domingo, 19 de abril de 2015
POEMA
E então, pergunto, por que esta vida
de pão e horas moídas?
Por que não somente um pássaro
na insciência da tarde clara,
uma árvore verde embutida
no musgo da manhã... Por que esta vida?
Por que não uma pedra severa
que não procura, não erra, não espera,
ou então outra vida, outra vida
que não esta, de sal e lâminas finas,
que não esta, de sal sobre as feridas?
Renata Pallottini
De Obra Poética (1995)
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