De um tempo sem memória porque sem futuro, sepultos todos sob um sol de morte fabricado por nossas mãos, apraz pensar que uma pintura como a de Cruz Filipe é um dos seus últimos memoriais fascinantes. E não estranhará supor que esta insólita construção do imemorial seja um dia a memória adequada a este nosso tempo sem ela.
Eduardo Lourenço
in «Cruz Filipe ou o Tempo Imaginário», Colóquio Artes, nº25, 1975
Pinturas de Cruz Filipe de 1980 e 2011
Texto apresentado no catálogo de AZARES DA EXPRESSÃO OU TEATRALIDADE NA PINTURA PORTUGUESA
ALGUMAS OBRAS DO CAM 1987