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segunda-feira, 1 de junho de 2020

O que poderia ter Christo embrulhado em Portugal ? Como admiro os seus projectos.

Era um dos artistas contemporâneos mais famosos do mundo, sendo conhecido por fazer grandes intervenções artísticas que geraram tanta polémica como admiradores. Queria embrulhar o Arco do Triunfo, cumprindo um plano desenhado em Paris há quase sessenta anos. Morreu este domingo, semanas depois de ter dado esta entrevista. Os projectos em curso deverão ser postos em prática à mesma, seguindo a sua vontade

Os seus projectos mais conhecidos têm em comum o facto de serem temporários. Como gostaria de ser lembrado?
Não penso nisso. Gosto de trabalhar, não gosto de me ver em retrospectiva. Não me é possível pensar em como serei lembrado. Sei que vivi uma vida incrível, tive uma aventura incrível, fiz uma viagem incrível. E não me arrependo.


Excerto de sua ultima entrevista ao jornal Expresso

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Maria Velho da Costa , 1939-2020

 Revolução e Mulheres

Elas fizeram greves de braços caídos.
Elas brigaram em casa para ir ao sindicato e à junta.
Elas gritaram à vizinha que era fascista.
Elas souberam dizer salário igual e creches e cantinas.
Elas vieram para a rua de encarnado.
Elas foram pedir para ali uma estrada de alcatrão e canos de água.
Elas gritaram muito.
Elas encheram as ruas de cravos.
Elas disseram à mãe e à sogra que isso era dantes.
Elas trouxeram alento e sopa aos quartéis e à rua.
Elas foram para as portas de armas com os filhos ao colo.
Elas ouviram falar de uma grande mudança que ia entrar pelas casas.
Elas choraram no cais agarradas aos filhos que vinham da guerra.
Elas choraram de verem o pai a guerrear com o filho.
Elas tiveram medo e foram e não foram.
Elas aprenderam a mexer nos livros de contas e nas alfaias das herdades abandonadas.
Elas dobraram em quatro um papel que levava dentro uma cruzinha laboriosa.
Elas sentaram-se a falar à roda de uma mesa a ver como podia ser sem os patrões.
Elas levantaram o braço nas grandes assembleias.
Elas costuraram bandeiras e bordaram a fio amarelo pequenas foices e martelos.
Elas disseram à mãe, segure-me aí os cachopos, senhora, que a gente vai de camioneta a Lisboa dizer-lhes como é.
Elas vieram dos arrebaldes com o fogão à cabeça ocupar uma parte de casa fechada.
Elas estenderam roupa a cantar, com as armas que temos na mão.
Elas diziam tu às pessoas com estudos e aos outros homens.
Elas iam e não sabiam para onde, mas que iam.
Elas acendem o lume.
Elas cortam o pão e aquecem o café esfriado.
São elas que acordam pela manhã as bestas, os homens e as crianças adormecidas.
Maria Velho da Costa
Novas Cartas Portuguesas, obra literária de 1972, escrita por Maria Teresa Horta, Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, é um livro singular, tanto pelo seu caracter revolucionário e desafiador da ditadura fascista em Portugal, como pela sua narrativa inovadora, cruzando, a seis mãos, a poesia, o ensaio, o romance, a carta, o conto.
Símbolo do feminismo português do Seculo XX, Novas Cartas Portuguesas é um livro que tem como centro a indignação face à subordinação das mulheres e à sua invisibilidade – pessoal, social, cultural e política -, procurando dar voz aos seus desejos, às suas inquietações e pensamentos, constituindo um grito de libertação contra todas as formas de opressão e um verdadeiro manifesto reivindicativo dos seus Direitos Humanos.


Bibliografia, de Maria Velho da Costa

  • O Lugar Comum. 1966
  • Maina Mendes. 1969
  • Ensino Primário e Ideologia. 1972
  • Novas Cartas Portuguesas. (with Maria Teresa Horta and Maria Isabel Barreno) 1972
  • Desescrita. 1973
  • Cravo. 1976
  • Português; Trabalhador; Doente Mental. 1977
  • Casas Pardas. 1977
  • Da Rosa Fixa. 1978
  • Corpo Verde. 1979
  • Lucialima. 1983
  • O Mapa Cor de Rosa. 1984
  • Missa in Albis. 1988
  • Das Áfricas. (with José Afonso Furtado) 1991
  • Dores. (short stories, with Teresa Dias Coelho) 1994
  • Irene ou o Contrato Social. 2000
  • O Livro do Meio. (an epistolary novel, with Armando Silva Carvalho) 2006
  • Myra. 2008
  • O Amante do Crato. (short stories) 2012

quarta-feira, 12 de junho de 2019

Ruben de Carvalho , também passou por aqui...


Ruben e Carvalho, ficará sempre neste Mar ... pelo homem  "dos sete ofícios" e  melómano , meu companheiro de noites da Antena 1. 
Vivam o momento, "o momento faz a hora, não espera acontecer" AQUI (crónica saida ontem no Expresso Diário )

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Agustina Bessa- Luís, 1922-2019


Com o país de luto pela morte de Agustina Bessa Luís, conhecida esta manhã, o desaparecimento deste vulto maior da literatura portuguesa ocupa grande parte deste Expresso Diário.
No texto de abertura, a jornalista Joana Beleza diz que já não foi obrigada a ler “A Sibila” na escola e que “cresceu a ouvir os mais velhos dizerem que era aborrecida, densa, complicada de entender’”. Mas logo acrescenta: “Felizmente nasci na sua terra de origem, no norte da antiga Lusitânia, e por sorte cedo me cruzei com os seus romances”. E daí parte para uma viagem que cruza vários livros da autora e conclui: “Agustina não morreu hoje nem morreu há anos, quando deixou de escrever e de aparecer publicamente. Mandem alterar os títulos das notícias que foram publicadas na manhã de 3 de junho de 2019. Agustina não morreu. Agustina vive, Agustina é, Agustina somos nós.”
Pedimos ainda testemunhos a outros escritores, que escreveram assim sobre a autora de “Vale Abraão”: “Sabes, filho, estive a pensar: devia ter casado com o Camilo ou contigo”, por António Lobo Antunes; “Uma extraterrestre, a maior da Língua Portuguesa”, por Gonçalo M. Tavares; “Não se gosta dela mais ou menos: ou se recusa ou é adesão total”, por Pedro Mexia; e “Como é possível alguém escrever daquela maneira e escrever tanto daquela maneira”, por Hélia Correia.
Finalmente, um dos críticos literários do Expresso responde à pergunta “Porquê ler Agustina? A resposta é direta e simples”. José Mário Grilo diz que nos romances, novelas e ensaios da escritora “está muito do país que fomos, mas também do país que somos ainda”. E acrescenta: “Se fosse confrontada com a pergunta que dá título a este texto, Agustina teria decerto uma resposta à altura: irónica, sarcástica, cortante.”
Lido no Expresso Diário de hoje, 2019-06-3

sábado, 16 de fevereiro de 2019

Bruno Ganz , 1941 -2019


“Se o homem fosse um animal ou um anjo, não sentiria angústia. Mas, sendo uma síntese, angustia-se. E tanto mais sente a angústia, quanto mais humano for.”
Soren Kierkegaard, O Conceito de Angústia

terça-feira, 17 de julho de 2018

João Semedo 1951- 2018


Toda a adjectivação sobre João Semedo faz sentir saudades do Homem.

Generosidade, uma palavra tão grandiosa e tantas vezes ouvida no dia de hoje.
Não será esquecido,João .Pela nossa geração e dos filhos que gerámos e o acompanharam no pensamento e na acção .

terça-feira, 22 de maio de 2018

Morreu hoje o pintor Júlio Pomar, e com ele o pintar e poemar...

Não é para Contar uma Estória que tu Escreves

          Não é para contar uma estória que tu escreves 
e eu pinto 
nem para nos apontarem a dedo que limamos 
o bico aos pregos no avesso do mundo, nem a terra 
é o centro deste. O universo não usa 
adereços de cena 
nem liga a espelhos. Tem mais que fazer 
que nos copiar e tão-pouco ao fado pois ele é 
velho, não tem dentes, e tresanda 
ao ranço de uma açorda 
salgada e sem coentros. 


Júlio Pomar, in "TRATAdoDITOeFEITO" 

(imagem tirada do Funchal Notícias)

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Melodias de sempre, serão para trabalhadores ou era uma vez Madalena .... (Eurovisão premiada em 1966 e agora por Savador em 2017)

Para as pessoas da minha geração e a viverem em cidades ligadas ao espectáculo estival, aliado ao pequeno ecrã, único entretenimento em épocas de Eurovisão, em que se ía ao café ou às Associações recreativas ou de Bombeiros, ouvir  o nacional cançonetismo não nos era indiferente.

Madalena Iglesias, Simone, António Calvário, Tony de Matos, Artur Garcia , João Maria Tudela , dos que me lembre, passavam quase 3 meses em espectáculos,  no que foi muito belo Casino da Figueira da Foz. 
Eu, teria os meus 12 anos e também tinha um pequeno e bonito livro de autógrafos vermelho , com um calhambeque desenhado, com o qual eu ía pedir autógrafos  quando passavam ou íam a outro icónico e desaparecido café , O NICOLA .

Esse livro perdeu-se, ou roubaram-mo.... Alguma rival, ciumenta,  de algum membro do grupo musical, que anos mais tarde assentou anos a fio na Figueira e onde todos debitaram a sua dedicatória.... Eles eram uns "rebenta corações"...

Madalena era bonita. O despique com Simone de Oliveira era gostoso, como gostoso era ver duas mulheres bonitas e expressivas. 
Assusto-me.... Dizem que a História só se faz ao fim de 50 anos  e eu já a começo a fazer.

(Vejo neste momento na RTP António Calvário. Não é que está novo para a idade?)



sábado, 25 de novembro de 2017

"Pedro para sempre Fizeste-me tão feliz, Pedro, tantas vezes. A tua felicidade — amar a família, as pessoas, as coisas, os jornais, as músicas, as discordâncias, os amigos — sobrava para a nossa."

Eu gostava do Pedro como radialista, lia---o menos.... A sua morte,  quase inesperada, para mim, fez-me sentir tão triste. 
Não imaginava que as vozes que fazem parte da nossa vida na rádio, ao se calarem para sempre, deixassem um vazio tão grande. E, era novo.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Pedro, isto já não vais ler. Já não me importo tanto. Vão ler as pessoas que te amam. Estou aqui para lhes dizer quanto tu as amavas. Não te calavas com a tua mãe, Maria João. Éramos os dois apaixonados pelas nossas mães: havia meninos mais mimados pelas mães? Eu nunca conheci.
Chegavas tu. Passávamos horas a contar histórias das nossas mães e não era naquele género competitivo da tua mãe ser melhor do que a minha. Reconhecíamos que, a partir do mais alto nível, as mães não podem ser melhores do que já são.
(continua AQUI) 
CRÓNICA DE MIGUEL ESTEVES CARDOSO, JORNAL PÚBLICO DE HOJE

terça-feira, 30 de maio de 2017

"Meditação Descontínua sobre o Envelhecimento" Miguel Urbano

Ela (final) - "Meditação Descontínua sobre o Envelhecimento"

ELA 


     "Eu conhecera-a muitos anos antes, quando ela era uma adolescente. Mas ao reencontrá-la em Serpa naquela manhã vi uma desconhecida.
     Foi num dia de Junho e o calor abrasava as lajes da velha praça.
     Estávamos numa esplanada, tomando refrescos. No grupo, as conversas, cruzadas, incidiam sobre assuntos diferentes. Eu não as acompanhava. Estava concentrado nela.

   Os cabelos, aquecidos pelo sol alentejano, adquiriram um tom acobreado. Os olhos, enormes, irradiavam uma luminosidade húmida (...). Falava devagar, com um ritmo que lhe valorizava a voz que também me pareceu ser diferente de qualquer voz já escutada. E tudo o que dizia parecia-me profundo, inteligente.
    Reencontrei-a no dia seguinte, num almoço ruidoso na aldeia da sua família materna. E a minha atenção voltou a ser absorvida por ela.
     Lera livros meus e recordou deles personagens, interrogando-me sobre situações e comportamentos em que, como autor, não havia reflectido.
    Deu-me o e-mail para mantermos contacto permanente. Nas semanas seguintes recebi quase diariamente breves mensagens suas. Numa delas citava Proust, a propósito de personagens de grandes romances criadas pela imaginação mas que amamos como se fossem gente. Impressionou-me a sua capacidade para descer fundo no que em cada um de nós é quase incomunicável e registei também o seu domínio da palavra. Ana Catarina transmitia ideias e sentimentos com um estilo original [...].
      À inibição somava-se o temor do ridículo.
     Ela tinha 38 anos e eu ia completar 80. Uma jovem como Ana Catarina não podia sentir-se atraída por um velho como eu. Tomar uma grande afinidade intelectual e humana por um sentimento diferente seria uma atitude reveladora de que eu entrava em fase senil sem me dar conta disso [...]
    Passei a dormir menos. Sem insónias. Deitado, pensava nela durante horas. Um dia venci as muralhas da inibição e disse-lhe que a atracção complexa que exercia sobre mim era um sentimento muito próximo do amor, o que me assustava.
    Mas ela não se assustou. Respondeu que eu a fazia feliz e sugeriu que levantasse as barreiras ao   amor. [...]
     Em Agosto desse ano, 2005, viajei para o Brasil. Decidimos que no meu regresso iríamos passar um fim de semana alargado a Mérida (...). Redescobri ali a felicidade (...).
     Fechei numa gaveta do cérebro as elucubrações sobre o absurdo de romper todas as fronteiras que se interpunham entre mim e uma mulher jovem. Esqueci que tinha mais do dobro da sua idade [...]

     Hoje sei que Etna no Vendaval da Perestroika é um livro filho do amor. Não teria sido escrito se não houvesse encontrado a Caty numa manhã de Junho em Serpa. Quando eu envelhecia, pensando na contagem decrescente do tempo de vida útil, ela me sacudiu até às raízes, levando-me a redescobrir o amor em patamares que não imaginava existirem.
     Reencontrei pela sua mão a felicidade pessoal, meta perseguida pelo homem como fim supremo, esse estado de paz interior, de alegria pagã cultivado pelos epicuristas gregos e satanizado pela igreja de Jesus e muitas outras.
     Caty somente se desentende comigo quando o diálogo incide sobre a brevidade dessa felicidade. Porque na lógica da vida, ela continuará em breve sozinha o seu caminhar (...). A corrente da vida prosseguirá quando eu desaparecer. E de alguma maneira continuarei presente nos meus filhos e netos e em Caty".

         Serpa e Vila Nova de Gaia, Setembro de 2008

Miguel Urbano Rodrigues - Parte IV, pag, 211 a 216 In "Meditação Descontínua sobre o Envelhecimento" - Ed.Calendário


Do blogue Quanto Tempo o Tempo Tem

terça-feira, 9 de maio de 2017

Os amigos de Baptista Bastos falam mais alto ... (1934-2017)

POEMA PARA OS MEUS AMIGOS
Virar a cabeça
não é resguardar
*
(amigos)
*
nem ver as pessoas
é vistoriar
*
Sedenta é aquela
que olha uma montra
no fundo dos olhos
reparem
está morta
*
os outros passeiam
com ar de enganados
*
Verdade é aquele
com a fome
no fato
*
Virar a cabeça
não é reparar
*
(amigos)
*
nem ver as pessoas
é vistoriar
*
O chão tem os
anos
e a área dos meses
*
e a morte é um fruto
com raiva nos dentes
*
Reparem
no choro que nos deram
no berço
*
verdade é a Hístória
com arado
e semente
*
Virar a cabeça
não é confrontar
*
(amigos)
*
nem ver as pessoas
é vistoriar
*
Tem o povo as mãos
pregadas na terra
*
Se um dia as recolhe
são armas de guerra
*
que o pão
 é feitio que o corpo
ai toma
*
e verdade é no peito
uma bala sem lógica
*
Virar a cabeça
não é perguntar
*
(amigos)
*
nem ver as pessoas
è vistoriar
*
Dobrada lava a mulher
o chão
de toda uma casa
*
que os braços
não lavram milho
com as espingar quebradas
*
questão de vício
ou vencer
*
questão de força
*
Reparem
*
há um clima
de raiva
com armas que não disparam
*
Virar a cabeça
não é transformar
*
(amigos)
*
nem ver as pessoas
é vistoriar
*
("Cronista não á Recado" - 1967)

Fotografia de Alfredo Cunha 
Poema de Teresa Horta  ( poema dedicado aos amigos e um dos preferidos de BB ), em FB

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Leituras breves mas profundas

"É dele ( Nuno Brederode dos Santos) uma frase de que me apropriei: não te esqueças que a indignação é um espasmo de inteligência."

 
Egon Schiele, "auto-retrato"

Palavras de Luís Osório no FB.
Eu. também admirava o que lia de Nuno Brederode. Já lá vai bastante tempo.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Oceanófrago, Mário Ruivo, 1927-2017


Se um dia olhar para o céu e não te ver, é que sou a onda do mar e não consigo te esquecer, sou feliz do teu lado sem do seu lado estar, pois você é isolado no meu modo de pensar, quando estou triste e não tem solução, lembro que você existe e mora no meu coração!
Carlos Drumond de Andrade
mais AQUI

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Ferreira Gullar. 1930-2016



O QUE SE FOI


O que se foi se foi.
se algo ainda perdura
é só a amarga marca
na paisagem escura.

Se o que se foi regressa,
traz um erro fatal:
falta-lhe simplesmente 
ser real.

Portanto, o que se foi,
se volta, é feito morte.

Então porque me faz
o coração bater tão forte?

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

o tributo a José Rodrigues, escultor, gravador e tudo o mais que ele quisesse ....



Li algures, a propósito da sua partida e da sua compulsão pelo desenho e pintura, que gostaria que dos seus dedos jorrassem pingos de tinta , uma cor para cada dedo , para permanentemente poder pintar. 
Há muito anos José Rodrigues fazia parte do meu modo de também de viver a vida através da arte e pela arte..
Por devoção conjugal  para com um artista plástico, Vila Nova de Cerveira e a sua Bienal, passaram a ser uma "romaria" minhota à qual não se podia faltar. Até porque o meu ex  cônjuge aí estava normalmente representado.
A vida deu outras voltas.
Há uns largos anos, talvez no inicio da Festa do Avante na Atalaia, anos 80, numa das suas bienais de pintura enamorei-me de uma gravura de José Rodrigues. Tiro e queda. Três contos e quinhentos escudos. Era caro para mim, mas faria um esforço.Só que não havia Multibanco na época, nem se andava com tanto dinheiro. Contudo, com toda a simpatia, o setor responsável,  DORN do Porto, prontificou-se a enviar-ma por correio e à cobrança . 
Uma espera em vão, e um certo desacreditar no sistema do partido que para mim não podia falhar pelo hábito da boa organização.
Soube mais tarde por voz amiga que as coisas lá pelo Norte não estavam na melhor forma de gestão...
Penosa fiquei.~
Há quatro anos, voltei a Cerveira. Sorte . Retrospectiva do trabalho de José Rodrigues.
Para o mês que vem vou lá de novo. 
Memórias avivadas.

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Anna Paula, deixou o TEC , depois a vida... Aconteceu hoje

Anna Paula era linda e uma grande atriz. 
Fazia parte do Grupo do Teatro Experimental de Cascais.
Fazia parte do meu teatro e da minha vila.
Sei que os seus amigos e colegas estão hoje muito tristes.