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quarta-feira, 25 de março de 2015

quarta -feira, dia de feira e flores, mas o poeta já não estava por perto... (1)

...mas a memória ficará sempre no ar .... como a poética nem sempre ou quase nada fácil, porque Herberto Hélder também não era fácil. 

Mas, há um livro, a que recorro muito, poesia reunida de Matilde Rosa Araújo,  em « Infância Lembrada», onde um dos poemas que me deliciam , e só um excerto aqui deixo, de HH.


UMA CRIANÇA DISSE

Uma criança disse: "Quando eu crescer, vou cortar as flores grandes para não haver vento".
Largas crianças amarelas nos parques podres. Amarelas como os inquilinos das luzes. Como os lugares culpados da maior existência de Deus.
As crianças tremem com  a mão dentro do movimento.

Uma criança disse: "Um anjo é uma gaivota".
Um anjo é um homem como os outros: o que é, tem asas."
E outras: " Um anjo é um pássaro cantador".
"Um anjo é uma andorinha. Tem uma coroa. "
"Um anjo é um homem que tem o sol pendurado atrás da cabeça."
E uma outra sonhou que tinha engolido o sol.

Crianças traspassadas pela sua própria exactidão.

(...)

Terá continuação. O texto poético é muito lindo.





quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Fomos ao Alvito...

Fomos até à feira dos Santos no Alvito.
Tinha sido de um enorme agrado o ano anterior. Toda a Vila estava organizada e bem ,com os feirantes bem localizados a vender as suas especialidades...
Este ano, a desertificação já normal nas terras alentejanas, fez-se sentir profundamente com a deslocalização da dita feira para uns terrenos anexos e distantes do centro,logo, a vila , vazia, sem vivalma.
Muito desorganizada, a feira. E Alvito triste...
Dizem , que os moradores se queixavam da desordem em que ficava a terra depois da feira.
Mas questiono. Não haverá equipas de arrumação e limpeza, como há na maioria dos municípios para o fim destas efemérides?,Assim, não continuaremos clientes do Alvito nesta altura do ano...o que é pena!