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Animais abandonados ganham recomeço em São Paulo

A vira-lata Milagres com as tutoras (Foto: Marcelo Justo / Veja SP)


Animal de estimação não é descartável. Apesar da obviedade da constatação, muita gente parece pensar o contrário, vê o mascote como um produto, um brinquedo. Ao enjoar do animal ou ao menor sinal de transtorno, livra-se dele — muitas vezes, de maneira cruel. Os motivos para a rejeição são diversos. Uma pesquisa realizada há três anos pelo Instituto Waltham em parceria com o Ibope Inteligência mostrou que apenas 41% dos tutores entrevistados (26% deles da capital) levariam seu bicho junto caso mudassem de casa.

Além da migração de endereço, alguns tutores apontam como justificativa para o abandono latidos em excesso, bagunça, sujeira, crescimento aquém do esperado, não ter com quem deixar o animal nas férias, gravidez, e por aí vai. “Às vezes, de um dia para o outro, o tutor se desfaz de um companheiro de anos”, conta Cintia Tancredi, uma das fundadoras da ONG Vira-Lata É Dez, responsável por quase mil cães e gatos.

Não há dúvida de que os bichos sofrem no processo. O zootecnista Alexandre Rossi explica que a separação do tutor pode causar ansiedade, estresse e outras complicações. “Isso costuma trazer cicatrizes emocionais bastante sérias ao animal”, afirma. Alguns desses bichos tiraram a sorte grande ao ser recolhidos das ruas e ter garantidos abrigo e cuidados de novas famílias ou de ONGs especializadas (conheça a história de parte deles abaixo).

A maioria desses “órfãos”, entretanto, segue ao relento. Não há número oficial para o tamanho do problema, mas só o Instituto Luisa Mell, uma das maiores entidades do tipo, recebe cerca de 180 solicitações de resgate por dia. “Conseguimos atender a média de 80 pedidos por mês”, contabiliza a ativista.

Todos os abrigos de grupos de proteção da área estão transbordando, praticamente sem vagas e com dificuldades financeiras. A prefeitura também não possui estrutura para recolher todos os peludos à deriva. Dispõe só do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), em Santana, onde vivem cerca de 200 cães e gatos. O órgão se concentra em ações como acolher animais sem tutor que atacaram alguém ou oferecem risco à saúde pública.

Nesse cenário, sobram animais pelas ruas, que contam apenas com a bondade de estranhos. Nem as leis existentes coíbem o sufoco. Vale lembrar: o abandono tem punições previstas nas esferas estadual e federal, com pena de três meses a um ano de detenção, mais multa.

“Elas se escolheram”

O amor é mútuo. A vira-lata Milagres veio para mudar a vida da menina Ana Laura, e vice-versa. Após ser largado na rua, o animal acabou atropelado e deixado para morrer. Teve afundamento de crânio, perdeu um olho e estava quase morto quando foi resgatado pelo Instituto Luisa Mell, em 2016. O nome Milagres veio de sua força para reviver. Quando já estava curada, no ano passado, a mascote foi levada para uma feira de adoção em um shopping paulistano. Ali, conheceu Ana Laura, 11 anos. “Foi paixão à primeira vista, elas se escolheram”, lembra a mãe, a acompanhante terapêutica Vanessa Patricio. A garota, que é autista, se sente agora mais segura, perdeu o medo de cachorros e tem uma ligação muito forte com a companheira canina.

Aposentadoria para o frajola

Dudu: gatinho idoso recebe tratamento de rei 
(Foto: Alexandre Disaro / Veja SP)


No fim de 2015, o gato Dudu, de aproximadamente 14 anos, foi deixado fechado em uma residência na zona leste, junto de outros 13 animais. Os felinos passaram fome durante dias (chegaram a comer filhotes que tinham morrido no local) até ser resgatados pela ONG Catland, que cuida de 400 bichanos. Após dois anos no abrigo, o “vovô” ganhou uma nova casa para curtir uma aposentadoria digna de rei, na companhia de outros dois irmãos felinos. “Senti que ele estava sempre meio triste. Não aguentei e acabei adotando- o”, afirma a tutora do frajola, a doceira Nicole Marques. “Hoje, nem parece um animal idoso, adora brincar.”

À espera, na portaria 

Dembe, abandonado pelos antigos tutores (Foto: Veja SP)


O gatinho Dembe, de quatro anos, começou a ficar muito agitado no ano passado. Para se verem livres dos miados, seus tutores resolveram botá-lo para fora do prédio onde morava, em Itaquera. O bichano não desistiu de voltar ao lar e esperava pelos tutores na portaria, pedindo para entrar — sem sucesso. Ao saber da situação, uma protetora castrou o felino, processo que costuma acalmar o animal. Ainda assim, os antigos tutores negaram o retorno do bichano, alegando que uma de suas filhas tinha alergia a pelos. Carinhoso, ele perambulou pelo bairro até ser levado para a ONG Adote um Gatinho, onde segue aguardando por adoção. Se tiver interesse em levá-lo para casa, escreva para informacoes@adoteumgatinho.org.br.

Labrador ligado no 220

O labrador Zeus: deixado para trás (Foto: Marcelo Justo / Veja SP)


Um casal decidiu se divorciar, mas acabou também se separando do cachorro. O ativo labrador Zeus, de cinco anos, foi deixado para trás, sozinho, no antigo lar dos tutores. Uma vizinha o alimentou através do portão até a equipe do Instituto Luisa Mell conseguir resgatá-lo, dias depois. Há um ano, após um mês na ONG, foi adotado pela família do analista Eric Oliveira. Hoje, há espaço só para ele na casa da zona sul, e o cão é paparicado até dizer chega. “Ele é ligado no 220”, brinca Oliveira. “Sinto pena desse tipo de pessoa que consegue abandonar um cachorro. Se você estiver deitado no chão, ele vai estar junto com você. O Zeus mudou todo nosso astral.”

Atropelamento e (quase) fuga

O jabuti: processo de recuperação após atropelamento 
(Foto: Alexandre Battibugli / Veja SP)


No começo do mês, um jabuti de pelo menos 25 anos chegou bastante machucado ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), do Parque Ecológico do Tietê, gerido pelo governo do estado. Havia sido atropelado na casa onde vivia e apresentava sangramento na cabeça. Sem quererem bancar o tratamento, os tutores resolveram entregá-lo à instituição. O réptil, cuja expectativa de vida é de 80 anos, está em fase de recuperação. Quando possui vagas livres, o Centro recebe na faixa de 80 bichos do tipo por mês. “Muita gente vê o jabuti quase como um enfeite de jardim”, afirma a coordenadora do local, Liliane Milanelo. “No inverno, eles costumam ficar entocados. Há casos de tutores que se esquecem da existência do animal e deixam de alimentá-lo, por exemplo.”

Filhote desamparado

Sagui foi comprado por meio do tráfico de animais (Foto: Alexandre Battibugli / Veja SP)


O sagui da foto acima, com cerca de um mês de vida, foi parar no Cras do Parque Ecológico do Tietê porque sua compradora descobriu que a nota fiscal do bicho era falsa, ou seja, o macaquinho veio do tráfico. Para evitar problemas, ela entregou ao lugar o pequeno primata, pelo qual desembolsou mais de dois mil reais. A equipe da instituição de preservação de bichos exóticos ouve todos os dias uma enormidade de motivos para as doações. Esse saguizinho, por exemplo, é agora uma fofura, mas cresce e vive até a faixa dos 18 anos. “Ele faz barulho, tem cheiro forte, demanda alimentação especial e veterinário específico”, explica a coordenadora Liliane Milanelo. A maior parte dos bichos recebidos no Cras apresenta problemas de desnutrição e comportamento. A ideia é que o sagui se desenvolva e seja devolvido ao seu local de origem na natureza, no nordeste, em, no mínimo, quatro meses.

Jogada da ponte

A vira-lata Karen foi jogada de um viaduto na região do Rodoanel 
(Foto: Veja SP)


Há dois anos, a vira-lata Karen era uma filhote de apenas seis meses de idade. Na época, a cadela acabou vítima de uma maldade que a marcou pelo resto da vida. Foi jogada de um viaduto na região do Rodoanel em uma tentativa de se livrarem dela. A peluda, entretanto, sobreviveu à queda. A pessoa que a resgatou escutou um bater de porta de carro na estrada e, em seguida, viu “algo” ser arremessado da ponte. O animal foi levado às pressas, com muita dor, para a ONG Clube dos Vira-Latas, na região de Ribeirão Pires. Mesmo depois do tratamento, o animal perdeu a capacidade de andar. Vive desde então no abrigo da entidade. Talvez por algum trauma, não gosta de homens. Karen espera agora por mais uma reviravolta, como o acolhimento de uma nova família que possa cuidar dela. Se você quiser adotá-la, escreva para contato@ clubedosviralatas.org.br.

Para evitar o abandono

O que se deve saber antes de adotar um animal:

> Ninguém precisa ser rico, mas, assim como um filho, os animais demandam gastos. Programe o orçamento;

> Quando a adoção se dá durante a fase de filhote, saiba que é quase impossível prever o tamanho e o temperamento do animal no futuro. Esteja preparado para qualquer cenário;

> Caso não sejam castradas e tenham acesso à rua, as fêmeas podem ficar prenhes. A responsabilidade das crias é do tutor;

> Se for dar um peludo de presente a alguém, tenha certeza de que a pessoa deseja um animal e consegue cuidar dele. Afinal, é um mimo que “durará” por muitos anos.

Fonte: Veja SP 


NOTAS DA NATUREZA EM FORMA:

1. Sobre o jabuti e o sagui, lembramos sempre: animal silvestre não é pet! No caso do sagui da matéria acima, felizmente, ele é saudável e será devolvido à natureza, como deve ser. Já o jabuti, ferido e vivendo há anos dentro de uma casa, não tem condições de ser reintroduzido na natureza. Um caso como esse - um animal sem condições físicas de retornar à natureza - é a única exceção para que um animal silvestre viva em um lar humano (mas, ressaltamos, cuidado por humanos responsáveis e amorosos).

2. Na matéria original, a Veja SP cita outra forma de evitar o abandono, que deixamos para reproduzir agora: "A raça da moda pode ser essa ou aquela, mas o bicho provavelmente vai viver mais do que a tendência. Cachorro não serve para dar status". Editamos o texto e passamos essa parte para as notas finais com o propósito de fazer uma importante ressalva: cachorros (nem gatos ou quaisquer outros seres vivos) não são símbolos de status, portanto, NÃO COMPRE animais em hipótese alguma. Existem inúmeros bichos vivendo nas ruas sob péssimas condições, passando fome, sede, frio, doenças, sofrendo violências e acidentes, além daqueles que já tiveram a sorte de serem resgatados, mas ainda vivem em ONGs e abrigos lotados esperando um lar. Não existe razão para negar a esses animais a chance de uma vida digna para, em vez disso, comprar outras vidas, que são criadas com o único propósito de sustentar pessoas que querem ganhar dinheiro fácil. Leia aqui um texto bem ilustrativo sobre a realidade da criação de cães e gatos de raça. 

3. E conheça aqui os animais que aguardam um lar amoroso em nosso Centro de Adoção. 

Papagaio é o principal alvo do tráfico de animais silvestres no Brasil


A habilidade para imitar a voz humana transformou a ave conhecida popularmente como papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) no principal alvo dos traficantes de animais silvestres no Brasil. O problema por trás do hábito aparentemente inocente de manter um papagaio em casa é que ele pode levar a espécie à extinção*.

Em 2014, o Ministério do Meio Ambiente classificou o papagaio-verdadeiro como “quase ameaçado”, status atribuído às espécies com grandes probabilidades de chegarem ao patamar de “ameaçadas” em um futuro próximo. Essas espécies classificadas como “quase ameaçadas” são consideradas prioritárias para pesquisa sobre o estado de conservação.

Segundo o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), 80% dos animais silvestres apreendidos no País são aves. Destes, a grande maioria é de papagaios, principalmente os que “falam”, seguidos de jandaias, periquitos e araras.

Já o Batalhão de Polícia Ambiental da Polícia Militar do Paraná recebe, em média, uma denúncia por semana de papagaios mantidos de forma irregular em casa. A última grande apreensão foi em outubro do ano passado, quando 40 filhotes foram apreendidos em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba.

A ameaça à espécie existe porque os traficantes destroem os ninhos, que são feitos em buracos nas árvores, chamados de “ocos”. Muitos traficantes derrubam as árvores e eliminam futuros ninhos, além de capturarem os filhotes.

“Muitas populações naturais dessa espécie estão diminuindo ou envelhecendo”, alerta a zootecnista e doutora em ecologia Gláucia Seixas, idealizadora do Projeto Papagaio-Verdadeiro, no Mato Grosso do Sul. “São ‘alegres’ e ‘falantes’, e por isso ganharam fama de bons animais de companhia, desde o descobrimento do Brasil. Mas capturar, vender ou criar papagaios nascidos em vida livre, além de crime ambiental, leva à extinção da espécie”, afirma.

Ave ‘fala’ porque confunde humanos com seu bando

Os papagaios são extremamente sociáveis e vivem em bando, diz a bióloga Roberta Boss, da SPVS (Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental). Quando ficam afastados da espécie, tendem a confundir os seres humanos com seu grupo e passam a imitar os sons.

“Os papagaios vivem em bandos, têm o hábito de se reunir no final da tarde nas áreas de dormitório e de manhã saem para se alimentar”, diz a bióloga. “Eles entendem que os humanos são seu bando, por isso acabam se apegando. Eles não imitam (a voz humana) porque gostam, eles entendem que os humanos são o bando deles e imitam.”

Fidelidade

Outra característica dos papagaios é a fidelidade: em geral, eles só têm um parceiro ao longo da vida. A idade reprodutiva começa aos dois anos e os ovos são incubados por 28 dias. Começam a ensaiar os primeiros voos 60 dias depois do nascimento. Passam entre nove e 10 meses com os pais e depois desse período já se alimentam sozinhos.

Segundo Roberta, é raro trocarem de parceiro: “Só se acontecer alguma eventualidade e estiverem em idade reprodutiva adequada. Quando eles pareiam, continuam com o parceiro até o fim da vida”.

Fonte: Metro 

Foto: Reprodução


NOTAS DA NATUREZA EM FORMA:

*1. O Olhar Animal, que também replicou a matéria acima, fez a seguinte nota: "Não, o principal problema relacionado ao tráfico de papagaios (ou de qualquer animal) não é a possibilidade de extinção. O PRINCIPAL problema são os danos causados A CADA indivíduo. Animais não são meras engrenagens ambientais".

E quanto ao "hábito aparentemente inocente de manter um papagaio em casa", nós frisamos: não tem nada de inocente em manter preso dentro de casa - mesmo que fora da gaiola - um animal que deveria estar vivendo livre na natureza, com outros de sua espécie. 

2. Leia também: Animal silvestre não é pet! 

Somos todos silvestres

Paloma Bernardi, atriz, arara-azul 


A campanha Somos Todos Silvestres, da AMPARA Silvestre em parceria com a Kryolan Brasil, tem como objetivo falar em nome dos animais silvestres do País. 

Todos os anos, milhares de espécies desaparecem do planeta em ritmo assustador. Isso acontece por diversos motivos. A caça, o comércio, o desmatamento e o tráfico internacional são alguns dos principais.

É importante informar para que todos entendam que lugar de animal silvestre é na natureza! E para que eles continuem a existir, precisam ser protegidos por todos nós. 

Mas, justamente na contramão dessa ideia, existe um projeto de lei criminoso que pretende liberar a caça de animais silvestres no Brasil - o PL 6.268/2016.

Talvez não sejamos capazes de recuperar as espécies que já foram perdidas, mas muitas outras precisam de atenção imediata! Por isso, pedimos que se juntem a nós nessa campanha e REPRIMAM a legalização da caça de animais silvestres, o comércio de fauna, o desmatamento e o consumo irresponsável dos nossos recursos naturais.

Seja você também a voz que fala por eles. 

#SomosTodosSilvestres  

As fotos realizadas nessa campanha darão fruto ao calendário da AMPARA Silvestre 2019, com 100% da renda destinada aos projetos em prol dos animais silvestres do Brasil.

Sophie Charlotte, atriz, onça-pintada


Astrid Fontenelle, apresentadora, mico-leão-dourado



Derrick Green, cantor, pantera-negra



Gianne Albertoni, modelo, veado-campeiro



Julia Faria, atriz, coruja-orelhuda



Juliana Camargo, modelo, presidente da AMPARA Silvestre, tartaruga 



Mariana Goldfarb, modelo, gato-mourisco



Renata Kuerten, modelo, iguana



Sergio Marone, ator, macaco-aranha



Luísa Sonza, cantora, onça-parda (puma, suçuarana)



Fotos: Jacques Dequeker 

Maquiagem: Alisson Rodrigues


NOTAS DA NATUREZA EM FORMA:

1. Leia também: Animal silvestre não é pet! 

2. Relembre aqui a campanha Somos Todos Vira-Latas, de 2014, da AMPARA Animal.

Pit bull explorada para reprodução é deixada em gaiola para pássaro


Uma pit bull foi encontrada em uma gaiola de pássaro do lado de fora da organização Animal Aid, em Oakland Park, nos EUA. A Saving Sage Animal Rescue Foundation pegou a cachorra, que chamaram de Birdie, e logo ficou óbvio que ela era maltratada. Era evidente que a cachorra havia reproduzido numerosas vezes e tinha um caso grave de sarna que parecia não ser tratada há tempos. A pele de Birdie estava tão delicada quando eles a encontraram que o menor toque fazia suas feridas sangrarem.

Birdie estava coberta de feridas doloridas como essa em sua cauda


Suas patas estavam rachadas e com aspecto de pedra, 
com sangramento entre as rachaduras de sua pele


Outro sinal de negligência óbvia: Birdie estava só pele e osso


Você consegue imaginar todos os filhotes que Birdie teve que alimentar 
enquanto estava tão magra e cansada assim?



Depois de um pouco de amor e atenção, Birdie agora está a caminho de sua recuperação. Ela ainda está magra por causa da desnutrição e da doença, mas está indo muito bem. Ela tem um temperamento ótimo com pessoas e outros cães, então logo encontrará seu novo lar.

A história de Birdie é somente uma das centenas que ouvimos sobre cães mantidos somente para terem filhotes para que seus tutores ou "criadores" lucrem. Cães reprodutores costumam ser mantidos em condições terríveis e apertados, mal recebem alimento o suficiente para sobreviver e só saem de seu confinamento quando querem que eles cruzem.

Cães criados dentro das indústrias de filhotes são tratados de forma horrível, mantidos em jaulas minúsculas em ambientes similares aos de fábricas e recebem quase nada de liberdade para fazerem qualquer uma dessas coisas que nossos amados animais de companhia fazem. Filhotes são adoráveis, mas histórias como a de Birdie evidenciam a importância de se saber de onde eles vêm. Lembre-se: adote, não compre!




Fotos: Saving Sage Animal Rescue Foundation


NOTA DA NATUREZA EM FORMA:

Leia aqui outras matérias sobre o comércio de vidas. 

Facebook e Instagram proíbem venda de animais nas redes sociais


Uma atualização na política para ofertas comerciais do Facebook, anunciada através de um documento liberado no último domingo (20/5/2018), proibiu a venda de qualquer tipo de animal vivo pelas redes sociais - de estimação ou voltados para pecuária. A proibição também vale para o Instagram, já que o aplicativo faz parte da companhia.

O veto já está nas políticas de segurança, que podem ser acessadas por qualquer usuário do Facebook e do Instagram. Elas também incluem a proibição do comércio de "qualquer parte, peliça ou pele de um animal, incluindo pelo".

Lista de itens proibidos de serem comercializados no Facebook, 
que já incluía armas, munições e drogas ilícitas, agora também tem animais


Agora, os animais e seus "derivados" se juntam à lista de proibições que já incluía armas e munições de qualquer tipo, drogas ilegais (prescritas ou recreativas), produtos para público adulto, bebidas alcoólicas ou que sejam relacionadas a qualquer tipo de jogos de azar. 

A rede social também explicou que seguem podendo ser comercializados jaulas ou gaiolas para animais, além de uma série de produtos como brinquedos e coleiras e serviços como atendimento veterinário, cuidados pessoais, serviços de embarque e transporte de animais. A nova política vale tanto para o Marketplace do Facebook quanto para grupos de compra e venda, seções de comércio eletrônico de páginas e publicações de produtos no Instagram Shopping.

Como denunciar

No documento, o Facebook também explica como os usuários que encontrarem anúncios desse tipo nas redes sociais podem fazer para denunciar. Basta clicar no ícone "..." no canto superior direito da postagem e procurar pela opção "Denunciar publicação". A partir daí, o usuário deve marcar a opção "Acredito que não deveria estar no Facebook".

Na página seguinte, deve-se responder à pergunta "O que há de errado com essa foto ou post?", marcando a resposta "Outra coisa" e, avançando, clicar em "Isso descreve a compra ou venda de drogas, armas ou produtos regulamentados".

Por último, o usuário pode escolher a opção bloquear, ocultar ou enviar uma mensagem para o autor da postagem, mas também pode marcar a opção "Enviar ao Facebook para análise". A partir daí, o usuário pode acompanhar o status de sua denúncia na aba 'Caixa de Entrada de Suporte' ou simplesmente aguardar que o Facebook lhe envie uma mensagem através do Messenger sobre o status de seu pedido.

Fonte: iG 

Fotos: Facebook / Reprodução

Kéfera denuncia maus-tratos em feira agropecuária para 19 milhões de fãs e irrita pecuaristas


A atriz e youtuber Kéfera, uma das mais conhecidas celebridades de sua geração, visitou uma feira agropecuária em Uberaba, Minas Gerais.

Em uma publicação em suas contas no Instagram (confira aqui) e no Facebook (confira aqui) no último domingo (29/4/2018), Kéfera aparece deitada e apoiada em um dos mais de 1.800 bois expostos na Expozebu 2018, o maior evento da raça zebu do mundo. A abertura, que ocorreu no sábado (28/4), teve a presença do presidente em exercício, Michel Temer, e do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

Na legenda, a atriz fez questão de informar que não pagou para estar ali, que aquela área do evento tem acesso gratuito. Ela disse ainda que foi até lá para dar amor aos animais. A atriz se tornou ovolactovegetariana* há pouco mais de um ano e diz que foi a melhor decisão que poderia ter tomado.

Kéfera publicou ainda um vídeo (veja aqui) no qual mostra uma vaca exposta no evento com um ferimento aberto, com sangue. Revoltada, ela afirma no vídeo que alertou os funcionários do local e que eles responderam que esse tipo de ferimento é normal, ocasionado pela marcação a ferro quente.

Toda a movimentação de Kéfera irritou a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). Em nota publicada em sua página oficial no Facebook (veja aqui), eles afirmam que Kéfera é ignorante e que os criadores têm “respeito público e notório” (palavras deles) pelos animais.

Em sua publicação, Kéfera afirmou que o intuito desse tipo de exposição é a comercialização dos animais. A ABCZ negou, dizendo que o que eles fazem é procurar os melhores animais que possam contribuir geneticamente para um rebanho mais produtivo e eficiente.

Curiosamente, o site oficial da Expozebu 2018 traz uma programação com diversos leilões que envolvem comercialização de animais ou de seus embriões (confira aqui).

A mentira da ABCZ é tão descabida que há uma matéria paga por eles para ser publicada no portal G1 sob a categoria de “especial publicitário”, na qual eles mesmos afirmam que a venda de animais é uma tradição na Expozebu (confira aqui). A expectativa, ainda segundo a ABCZ no G1, é que a Expozebu 2018 movimente R$ 170 milhões.

Fonte: Vista-se 


*NOTA DA NATUREZA EM FORMA:

Lembramos sempre que ovolactovegetarianos ainda contribuem para a exploração animal. A única forma de não fazer parte mesmo dessas atrocidades é se tornar vegano - saiba aqui a diferença.

Não deixe de ver os vídeos:


Cachorros da raça galgo italiano são encontrados vivendo em terríveis condições em São Paulo

Os animais estavam sendo extremamente negligenciados (Foto: PMA)


Mais uma vez, a ganância do ser humano, chamado de racional, transformou seres tão amáveis como os cachorros em máquinas de reproduzir filhotes e fonte de lucro e dinheiro. É exatamente isso o que criadouros fazem.

Na última sexta-feira (20/4/2018), a Polícia Militar Ambiental (PMA) encontrou em uma residência em Praia Grande, no litoral de São Paulo, cachorros da raça galgo italiano, considerada rara no Brasil, em um estado terrível e visíveis condições de grave negligência.

A PMA foi chamada depois que vizinhos começaram a sentir um mau cheiro muito forte vindo da residência. Como o proprietário da casa não aparecia há cerca de duas semanas, os vizinhos começaram a achar que o homem estava morto no local.

Porém, antes mesmo de entrarem na residência, os policiais já puderam perceber que o odor que vinha do local era dos cachorros e da situação deplorável em que estavam vivendo. Os animais estavam sendo muito negligenciados e visivelmente desnutridos.

Com imagens do local, os policiais conseguiram permissão para arrombar os cadeados e entrar no local, para verificar a parte de dentro da casa.

Os cães estavam desnutridos e vivendo em meio a muita sujeira e fezes (Foto: PMA)


O lado de dentro estava muito pior do que os policiais imaginavam. Seis cachorros, todos da raça galgo italiano, eram mantidos na casa sem nenhum tipo de cuidado e em meio a muita sujeira, incluindo as próprias fezes. Os cães estavam sem nenhum tipo de alimentação e completamente sem água, extremamente magros e desidratados.

Além dos cachorros vivos, foi encontrada a ossada de um animal em um corredor e um cão em estado de decomposição foi encontrado dentro de um cômodo que estava trancado.

A situação de negligência em que os animais estavam vivendo foi comprovada por equipes da Vigilância Sanitária e do Departamento de Zoonoses que foram chamadas no local.

Os cachorros vivos foram apreendidos e resgatados pela polícia e encaminhados para receber os cuidados e tratamentos necessários em um centro especializado na cidade.

De acordo com informações da polícia, o proprietário da casa, que não tinha sido localizado até sábado, vai ser multado em R$ 30 mil pela Polícia Militar Ambiental e também irá responder a um inquérito sobre crime ambiental.

Os cachorros vivos foram apreendidos e resgatados pela polícia (Foto: PMA)



Fonte: Portal do Dog 


NOTA DA NATUREZA EM FORMA:

E se você compra cães e gatos, você é cúmplice desses crimes. Legalizadas ou não, criações de cães e gatos de raça são fábricas de filhotes que visam unicamente ao lucro, tratando animais como mercadorias, além de tirar oportunidades de animais de rua ganharem um lar.

Não deixe de ler o texto Um réquiem para Bionda – para todas as Biondas. E leia aqui outras matérias sobre o comércio de vidas, e o mal que ele faz a seres inocentes.

Cão abandonado por ter deformação encontra um lar amoroso


Beaux Tox tem um focinho difícil de esquecer. Com pouco espaço no ventre da mãe, nasceu com uma deformação craniana e facial. Depois de ser abandonado, o animal teve uma nova oportunidade quando conheceu sua nova tutora, Jamie Hulit.

“Uma amiga minha publicou uma imagem do Beaux no Facebook com o objetivo de procurar uma casa para ele. Nesse dia, enviei-lhe uma mensagem dizendo que adoraria ficar com ele”, conta Jamie.

De acordo com ela, exames médicos confirmaram que sua personalidade e possibilidades de sobreviver se mantiveram inalteradas, mas sua infância não foi fácil. “Devido ao focinho deformado, as pessoas que o criaram não conseguiram vendê-lo, acabando por dá-lo de graça. Um homem ficou com o cachorrinho, mas como não tinha uma grande relação com seus gatos, deixava-o isolado no jardim da casa.”

Durante cinco anos, o cão continuou a ser negligenciado pelo tutor, até que equipes locais resgataram o animal. Depois de intervenções e um regresso à casa original, Beaux Tox foi apresentado a Jamie. A mulher se sentiu tocada pelo cão e, percebendo que essa seria a única oportunidade de Beaux ter uma verdadeira casa, acolheu-o. “Eu não conseguiria deixá-lo voltar para aquela casa outra vez.”


A própria tutora sabia o que era estar numa casa que não a sua, tendo frequentado um orfanato até ser adotada aos nove anos. “Eu queria que ele tivesse estabilidade e um lugar que pudesse chamar de sua casa.”

Devido aos maus-tratos sofridos, os médicos chegaram a prever que Beaux só tinha 50% de probabilidades de sobreviver. Alguns meses depois, o cão voltou a estar em forma, apesar de ter perdido a audição no ouvido esquerdo.

Desde que chegou na casa de Jamie, o cão se transformou completamente: “Ele era um animal que era mantido fora de casa, mas ninguém diria isso porque agora está sempre dentro”. E, para fazer a adaptação ao interior da casa, a tutora recebeu a ajuda de Riley, um cão que é agora o irmão mais velho de Beaux Tox.

Um ano após deixar o jardim de vez, Beaux passou de estar sempre sozinho para se tornar a principal atração da família – que é exatamente o que ele gosta.













Fonte: Sábado (via The Dodo)

Fotos: Jamie Hulit


Mais de 100 cães, gatos e aves vítimas de maus-tratos são resgatados


A Polícia Militar Ambiental e o Instituto Luisa Mell resgataram mais de 100 cães, gatos e aves que eram vítimas de maus-tratos em um canil clandestino na Vila Jacuí, zona leste de São Paulo, na tarde de ontem (28/3/2018). Vários animais viviam em condições insalubres e estavam presos em gaiolas, caixas e no interior de móveis.

"Nunca vi nada tão terrível, tinha cachorro dentro de armário, dentro de aquário, em gavetas", afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo a ativista e apresentadora de TV Luisa Mell, fundadora da organização não governamental (ONG) que leva seu nome. "É um filme de terror que não acaba."

Segundo a ativista, araras e papagaios silvestres foram encontrados com sinais de estresse provocados por má alimentação Alguns estavam sem penas.

Luisa explicou que sua ONG recebeu uma ligação da Polícia Ambiental solicitando ajuda para resgatar os animais, já que a corporação não tem viaturas e equipamentos suficientes para o trabalho. "Mesmo nós estamos tendo que pegar os cães aos poucos, porque não tivemos tempo de preparar a equipe", disse Luisa.

No fim da tarde de ontem, a ativista ainda estava no canil. A retirada dos animais foi prejudicada pela forte chuva que atingiu a capital paulista. Eles estão sendo levados à sede do Instituto Luisa Mell, em Ribeirão Pires, no ABC Paulista.

Como o trabalho de remoção não foi finalizado, ainda não houve a contagem oficial do número de aves, cães e gatos resgatados. "Certamente foram mais de 100", estimou Luisa.

Em setembro, a Polícia Civil e a ONG resgataram 135 cães em Osasco, na Grande São Paulo. Os animais tinham marcas de espancamento e tortura. No local, os investigadores encontraram ainda nove cachorros mortos. A moradora do imóvel, uma idosa de 70 anos, foi levada pela polícia a uma delegacia.

Procurada, a polícia não informou se prendeu ou localizou os responsáveis pelo canil.

Fonte: Metro 

Foto: Facebook Instituto Luisa Mell


NOTAS DA NATUREZA EM FORMA:

1. Luisa Mell publicou o seguinte comunicado em suas redes sociais:

Estamos recebendo um volume insano de e-mails relacionados ao interesse em adoção dos cães de raça resgatados do canil hoje, dia 28. Foram 113 cães de diversas raças retirados, além das aves. Todos estão sendo atendidos e os casos mais graves internados. Uma médica veterinária especialista em silvestres está também conosco agora realizando o primeiro atendimento das aves.

Para todos que escreveram, dizendo "não querer adotar só porque é de raça, mas sim porque amam animais", esses cães não estão prontos para adoção, mas temos cerca de 150 cães sem raça definida (vira-latas), prontos e esperando a chance de serem amados*.

Sobre o resgate de hoje, além da vacinação, vermifugação e castração, que somente fazemos após exames, existe uma questão legal envolvida para a obtenção da posse definitiva dos animais para que possam ser doados. Somente após a conclusão de todos esses trâmites, que podem demorar semanas ou até meses, iniciaremos o período de triagem dos adotantes, seguindo sempre nossos próprios critérios. Sobre as aves, serão encaminhadas para um santuário para serem, se possível, reintegradas à natureza.

Agradecemos a todos que estão nos apoiando. Trabalharemos a noite toda.


3. Leia aqui mais matérias sobre o comércio de vidas, e entenda por que você nunca deve comprar animais, e sim adotar. 

4. Saiba aqui como denunciar maus-tratos.