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sexta-feira, 6 de março de 2015

Outro ajuste directo milionário do Banco de Portugal


Há duas semanas revelamos que o Banco de Portugal tinha feito dois ajustes directos no valor total de três milhões de euros, a duas sociedades de advogados. O Código dos Contratos Públicos indica que as entidades públicas devem adoptar o procedimento de concurso público quando estejam em causa aquisições de valor superior a 200 mil euros. Mesmo assim, o mesmo Código prevê situações de excepção que permitem ajustes directos milionários. O Banco de Portugal volta a dar o exemplo, ao acabar de adjudicar serviços de consultoria no valor de 910 mil euros ao The Boston Consulting Group, Esta consultora soma 15 contratos com entidades públicas, no entanto, nenhum se aproximava até aqui dos valores agora em causa.


quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Vila Real de Santo António preocupa-se muito com a comunicação




O município de Vila Real de Santo António faz parte do vasto e endividado grupo que recorreu ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), obtendo um empréstimo no valor de 25,6 milhões de euros. A par disso, assinou contratos de empréstimo superiores a 33,3 milhões de euros junto de instituições bancárias (Fonte: Porto Canal). Os contratos foram assinados no passado mês de Abril. Volvidos dois meses, a autarquia renovou uma "avença na área de comunicação" (ajuste directo a uma pessoa) por mais de 34 mil euros (34.293,00 €), acrescidos de IVA, durante um ano. 

quarta-feira, 19 de março de 2014

O Banco de Portugal precisa de terapia



Os leitores estão cansados de saber que a austeridade fica à porta do Banco de Portugal (BdP). Na semana passada,  descobrimos os novos BMW´s adquiridos por esta instituição que leva uma vida de rica num país pobre e hoje é dia de falar de mobiliário - e não só. No final de Fevereiro, o BdP lançou o concurso público para "aquisição de mobiliário geral" pela módica quantia de 625 mil euros. Como é do conhecimento público além fronteiras, as contas não são o ponto forte desta casa (basta lembrar a supervisão -não- feita ao BPN e BPP, por exemplo) e chegada a Março lá concluiu que todo aquele dinheiro não dava para comprar cadeiras e ontem lançou o respectivo concurso público no valor de 198 mil euros. Naturalmente, na azáfama das compras ninguém tem tempo para pensar em muito mais e o BdP lá decidiu gastar mais 195 mil euros na aquisição de serviços de avaliação de candidatos. E o Má Despesa pergunta: quando é que a troika interna o Banco de Portugal? 

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Banco de Portugal: É mesmo preciso um sobressalto cívico


O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, defendeu recentemente que o país deve cultivar uma atitude positiva e dar um sobressalto cívico. «É de facto necessário cultivar uma atitude positiva. Somos capazes de reconhecer os erros, mas também somos capazes de os corrigir, somos capazes de reconhecer os obstáculos, mas somos capazes de os superar. E sem isso, não há futuro para a sociedade portuguesa», declarou Carlos Costa.
O Má Despesa dá o seu contributo depois de analisar alguns dos seus gastos. Há contradições curiosas no Banco de Portugal. Por exemplo, paga 25 mil euros para ser ajudada a contratar os melhores quadros para o banco. No entanto, parece que o grupo de quadros superiores não é suficiente. Repare nestes 245 mil euros para serem gastos em dois meses em serviços de consultoria financeira ou então nestes 190 mil euros para consultoria em matéria de gestão geral. Algo de errado se passa na capacidade da equipa do banco.