Os cavalos do Tempo são de vento.
Têm músculos de vento,
nervos de vento, patas de vento, crinas de vento.
passam brancos e puros
por estradas de sonho e esquecimento.
Os cavalos do Tempo vão correndo,
vêm correndo de origens insondáveis,
e a um abismo absoluto vão rumando.
Passam puros e brancos, livres, límpidos,
No indescontínuo, imemorial esforço.
Ah! São o eterno atravessando o efêmero:
levam sombras divinas sobre o dorso...
Tasso da Silveira
In: 'Regresso à Origem'
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