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terça-feira, 27 de abril de 2010

25 de Abril: antes e depois

«O meu pai disse-me que os governantes de outrora não eram corruptos e que após o 25 de Abril nunca se viu tanta corrupção como actualmente.
Também me disse que a criminalidade aumentara assustadoramente em Portugal e que já há verdadeiras máfias a operar, vivendo à custa da miséria dos jovens drogados e da prostituição (...)»

(da "Carta de um aluno ao professor de História", recebida por e-mail)

segunda-feira, 26 de abril de 2010

25 de Abril... hoje

«Não me venham dizer que hoje vivemos em Democracia e em Liberdade. Democracia e Liberdade não é viver num ambiente de corrupção, sendo a justiça uma montanha de injustiça, o desemprego é aquilo que se sabe, os bancos entram em falências fraudulentas e o povo é quem paga, a banca privada cada vez aumenta mais os seus lucros, os impostos na classe mais pobre aumentam, vivemos sob ameaça da banca rota e ainda tenho de aturar os papagaios de merda que vão todos os dias vão à televisão fazer propaganda e dizer que nunca se viveu tão bem em Portugal.»

(Rogério Neves
no texto "Eu quero recordar Abril" na "Marcha do Vapor")

Palavras para que vos quero!
Está tudo aqui.

domingo, 25 de abril de 2010

O meu 25 de Abril



Chego a casa e percebo que perdi grandes discursos na cerimónia comemorativa do 25 de Abril na Assembleia da República. Nomeadamente os de Aguiar-Branco, Jaime Gama e Cavaco Silva.
Cheguei tarde porque estive a comemorar o 25 de Abril à minha maneira: a varrer a rua onde moro e a desentupir as sargetas. A testemunhá-lo, estão quatro montes de lixo, junto ao passeio, que simbolicamente ofereço nesta data solene aos responsáveis pela higiene urbana da minha cidade - esses mesmos que, há meses, "enganaram" o Provedor do Ambiente quando lhe disseram que a rua onde moro estava 100% limpa.

Finalmente, aos responsáveis do país recordo (com a imagem abaixo publicada) a evolução da taxa de abstenção, que na minha modesta opinião é o melhor indicador quanto ao cumprimento dos ideais de Abril.

Viva a Liberdade!

domingo, 26 de abril de 2009

Discursos do "25 de Abril"

Estive a ver a gravação da cerimónia de ontem na Assembleia da República.
Uma olhadela aqui, outra ali.

Duas referências: Ana Drago e Paulo Rangel.
O líder parlamentar do PSD já ganhou lugar na história do Parlamento: depois da claustrofobia democrática (há dois anos) falou agora do sequestro do futuro.

As palavras de Rangel, que provocaram visível incomodidade nas bancadas do PS e do Governo, foram mais uma prova da grande qualidade deste político.

sábado, 25 de abril de 2009

Verdade, Liberdade e Responsabilidade

«É precisa uma política de verdade, uma política de liberdade e uma política de responsabilidade.»
(Manuel Alegre, 25 de Abril de 2009)

Madeira espectacular!


É fantástico ver que os portugueses continuam a ser um povo criativo.
Esta manifestação, à porta do Governo Regional da Madeira, prova isso mesmo.

Alberto João Jardim, que passou por Coimbra como estudante, não terá certamente deixado de sorrir perante tão grande prova de irreverência.

Para ver aqui. E ler aqui.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Em nome da liberdade


Este blogue celebra o 25 de Abril
e o 25 de Novembro.


Em nome da liberdade.

25 de Abril, "Simplex" e um Cartão de Contribuinte que nunca mais chega

Um ano à espera do cartão de contribuinte

O meu familiar que se inscreveu nas Finanças e requereu o Cartão de Contribuinte em 18 de Abril de 2008 ainda não tem o referido documento, pela simples razão de que as Finanças ainda não lho enviaram.
É obra: 53 semanas (ou seja, um ano e uma semana) não chegam para emitir um simples cartão!

Na verdade,
1) - Eu compreendo que a emissão do "cartão de contribuinte" é coisa demorada e que exige altos padrões de segurança na feitura. Sobretudo depois do 11 de Setembro há que ter cuidados redobrados.
2) - Eu sei que, agora, há o "Simplex", que pretende modernizar os serviços públicos, torná-los mais acessíveis e mais próximos dos cidadãos. E, portanto, as atenções da Administração Pública estão concentradas nesse desígnio nacional.
3)- Eu percebo que o Estado terá assuntos mais urgentes a tratar do que emitir um simples cartão. O desemprego, a inflação, a reforma do sector educativo, as questões ligadas às energias renováveis e a distribuição do "Magalhães" são incomparavelmente mais importantes do que o cartão de contribuinte do meu familiar.
4)- Eu entendo que a crise global que se abateu sobre as economias mundiais veio criar um cenário tão negro que ocupa as preocupações dos nossos dirigentes (e, certamente, dos funcionários seus subordinados) desde que se levantam até que se deitam. O futuro do mundo está muito mais dependente da evolução desses temas do que de um simples cartão de contribuinte.
5)- Em vésperas de celebrar "25 de Abril", e logo os 35 anos da Revolução!, a força da Nação deve estar totalmente concentrada nesse desígnio, não devendo qualquer esforço - por mínimo que seja - desviar-se do essencial.

Eu percebo isto tudo. Entendo, compreendo.
Mas - porra! - não acham que já é tempo de emitir e enviar o malfadado cartão de contribuinte?

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Otelo Saraiva de Carvalho


Acabei de ver há minutos, na RTP1, um programa que contou com a presença de Otelo Saraiva de Carvalho.

É um daqueles programas que deveria ser gravado em DVD e oferecido a todos quantos, como eu, tinham mais de 15 anos na altura da Revolução.
Aos outros, onde se incluem os jovens políticos participantes no debate, o DVD seria entregue acompanhado de uma resenha histórica da Revolução dos Cravos, de preferência escrita a partir daquilo que foi relatado na Imprensa estrangeira.
Isso é que seria verdadeiro serviço público.

Otelo, em grande forma e demonstrando grande humildade, contou a sua versão dos factos.
A minha versão, construída a partir de uma cidade onde o "25 de Abril" chegou alguns dias depois, é ligeiramente diferente.

Felizmente, Otelo é livre de contar o que se passou e eu sou livre de comentar.
Se não tivesse existido o "25 de Novembro" a situação seria diferente.
(Só três exemplos: não teríamos porventura um "Nobel" da Literatura porque Saramago poderia eventualmente continuar a ser director-adjunto do Diário de Notícias, não teríamos tantos ex-PêCêpês no Partido Socialista e ainda existiria "o diário", o tal jornal da «verdade a que temos direito»...)

Viva o 25 de Abril!

sábado, 28 de abril de 2007

"Filhos da Revolução"

Há precisamente 33 anos, este amigo estava a comandar um grupo da força que na altura cercava o forte de Peniche, com vista à rendição da GNR, o que aconteceu pacífica e naturalmente.

Fiz parte de uma coluna que se formou na Figueira da Foz com forças mistas do CICA 2 (Centro de Instrução de Condução Auto da Fig. Foz - local onde se encontrava o paiol que abasteceu as munições, bem como cedeu o combustível para as viaturas), do RAP 3 (Regimento de Artilharia Pesada, da Fig. Foz) e do RI 14 de Viseu (Regimento de Infantaria 14), comandada pelo saudoso Capitão Rocha Santos do CICA 2 (bebia uma garrafa de "Macieira" durante a noite, sempre que estava de Oficial de Dia, mas mantinha sobriedade como se tivesse bebido água).

Mas há uma HISTÓRIA DE CORAGEM nunca contada. Tinha ocorrido recentemente um incêndio no RI 14 que destruiu parte das viaturas de Viseu. Tal não impediu que muitos dos militares viessem formar coluna à Fig. Foz, armados de "unhas e dentes", utilizando na deslocação viaturas particulares. Nunca li nada acerca deste facto.

A coluna que saiu da Fig. Foz desdobrou-se nas Caldas da Rainha (de onde tinha partido a força do 16 de Março), seguindo uma parte para Lisboa, e a outra para Peniche, onde se manteve até às 10h00 de 27 de Abril (sábado), data em que foi substituída por militares do RI 5 das Caldas da Rainha.

A minha homenagem aos camaradas de Viseu e um abraço ao Barbosa e ao Domingues (Trinitá), comandantes dos outros 2 pelotões, bem como a todos os camaradas daquela gloriosa mas pacífica jornada de luta.
JR

PS - Houve militares que mais tarde vieram a casar em Peniche, sendo pais de verdadeiros "Filhos da Revolução" ...

(Este texto foi enviado como comentário ao "post" Dia da Liberdade. Dado o seu interesse, é agora publicado com o merecido destaque. O autor - devidamente identificado - prefere manter o anonimato)

quinta-feira, 26 de abril de 2007

A propósito do 25 de Abril

(in "Record" de ontem)

A final da “Taça” em que a Académica defrontou o Benfica e o Regime

A final da Taça de Portugal da época 1968/69 foi ganha pelo Benfica, que venceu a Académica, por 2-1, após um prolongamento. Ao consultar a lista de vencedores da Taça esta final aparecerá como mais uma entre as 63 disputadas. Mas quem se lembra do jogo do Estádio Nacional do dia 22 de Junho de 1969 reconhece que não pode senão recordá-lo como um momento único na história do País.

A Associação Académica de Coimbra era assumidamente uma contestatária do regime ditatorial imposto pelo Estado Novo e o jogo de Lisboa foi um marco nessa oposição; que abalou o Antigo Regime de uma forma que a sociedade portuguesa passou a não esquecer. Tudo o que passou a envolver esta final teve tal dimensão que os governantes da altura já previam manifestações de contestação por parte dos estudantes, que tinham decretado luto académico dois meses antes como resultado da contestação socio-política - os jogadores da Académica passaram a envergar uma braçadeira branca ou preta consoante a cor do equipamento usado.

E foi assim, trazendo consigo cerca de 15 mil pessoas até à capital, que a Académica entrou no Jamor: com o tradicional equipamento preto, braçadeira branca e capas negras sobre os ombros.

(in “Mais Futebol”)

terça-feira, 24 de abril de 2007