"Aeroporto é quase só para parquear aviões, alternativa ao IP8 não está pronta e comboio está por electrificar", declara a RTP numa notícia que dá o mote para a visualização do último Sexta às 9 da RTP (no link: https://www.rtp.pt/play/p3138/sexta-as-9 ). Já foram gastos 33 milhões de euros (85% de fundos europeus) num aeroporto deserto. Tanto Durão Barroso como José Sócrates foram entusiastas da(s) obra(s). Em 2009, coube ao último a (pseudo) inauguração da auto-estrada (para ligar o litoral ao interior ) com 90 km de extensão. Oito anos passaram, milhões de euros já voaram e não há um único quilómetro percorrível. E foram previstos/vendidos mil postos de trabalho até 2016. "Alentejo esquecido", mais uma investigação jornalística a não perder.
Blogue sobre advocacy em transparência e eficiência da gestão pública. E-mail: madespesapublica@gmail.com
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segunda-feira, 10 de abril de 2017
terça-feira, 5 de julho de 2011
Inúmeras más despesas públicas na CP
A CP anunciou ontem que vai suprimir a ligação Porto-Vigo, cuja ligação férrea entre as duas cidades remonta a 1913. Alega que esta ligação representa um prejuízo de 232 mil euros ao ano. O percurso completo, segundo a CP, era feito por uma média de 11 passageiros pagantes por comboio.
A viagem, do lado espanhol, não tinha revisor a bordo. Bastariam 26 passageiros para que a linha fosse rentável.
Perante esta opção de gestão por parte da administração da CP, vale a pena relembrar alguns casos de manifesta má gestão do dinheiro público, relativamente aos quais a CP não manifesta vontade de atacar com a mesma rapidez:
I. Em 2009, foram aumentados os vencimentos dos gestores da CP. O presidente passou a ganhar 7.225 euros (mais 52%) e os vogais passaram para 6.791 euros (quase 60%). Fonte: Público
II. Os mesmos gestores (cinco) têm automóveis cuja renda anual ascende aos 55 mil euros. Fonte: Sol
III. Sobre a retribuição base dos trabalhadores da CP incidem 195 itens que permitem aumentar consideravelmente o seu valor.
IV. Todos os trabalhadores da CP têm um vencimento acima da média nacional. Por exemplo, um revisor pode ter um vencimento anual acima dos 30 mil euros e só pelo simples facto de cumprir a sua obrigação de apresentação ao trabalho arrecada 6 euros/dia; um inspector-chefe de tracção recebe 52,3 mil euros e há maquinistas com ordenados superiores a 40 mil euros.
V. Só em prémios de condução e de chefia, anualmente, a CP gasta, respectivamente, 2,4 milhões de euros e 3,3 milhões de euros. Fonte: Sol
Como se constata, a CP mostra preferir prejudicar o interesse das populações e o serviço de transporte ferroviário de passageiros, ao invés de acabar com os privilégios injustificáveis e ruinosos para as contas desta tão endividada empresa pública de transportes (com uma dívida acumulada de 3300 milhões de euros, o que corresponde a “10 ou 11 vezes a receita anual” da empresa. Fonte: RTP
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