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terça-feira, 27 de março de 2012
ODE AO OUTONO
1
Estação de neblinas, doce e fecunda!
Companheira íntima do sol, com ele vais,
Quando ele abençoa e inunda
De frutos as videiras junto dos beirais;
Pra vergar de maçãs a musgosa macieira
E a fruta por inteiro tornar madura
Pra inchar as cabaças, prà avelã ficar gorda
Com uma doce amêndoa; há flores com fartura
Pra que a abelha as tenha sempre que queira
E pense haver dias quentes a vida inteira,
Pois o verão seus favos pegajosos transborda .
2
Quem não te viu já de fartura rodeada?
Às vezes, quem te procura sob outros céus,
No chão dum celeiro encontra-te descuidada,
O vento da limpeza ergue-te os cabelos.
Ou num rego meio-ceifado, em fundo torpor,
Tonta do perfume das papoulas, parada
A foice, junto da ceara a ceifar te demoras;
Às vezes, tens direita, qual rebuscador1,
A pesada cabeça, ao passar a ribeira;
Ou, junto de a prensa, observas tranquila
A cidra a gotejar no fluir das horas.
3
Que é das canções da Primavera? Onde hão-de estar?
Esquece-as, tua música também tem valor –
Nuvens orlam o dia morrendo devagar
Tingem os restolhos de sua rósea cor;
De os mosquitos a dorida serrazina,
Crescente, entre os salgueiros do rio se ouvia,
Diminuindo, se o vento fica mais brando;
Os cordeiros balem na próxima colina;
Cantam grilos, alto, mas cheios de harmonia,
Num quintal, pisco vermelho assobia,
E as andorinhas chilreiam nos céus em bando.
John Keats (1795-1821)
in «Antologia de Poesia Anglo-Americana – De Chaucer a Dylan Thomas », edição bilingue, pp. 239 e 241, Selecção, tradução, prefácio e notas de António Simões, edição “Campo das Letras”, Outubro de 2002.
domingo, 14 de setembro de 2008
'To Sleep'
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O SOFT embalmer of the still midnight,
Shutting, with careful fingers and benign,
Our gloom-pleas'd eyes, embower'd from the light,
Enshaded in forgetfulness divine:
O soothest Sleep! if so it please thee, close
In midst of this thine hymn my willing eyes,
Or wait the "Amen," ere thy poppy throws
Around my bed its lulling charities.
Then save me, or the passed day will shine
Upon my pillow, breeding many woes,--
Save me from curious Conscience, that still lords
Its strength for darkness, burrowing like a mole;
Turn the key deftly in the oiled wards,
And seal the hushed Casket of my Soul.
John Keats
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