Ao entrar num "Outlet" não pense que vai encontrar "bons preços".
Pode encontrar ou não.
Imagine que se interessa por dois televisores e decide "investigá-los". São ambos da mesma marca.
Olha as etiquetas e vê que um custa mais 100 euros do que o outro, mas que qualquer deles está com desconto de 100 euros
Ou seja, o que era vendido antes a 699 custa agora 599. E o que era vendido a 599 agora tem o preço de 499.
A compra de qualquer dos televisores parece ser um bom negócio.
Hoje em dia, no entanto, não se deve fazer nenhuma compra sem recorrer à Internet, para comparar preços e ler as opiniões de quem já possui os produtos em que estamos interessados.
E foi precisamente aqui que «a porca torceu o rabo»...No "site" do fabricante apercebe-se que os dois televisores têm o mesmo «preço de venda recomendado» (no caso, 620 euros). O quê?! Então um não era (e é) mais caro 100 euros do que o outro?... Não.
Volta ao "Outlet" e alerta para a situação. Informam-no que podem existir «erros de marcação» e sugerem que volte no dia seguinte.
Assim faz. Existira mesmo um erro: o televisor que alegadamente teria estado à venda por 699 euros, afinal tinha tido o preço de 639. Mas no "Outlet" mantinha-se nos 599. O "desconto" de 100 euros baixara para 40 euros.
No dia seguinte, o cliente volta ao "Outlet". Nova mudança de preço: o televisor mais caro já só custava 579 euros! O outro continuava nos 499 euros, impávido e sereno, enquanto o colega do lado ia sofrendo trocas sucessivas.
(Recorde-se que o fabricante recomenda o mesmo preço de venda para um e para outro).
Em conclusão: o cliente, cansado de tantas trocas-e-baldrocas, decide comprar o televisor (o mais caro dos dois) noutro lado.
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quarta-feira, 15 de outubro de 2008
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Gasolina: o escândalo
O Governo decidiu liberalizar o comércio dos combustíveis, apostando na concorrência, mas "esqueceu-se" que em Portugal existe apenas uma empresa refinadora.
Estranha liberalização...
Este Verão, ao viajar pela Europa, notei que os preços do gasóleo e da gasolina 95 sem chumbo eram praticamente idênticos. Nalguns casos, o gasóleo era mesmo mais caro.
Aqui, em Portugal, a gasolina 95 continua muito mais cara que o gasóleo – e a diferença parece querer até aumentar.
Hoje, em Coimbra, os preços mais baixos são os do posto da Galp no Fórum:
Aqui ao lado, em Fuentes de Oñoro, os preços praticados hoje são os seguintes:
Alguém consegue explicar isto?
Mas, por favor, expliquem-me como se eu fosse muito burro.
Estranha liberalização...
Este Verão, ao viajar pela Europa, notei que os preços do gasóleo e da gasolina 95 sem chumbo eram praticamente idênticos. Nalguns casos, o gasóleo era mesmo mais caro.
Aqui, em Portugal, a gasolina 95 continua muito mais cara que o gasóleo – e a diferença parece querer até aumentar.
Hoje, em Coimbra, os preços mais baixos são os do posto da Galp no Fórum:
Gasolina 95 sem chumbo - 1,398
Gasóleo - 1,249
Diferença entre os dois preços: 0,149 (30 escudos, na moeda antiga).
Gasóleo - 1,249
Diferença entre os dois preços: 0,149 (30 escudos, na moeda antiga).
Aqui ao lado, em Fuentes de Oñoro, os preços praticados hoje são os seguintes:
Gasolina 95 sem chumbo - 1,160
Gasóleo - 1,156
Diferença entre os dois preços: 0,004 (menos de 1 escudo, na moeda antiga).
Gasóleo - 1,156
Diferença entre os dois preços: 0,004 (menos de 1 escudo, na moeda antiga).
Alguém consegue explicar isto?
Mas, por favor, expliquem-me como se eu fosse muito burro.
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
domingo, 30 de dezembro de 2007
Aventuras comerciais
Não sei se é reflexo da crise se é reflexo da portuguesa habitual falta de qualidade, mas as minhas últimas compras têm resultado em histórias inacreditáveis.
Não, não peçam, porque ainda não é hoje que vou contar a história do ar condicionado. Essa história é tão grande que só a poderei escrever num dia em que disponha de muito tempo livre. No entanto, foi das que me deu mais prazer: esperei 4 meses, mas fartei-me de gozar sempre que me telefonavam da empresa para ir pagar os aparelhos que... ainda não tinham sido instalados. Eheheheh, foi divertido.
Noutro dia, no Lidl, onde vou sempre que um "gadget dos pobres" me chama a atenção, olho para a factura e reparo que nela consta um litro de leite magro. Comprei leite? Reviro o carro, olho uma e outra vez, mas não encontro qualquer pacote de leite. Volto à caixa. Tinha sido engano.
Na sexta-feira, passo no Carrefour e compro dois pares de peúgas. Fazem sempre jeito e estavam com 30% de desconto. Um grande cartaz assinalava "Saldos". Na própria prateleira das peúgas um cartaz mais pequeno confirmava: "Saldos - 30%". Cheguei à caixa e... o sistema não assinalou o desconto. Outro erro, reparado com a devolução de 2,10 euros em dinheiro (mais de 400 escudos!).
Hoje, no Modelo, tive de pedir a dois cavalheiros para me deixarem tirar o "Público" do expositor. Entretidos com "A Bola", encostados, liam à borla e dificultavam a vida a quem queria comprar jornais. Desviaram-se e tirei o primeiro "Público" da prateleira de cima. Chegado à caixa, a funcionária abre o jornal e vê que lá dentro há duas revistas iguais. Olha para mim e pergunta quantas revistas é que o "Público" costuma trazer, abre as duas revistas lado-a-lado e desfolha-as lentamente, pergunta à colega da caixa ao lado quantas revistas é que o "Público" costuma trazer, manda chamar uma supervisora. Acaba por ficar com uma revista. Finalmente, pude pagar.
Será apenas incompetência?
PS - Um brinde para quem teve a gentileza de ler o texto até ao fim: há dias entrei numa agência bancária e pedi ao funcionário uma informação sobre PPRs. Educadamente, disse-me que era mais indicado ser uma das duas colegas a esclarecer-me. Encostei-me ao outro extremo do balcão, ele continuou a atender quem estava atrás de mim na fila e elas continuaram no interior da agência a conversar, certamente assuntos fundamentais para o futuro do banco e do país. Esperei um, dois, três... sete minutos. Elas teimavam em não aparecer no balcão. Ele continuava a atender, um após outro cliente. Eu esperava. Olimpicamente, olhei para o jovem funcionário e disse-lhe: «Volto já».
(Moral da história: como ele está sentado, não há problema...)
Não, não peçam, porque ainda não é hoje que vou contar a história do ar condicionado. Essa história é tão grande que só a poderei escrever num dia em que disponha de muito tempo livre. No entanto, foi das que me deu mais prazer: esperei 4 meses, mas fartei-me de gozar sempre que me telefonavam da empresa para ir pagar os aparelhos que... ainda não tinham sido instalados. Eheheheh, foi divertido.
Noutro dia, no Lidl, onde vou sempre que um "gadget dos pobres" me chama a atenção, olho para a factura e reparo que nela consta um litro de leite magro. Comprei leite? Reviro o carro, olho uma e outra vez, mas não encontro qualquer pacote de leite. Volto à caixa. Tinha sido engano.
Na sexta-feira, passo no Carrefour e compro dois pares de peúgas. Fazem sempre jeito e estavam com 30% de desconto. Um grande cartaz assinalava "Saldos". Na própria prateleira das peúgas um cartaz mais pequeno confirmava: "Saldos - 30%". Cheguei à caixa e... o sistema não assinalou o desconto. Outro erro, reparado com a devolução de 2,10 euros em dinheiro (mais de 400 escudos!).
Hoje, no Modelo, tive de pedir a dois cavalheiros para me deixarem tirar o "Público" do expositor. Entretidos com "A Bola", encostados, liam à borla e dificultavam a vida a quem queria comprar jornais. Desviaram-se e tirei o primeiro "Público" da prateleira de cima. Chegado à caixa, a funcionária abre o jornal e vê que lá dentro há duas revistas iguais. Olha para mim e pergunta quantas revistas é que o "Público" costuma trazer, abre as duas revistas lado-a-lado e desfolha-as lentamente, pergunta à colega da caixa ao lado quantas revistas é que o "Público" costuma trazer, manda chamar uma supervisora. Acaba por ficar com uma revista. Finalmente, pude pagar.
Será apenas incompetência?
PS - Um brinde para quem teve a gentileza de ler o texto até ao fim: há dias entrei numa agência bancária e pedi ao funcionário uma informação sobre PPRs. Educadamente, disse-me que era mais indicado ser uma das duas colegas a esclarecer-me. Encostei-me ao outro extremo do balcão, ele continuou a atender quem estava atrás de mim na fila e elas continuaram no interior da agência a conversar, certamente assuntos fundamentais para o futuro do banco e do país. Esperei um, dois, três... sete minutos. Elas teimavam em não aparecer no balcão. Ele continuava a atender, um após outro cliente. Eu esperava. Olimpicamente, olhei para o jovem funcionário e disse-lhe: «Volto já».
(Moral da história: como ele está sentado, não há problema...)
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