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Menina de oito anos arrecada ração em festa de aniversário e doa para abrigo


No dia de seu aniversário de oito anos, Ana Letícia dos Santos Pereira não quis saber de presentes. No lugar, ela pediu aos convidados que levassem um saco de ração. A ideia veio depois que ela e a tia foram visitar a ONG Apar, um abrigo para animais abandonados em Ibitinga (SP).

"Desde pequenininha, ela sempre demonstrou muito amor pelos animais, muito carinho. Por isso, resolvi levá-la para conhecer o abrigo e ver os animais que ficam lá", conta Anatalia Joana de Jesus, tia de Ana Letícia.

A dona de casa diz que, depois da visita, Ana Letícia não parou de falar em todos os bichos que viu e que ficou pensando em maneiras de ajudá-los.

"Ela me perguntou como poderia ajudar, já que não tinha dinheiro. Eu disse que teria que esperar para quando ela crescesse, trabalhasse e tivesse o próprio dinheiro", conta a tia.

Depois de um tempo com isso na cabeça, a pequena teve a ideia e resolveu pedir a ajuda da tia para enviar os convites. Neles, dizia que ela não queria saber de presente! Queria mesmo era ajudar os animais.

"Pedi para minha mãe fazer uma festinha para mim. Mas eu disse que não queria presente. Queria que eles trouxessem ração para eu dar para os cachorrinhos. Eu gosto muito de ajudá-los", conta a menina.

E deu certo! No dia da festa, 28 de agosto, todos os convidados contribuíram com um pacote de ração. No total, foram 180 quilos arrecadados pela pequena Ana Letícia. "Ela chorou muito quando viu tudo aquilo", conta a tia.

"Fiquei muito feliz que todo mundo trouxe a ração em vez de presente. Muito feliz mesmo porque aí pude ajudar os animais do abrigo", relata Ana.

Dois dias depois da festa, Ana Letícia e a tia foram até o abrigo da Apar para entregar tudo o que foi arrecadado. Patrícia Roncada, uma das voluntárias da ONG, diz que a ação da garota é motivo de esperança.

"É muito gratificante ver que existem crianças com essa consciência de que os animais têm sentimentos, que sentem dor, fome. Crianças como a Ana Letícia são o nosso futuro. Ficamos extremamente felizes com a ação", conta a voluntária.

"Sempre gostou de bichos"


Segundo a família, Ana Letícia sempre foi apaixonada pelos animais. Na casa onde mora, tem duas cachorras, a Fofinha e a Mili, e um gato, o Bugu [fotos acima]. "Ela é grudada neles, são melhores amigos. Desde que se conhece por gente, tem muito carinho", conta Anatalia.

Além disso, de acordo com a tia, a menina não mede esforços para ajudar animais que encontra na rua.

"Sempre que vamos no mercado, ela me pede para comprar um saquinho de ração. Quando dá, eu compro. E aí ela sai distribuindo para os cachorros que encontra na rua", conta.

O que Ana Letícia queria mesmo era poder levar todos para casa, porém, como isso não é possível, diz que ajuda como pode.

"Seria muito legal se eu pudesse pegar todos e cuidar. Mas aí não dá, então eu dou um pouquinho de ração para eles não ficarem com fome", conta.

E a generosidade com os animais não para por aqui. O sonho dela é, no futuro, poder ajudar cada vez mais bichos.

"Ah, eu quero continuar ajudando. Quando eu for adulta, vou continuar dando comida para todos", diz.

Fonte: G1 

Fotos: Arquivo pessoal 


Alicia Silverstone empresta voz para vaca animatrônica criada pela PETA para fazer ativismo


A ONG norte-americana PETA criou uma forma diferente de levar o ativismo vegano para escolas, parques e outros espaços. Uma vaca criada com tecnologia animatrônica, um ramo da robótica, fala para os espectadores sobre os aspectos ruins de consumir laticínios.

Um robô em formato de vaca obviamente chama muita atenção em qualquer lugar, especialmente porque ele mexe a boca, o corpo e tem até expressões faciais. Uma ferramenta bastante interessante para passar mensagens.

A voz da simpática vaquinha high-tech foi gravada pela atriz vegana Alicia Silverstone, que ficou muito conhecida como Batgirl em um filme do Batman de 1997. Confira no vídeo abaixo como ficou esse projeto bastante peculiar (em inglês).




Fonte: Vista-se 


Ibama reúne crianças e solta mais de 100 aves resgatadas de cativeiros

Diversas espécies de pássaros foram libertadas com a ajuda das crianças 


O Dia das Crianças deste ano [2018] também foi dia de conscientização. Em um ato para alertar sobre a importância de preservar a fauna brasileira, 112 passarinhos foram devolvidos à natureza. Funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) contaram com a ajuda dos pequenos, no Brasília Country Club, para soltar as aves.

A cada pássaro que saía da gaiola, um sorriso estampava o rosto das crianças e dos adultos que estavam por perto. Algumas aves ainda tinham dificuldade de encontrar o caminho para a liberdade, mas, com a ajuda do profissional do Ibama, logo deixavam as grades e voavam rumo às árvores. Entres os animais, estavam pássaro-preto, sabiá-laranjeira, canário-da-terra, periquito-de-encontros-amarelo, coleiro e papa-capim.

Segundo o coordenador do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), Márcio Henrique Ferreira da Silva, essas espécies são pássaros silvestres que não podem ser criados em cativeiro*. O coordenador conta ainda que as aves soltas foram vítimas de maus-tratos e resgatadas em apreensões feitas em diferentes partes do Distrito Federal. “Queremos mostrar para as crianças o quanto é cruel capturar um animal da natureza para comercializar ou criar em gaiolas que, muitas vezes, nem comportam o animal dentro”, ressalta.

Silva explica que os bichos resgatados passam por uma triagem, são avaliados, vermifugados, medicados e tratados até estarem aptos a voltar para seu habitat. Ele esclarece que a área de soltura é escolhida de acordo com a região do próprio pássaro — todos os animais que foram soltos na última sexta-feira, por exemplo, são da região centro-oeste. Além disso, o Ibama conta com áreas específicas no DF para realizar essas ações.

O Brasília Country Club é uma dessas áreas. De acordo com o presidente do espaço, Carlos Henrique de Paula, o clube tem mais de 100 hectares de floresta - para ele, fruto de preservação e muito amor à fauna e à flora. “Somos um antigo parceiro do Ibama nesse programa de soltura dos animais. Temos uma preocupação muito grande tanto com a fauna quanto com a flora. As crianças estão aqui para ver os passarinhos saindo da gaiola e indo para a natureza, o que é muito lindo”, destaca.

Ajuda especial

Catarina, de quatro anos, foi uma das crianças que auxiliaram na libertação das aves. “Ajudei a soltar um periquito”, conta. Além de libertar o bichinho, a pequena saiu com uma lição: “A gente não pode maltratar os passarinhos”. O pai da menina, o servidor público Luciano Fuck, 39, destaca a importância de conscientizar as crianças. “Elas precisam ver para aprender. Não basta só a gente falar. Elas verem os pássaros felizes na natureza mostra que esse é o lugar deles, não dentro de uma gaiola”, diz.

Allana, de oito anos, também era uma das ajudantes. A garota estava com os pais e o irmão, que também ajudou na ação. Animada com os pássaros, ela não negava estar amando vê-los voarem. “Gostei muito. São bonitinhos.” Além da conscientização ambiental, a mãe, a administradora Carla Oliveira, 38, ressalta a importância do contato com a natureza. “É bom sair um pouco dos jogos eletrônicos e vir para a natureza. O melhor é ver os pássaros soltos, vê-los em seu habitat”, enfatiza.

Allana foi com a família ao clube e amou ter participado da ação do Ibama 


De acordo com o coordenador do Cetas, até setembro, o Centro de Triagem recebeu mais de três mil aves. Ele destaca que a maioria era criada de forma ilegal. Além de animais resgatados por meio de denúncia, Silva informa que o Ibama recebe bichos de forma voluntária. “As pessoas que fizerem essa entrega não sofrerão nenhuma punição, nenhuma multa”, garante.

Para falar com o Ibama, entre em contato no número 0800 61 8080. As denúncias também podem ser feitas por formulário no site ou pessoalmente nas unidades da Instituto.





Fotos: Marcelo Ferreira / CB / D.A Press


*NOTA DA NATUREZA EM FORMA:

Nenhuma ave ou qualquer outro animal deve ser criada em cativeiro, a não ser em casos de reabilitação para reintrodução na natureza ou aqueles animais que não podem mais ser reabilitados.

Facebook e Raise Vegan lançam sala de aula virtual voltada à criação de crianças veganas


O Facebook e a revista Raise Vegan estão lançando uma sala de aula virtual voltada à criação de crianças veganas. Na plataforma intitulada Vegan Pregnancy & Parenting, que já se passa dos 46 mil membros, os participantes pagam 9,99 dólares por mês para ter acesso a informações privilegiadas sobre fertilidade, nutrição, amamentação, desmame e nutrição até a idade adulta. O trabalho é coordenado pelos nutricionistas veganos Dahlia e James Marin.

“Temos apenas uma chance de criar filhos e, se eles estão perdendo nutrientes, isso terá efeito ao longo de suas vidas. Como pais, nós sabemos o quanto essas decisões podem nos deixar inquietos, então um argumento bem intencionado de um membro da família ou de alguém em posição de autoridade pode reverter a decisão de criar filhos veganos. Esses cursos são a maneira mais fácil de fornecer informações [sobre nutrição vegana]. Juntamente com os vídeos on-line, os assinantes recebem planos de refeições veganas semanais, listas de compras e acesso em tempo real aos coordenadores do curso”, explicou a CEO da Raise Vegan, Janet Kearney, ao VegNews, acrescentando que em breve todo o curso será oferecido em outros idiomas.

Fonte: Vegazeta 

Foto: Ellen Fisher

McDia Infeliz


Será que consumir um sanduíche de uma campanha de uma rede de fast-food é a melhor maneira de ajudar a combater o câncer infantil? Vamos pensar?

Os sanduíches (incluindo o Big Mac, vendido durante o McDia Feliz) do McDonald's e de outras empresas similares são feitos basicamente com pão, carne, queijo e molho. Alguns ainda levam bacon.

O hambúrguer é uma carne vermelha processada que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é um produto cancerígeno da mesma categoria do cigarro. Uma mãe ou um pai não daria um cigarro para seu filho ainda que sejam fumantes, pois sabem que pode causar câncer e faz muito mal à saúde, então por que fazê-lo em forma de alimento? Não faz muito sentido...

Só para se ter ideia, segundo a OMS, o consumo de 50 g de carne processada aumenta em 18% o risco de desenvolver câncer de intestino. Um hambúrguer pesa por volta de 200 g (4x mais risco!), e tem criança comendo quase todo dia. E, para piorar, alguns lanches vêm com bacon, uma outra carne processada!

Um sanduíche desses fornece 25 g de gordura saturada, um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares. Veja a tabela abaixo com as necessidades nutricionais diárias para uma criança de cinco anos e a comparação com o sanduíche.


Fica muito claro que, além do excesso de calorias (quase metade da quantidade recomendada), a quantidade de proteínas ultrapassa bastante a recomendada para um dia inteiro. As proteínas em excesso são muito prejudiciais, pois viram gordura em nosso organismo, sobrecarregam os rins e contribuem para a formação de cálculos renais.

E se ainda acrescentarmos a batata frita e o refrigerante, chegamos a mais de mil calorias, consumidas tudo de uma só vez, numa única refeição! Não é à toa que nossas crianças estão cada vez mais obesas e doentes...

É muito melhor doar o dinheiro diretamente para o GRAACC [instituição para a qual a campanha McDia Feliz arrecada o dinheiro], assim você ajuda as crianças com câncer, mas evita uma refeição nociva à saúde dos seus filhos. Doe diretamente* e ajude as crianças que precisam, mas sem prejudicar mais nenhuma.



NOTAS DA NATUREZA EM FORMA:

*1. Para o GRAACC ou qualquer outra instituição idônea que cuide de pacientes com câncer. 

2. Lembramos ainda que, além da questão da saúde humana, empresas como o McDonald's vivem do sofrimento, tortura e morte de bilhões de animais inocentes e sencientes, todos os anos. Leia aqui matérias sobre a indústria da carne e assista aqui ao documentário A Carne É Fraca, do Instituto Nina Rosa, filmado nos matadouros que praticam o dito "abate humanitário". 

3. Você gosta de comer hambúrguer? Existem muitas opções de hambúrgueres vegetais deliciosos e sem crueldade. Confira aqui dois exemplos de receitas facílimas de fazer. 

A pintura no cavalo e a objetificação dos animais


Um rumoroso episódio de maus-tratos e desrespeito foi registrado recentemente na Sociedade Hípica de Brasília. Crianças foram orientadas a usar “canetinhas” para pintar um cavalo como forma de entretenimento, em uma colônia de férias. A foto viralizou nas redes sociais e gerou críticas generalizadas por expor o animal a um alto nível de estresse, e sobre a objetificação dos animais.

A atividade, além de cruel e antididática, banaliza o abuso e a exploração de animais. “Enquanto tentamos educar as crianças para que tenhamos uma sociedade mais consciente, que saiba respeitar todas as formas de vida, deparamos com uma coisa absurda dessas”, desabafaram ativistas.

A Sociedade Hípica de Brasília alegou que a atividade é pedagógica e que usa a pintura em cavalos para que as crianças percam o medo desses animais. A atividade é realizada entre crianças de três a 14 anos com animais de comportamento “dócil e previsível”.

Nas redes sociais, o caráter pedagógico da atividade foi questionado pelos internautas, e foi justamente questionado que a brincadeira desse um mau exemplo às crianças.

Segundo a psicopedagoga e especialista em autismo Jeana Oliveira, em entrevista publicada no portal G1, a interação entre crianças e animais é positiva, mas o uso das tintas, possivelmente, não seria necessário ou recomendado. “A interação com o animal é algo importante, prazeroso. Você começa a estabelecer vínculo, respeito aos seres vivos. O problema é usar o animal como um ‘recurso’ de pintura. Essa associação pode, sim, trazer prejuízo”, explica.

“É até meio contraditório. Eu ensino a escrever no animal, e depois ensino a lavar o animal? Como se a primeira ação fosse algo errado? A gente limpa coisas que outra pessoa vai usar, o animal não é esse tipo de acessório. A gente não ensina a bater para ensinar a pedir desculpas”, afirmou a psicopedagoga.

Após a denúncia, a Hípica foi notificada, mas os fiscais do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e do Ibram (Instituto Brasília Ambiental) não autuaram os responsáveis, considerando a fiscalização que não houve maus-tratos*.

O fato é que a argumentação de que não houve estresse para o animal envolvido e a naturalidade em aceitar a atividade mostram que, em muitas mentes, a coisificação ou objetificação dos animais deve ser combatida, e não podemos permitir algo como “festas com animais”, sob a desculpa de que isso aproxima as crianças dos bichos, enquanto que, na verdade, o que é ensinado é exatamente o contrário: a continuidade do desrespeito à vida animal e o desprezo à senciência animal – a capacidade cognitiva e de sentir que os animais possuem.

Fonte: Pleno News 

Foto: Reprodução


NOTAS DA NATUREZA EM FORMA:

*1. A reação do Ibama, lamentavelmente, não é nenhuma surpresa. Relembre alguns outros exemplos de como age esse órgão de "defesa" dos animais e da natureza:




2. Leia mais sobre a realidade da exploração de cavalos em hípicas:



Garoto vende brinquedos para pagar tratamento de cachorro doente


Connor Jayne é um garoto dos Estados Unidos que conta com seu cachorro Copper para superar uma série de problemas de saúde. Por isso, quando descobriu que seu amigo estava doente, não poupou esforços para arrecadar fundos e pagar seu tratamento.

“Meu filho sofre de ansiedade severa por causa de bullying e tem transtorno de estresse pós-traumático. O cão consegue sentir quando ele vai ter um ataque de ansiedade e pressiona seu corpo contra o dele, o que alivia os sintomas”, conta Jennifer Jayne.

Copper também já acordou a mãe do garoto quando ele estava tendo uma convulsão de madrugada. “Eu pude ver meu filho tendo uma convulsão. Eu nunca saberia”, disse a mulher à WROC-TV. Além desse problema de saúde, Connor sofre de transtorno de déficit de atenção com hiperatividade.

Recentemente, durante uma ida ao veterinário, o cachorro foi diagnosticado com síndrome de Wobbler, uma doença que afeta sua coluna vertebral e o impede de andar.

O garoto não teve dúvidas de que estava na hora de retribuir todo o apoio que Copper sempre lhe deu. Para isso, montou um bazar em seu quintal e vendeu seus brinquedos.

A família também criou uma vaquinha on-line para poder pagar por todo o tratamento médico do mascote, que já soma US$ 2,5 mil (cerca de R$ 9,5 mil). “Suas doações fazem a terapia do Copper possível! Ela é muito cara e, sem sua generosidade, não teríamos todas as opções. Muito obrigado”, escreveu a família de Connor na página da vaquinha.

Fonte: Estadão 

Foto: Arquivo pessoal


Paixão pela natureza e plantas fez morador criar um bosque em bairro de Macapá

Antônio dos Santos Palheta cultivou árvores e plantas e criou um bosque em bairro de Macapá 


O aposentado Antônio dos Santos Palheta, mais conhecido como seu Didó, 88 anos, morador do bairro Boné Azul, na zona norte de Macapá, não é apenas mais um morador. Apaixonado por plantas e pela terra, ele criou um bosque na área onde mora e no entorno da comunidade. O local é aberto, para que todos possam usufruir.

Árvores frutíferas, flores, madeira de lei e muitas outras variedades de plantas foram cultivadas uma a uma por ele. Tudo começou há 10 anos, desde que se mudou para a região. As mudas cresceram e hoje o bosque tem jambo, cupuaçu, abacate, banana, taberebá, graviola, jaca e caju, além de espécies medicinais, como o pracaxi. Palheta diz que o recanto é a vida dele.

“Só de andiroba plantei mais de 150 árvores, além de outras madeiras de lei. Isso aqui para mim é vida mais prolongada. Eu amo esse lugar. Gosto de cuidar, limpar e pegar o vento. Gosto de ver os moradores e as crianças usando o espaço”, diz o aposentado.

Recanto começou a ser criado há 10 anos, quando o aposentado se mudou para o bairro Boné Azul


Com tanta fartura, o que seu Didó gosta mesmo é de doar o que planta. Segundo ele, essa é uma forma de compartilhar as riquezas da terra com os vizinhos. E todos os dias ele cuida do espaço, porque ficar parado para ele não é uma opção. Aliás, seu Didó sempre foi inquieto, não à toa foi o primeiro macapaense a ter participado da Corrida de São Silvestre, em São Paulo.

“Eu não podia estar parado, eu não posso. A gente parado adoece. Então pensei em fazer um plantio, mas pensei que iam me proibir [a vizinhança]. Eu doo frutas, folhas e cascas para remédios, tudo eu vou dando. Só não deixo tirarem para estrago e perturbação das árvores”, reforça Palheta.

Para a filha Yoná Palheta, o exemplo do pai é motivo de incentivo, orgulho e cidadania de alguém que ama o meio ambiente. “A natureza é vida para ele. De manhã cedo, ele molha as plantinhas. Nossa família se sente muito feliz, porque o bosque é na cidade, e ao mesmo tempo parece que estamos no interior. É gratificante ver o reconhecimento da sociedade por ele. Quando morávamos no Santa Rita, a gente tinha uma área grande e ele fazia balanços e cadeiras”, conta a filha.

Área ganhou um parquinho, para a alegria das crianças. 
Henzo Moraes, neto de seu Didó, adora o lugar


No Boné Azul, o bosque também ganhou parquinho. O local é apreciado pela criançada do bairro, que aparece todas as tardes para brincar. Tudo foi feito pelo seu Didó: balanços, cadeiras, escorrega, plataformas para subir. Seu neto aproveita o espaço para explorar e inventar brincadeiras. “O que mais gosto são os brinquedos que meu avô fez. São os melhores”, diz o menino.

De plantas frutíferas a medicinais, seu Didó gosta de doar o que planta para a comunidade


Por essas ações e por ser um verdadeiro amigo da natureza, seu Didó recebeu um certificado em reconhecimento pela contribuição à proteção ao meio ambiente e manutenção urbanística da área de preservação ambiental do bairro Boné Azul. O reconhecimento foi concedido em 2 de junho de 2018, pela Secretaria Municipal de Manutenção Urbanística (Semur).

Com a idade avançada, seu Didó já não tem mais o vigor da juventude, tem dificuldades para andar, mas não abre mão da independência. Os filhos o ajudam a cuidar do bosque, limpar o terreno, monitorar a plantação, mas tudo é supervisionado pelo criador.

Recanto fica no bairro Boné Azul, na zona norte de Macapá


Fonte: G1 

Fotos: Rede Amazônica


Cachorro leva seu brinquedo preferido para irmãozinho humano sempre que escuta o bebê chorando


Cachorros são irmãos mais velhos maravilhosos. Eles parecem que entendem que os bebês são seres mais frágeis e que precisam de total cuidado. O enorme Brutus é desses que cuida muito bem de seu irmãozinho. Além disso, ele não gosta de escutar o bebê chorar e corre para tentar acalmar e mimar o pequeno humano.

Brutus foi adotado por Bonnie Michalek e seu marido quando ainda era um bebê. Considerado hoje o filho mais velho do casal, o cachorro foi o único “bebê” da casa por dois anos.

Apesar de destruir a maioria de seus brinquedos, Brutus é um cão muito amoroso e gentil, e a tutora Bonnie sempre soube que ele seria maravilhoso com seu irmãozinho que estava para chegar. “Ele sempre amou crianças. Toda vez que ele ouve crianças do lado de fora rindo, ele fica animado”, conta ela.

Porém, depois que o pequeno Kayden nasceu e chegou em casa, os tutores perceberam o quanto o cão já era apaixonado por seu irmãozinho. Para a tutora, esse amor já nasceu desde o momento em que Brutus percebeu que ela estava grávida. Ele foi o primeiro a “descobrir” a novidade.

O cachorro foi o primeiro a perceber que a tutora estava grávida 


Durante toda a gestação, o cão cuidou muito bem de sua mamãe humana, e, nas noites em que seu papai ficava fora trabalhando, ele dormia perto da tutora e se recusava a deixá-la sozinha.

Desde o dia em que se conheceram, Brutus sempre foi muito protetor com Kayden e assumiu dois postos: de irmão mais velho e de babá.

Segundo Bonnie, o cão não gosta de escutar o irmãozinho chorando. Sempre que o bebê começa a choramingar, Brutus logo traz seu brinquedo favorito, o único que ele tem faz tempo e nunca destruiu completamente, e coloca ao lado de Kayden.

Com certeza, o pequeno Kayden tem o melhor irmão mais velho!


Fonte: Portal do Dog (via Holidog Times)

Fotos: Bonnie Michalek

Menino engana os pais para adotar o maior cão do abrigo


Travis Ulman pode ser pequeno, mas sabe exatamente como conseguir o que quer. O garoto de sete anos, do Texas (EUA), está disposto a fazer grandes esforços para alcançar seus objetivos, mesmo que isso envolva um pouco de trapaça. “Travis é superinteligente”, diz Ann Ulman, mãe do garoto. “E sabe como conseguir o que quer, especialmente com a mãe.” Da última vez que a criança se empenhou, foi para adotar o maior cão do abrigo!

A família Ulman tinha acabado de se mudar para uma casa nova, que tinha um grande quintal. Como o jardim era grande, Travis achou que sua cachorra Rosie precisava de um amigo para brincar. Então a criança rapidamente elaborou um plano de mestre para convencer seus pais a lhe darem outro irmão peludo.

“Meu filho ficava nos dizendo que Rosie estava entediada e precisava de um amigo”, conta Ann. “Meu marido e eu lhe dissemos: ‘Talvez um dia tenhamos um amigo para Rosie'.”

Amor à primeira vista

Mas “um dia” não era suficiente. Naquela noite, sem o conhecimento de Ann, Travis e seu pai navegaram no site de um abrigo local de animais. Foi lá que eles depararam com uma foto de Lucy, uma jovem cadela com manchas marrons e pretas. Rapidamente, Travis, que ama animais manchados, se apaixonou por ela.

Isso deu início à segunda fase de seu plano de mestre. “Ele nos pediu (praticamente exigiu) para levá-lo ao abrigo de animais local, dizendo que queria ver os cães pequenos, então pensamos: ‘Está bem, pode ser'”, diz Ann.

Criança coloca plano em ação

No dia seguinte, a família Ulman entrou no carro e foi até o abrigo de animais da cidade de San Marcos para dar uma olhada nos cachorrinhos disponíveis para adoção. Quando chegaram ao local, Travis desencadeou o estágio final e mais crucial de seu plano.

“Travis ignorou completamente os cachorrinhos, indo direto para o maior cachorro que já vi”, relata Ann. “A próxima coisa que ouvi foi: ‘Feliz Dia das Mães, você vai me dar este cachorro porque eu o amo'.” “Todos sabíamos, assim que vimos Lucy, que ela seria uma adição maravilhosa para nossa família”, acrescenta Ann. “Sem mencionar que Travis não iria sair dali sem Lucy.”

Mas será que a cadela iria criar uma ligação com a família? “Quando Travis foi até sua gaiola, Lucy estava agindo muito tímida no começo, talvez até um pouco assustada”, lembra Ann. “Quando tiraram Lucy de lá e a levaram para a área de corrida, ela começou a agir superpateta e pular. Ela brinca muito bem com crianças, e Travis estava profundamente apaixonado. Ele não parava de abraçá-la.”


Cadela amada por todos

Depois de apenas alguns dias em sua nova casa, Lucy já tinha causado uma boa impressão nos vizinhos. “Travis adora segurar sua coleira e ser o centro das atenções. Chama a atenção um garotinho de sete anos passeando com um cachorro enorme e lindo”, observa a orgulhosa mãe. “Os vizinhos nos disseram que amam nosso novo 'cavalo'.”

Brincando no quintal, roubando brinquedos de sua nova irmã ou apenas relaxando no sofá, Lucy se tornou uma fonte de humor e alegria para sua nova família. “Travis é o garoto mais feliz do mundo com seu novo 'pequeno' cachorro”, derrete-se Ann.




Fotos: Arquivo pessoal

Clarice e Ulisses

Clarice e Ulisses imortalizados pela escultura de Edgar Duvivier 
e pelo clique de Luis Teixeira Mendes 


Por Paulo Furstenau*

“Aí está ele, o mar, o mais ininteligível das existências não humanas. E aqui está a mulher, de pé na praia, o mais ininteligível dos seres vivos.” Assim a escritora Clarice Lispector inicia sua crônica As Águas do Mundo, publicada no Jornal do Brasil como As Águas do Mar, em 13 de outubro de 1973, e depois no livro A Descoberta do Mundo, uma antologia dos textos de sua coluna semanal naquele periódico.

Foi esse trecho que o fotógrafo Luis Teixeira Mendes usou para legendar o registro que fez da estátua de Clarice e seu cão, Ulisses, que fica no Leme, bairro carioca onde a escritora viveu por 12 anos. E a representação em bronze dos dois evoca um complemento mental às palavras da escritora: “Aqui está também o cachorro, o mais fiel amigo dos humanos”. Ulisses, imortalizado na escultura de Edgar Duvivier junto com sua tutora poeta, foi o terceiro (após Dilermando e Jack) e último cão de Clarice Lispector. 

“Sou um pouco malcriado, não obedeço sempre, gosto de fazer o que eu quero, faço xixi na sala de Clarice.” Eis como Ulisses se apresenta no livro infantil Quase de Verdade, todo narrado por ele. Segundo o cachorro, que tinha “pelo castanho cor de guaraná e olhos dourados”, ele ficava latindo para Clarice, e ela, como entendia o significado de seus latidos, escrevia o que ele lhe contava.

Clarice e Ulisses em Quase de Verdade (Editora Rocco Jovens Leitores), 
nos traços da ilustradora Mariana Massarani 


No livro, ele conta suas aventuras no “enorme quintal de uma senhora chamada Oniria”, onde esteve hospedado. Na vida real, Ulisses, “um pouco neurótico”, como Clarice o descrevia devido a seu temperamento bagunceiro, cometia excessos como beber refrigerante e uísque, além de roubar bitucas de cigarros dos cinzeiros. Péssimo para a saúde de qualquer ser vivo, mas sua tutora, embora relaxasse na educação do bicho, tinha consciência sobre certos hábitos cruéis contra cachorros, conforme Ulisses atesta, também em Quase de Verdade: “Minha dona não quis cortar meu rabo porque acha que cortar seria contra a natureza”. E é isso mesmo. Hoje, cortar cauda ou orelha de cachorros é não só contra a natureza do animal, como também crime de maus-tratos.

Os hábitos mundanos e inapropriados para os cães mantidos por Ulisses - que gostava de fazer o que queria, como ele mesmo disse - lhe renderam até uma menção especial no jornal satírico O Pasquim. Em 1974, os repórteres da publicação entrevistaram Clarice na presença do peludo e acabaram escrevendo sobre ele também, descrevendo-o como um “bicho muito louco”.

Mas Ulisses não era um pouco neurótico nem muito louco. Ele era um cachorro, curioso e arteiro (e maravilhoso) como todos os cães. Clarice Lispector lhe disse certa vez: “Quanta inveja tenho de você, Ulisses, porque você só fica sendo”.



A Clarice e o Ulisses de verdade (Foto: Acervo Instituto Moreira Salles) 



*Paulo Furstenau é jornalista voluntário da Associação Natureza em Forma 

Afiliada da Globo na Baixada Santista apresenta matéria sobre crescimento do número de vegetarianos no Brasil




O programa Viver Bem, da TV Tribuna (afiliada da Rede Globo na Baixada Santista / SP), apresentou, no último sábado (26/5/2018), uma reportagem sobre a pesquisa que revelou o crescimento do número de vegetarianos no Brasil (leia mais aqui).

Fonte: TV Tribuna 

Respeito com os animais

     Foto: YouTube / Reprodução


Por Paulo Furstenau* 


Você se lembra da Liv Lima, a youtuber de seis anos que disse que não come carne porque gosta dos animais vivos? (Veja aqui.) Pois agora ela tem um novo vídeo dizendo o que pensa sobre ser vegetariana. 

Sempre com humor e inteligência, a menina já começa derrubando um dos argumentos mais batidos e vazios que marmanjos usam para justificar a insistência em um costume cada vez mais comprovadamente maléfico não somente para os animais, mas também para o próprio ser humano e para o planeta.

E o vídeo segue no formato de respostas a questões que chegaram dos internautas até ela. Liv admite que ainda come queijo, mas diz que sabe que ele vem do leite da vaca e que vai "aprendendo a não comer nada de animal", pois é o que a deixa feliz. 

O contrário vale para algumas verduras, que ela está aprendendo "de pouquinho em pouquinho" a gostar. A pequena youtuber é uma lactovegetariana em transição para o veganismo (leia aqui as diferenças), que, aos seis anos de idade, já sabe que somos seres em evolução, que não devemos cultivar velhos hábitos se eles implicam em sofrimento e morte de outros, pois o planeta Terra é de todos nós

Veja a seguir o vídeo completo. E clique aqui (ou no marcador 'veganismo na infância', ao final desta postagem) para ler diversas matérias sobre como é perfeitamente possível e saudável uma criança ter uma dieta sem carnes e até mesmo sem nada de origem animal (leite, ovos ou mel). 


Vídeo original postado aqui 



Meu Nome É Liv nas redes sociais:





*Paulo Furstenau é jornalista voluntário da Associação Natureza em Forma

Veganismo chega a festas infantis e até site de relacionamento

Nenhum ingrediente usado é de origem animal (Foto: Tiago Queiroz / Estadão)


O primeiro hambúrguer feito por Carlos Dias, de 29 anos, era de lentilha. E não era muito bom. Mas a experiência deu gosto e cada vez mais certo, o que resultou no lançamento da lanchonete Animal Chef, em janeiro deste ano. Ao contrário do nome, nenhum ingrediente do cardápio é de origem animal.

“O veganismo é muito ligado a algo sem graça, sem sabor, saudável, com soja. A gente quer fugir de todos os estereótipos possíveis”, afirma Dias. 

Segundo pesquisa Ibope Inteligência inédita, 49% dos brasileiros com mais de 16 anos acham que produtos veganos podem ter a mesma qualidade dos que contêm ingredientes de origem animal e 60% comprariam produtos do tipo se custassem o mesmo que os demais. Atualmente, 551 produtos de 60 empresas têm o Selo Vegano, da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), que encomendou a pesquisa do Ibope.

Porta de entrada

Há dois anos, quando abriu a venda de marmitas veganas e vegetarianas Olivato Cozinha, Maria Eugênia Olivato, de 31 anos, estranhava que a maioria dos clientes era onívora. “O preconceito está acabando, e isso já é um grande passo. Acho legal que, pelo menos no almoço da semana, fiquem sem carne”, conta.

Uma de suas clientes mais antigas recentemente procurou Maria Eugênia para contar a novidade: tinha virado vegetariana. “Ela disse que a Olivato teve papel fundamental no processo, porque descobriu que pode se alimentar bem, de forma gostosa e saudável, sem ter carne no prato.”

Já Danuza Pazzini, de 36 anos, criou o Vegana Bacana em 2017 por perceber um nicho de mercado: festas infantis com comida vegana e vegetariana. “Descobri que não tinha nada do tipo por aqui”, lembra ela, que consome alimentos de origem animal. “Recebia e-mail de clientes agradecendo.”

Comunidades

Ao se tornar vegetariano há oito anos, o programador Rodrigo Albornoz, de 27 anos, se afastou de parte dos amigos, que não compreenderam sua opção. Quatro anos depois, veio a ideia: criar um site de relacionamentos para aumentar o ciclo de amizades. Nasceu aí o Loveg. “Vi muitos casais se formando, até gente que se casou”, diz o jovem, que pretende futuramente monetizar a ideia.

Em João Pessoa, a Nativa Escola foi lançada neste ano como a “primeira escola vegana de ensino regular do País”. “Temos uma metodologia democrática, com influência montessoriana”, diz a coordenadora Raíssa Batista, de 26 anos. Além da alimentação, as crianças, de um a quatro anos, são estimuladas a ter um bom convívio com animais.

Legumes e verduras saíram do nicho 

'Restaurante vegetariano' é termo em desuso – e essa é uma grande notícia. Significa que legumes e verduras estão virando protagonistas em cardápios de todos os tipos. O exemplo vem de restaurantes pelo mundo. Atualmente, o vegetal está em alta, e o mais importante: recebe tratamento antes dedicado apenas às proteínas de origem animal. E não há hamburgueria artesanal que não tenha pelo menos uma opção sem proteína animal. Já tem até sushibar especializado, o Sushimar Vegano. Outra coisa: mesmo quem serve apenas vegetais não quer mais ser chamado de vegetariano. O restaurante Homa, onde reinam grãos, tubérculos e hortaliças, se autodenomina um “restaurante sem bicho”.

Fonte: Estadão