Nos últimos dias não se tem falado de outra coisa: qual será o futuro do (provável) melhor jogador de futebol do mundo? A notícia do jornal "A Bola" indica que o "menino-prodígio" chegou a acordo com o Real Madrid, numa ligação que é válida por cinco temporadas e que vai valer cerca de 9,5 milhões de euros por época. No entanto, a Mãe de Cristiano Ronaldo tinha comunicado que o filho iria permanecer em Inglaterra. A questão é: qual a melhor opção para a estrela portuguesa? Manter-se em Manchester? Mudar-se para Madrid?
De jogadores a treinadores, passando por adeptos e dirigentes, todos já lançaram pelo menos um "bitaite" sobre o tema. Por um lado, David Beckham é da opinião que Cristiano Ronaldo não deve mudar de camisola, por ser mais protegido em Old Trafford. Já Luís Figo, aconselha o "puto maravilha" a experimentar os ares da capital espanhola. Para além da natural influência externa, e qualquer que seja o desejo da família, o actual n.º 7 da selecção nacional deve colocar no topo de prioridades o seu grande objectivo profissional: ficar na história do futebol. No meu entender, a melhor forma de alcançar esse desígnio é...continuar mais uns anos a encantar o "Teatro dos Sonhos". De seguida, apresento os meus motivos.
O que é preciso para que o jovem talento português ganhe direito a figurar entre o top 10 mundial? Se nos lembrarmos de figuras como Pelé, Eusébio, Beckenbauer, Cruyff, Maradona, para citar alguns, existe algo que os une: uma carreira que os identifica com o emblema de um clube ou com a conquista de troféus pelas cores nacionais. Johan Cruyff, por exemplo, venceu a Liga dos Campeões da UEFA por três vezes (1971, 1972 e 1973, com o Ajax). Michel Platini, por seu lado, marcou uma época na Juventus, que entre a sua estada de 1982 a 1987, viveu conquistas e momentos fantásticos. Diego Armando Maradona colocou o Nápoles no mapa do futebol e "La Mano de Dios" levou o povo argentino a tocar o céu. Ao trazer o nome de algumas "velhas glórias" para a discussão, pretendo demonstrar o seguinte: as lendas nascem de um sentimento de fidelidade a uma camisola e perduram através da memória do seu povo. Na minha humilde opinião não é no meio de empresários, a negociar contratos, que o "wonderkid" encontrará o caminho da história. As lendas surgem dos relvados. Não dos gabinetes.
Termino o meu ponto de vista com outro argumento válido. Em Manchester, tal como afirmou David Beckham, Cristiano Ronaldo é protegido e acarinhado por todos: treinadores, colegas de equipa e adeptos. Em Madrid, o ambiente "galáctico" pode não ser (necessariamente) tão fresco. Há que não pôr outro factor de parte: em Inglaterra, o prodígio português é admirado pelas fintas mirabolantes e pelos golos fantástico; em Espanha, pode ser aclamado pelo público, mas a sua performance é, muitas vezes, medida pelo número de camisolas vendidas. Mesmo que Cristiano Ronaldo seja considerado o jogador do ano, o seu maior desafio será o de manter-se no topo, de preferência por longos anos.
Qual o caminho para ficar na história? Qual a forma de ser recordado como uma lenda? Permanecer em Manchester ou, em contrapartida, tentar a aventura chamada Madrid? Para mim, a diferença é óbvia: na primeira situação é olhado genuinamente como um fabuloso jogador de futebol; no segundo cenário é encarado como um produto de merchandising.
De jogadores a treinadores, passando por adeptos e dirigentes, todos já lançaram pelo menos um "bitaite" sobre o tema. Por um lado, David Beckham é da opinião que Cristiano Ronaldo não deve mudar de camisola, por ser mais protegido em Old Trafford. Já Luís Figo, aconselha o "puto maravilha" a experimentar os ares da capital espanhola. Para além da natural influência externa, e qualquer que seja o desejo da família, o actual n.º 7 da selecção nacional deve colocar no topo de prioridades o seu grande objectivo profissional: ficar na história do futebol. No meu entender, a melhor forma de alcançar esse desígnio é...continuar mais uns anos a encantar o "Teatro dos Sonhos". De seguida, apresento os meus motivos.
O que é preciso para que o jovem talento português ganhe direito a figurar entre o top 10 mundial? Se nos lembrarmos de figuras como Pelé, Eusébio, Beckenbauer, Cruyff, Maradona, para citar alguns, existe algo que os une: uma carreira que os identifica com o emblema de um clube ou com a conquista de troféus pelas cores nacionais. Johan Cruyff, por exemplo, venceu a Liga dos Campeões da UEFA por três vezes (1971, 1972 e 1973, com o Ajax). Michel Platini, por seu lado, marcou uma época na Juventus, que entre a sua estada de 1982 a 1987, viveu conquistas e momentos fantásticos. Diego Armando Maradona colocou o Nápoles no mapa do futebol e "La Mano de Dios" levou o povo argentino a tocar o céu. Ao trazer o nome de algumas "velhas glórias" para a discussão, pretendo demonstrar o seguinte: as lendas nascem de um sentimento de fidelidade a uma camisola e perduram através da memória do seu povo. Na minha humilde opinião não é no meio de empresários, a negociar contratos, que o "wonderkid" encontrará o caminho da história. As lendas surgem dos relvados. Não dos gabinetes.
Termino o meu ponto de vista com outro argumento válido. Em Manchester, tal como afirmou David Beckham, Cristiano Ronaldo é protegido e acarinhado por todos: treinadores, colegas de equipa e adeptos. Em Madrid, o ambiente "galáctico" pode não ser (necessariamente) tão fresco. Há que não pôr outro factor de parte: em Inglaterra, o prodígio português é admirado pelas fintas mirabolantes e pelos golos fantástico; em Espanha, pode ser aclamado pelo público, mas a sua performance é, muitas vezes, medida pelo número de camisolas vendidas. Mesmo que Cristiano Ronaldo seja considerado o jogador do ano, o seu maior desafio será o de manter-se no topo, de preferência por longos anos.
Qual o caminho para ficar na história? Qual a forma de ser recordado como uma lenda? Permanecer em Manchester ou, em contrapartida, tentar a aventura chamada Madrid? Para mim, a diferença é óbvia: na primeira situação é olhado genuinamente como um fabuloso jogador de futebol; no segundo cenário é encarado como um produto de merchandising.