa, e temos de aprender a viver com ela e a seguir em frente.»


O Homem das Castanhas
Søren Sveistrup 

terça-feira, 1 de março de 2022

Aquisições: Fevereiro

O mês de fevereiro chegou ao fim e parece-me ter passado a correr.
Foi um mês recheado de trabalho e de boas leituras.
 
Vamos ver o que chegou cá a casa?
 
BIBLIOTECA
 
- No início do mês trouxe este thriller da biblioteca, que já há muito tempo me estava a despertar curiosidade. Terminei-o mesmo no último dia do mês e em breve trarei a opinião.
 
 
E a ti, como te correu o mês no que diz respeito a aquisições literárias?