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Novo estudo aponta que produção de carne e leite já polui mais do que a indústria do petróleo


Destaque no importante jornal britânico The Independent (confira aqui, em inglês) na última quarta-feira (18/7/2018), um novo estudo traz dados estarrecedores a respeito da indústria dos laticínios e da carne.

Segundo o material, as cinco maiores empresas produtoras de carnes e laticínios do mundo são responsáveis por mais emissões de gases do efeito estufa do que a petrolífera Shell.

E é claro que a brasileira JBS-Friboi não poderia ficar de fora dessa lista. Na verdade, ela encabeça a listagem de empresas poluidoras: JBS, Tyson, Cargill, Dairy Farmers of America e Fonterra são as empresas citadas no site do Institute for Agriculture & Trade Policy (confira aqui, em inglês), órgão dos Estados Unidos responsável pelo estudo.

Também participou da elaboração do estudo a GRAIN, uma organização sem fins lucrativos especializada em ajudar pequenos produtores e movimentos sociais (veja aqui, em inglês).

Ainda segundo o novo estudo, se a produção de carne e laticínios continuar no caminho em que está, a projeção é de que ela será responsável por 80% das emissões de gases do efeito estufa até 2050.

As emissões das 20 maiores empresas produtoras de leite e carne superam as de grandes nações inteiras como Alemanha, Canadá, Austrália ou Reino Unido. Toda essa poluição vem dos gases diretamente produzidos pelos bilhões de bovinos em todo o planeta, criados para a pecuária, e também de desmatamentos para abertura de pastagens.

Também entram no cálculo os recursos naturais utilizados na produção da alimentação de todos esses animais e em toda a cadeia de produção.

Portanto, se você se importa com as questões climáticas, considere o veganismo. Acesse www.sejavegano.com.br para os primeiros passos.

Fonte: Vista-se 

Foto: Reprodução

O choro dos inocentes


Durante dias e noites seguidas, escuta-se o choro de lamento dessas mães pelos seus filhos. Arrancados um do outro com menos de 24 horas após se conhecerem... Essas puérperas têm as tetas cheias de leite, mas são impedidas de amamentar.

Esses filhotes desamparados, apartados do calor materno, impedidos de mamar, colocados num lugar apertado para não se movimentarem e alimentados com ração pobre em nutrientes, para assim sua carne ficar macia, são também mortos e vendidos como baby beef em países de língua inglesa, a famosa carne de vitela.

Convidamos a todos a tirar a venda dos olhos e enxergar a realidade. O latrocínio, roubo seguido de morte, acontece com a força do dinheiro. Está em nossas mãos o sangue e a cumplicidade criminosa ou a alforria e a paz. Todos os dias escolhemos um dos lados para fortalecer. O que você alimenta quando se alimenta? O choro, a dor, o desespero e a morte ou a liberdade e a paz? 

Sim, a indústria do leite* tortura a vaca, mata o bezerro e a você também! Alforrie e seja alforriado! A paz começa no seu prato!


Foto: Reprodução 


*NOTA DA NATUREZA EM FORMA:

Leia matérias sobre a indústria do leite aqui

Os órfãos esquecidos


A maioria das pessoas pensa que as vacas dão leite constantemente - e que isso não lhes afeta a qualidade de vida nem lhes tira a dignidade. A maioria pensa que o leite que compra embalado no supermercado provém de animais criados ao ar livre e imensamente felizes, que morrem no conforto, em avançada idade.

Essa ilusão perpetua a exploração, a mutilação, o estupro e a morte de milhões de vidas anualmente. A realidade está inundada nas trevas e esconde feridas hediondas, gritos desesperados e uma rotina tortuosa - tudo isso para o humano continuar a ser o único animal a consumir leite de outra espécie.

A inseminação

Conforme dito acima, tornou-se comum deduzir que as vacas produzam sempre leite. Todavia, assim como qualquer mamífero, as vacas só produzem leite para alimentar seus rebentos, então os produtores têm de se assegurar de que elas fiquem prenhas para mantê-las nesse círculo vicioso. Para que esse círculo não seja interrompido, os animais são inseminados artificialmente.

Mastites 

Devido à ordenha constante pelas máquinas e por consumirem rações modificadas precisamente para que produzam mais leite do que o normal, as vacas sofrem bastante com doenças que envolvem inflamações e inchaços dolorosos.


O nascimento e a separação

Quando dão à luz, as vacas têm suas crias retiradas imediatamente para que estas não bebam o precioso leite. A mãe, geralmente, revela claramente sua angústia, chamando e mugindo durante dias a fio, após ter-lhe sido retirada a cria: essa experiência é tão dolorosa para a mãe quanto para o filho. As lágrimas da mãe são acompanhadas, a distância, pelo bezerro, que pode atingir o choro durante 20 dias.

Uma vida curta - uma longa tortura

Algumas fêmeas são criadas com substitutos de leite, tornando-se também elas vacas leiteiras quando atingem a maturidade, o que ocorre aos dois anos de idade.

Ainda bebês, têm seus chifres brutalmente impedidos de crescer: os produtores passam uma espécie de pasta cáustica que resulta num sofrimento atroz para os animais, já que os chifres têm milhares de terminações nervosas; no final, um ferro quente na área massacrada. Outras crias são vendidas, com uma a duas semanas, para serem criadas com o objetivo de produzir carne nas unidades de engorda e em cercados. Outras são igualmente vendidas para serem submetidas à dieta de leite que lhes é fornecida para que fiquem anêmicas.

Os órfãos de leite

Os dois objetivos da produção de vitela de leite são:

1. Produzir um animal com o maior peso no menor espaço de tempo possível;

2. Manter a carne tão clara quanto concebível para a exigência do consumidor ser satisfeita.

Os bezerros são deixados em compartimentos bastante estreitos com pavimentos laminados, o que lhes causa um desconforto inimaginável. Quanto maiores ficam, mais dificilmente se movem e conseguem somente se levantar e deitar com incalculável esforço. 

Como os vitelos crescem muito depressa e produzem bastante calor, a pelagem tende a cair às 10 semanas de idade: nessa altura, eles têm imensa necessidade de se lamberem. Como isso lhes é negado, eles acabam expostos a infestações parasitárias externas, facilitadas pelo ambiente úmido e tépido.

Um pavimento laminado sem qualquer cama é duro e desconfortável, maltratando os joelhos dos animais quando estes se levantam e deitam. Além disso, os animais com cascos não ficam seguros num pavimento desse tipo - algo similar a uma grade para gado, que o os animais evitam sempre que podem. A diferença aqui é o fato de as lâminas estarem mais próximas umas das outras.

Esses vitelos sentem imensa falta das mães, o que conduz à falta de algo para sugar. Como a alimentação através de tetas artificiais não justifica o trabalho que o produtor tem em limpá-las e esterilizá-las, logo no primeiro dia de reclusão os animais bebem de um balde de plástico. Tentativas de sugar qualquer parte do compartimento são, assim, bastante comuns.

Assim como o bezerro desenvolve a vontade de sugar, mais tarde desenvolve a necessidade de ruminar, ou seja, ingerir forragem e mastigar o bolo alimentar vindo do rúmen. Todavia a forragem é estritamente proibida em sua alimentação por conter ferro e escurecer a carne: o vitelo, desse modo, experimenta viciosamente mastigar as paredes do compartimento, daí as perturbações digestivas tão habituais neles.

A não ingestão de forragem torna os vitelos anêmicos. O tom rosa pálido da carne é, na verdade, sinônimo de carne anêmica. A anemia é controlada, já que sem nenhum ferro os animais simplesmente morreriam. Com uma alimentação normal em termos de quantidade de ferro, a carne não seria tão cara: assim, procura-se um equilíbrio que mantenha a carne clara e os animais vivos durante o tempo necessário para que atinjam o peso do mercado.

Mantidos forçadamente nessa condição hostil que lhes torna carentes de ferro, os vitelos desenvolvem um desejo enorme por esse elemento e lambem qualquer acessório em ferro que exista nos compartimentos (o que explica o porquê de os compartimentos serem feitos de madeira).

O desejo insaciável por ferro é a razão primordial que leva o produtor a impedir, a todo custo, que o animal se mova livremente. Embora os vitelos procurem evitar se aproximar de sua própria urina e excrementos, a urina contém algum ferro: o desejo de ferro é suficientemente forte para se sobrepor à repulsa natural, o que levaria os animais a lamberem as tábuas saturadas de urina. Tal visão não agrada ao produtor, uma vez que, assim, os animais teriam acesso a uma pequena fonte do ferro proibido.

O fim da linha

Em várias fazendas investigadas, as vacas leiteiras vivem até os cinco anos de idade. Cinco anos de dor, exploração e agonia para os estigmas que receberam serem compensados com o abate e venda de sua carne (a expectativa de vida normal de uma vaca é de 30 anos).

Será esse preço o verdadeiro valor de uma vida?

Não financie esse sofrimento atroz. Substitua o leite de vaca pelo leite de soja, arroz, amêndoa, coco, entre outras opções vegetais: além de ser uma alternativa mais saudável, estão livres de tamanha crueldade*.




Fotos: EligeVeganismo


*NOTA DA NATUREZA EM FORMA:

Saiba aqui como fazer esses leites vegetais em casa. São baratos e fáceis de fazer, e seus resíduos (o que resta após coar) podem ser aproveitados para deliciosas opções salgadas (inclusive queijos vegetais) ou doces. E confira aqui diversas receitas de queijos sem crueldade. 

Maior parte dos grãos vira ração, e não alimento humano

A pecuária ocupa 75% das terras aráveis do planeta. Empreendedores e cientistas pensam em 
formas de substituir carne, leite e ovos (Foto: Gonzalo Martinez / Thinkstock / Getty Images)


A produção de carnes e outros produtos de origem animal requer extensas áreas e uso maciço de recursos naturais escassos. A pecuária ocupa 75% das terras aráveis do planeta, principalmente para pastagem e produção de ração, embora seja responsável por apenas 12% das calorias consumidas globalmente. No Brasil, milhões de hectares de vegetação nativa, em ecossistemas como a Amazônia e o cerrado, foram perdidos para a abertura de pastos e cultivo de grãos como a soja, usada predominantemente como ração para animais.

Um relatório recente feito pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e pela Agência Alemã de Cooperação Internacional mostrou que a pecuária é o setor da economia brasileira com os maiores custos em termos de perda de capital natural: para cada R$ 1 milhão de receita do setor, R$ 22 milhões são perdidos devido à perda de capital natural e outros danos ambientais. De forma semelhante, estima-se que as operações de abate e processamento de animais custem ao País, em danos ambientais, 371% a mais do que a receita que geram.

A possibilidade de reverter o impacto negativo de uma economia ainda centrada no uso de animais, e ao mesmo tempo atender à demanda de uma população crescente e mais afluente, representa um grande desafio. A boa notícia é que uma revolução na forma de consumir e produzir alimentos já está em curso.

Por um lado, consumidores e governos se conscientizam dos problemas ambientais, éticos, de saúde e econômicos associados à criação de bilhões de animais anualmente, com empresas e investidores cada vez mais conscientes dos riscos da associação direta e indireta a práticas nocivas. Por outro, cientistas e empreendedores no mundo todo estão explorando formas inovadoras de desenvolver substitutos de carnes, leites e ovos*.

Ex-presidente do Google, Eric Schmidt afirma que “uma revolução irá ocorrer, na qual as proteínas vegetais irão substituir a carne nas próximas décadas”. De fato, gigantes mundiais do setor já começam a mudar de rumo: recentemente, a Tyson Foods, a Maple Leaf Foods e a Unilever fizeram investimentos milionários no mercado de proteínas vegetais e substitutos para carnes.

Uma pesquisa recente da Universidade de Oxford mostra que a redução no consumo de carnes seria também benéfica à saúde de todos e aos cofres públicos: no Brasil, ela poderia economizar mais de R$ 100 bilhões em gastos com saúde e perda de produtividade no trabalho até 2050, quase metade do investimento necessário para expandir os serviços de saneamento e tratamento de água para os 100 milhões de brasileiros que ainda não o possuem. A mudança para dietas vegetarianas e veganas representaria uma economia ainda maior, associada à redução no número de casos de diabetes e doenças cardiovasculares.

O Brasil corre o risco de perder o bonde da história se demorar para investir nessa mudança – por um lado, estamos comprometendo nosso capital natural, exportando carne e ração barata sem embutir os altos custos ambientais praticados em solo brasileiro; por outro, teremos que importar tecnologia alimentar em um futuro bastante próximo.

A certeza que temos é de que a mudança para uma alimentação "mais vegana" é essencial para enfrentar esses desafios sociais, éticos e ambientais. A pergunta que segue sem resposta, porém, é: de que lado o Brasil vai ficar?

Fonte: Época 


*Leia também:



O desenho da minha vida: uma vaca na indústria do leite



A artista vegana Sooyeon Jang e a cineasta Michelle Cehn se juntaram às organizações World of Vegan e Vegan Outreach para revelar, por meio de ilustrações, como é a vida das vacas exploradas na indústria do leite. 

A tradução e dublagem de O Desenho da minha Vida: Uma Vaca na Indústria do Leite foram feitas pelo canal do YouTube Fala Vegan (veja aqui a versão original em inglês, no canal do World of Vegan).

Sobre as opções de leites vegetais mencionadas no vídeo, saiba aqui como fazer em casa. Leites deliciosos e sem crueldade! (E bem mais baratos quando feitos em casa.)

Órfãos do leite



O vídeo acima foi feito a partir de uma investigação da ONG chilena EligeVeganismo, com o objetivo de mostrar a realidade da indústria do leite no país (não muito diferente de todos os outros países no mundo). 

Traduzimos abaixo os tópicos explicativos do filme.

Separação

A separação de vacas e bezerros acontece imediatamente após o parto. As mães são levadas a estábulos para serem ordenhadas, enquanto os bezerros serão isolados.

Colostro

As bezerras que serão criadas para produzir leite são alimentadas através de uma sonda. Não receberão mais que dois litros de leite por dia. 

Chamados

Poucas horas após o nascimento, os bezerros começam a chamar suas mães. Isso pode durar vários dias ou até mesmo mais de um mês de vida. [As mães também chamam seus filhos.]

Descorna

As bezerras serão descornadas com semanas de vida. Procedimentos habituais: 1. soda cáustica; 2. ferro de solda quente que se incrusta no chifre crescente. Ambos os procedimentos são feitos sem anestesia. 

Sobre os bezerros

Os machos não servem para a indústria. São isolados sem alimento ou água e vendidos por cinco mil a 25 mil pesos chilenos [27 mil a 135 mil reais, conversão de moedas feita em 21 de março de 2018], de acordo com a época do ano. 

Os machos que não forem vendidos morrerão de inanição, desidratação - ou serão envenenados. 

Inseminação

O objetivo da produção é alcançar um intervalo de partos (por vaca) que não passe de 14 meses. E cada vaca será inseminada novamente no curto período de 130 dias após o último parto. 

Gestação

O período de gestação de uma vaca é de aproximadamente 280 dias. À medida que a gravidez se desenvolve, as vacas vão criando laços com a cria que darão à luz. 

Feridas e doenças

As vacas destinadas a produzir leite sofrem com doenças como mastite e infecções. A gravidade dos processos de ordenha, punções e golpes provocará lesões nunca tratadas em tetas e patas.

Partos

Após repetidos partos, as vacas perdem o instinto de proteger seus filhos. Isso acontece entre o quarto e quinto parto, justo antes de serem descartadas por se tornarem menos produtivas. 

Leilões de animais

Algumas vacas descartadas são levadas a feiras de leilão - em alguns casos, acompanhadas de sua cria, se for macho.

Descarne

Outras vacas serão descarnadas dentro do mesmo curral, com a finalidade de obter sua carne e reparti-la entre os trabalhadores. Esse procedimento é ilegal no Chile. 

A maioria das vacas é levada ao matadouro com apenas cinco anos de vida. Em estado natural, esses animais podem viver até 25 anos.

Escolha o veganismo, porque os animais não são nossos escravos. 

Fonte: EligeVeganismo 


NOTA DA NATUREZA EM FORMA: 

A indústria do leite é ainda mais cruel que a da carne. Animais criados para abate são separados de suas famílias ainda bebês, criados em péssimas condições e mortos ainda crianças. Já as vacas leiteiras vivem anos aprisionadas e sendo exploradas, até serem igualmente mortas para a indústria da carne. 

Quem consome leite de vaca (ou de cabra) e seus derivados (queijo, iogurte, chocolate ao leite etc.) está patrocinando toda essa crueldade. Sim, você pode viver perfeitamente sem consumir leite e laticínios. Mesmo porque sua necessidade de leite termina aos seis meses de idade, e do leite da sua mãe, uma humana. O leite da vaca é para o bezerrro; o da cabra é para o cabrito; o da cadela é para o cachorrinho, e assim por diante.

Quanto aos supostos benefícios para a saúde, é verdade que o leite de vaca é rico em proteína e cálcio, porém, vem junto gordura, colesterol, hormônios, sangue, pus etc. Cálcio pode ser obtido sem nada disso nas folhas verde-escuras (como espinafre, couve, brócolis), gergelim, aveia, chia e tofu, entre outras fontes. Proteínas são encontradas em feijões, grão-de-bico, lentilha, ervilha, amendoim quinoa, tofu etc. E leia aqui como a proteína animal pode fazer mal à saúde humana.

Pela questão do paladar, você acha mesmo que isso é mais importante do que as vidas desses seres inocentes e sencientes, que eles merecem passar por todo esse sofrimento para você satisfazer seu paladar? Leites e queijos vegetais podem ser feitos em casa, de forma rápida e barata, e ficam deliciosos (clique nos links para aprender). E esses leites vegetais também podem ser usados em receitas de doces (quanto ao ovo, outro item constantemente usado e igualmente vindo de cruel exploração animal, também pode perfeitamente ser substituído).

Veja também o vídeo A indústria do leite explicada em 5 minutos, da ativista norte-americana Erin Janus. Para conhecer a indústria da carne (e do leite) no Brasil, que não é muito diferente, assista ao documentário A Carne É Fraca, do Instituto Nina Rosa. 

Ativistas invadem palestra do médico Drauzio Varella sobre consumo de leite, em São Paulo


O médico Drauzio Varella, famoso por quadros sobre saúde no programa Fantástico, da Rede Globo, tem feito uma série de palestras endossando o consumo de leite de vaca. A campanha Beba Mais Leite, que tem levado Varella a diversas cidades, tem patrocínio da indústria de laticínios Piracanjuba e de outras empresas do setor leiteiro.

Na noite de ontem (22/3/2018), Drauzio Varella subiu ao palco do Teatro Renaissance, no bairro Jardins, em São Paulo, e iniciou sua fala. Logo depois, ativistas da ONG VEDDAS se levantaram e, silenciosamente, apenas exibiram cartazes com frases contra o consumo de leite.

Irritado, o público vaiou a ação dos ativistas e os seguranças tentaram agir, sem sucesso. Homens do público investiram contra os ativistas arrancando cartazes e dizendo ofensas. Então o grupo de ativistas resolveu subir no palco e exigir alguns minutos ao microfone.

Enquanto isso, a Polícia Militar estava sendo chamada e Varella aguardava sentado ao fundo do palco. Em dado momento, o médico pediu silêncio à plateia e concedeu a palavra ao nutricionista George Guimarães, presidente do VEDDAS.

Guimarães falou por alguns instantes sobre os problemas do consumo do leite, sob as já esperadas vaias da plateia (veja aqui). Após, com a chegada da polícia, os ativistas deixaram o teatro e Varella continuou sua palestra sobre os supostos benefícios do consumo de leite.

Na saída, ativistas da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) abordaram Drauzio Varella e entregaram para ele um material impresso sobre os malefícios do consumo do leite para a nossa saúde e para os animais. Eles escreveram o seguinte no Instagram da SVB:

Falamos com o Drauzio Varella na saída da palestra que ele deu hoje para o #BebaMaisLeite, em São Paulo. Ele recebeu nossa publicação #SaibaMaisSobreOLeite e escutou atentamente nosso pleito. Perguntamos: "O senhor gosta de animais?". "Sim, eu gosto de animais." "Então, Dr. Drauzio, qual a diferença entre vacas, bezerros e os cachorros que você gosta? Você falou tanto sobre família na sua palestra. A indústria de leite separa mães e filhos à força! O senhor é um homem de bem. Respeite os animais! Não empreste sua credibilidade para uma indústria de tortura e sofrimento!" Ele ouviu atentamente, agradeceu, guardou nosso livreto, deu um aperto de mãos e foi embora.

Se ele mudará? Não sabemos. Mas não desistiremos de dizer a verdade jamais. A sociedade está ouvindo! Parabéns a todos os ativistas da SVB e de outras ONGs, que hoje foram a voz dos animais. Veja a publicação Saiba mais sobre o Leite aqui.

Fonte: Vista-se 


NOTA DA NATUREZA EM FORMA:

Ilustrações de artista irlandesa colocam humanos no lugar de animais explorados



Por Paulo Furstenau*


Barbara Daniels é uma artista irlandesa que mora em Berlim, na Alemanha, e produz ilustrações que mostram a inversão de papéis entre animais explorados e humanos exploradores. Sua série Dominion over Man ("Domínio sobre o homem") traz diversas formas de exploração, como alimentação, testes em laboratórios, comércio de animais, zoológicos etc. Uma das ilustrações mostra os animais como ativistas pelos direitos dos humanos, protestando contra a cruel exploração do homo sapiens

Confira abaixo algumas dessas obras. Ao final, colocamos o vídeo Happy Farms ("Fazendas felizes"), a filmagem da pintura de três metros de comprimento que Barbara levou cerca de um ano para concluir. Segundo o site da artista, "Happy Farms é uma empresa especializada em diversos produtos humanos anunciados como frescos e cultivados naturalmente", em uma irônica alusão a falácias propagadas pela indústria da carne como "abate humanitário" (veja aqui o documentário A Carne É Fraca, do Instituto Nina Rosa, todo filmado em fazendas brasileiras que praticam essa forma "humana" de assassinato) e galinhas criadas "livres de gaiola".





















"Ao vivo: filhote cai em jaula de humano no zoológico; seguranças abatem o perigoso humano"


"Animais pelo Tratamento Ético às Pessoas", em referência à ONG PETA, 
cuja sigla em inglês significa Pessoas pelo Tratamento Ético aos Animais



Vídeo publicado originalmente aqui 



Conheça mais e acompanhe o trabalho de Barbara Daniels:

Site  




*Paulo Furstenau é jornalista voluntário da Associação Natureza em Forma

O que é isso?! A indústria do leite está fabricando baias rosas para bezerros para o Outubro Rosa - veja por que isso é tão errado


A indústria do leite gasta uma quantia desenfreada de dinheiro alimentando o público com uma mentira após a outra sobre o leite. Mas o apelo mais recente deles nos deixou de queixo caído. A Agri-Plastics, a companhia que fabrica baias minúsculas para os bezerros, como as mostradas na foto (depois que são tirados de suas mães, porque Deus sabe, aquele leite não é para eles), fez parceria com a National Breast Cancer Foundation e está fabricando BAIAS ROSAS para o Outubro Rosa (Mês da Campanha Contra o Câncer de Mama), em uma campanha chamada “Cabanas pela Esperança”. O QUÊ???

A indústria do leite está tentando apoiar assuntos ligados à saúde das mulheres, mas e sobre a vida das vacas? Vacas são mamíferos, assim como os humanos. As vacas da indústria do leite emprenham por meio de um método chamado inseminação artificial (aviso: a terminologia usada para a indústria do leite lida com frases ligadas à agressão sexual). A produção de laticínios começa fazendo os touros ejacularem, normalmente usando um “eletroejaculador”, coletando seu esperma e então emprenhando as vacas à força com o sêmen em um aparelho constrangedor ao qual a indústria se refere como uma “plataforma de estupro”.

A inseminação artificial das vacas para a indústria do leite não somente as faz produzir leite - logicamente, elas também precisam dar à luz um bebê. Mas a indústria do leite não tem nenhuma utilidade para um ser que tem a intenção de beber o leite que eles usam para lucrar, vendendo para adultos não desmamados de outra espécie. Bezerros machos, que não podem ser criados para se tornar vacas de leite, são abatidos jovens para a vitela. A indústria do leite é a espinha dorsal da indústria da vitela - sem ela, a matança de rotina dos bezerros não poderia continuar.

Então vamos deixar isso claro: criar baias rosas deveria dar apoio à saúde da mulher, enquanto são cegamente ignorados os muitos problemas de saúde que a produção do leite causa às vacas. Essa é uma indústria que separa mães e bebês minutos após o nascimento e emprenha as vacas mães seguidamente até que seus corpos estejam tão usados e desgastados que elas perdem a habilidade de se manter de pé, e então são enviadas para serem abatidas pela carne… o que estamos esquecendo aqui?!

E mais, existem muitos estudos que ligam o consumo do leite ao câncer. A caseína, uma proteína encontrada no leite, tem sido relacionada a múltiplos tipos de câncer, diabetes e vício alimentar, e é por isso que muitas pessoas acham tão difícil parar de comer queijo. Sem falar que 25% da população norte-americana (e 75% da população global) é intolerante à lactose e a Food and Drug Administration (FDA) permite 750 milhões de células de pus em cada litro de leite. Nojento.

E também nos esquecemos tão rápido do grande alvoroço sobre o hormônio do crescimento bovino recombinante (rBGH) nos produtos do leite (afinal de contas, manter uma vaca mãe produzindo na indústria do leite 10 vezes a quantidade de leite que ela produziria normalmente requer doses de hormônios)?

O uso desse hormônio é permitido nos Estados Unidos, mas proibido no Canadá e Europa. Tem havido grande preocupação sobre a conexão entre o uso desse hormônio e o câncer em humanos, no entanto, a American Cancer Society declara que mais estudos precisam ser feitos para concluir se o consumo do leite com rBGH aumenta o risco de desenvolver câncer. Eles esclarecem que “a evidência disponível mostra que o uso de rBGH pode causar efeitos desfavoráveis à saúde das vacas”, e “o aumento no uso de antibióticos para tratar a inflamação nas mamas induzido pelo rBGH promove, sim, o desenvolvimento de bactérias resistentes aos antibióticos”.

Então talvez a conexão entre o câncer e apenas um único hormônio usado na indústria do leite seja “inconclusiva”, mas a conexão com as superbactérias apenas chama a atenção para o escopo muito maior do impacto semeado pela produção do leite.

As fazendas de leite são responsáveis por um aumento enorme de preocupações ambientais, em grande parte na forma de despejo de dejetos e poluição atmosférica. Uma fazenda média de leite aloja por volta de 130 vacas, que produzem uma quantidade massiva de fezes. São necessários por volta de 150 galões de água por vaca, por dia, apenas para lavar os dejetos do chão da sala de ordenha usando um sistema de esguicho comum, e esses dejetos normalmente seguem seu rumo para dentro dos cursos d’água, levando a uma série de preocupações com a saúde pública. Para dar um exemplo, fazendas de leite têm sido relacionadas à lixiviação de nitrato, onde o excesso de nitrogênio do estrume penetra no solo e de fato lixivia nitrato para o lençol freático. Essa é uma preocupação para as pessoas que vivem próximas às fazendas, já que um nível alto de nitrato na água de consumo pode ser prejudicial à saúde, e também tem sido relacionado à “síndrome do bebê azul”.

Entre o bem-estar animal, saúde pessoal e preocupações ambientais relacionadas à produção do leite, parece absolutamente absurdo que a indústria do leite tente se promover como compadecida ou preocupada com doenças como o câncer. Francamente, esse é um apelo de marketing muito mal planejado para redimir essa indústria moribunda, uma de muitas que vimos no passado. A campanha The Hope for Hutches afirma: “Uma em cada oito mulheres será diagnosticada com câncer de mama durante seu tempo de vida. Nós estamos entrando em ação”. Nós certamente esperamos que a ação seja fazer a transição de todas as suas fábricas de laticínios operações de leite à base de vegetais.

Se você não quer apoiar a indústria cruel do leite (graças a Deus, o consumo do leite tem diminuído consistentemente em 25% per capita desde a metade da década de 1970), existem diversas alternativas com perfis nutricionais superiores, entre as quais você pode fazer sua escolha. Todos os dias, mais e mais opções deliciosas livres de leite animal estão aparecendo nas prateleiras do supermercado*, o que torna ainda mais fácil ajudar a proteger os bezerros e suas mães da indústria de laticínios!

Produzir leite usando vacas é ineficiente e cruel. Se pudéssemos escolher melhor, por que não escolheríamos?


Foto: Hutches for Hope


NOTAS DA NATUREZA EM FORMA:

1. Veja aqui um vídeo de cinco minutos explicando como funciona a indústria do leite.

E se fosse com as humanas? Veja aqui.

*2. Melhor ainda: faça seu próprio leite! Saiba aqui como fazer deliciosos leites vegetais e ter mais saúde e poupar as vacas e seus filhos bezerros de tanto sofrimento e morte. 

Ao criticar MasterChef, Sonia Abrão faz ‘palestra vegana’ de 15 minutos ao vivo em seu programa


A jornalista Sonia Abrão, que se declarou vegana à revista Contigo! no início de junho, vem promovendo a defesa dos animais no programa que apresenta, A Tarde É Sua, da Rede TV!. Ontem, 27 de setembro de 2017, ela utilizou os 15 minutos iniciais da atração vespertina para fazer uma verdadeira palestra vegana. A apresentadora abriu o programa falando sobre o episódio do MasterChef da noite anterior, em que a chef Paola Carosella levou uma vaca viva ao palco e fez um um discurso apoiando o consumo de carne. Sem meias palavras e visivelmente revoltada com o programa de culinária, Sonia criticou principalmente a atitude de Paola Carosella.

“Segundo Paola, ela valoriza cada pedaço da vaca morta que consome, mas deveria valorizar cada minuto de vida da vaca viva”, destacou Sonia. A jornalista falou bastante sobre o erro ético que é consumir a carne de animais, mas não deixou de abordar também a crueldade nas indústrias dos ovos e dos laticínios, inclusive sobre a falácia que é o "abate humanitário".

Sobre o consumo de leite, a apresentadora falou o seguinte: “Eles separam o bezerro da mãe para que o leite vá para o seu copo, vá para a sua caixinha que você consome no supermercado. E aí, ela chora pela falta do filho, passa a ser fertilizada várias vezes, e o filho vira vitela para o seu prato, a carne mais macia que tem. Por quê? Porque ele é um bebê! As pessoas não gostam de saber de todas essas verdades, elas não querem saber. E têm o apoio da indústria da alimentação”.

O programa A Tarde É Sua é um dos mais assistidos do País em seu horário. A contribuição que Sonia está dando para os animais ao fazer esse tipo de declaração é imensurável, já que a mensagem chega aos mais variados lares brasileiros pela boca de uma jornalista bastante conhecida.

Veja os 15 minutos do programa aqui.

Fonte: Vista-se

Fotos: Reprodução

A maior fabricante de laticínios da América fechou recentemente mais uma fábrica porque as vendas estão muito ruins


Adeus, laticínios! A Dean Foods, maior companhia de laticínios dos Estados Unidos, está fechando mais uma de suas fábricas, a PET Dairy, em Richmond, Virginia, porque as vendas estão muito ruins, de acordo com o jornal Dairy Reporter.

A PET Dairy tem operado por mais de 80 anos com fábricas de laticínios em diversos estados norte-americanos, produzindo uma gama de laticínios, mas os consumidores obviamente não querem mais saber nem mesmo das mais elaboradas variedades, considerando que esse não é o primeiro fechamento de uma fábrica de laticínios da PET. Esse último fechamento segue outros, incluindo o fechamento de uma fábrica de Wisconsin em 2015, uma de Indiana no mesmo ano e o fechamento de laticínios do Brown localizado em Louisiana, em 2016.

Essa notícia não surpreende. O consumo de laticínios tem enfrentado um declínio constante por décadas. Hoje, os norte-americanos consomem 37% a menos de laticínios que consumiam em 1970 e, só no ano passado, o consumo de leite com baixo teor de gordura despencou em 13%. E não é só isso, mas alternativas com base em vegetais têm aumentado. No ano passado, a venda de leite de amêndoas nos Estados Unidos teve um aumento de 4,2%, chegando quase a ser uma indústria de um bilhão de dólares.

O fechamento de fábricas de laticínios da Dean Foods por falta de vendas é demais… A indústria de laticínios tem mantido um domínio sobre os consumidores nos Estados Unidos por décadas, principalmente pelo fato de divulgarem laticínios como a melhor fonte de cálcio e de “construir ossos fortes”. Apesar dessas afirmações sobre os méritos do leite e do queijo terem sido seguidas cegamente por muitos, os consumidores estão começando a despertar. Desde preocupações com hormônios do crescimento e antibióticos no leite ao aumento de alergias relacionadas a laticínios e uma crescente conscientização sobre impacto ambiental, assim como problemas associados entre o leite e a crueldade animal, as pessoas estão cada vez mais dizendo adeus aos laticínios.

A indústria do leite está ainda tentando entrar numa briga “boa” por meio de campanhas como a Milk Life, envolvendo atletas famosos. Mas quando se leva em consideração a quantidade de produtos novos e inovadores livres de leite que têm surgido no mercado, parece que estão simplesmente remando contra a maré. Talvez a Dean Foods devesse ouvir uma dica da fábrica de laticínios de 92 anos de idade que fez a mudança para o que as pessoas realmente querem: leites vegetais. Se não consegue vencê-los, junte-se a eles!


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