30.6.13

GRANDE ESCOLA!





Nas minhas viagens pela net encontrei esta referência recentíssima à Revista recentemente publicada pela Escola Secundária Henriques Nogueira de Torres Vedras. É do blogue DE RERUM NATURA, ele próprio uma referência no mundo bloguista:

http://dererummundi.blogspot.pt/2013/06/a-quimica-de-um-pastel-de-feijao.html

Claro que podemos depois ir à origem: http://www.eshn.net/

Vale a pena folhear a revista: http://issuu.com/eshn/docs/revista_2013_final_hq_2

15.6.13

FERNANDO PESSOA: O HOMEM E O LUGAR







Anteontem, 13 de Junho, foi dia de aniversário do escritor. Nasceu há 125 anos. Apeteceu-me visitá-lo. Gosto de conhecer os lugares por onde andou. Para os fanáticos da obra-objecto-de-estudo, esta é uma frivolidade dispensável. Discordo. Há lá melhor passeio do que o de livro na mão, a mirar lugares, sítios e circunstâncias? Ainda hoje não entenderia metade da obra de Pessoa se não conhecesse a fase da vida dele em que dormiu no sobrado de uma leitaria, por caridade de um amigo - segundo o relato pungente de João Gaspar Simões na biografia do escritor. É certo que a leitaria já não existe mas a rua Almirante Barroso, a Picoas, ainda lá está,   com a sua envolvência urbanística.
Hoje, casualmente, encontrei este sítio onde se faz uma visita a dez lugares de Fernando Pessoa. Vamos lá:

http://www.saraivaconteudo.com.br/Materias/Post/51820

E se não ficarmos cansados, poderemos completar a viagem com as preciosas informações do sítio "Casa Fernando Pessoa":

http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/index.php?id=4286

6.6.13

USO DOS CLÁSSICOS



Com a devida vénia, retirei do blogue DE RERUM NATURA:

Numa altura em que o estudo das humanidades tem sofrido tratos de polé do nosso sistema educativo e andado arredada de políticos que levam metade do tempo a dizer-nos o que vai acontecer e outra metade a dizerem-nos por que não aconteceu (como li sobre a definição humorada de economista!), é como um bálsamo para a alma ler textos como este do ensaísta Eugénio Lisboa publicado no Jornal de Letras ( 29/05/2013), que se transcreve abaixo por amável envio do seu autor, presença sempre muito  grata neste blogue:


FAZER UM BOM USO DOS CLÁSSICOS

5.6.13

VIAGENS E OUTRAS VIAGENS António Tabucchi


Saiu há um mês na D. Quixote.
"Sou um viajante que nunca fez viagens para escrever sobre elas, o que sempre me pareceu estúpido. Seria como se alguém quisesse apaixonar-se para escrever um livro sobre o amor."
(A. Tabucchi)

Então, tá bem! Já agora: como apareceu este livro, ó meu italiano português?
Ele explica, na nota de abertura: foi escrevendo textos ao acaso dos papéis mais à mão ou, presume-se, a pedido para publicações de ocasião. Sem intuito de serem literatura de viagens.

Depois, vai-se a ler e percebemos que o tipo é mesmo bom a juntar letras. Além do que, para quem está condenado a ser sedentário, falar com um nómada é um fascínio. Tabucchi tem espírito e prática de nómada, e até encontrou um fundamento existencial para isso: "Visitei e vivi em muitos lugares. E sinto-o como um enorme privilégio, porque pousar os pés no mesmo chão durante toda a vida pode originar um perigosos equívoco, o de fazer-nos crer que essa terra nos pertence, como se a não tivéssemos por empréstimo, como por empréstimo temos tudo na vida."

Não são viagens turísticas, as de Tabucchi. São visitas a lugares habitados por memórias de onde emergem leituras prévias, ou reconhecimentos a posteriori de presenças prévias "por interposta pessoa" - título da última parte do livro.

Este livro chegou-me hoje às mãos, trazido por um gesto de ternura. Vou embarcar e já sei que vou fazer boa viagem.