Por ser um crime público, a violência doméstica pode ser denunciada por qualquer pessoa. Existem várias linhas de apoio à vítima, entre as quais o 800 202 148, disponível durante todo o ano, 24 horas por dia. A chamada é gratuita.
Mais uma mulher barbaramente assassinada pelo marido/monstro.
Desta, na Madeira e dentro de um ritual "satânico "
Desenho de Picasso
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terça-feira, 30 de julho de 2019
domingo, 15 de julho de 2018
Porque brincais com o mar em tempo de alegrias ?
O mar enrola na areia
ninguém sabe o que ele diz
bate na areia e desmaia
porque se sente feliz ....
Nem sempre o mar se sente feliz , nem sempre as pessoas são tementes à sua aparente calma .
Mais uma tragédia em Espinho. E, mais haverá .
quinta-feira, 2 de novembro de 2017
O culto dos mortos como poética da ausência
Henri Matisse, 1916, "A janela" |
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017
Venham mais cinco ....
Como também gosto de recordar o Zeca. Era com este aspecto que muitas vezes o via para os lados da Trindade.
Há 30 anos choveu copiosamente neste dia. Nunca esquecerei o quanto difícil foi .
O céu rebentou em lágrimas a chorar o seu/nosso cantor.
quarta-feira, 27 de abril de 2016
Mário de Sá Carneiro, centenário da sua morte. Por aqui, "Confissões de Lúcio"
A Inegualável
Ai, como eu te queria toda de violetas
E flébil de setim...
Teus dedos longos, de marfim,
Que os sombreassem joias pretas...
E tão febril e delicada
Que não podesses dar um passo -
Sonhando estrelas, transtornada,
Com estampas de côr no regaço...
Queria-te nua e friorenta,
Aconchegando-te em zibelinas -
Sonolenta,
Ruiva de éteres e morfinas...
Ah! que as tuas nostalgias fôssem guisos de prata -
Teus frenesis, lantejoulas;
E os ócios em que estiolas,
Luar que se desbarata...
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Teus beijos, queria-os de tule,
Transparecendo carmim -
Os teus espasmos, de sêda...
- Água fria e clara numa noite azul,
Água, devia ser o teu amor por mim...
Mário de Sá-Carneiro, in 'Indícios de Oiro'
E flébil de setim...
Teus dedos longos, de marfim,
Que os sombreassem joias pretas...
E tão febril e delicada
Que não podesses dar um passo -
Sonhando estrelas, transtornada,
Com estampas de côr no regaço...
Queria-te nua e friorenta,
Aconchegando-te em zibelinas -
Sonolenta,
Ruiva de éteres e morfinas...
Ah! que as tuas nostalgias fôssem guisos de prata -
Teus frenesis, lantejoulas;
E os ócios em que estiolas,
Luar que se desbarata...
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Teus beijos, queria-os de tule,
Transparecendo carmim -
Os teus espasmos, de sêda...
- Água fria e clara numa noite azul,
Água, devia ser o teu amor por mim...
Mário de Sá-Carneiro, in 'Indícios de Oiro'
terça-feira, 24 de março de 2015
" e assim as árvores chegam ao céu", Herberto Hélder. 1930-2015
«Na límpida teia das mãos,
a colher que se arqueia
desde
a traça alimentar à costura cirúrgica
da garganta
onde a voz rebenta
num buraco de sangue.»
(...) A costura cirúrgica da garganta é sinónima da corola cesariana. É pela boca que se manifesta o poder do corpo, no corpo reside o poder da linguagem poética. Herberto Hélder é o poeta que mais longe foi na exploração das potencialidades metafóricas da linguagem do corpo, que, o mesmo será dizer, mais longe foi na exploração do desejo.
in «DIÁRIO POPULAR», 28/09/1978
A pedra abre a cauda de ouro incessante,
somos palavras,
peixes repercutidos.
Só a água fala nos buracos.
(...)
Sou os mortos - diz uma árvore
com a flor recalcada.
E assim as árvores
chegam ao céu.
HH, «Húmus», 1966/67 (introdução do livro O CORPO O LUXO A OBRA )
sábado, 1 de novembro de 2014
aos meus amores...
Se pudesse percorrer o lugar onde um dia vos deixei, gostaria de encontrar as vossas frias pedras cobertas de azevinho onde por esta altura as bolinhas vermelhas me fizessem lembrar que vem aí o Natal , que deveria ser sentido de outra maneira.
O culto dos mortos...
"O culto dos mortos como uma poética da ausência"
epitáfio, da estátua e, por fim, da fotografia (relembre-se que a descoberta
da fotografia — essa nova ilusão da paragem oval e sépia do tempo — é
contemporânea da revolução cemiterial romântica) deve ser vista como
uma consequência iconográfica dos novos imaginários, quer estes apontem
para fins escatológicos, quer se cinjam à memória dos vivos. E, para que a
simbólica do cemitério (a localização) lhes correspondesse, a materialização
dos signos exigiu a fixação do cadáver (isto é, um monumento), de modo a
ser nítida e inequívoca a evocação (a imagem, o símbolo, o epitáfio narrativos)
e a identificação do ausente (a epigrafia onomástica)(47). Recorde-se que
a antroponímia é uma forma de controlo social da alteridade do sujeito.
Não surpreende, assim, que todo o dever de memória tenha de passar pela
invocação (ou restituição) dos nomes próprios: a nomeação faz sair do
esquecimento o evocado, renovando-lhe o rosto e a identidade...
Em http://www.artcultura.inhis.ufu.br/PDF20/f_catroga_20.pdf (clicar) , de Fernando Catroga
Túmulos de La Fontaine e Moliére, cemitério de Père Lachaise
quinta-feira, 13 de março de 2014
Reflexão do meu dia de hoje....
Horário do Fimmorre-se nada
quando chega a vez
é só um solavanco
na estrada por onde já não vamos
morre-se tudo
quando não é o justo momento
e não é nunca
esse momento
Mia Couto, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"Piéta de Michelangelo
sábado, 18 de janeiro de 2014
domingo, 19 de agosto de 2012
De massacre em massacre a vida continua com repetições históricas....
Há 4 dias o massacre inesperado(?) dos mineiros na África do Sul.... Ali, à má fila.
Há 76 anos foi assassinado Frederico Garcia Lorca. Pre-me-di-ta-da-men-te.
É VERDADE
Ai que tormento me custa
querer-te como te quero!
Por teu amor dói-me o ar,
o coração
e o chapéu.
Quem me compraria a mim
este anel que aqui tenho
e esta tristeza de linho
branco, para fazer lenços?
Ai que tormento me custa
querer-te como te quero
In, Obra Poética, Frederico Garcia Lorca ( De Canções)
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
" o fotógrafo do todo pelo detalhe ou o detalhe pelo todo"
Fotogrfia de Andreas Gursky, Pyongyang, 2007
Primeiro ouvi e agora vi na televisão, num silêncio sepulcral, as lágrimas das gentes da Coreia do Norte, pela morte do presidente Kim Jong-il.
Difícil para mim perceber as lágrimas de luto por um ditador.
As lágrimas de um luto podem ter causas várias mas deixo isso para" psis "... por receio de cair em erros de análise.
AQUI, a fotografia de Gursky que levou 18 meses a negociar com o governo coreano para poder fotografar as festas do Estádio de Maio. Interessante texto.
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