sexta-feira, 31 de julho de 2020

Aquisições: Julho

Chegamos ao fim de mais um mês e estou pronta para fazer o balanço das aquisições literárias.
Posso afirmar que foi um dos melhores meses do ano — talvez até o melhor — tanto em relação aos livros que chegaram como às leituras. Participei num desafio literário de contabilizar o número de páginas lido em cada dia e isso acabou por me motivar a ler mais.

Vamos agora espreitar as novas aquisições:

- Logo no início do mês, chegou cá a casa o livro do empréstimo surpresa que mantenho com a Silvana. Este foi o escolhido! Já está lido e podem ler a opinião aqui.

EMPRESTADO


- No mês passado foi o meu aniversário e recebi dois livros de presente. O primeiro foi oferecido pela Silvana; sei que ela gostou muito deste livro e por isso estou bastante curiosa.
O da direita foi a prenda da melhor amiga e fiquei mesmo contente! Há muito que eu tinha este livro na lista para comprar, mas ainda não tinha surgido oportunidade. Vou lê-lo assim que puder!

PRENDAS ANIVERSÁRIO


- Este é um dos livros que eu e a Silvana ganhamos num passatempo, há alguns anos. Ela está a lê-los primeiro e depois envia-os para minha casa para que eu tenha oportunidade de ler.

PASSATEMPO


- No início do mês recebi ainda uma excelente oferta da Porto Editora. Muito obrigada! Também já o li e a opinião será publicada muito em breve.

OFERTA EDITORA


- No final do mês, encontrei este livro no OLX, em segunda mão. É um livro que está esgotado e por isso é muito difícil de encontrar. As opiniões boas que li deixaram-me muito curiosa, pelo que não pude deixar escapar esta oportunidade de o adquirir. Estou ansiosa por iniciar a sua leitura e espero que valha a pena!

COMPRA


E agora é a vossa vez de partilhar comigo: tiveram um bom mês de aquisições literárias?

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Palavras Sentidas

[Photo by Kristina Flour on Unsplash]

"Os segredos eram um fardo pesado. Quando se combinavam com a culpa, podiam destruir uma pessoa."

Segredos Obscuros
Hjorth & Rosenfeldt

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Palavras Sentidas

 [Photo by Tegan Mierle on Unsplash]

"Assim que uma mentira é dita, mesmo que seja com a melhor das intenções, toda uma série de mentiras vem a reboque. Depois, essas mentiras juntam-se todas e dão cabo da verdade."

Não Fujas Mais
Harlan Coben

sábado, 18 de julho de 2020

"O Bairro das Cruzes" de Susana Amaro Velho [Opinião]


O Bairro das Cruzes é o segundo romance de Susana Amaro Velho e a minha primeira experiência com os trabalhos desta autora. Posso começar pelo fim e afirmar que este livro se revelou uma surpresa muito boa e que me conseguiu cativar de início ao fim.

O livro conta a história de Luísa e da sua prima Rosa. A história é-nos contada por Luísa, que nos oferece um interessante relato sobre as suas origens, os seus laços familiares e tudo o que a une ao Bairro das Cruzes.

A narrativa inicia-se na atualidade e depois recua até 1957 e vai progredindo a partir daí. O que me cativou logo de início foi a voz de Luísa. Começou como uma criança de 10 anos cheia de energia, ingénua, muito aventureira, maria-rapaz e também extremamente determinada em lutar pelos seus sonhos. Foi o período da sua vida que mais me fez dar gargalhadas, por estar repleto de peripécias e ser contado na perspetiva de uma criança. Depois a Luísa cresce e acompanhamo-la enquando adolescente e adulta.

Rosa é uma personagem bem diferente. Parecia atrair todo o tipo de sarilhos e demonstrou imensas atitudes e decisões questionáveis. Quando parecia estar a atinar, eis que acontecia algo que a fazia voltar aos mesmos comportamentos disruptivos. E por muito que Luísa se tentasse afastar dela e da aura negativa que a envolvia, mais se sentia também impelida a ajudá-la, uma vez que partilhavam laços de sangue.

[Fotografia da minha autoria]
 
A história faz também referência a alguns acontecimentos do Estado Novo e do 25 de abril e menciona ainda as cheias que atingiram Lisboa em 1967. Para além de ser escrito por uma autora portuguesa, gostei especialmente de ler algo passado nestas datas tão importantes do nosso país.

A escrita da Susana é muito bonita, espontânea e consegue envolver o leitor. A narração é muito boa e cuidada. Em relação aos diálogos, são pouco expressivos e alguns leitores poderão considerá-los mais fracos. Embora eu aprecie diálogos com expressividade, achei-os muito naturais e verosímeis e não considero que sejam um aspeto que a autora precise de melhorar. Acredito mais que estes diálogos façam parte do seu estilo de escrita.

Por fim, gostei imenso da história do Bairro das Cruzes e dos três irmãos fundadores, assim como a forma como no final esta se interligou com a vida das nossas protagonistas.

Fiquei agradavelmente surpreendida com este romance e sem dúvida que recomendo a sua leitura. Além disso, estarão também a apoiar uma autora portuguesa!
A Susana tem outro romance publicado — As Últimas Linhas Destas Mãos — que tenciono adquirir e ler assim que surja oportunidade.

Classificação: 4/5 estrelas

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Palavras Sentidas


"Quando se está privado de visão, pensou, tem-se a percepção de todos os pormenores que até então haviam passado despercebidos, da mesma maneira que só se repara realmente na Lua depois de o sol se ter posto."

Lembranças Macabras
Tess Gerritsen
[Photo by Ryoji Iwata on Unsplash]

segunda-feira, 13 de julho de 2020

"A Corrente" de Adrian McKinty [Opinião]


«Uma leitura arrepiante, intensa e viciante, que irá querer devorar.»
People Magazine, Book of the Week

E SE A ÚNICA FORMA DE VOLTAR A VER O SEU FILHO FOSSE RAPTAR OUTRA CRIANÇA?

Esta foi a frase que recebi num e-mail da WOOK nos dias que antecederam o lançamento do livro. Fiquei completamente doida com esta premissa e soube que teria de o ler, por isso não demorei muito a comprá-lo.

Por muito que nos pareça alucinante que alguém consiga ter imaginação para tanta maldade, a verdade é que o autor se inspirou num conceito mexicano de raptos por troca.

A ideia do livro está muito interessante e fez-me lembrar aqueles e-mails corrente que estavam na moda aqui há uns anos e que prometiam verdadeiras desgraças a quem não os reenviasse a um determinado número de contactos. No conceito de corrente deste livro, a desgraça acontece primeiro: o rapto de um filho.

Assim, tudo começou quando a filha de Rachel foi raptada. Foi-lhe dito que, para a reaver, teria de pagar um resgate e raptar outra criança. Apenas quando os pais dessa segunda criança raptassem uma terceira é que a filha de Rachel seria devolvida. Isto fazia com que as ações de um único membro da corrente tivessem influência nos outros e pusessem em risco a vida de outras crianças e famílias.

[Fotografia da minha autoria]

Acredito que esta história consiga mexer verdadeiramente com os nervos de quem tem filhos, principalmente crianças pequenas. Eu não tenho filhos, por isso só posso limitar-me a tentar imaginar o que será esse sentimento inexplicável de se fazer tudo por um filho. Segundo os cérebros por detrás da corrente, não se podia raptar um cônjuge ou outro membro da família porque não podemos ter a certeza de que alguém vá fazer tudo por um marido ou um irmão... mas, no que toca a filhos, as pessoas fazem o inimaginável.

Senti alguma estranheza inicial na leitura. Só após bastantes páginas lidas é que percebi porquê. A narrativa está construída com os verbos no presente ("Ela está sentada na paragem de autocarro...", "O carro avança com rapidez...", "Olha para a grande caixa de cartão."). É possível que esta forma de narrar tenha sido propositada, dado que ficamos com a sensação de que tudo está a acontecer neste preciso momento e isso torna a leitura muito mais empolgante.

O livro é de leitura compulsiva, isso não posso negar. A primeira parte está incrível, o desespero da personagem, todo o funcionamento da corrente, o medo incutido nos participantes.
Por outro lado, a segunda parte é mais morna, mais previsível e confesso que achei demasiado fácil a forma como eles encontram os responsáveis por tudo isto. Mesmo assim, apesar de o ritmo se quebrar um pouco, continuamos agarrados e desejosos de descobrir como tudo termina.

Já sentia saudades de um livro como este, que não me desse descanso, cheio de tensão e adrenalina e que acabei por devorar em poucos dias.
Uma leitura que recomendo a todos os apreciadores de thrillers!

Classificação: 4/5 estrelas

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Palavras Sentidas


"A morte é a coisa mais justa do mundo. Ninguém escapou pagando. A terra recebe toda a gente: os bons, os maus, os pecadores. À parte isso, não há nenhuma justiça nesta vida."

Vozes de Chernobyl
Svetlana Alexievich

terça-feira, 7 de julho de 2020

Projeto Conjunto | Empréstimo Surpresa [Livro Recebido]


Após alguns meses paradas devido à pandemia, finalmente retomamos o nosso projeto de empréstimo surpresa. Foi a minha vez de receber um livro da Silvana.

Como se sentia indecisa, ela fez uma lista de 6 livros, numerou-os e pediu-me para escolher um número de 1 a 6.
Eu escolhi o 4 e aqui está o livro que me calhou na sorte:


Fiquei muito contente com o livro que recebi. Vou ter oportunidade de conhecer o trabalho de mais uma autora portuguesa.

Obrigada Silvana!

sábado, 4 de julho de 2020

"Carrie" de Stephen King [Opinião]


Carrie é o primeiro livro de Stephen King, o mestre da literatura de terror, e foi originalmente publicado em 1974.

Tendo já lido outros trabalhos do autor, e acabando de conhecer a sua primeira obra, posso afirmar que este livro nos oferece uma pitada do talento do autor para a escrita de terror.

Carrie é uma jovem de 16 anos que foi criada por uma mãe fanática pela religião e para quem tudo é pecado. A sua mãe é uma mulher completamente execrável e que me chocou com muitas das suas ações.
Desde muito cedo, a menina começou a ser gozada pelos colegas da escola, que sempre a viram como uma estranha. Na verdade, o ambiente sufocante em que foi educada acabou por reprimir as suas relações sociais, tornando-a também ignorante no que diz respeito aos temas mais naturais na vida de uma mulher.

Além disso, Carrie é detentora de um estranho dom: a telecinética, isto é, a capacidade de mover objetos com a mente. É a descoberta deste dom que ajudará Carrie a levar a cabo uma vingança após um episódio de extrema crueldade e humilhação que vai vivenciar.

[Fotografia da minha autoria] 

A estrutura do livro vai alternando a narrativa com excertos de artigos científicos, notícias e alguns testemunhos que ajudam a criar um ambiente de terror e uma sensação de mau presságio. Sabemos que algo de muito mau vai acontecer, algo que deixou incontáveis mortes e que mudou para sempre aquela cidade.

É um romance que deixa o leitor agarrado e se lê muito bem, não sendo uma história tão densa e demorada como outros trabalhos do autor. Claro que alguns leitores poderão sentir que há aspetos que poderiam ter sido mais desenvolvidos mas, ainda assim, é um excelente conto de terror.

Abordando a temática do bullying e do fanatismo religioso, este é um livro que deverá ter sido muito original na época em que foi escrito.
Gostei muito e fiquei curiosa por ver uma das suas adaptações cinematográficas.
Se ainda não leram nenhum trabalho deste autor, então aqui vos deixo a sugestão de começarem pelo Carrie.

Classificação: 4/5 estrelas

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Bando Lusitano | Julho: Vergonha nacional


O Bando Lusitano é uma iniciativa que partiu da Silvana e que tem como objetivo a divulgação de um livro de um autor português, todos os meses, durante um ano.
Ela dá uma temática e nós apenas temos de escolher um livro que se enquadre nela.

Este mês somos convidados a escolher um livro que represente a nossa vergonha nacional, ou seja, aquele livro que está na nossa estante e que nos deixa envergonhados por ainda não o termos lido.

Foi muito fácil descobrir o livro certo para a minha primeira participação no Bando Lusitano.

Vamos conhecê-lo?


Pois é, tenho de admitir que José Saramago é a minha vergonha nacional. Li um livro dele, pela primeira vez, em 2018: o Claraboia. Depois, em 2019, li O Conto da Ilha Desconhecia. E, desde então, as promessas que faço constantemente continuam a ser ignoradas.

Tenho na estante o Memorial do Convento e O Evangelho Segundo Jesus Cristo, ambos por ler. O segundo foi-me oferecido num Natal há mais de quatro anos e sinto-me terrivelmente mal por ainda não o ter lido. Quando recebo livros como presentes, faço os possíveis por os ler com brevidade pois é uma forma de dar valor à prenda recebida. Por vezes, limito-me a guardá-los na estante e a esquecer-me deles, o que me deixa muito envergonhada.

O caso do José Saramago é uma embirração que tenho há muitos anos. Isto começou numa aula de Literatura, na universidade, em que o professor nos levou um excerto de um livro do Saramago e nos propôs, como exercício, que colocássemos a devida pontuação no texto. Certamente que o professor não teve intenção de nos desencorajar de ler Saramago, mas penso que foi nesse momento que começou a minha embirração com o autor.

Assim, como forma de me redimir um pouco, fui à estante buscar este livro e coloquei-o na minha mesinha de cabeceira. Comprometo-me a lê-lo até ao fim de 2020. 

E quanto a vocês, qual é o livro ou autor que representa a vossa vergonha nacional?

quarta-feira, 1 de julho de 2020

Palavras Sentidas


"― O que se sente quando se ama?
(...)
― Sentimos que faríamos qualquer coisa para que essa pessoa se sinta feliz. Faz-nos sentir contentes e quentes por dentro."

O Cliente
Vi Keeland