A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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quinta-feira, 19 de junho de 2014

terça-feira, 29 de setembro de 2009

*****


(Tereza Zafon)

E agora
já é ontem,
o ainda agora
cinza rapsódia
fundo soturno das
imagens encantadas.

Roubar do infinito
as palavras ditas
pretensão do sim.

Meus desejos,
ilusões deste mundo
que reza a solidão.

As letras das canções
que se separam e se
juntam,
numa insuportável,
interminável serenata
em despedida

Pode você enxergar
tudo que se foi
e ouvir?

Lembre-se daquele telhado
no subúrbio, atravessado
pelo trem da memória.


Jacob Pinheiro Goldberg

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

DESTINAÇÃO EM DÓ MAIS OU MENOS




E assim morre, um dia, outro dia, a face da lembrança.
Fantasia, desliza o presente para o limbo, jamais.
Estreita recordação sepulta o paraíso.
Herói, santo, feto, fato.
Flamboyant, vinil e couro, um murro no além.
Com os pedaços dos sonhos se criam sonos, sombras
e pérfidas interrogações


Jacob Pinheiro Goldberg
Do livro: "Ritual de Clivagem", Massao Ohno Editora, 1989, SP


E agora
já é ontem,
o ainda agora
cinza rapsódia
fundo soturno das
imagens encantadas.

Roubar do infinito
as palavras ditas
pretensão do sim.

Meus desejos,
ilusões deste mundo
que reza a solidão.

As letras das canções
que se separam e se
juntam,
numa insuportável,
interminável serenata
em despedida

Pode você enxergar
tudo que se foi
e ouvir?

Lembre-se daquele telhado
no subúrbio, atravessado
pelo trem da memória.


Jacob Pinheiro Goldberg
Minas Gerais -1.933-