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quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

The End: Adrian Campos (1960-2021)


O ex-piloto, fundador e dono de equipa, Adrian Campos, morreu esta noite aos 60 anos. A noticia foi comunicada pela Campos Racing através das redes sociais, e de acordo com o site Soy Motor, faleceu devido a um aneurisma da aorta.

Hoje é o dia mais triste da história da Campos Racing. Nosso Presidente e fundador, Adrián Campos Suñer, nos deixou. Seu coração deixou de bater, mas sua lembrança será o motor que manterá a todos nós lutando para seguir seu legado. Descanse em paz”, escreveu a equipa na sua conta do Twitter.

Nascido a 17 de junho de 1960, em Alzira, na região de Valencia, ele era descendente do fundador da marca de gelados Avidesa, que lhe fez herdar uma fortuna considerável, e que o ajudou na sua carreira de piloto. Começou nos monolugares em 1981 e dois anos depois, chegou à Formula 3. Em 1985, foi terceiro classificado no campeonato alemão, e depois rumou à Formula 3000, com sucesso modesto.

Por essa altura, já tinha testado na Formula 1, a bordo de um Tyrrell, e tentou a sua sorte ao aterrar num lugar em 1987, a bordo de um Minardi, ao lado de Alessandro Nannini. Nas 16 corridas, apenas terminou uma corrida, precisamente o "seu" Grande Prémio de Espanha, num modesto 14º posto, o último entre aqueles que ainda rolavam em pista, a quatro voltas do vencedor. Campos continuou em 1988, mas depois de três não-qualificações consecutivas, foi substituído por Pierluigi Martini após o GP do Canadá. Martini, que tinha estado na Formula 1 em 1985 pela Minardi, conseguiu um sexto lugar logo na sua primeira prova, em Detroit.

Passada a Formula 1, foi competir para os Turismos locais, onde foi campeão em 1994, e em 1997, depois de uma passagem pelos Sport Protótipos, entre os quais as 24 Horas de Le Mans, onde não terminou, pendurou o capacete e decidiu construir a sua própria equipa de automóveis, a Campos Racing. Essa era a sua segunda tentativa, depois e em 1992 ter ajudado na construção da equipa Bravo, que queria correr na Formula 1, mas acabou por abortar. 

Como Campos, começou a competir na Open Fortuna by Nissan - aliás, foi um dos fundadores daquilo que mais tarde se tornou a World Series by Renault - e depois com pilotos como Marc Gené e Fernando Alonso, conseguiu os seus primeiros resultados de relevo na competição, ajudando a colocar ambos na Formula 1, pela Minardi. Em 2005, foi para a GP2, onde ficou até aos dias de hoje, mas em 2009, teve a grande ambição de ir para a Formula 1 com a sua própria equipa. Inscreveu e o seu projeto foi aprovado - tinha na sua estrutura gente como Alejandro Agag, o futuro diretor da Formula E - mas a meio do projeto, alguns dos apoios prometidos não apareceram devido à crise económica que atingiu fortemente a Espanha nessa altura. Assim sendo, vendeu a sua parte para José Ramon Carabante, que a rebatizou de Hispania Racing Team, que correu em 2010 com Bruno Senna e Karun Chandhok.

Passada a tentativa abortada, e equipa regressou às Formulas de promoção, primeiro na AutoGP - com Adrian Campos Jr, seu filho - para depois rumar à Formula 3 e Formula 2, que é onde está neste momento, e que em 2020 tee como pilotos o anglo-coreano Jack Aitken e o brasileiro Guilherme Samaia. Para a temporada de 2021, tinha acabado de confirmar o suíço Ralph Boschung

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

CNR 2016: Magalhães lidera o Rali Vinho da Madeira

José Pedro Fontes, Miguel Campos, Bruno Magalhães e Ricardo Moura abrilhantaram o primeiro dia do Rali Vinho da Madeira com um excelente duelo a três, com três carros de marcas diferentes. No final do dia, após nove especiais, o melhor foi Bruno Magalhães, que conseguiu abrir uma vantagem de... 0,5 segundos sobre o segundo classificado, José Pedro Fontes. Mas Miguel Campos não anda longe, no terceiro posto. Tudo isto quando faltam as duas classificativas noturnas deste primeiro dia do Rali Vinho da Madeira.

Depois de Ricardo Moura ter sido o primeiro líder do Rali da Madeira, vencendo a especial de abertura na Avenida do Mar, na baixa do Funchal, o primeiro dia do Rali começou com o duelo a quatro entre portugueses. Miguel Campos começou a abrir as hostilidades, na primeira passagem pelo Campo de Golfe,  onde venceu com 0,6 segundos de avanço sobre Miguel Nunes e 2,1 segundos sobre José Pedro Fontes, no seu Citroen. O piloto do Skoda Fabia R5 tinha conseguido um avanço de 3,3 segundos logo na primeira etapa do dia.

A seguir, na primeira passagem por Palheiro Ferreiro, Bruno Magalhães reagiu e passou para a frente do rali, conseguindo um avanço de 0,6 segundos sobre Miguel Nunes e 2,1 segundos sobre José Pedro Fontes. Miguel Campos perdeu nove segundos e caia para o quarto posto. Tudo isto antes do despiste de Filipe Freitas, que levou à neutralização do troço.

Campos reagiu na segunda passagem pelo Campo de golfe e foi de novo o melhor, subindo ao terceiro posto da geral. Na classificativa, ele foi superior a José Pedro Fontes em 1,7 segundos e em 2,5 segundos sobre Bruno Magalhães. Por esta altura, Bruno Magalhães ainda era o líder, mas tinha apenas um segundo de avanço sobre José Pedro Fontes, e os quatro primeiros tinham apenas 5,5 segundos a separá-los.

Campos voltou a atacar na segunda passagem por Palheiro Ferreiro, vencendo a especial e ganhando um segundo a José Pedro Fontes e 1,4 segundos sobre Bruno Magalhães. Apesar das posições não se terem alterado, a diferença entre os três primeiros tinha-se reduzido para meros... 1,7 segundos.

Pela parte da tarde, na primeira passagem por Ribeirão Frio, o local Miguel Nunes conseguiu superar Bruno Magalhães por 0,7 segundos, enquanto que José Pedro Fontes perdeu 1,7 segundos e ficou agora a 4,4 segundos de Magalhães. Miguel Campos acabava em quinto na etapa e era o terceiro, agora com uma desvantagem de 7,4 segundos sobre o líder.

A seguir, na segunda passagem por Cidade de Santana, outro madeirense, Alexandre Camacho, num Peugeot 208 R5, que o fez aproximar-se de Miguel Nunes, no lugar do melhor madeirense. Nesta altura, está no quinto posto, com seis décimos a separá-los cada um. José Pedro Fontes foi o segundo, e encurtou a distância para 2,9 segundos, já que o piloto da Ford foi terceiro na especial, seguindo por Campos, o quarto, e a manter o terceiro posto da geral.

Na nona especial, a última antes das especiais noturnas, José Pedro Fontes passou ao ataque e conseguiu vencer a segunda passagem por Ribeiro Frio, conseguindo 2,4 segundos de vantagem sobre Bruno Magalhães e ficando a apenas... meio segundo. O piloto da Ford apenas conseguiu o quarto melhor tempo, tendo entre eles o Peugeot de Alexandre Camacho (a meros 0,1 segundos) e o Ford de Miguel Nunes, a 2,2 segundos. E com isso, Camacho passou para o quarto posto, em troca com Nunes.

Depois das especiais noturnas, o Rali Vinho da Madeira continua amanhã.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Os planos futuros da Mahindra

A Mahindra não teve uma primeira temporada fácil na Formula E em 2014. com Bruno Senna e Karun Chandhok como pilotos, a equipa indiana não conseguiu ter vitórias, pódios ou poles, conseguindo como melhor resultado um quarto lugar de Bruno Senna na segunda corrida de Londres. Em termos de Construtores, foram apenas oitavos no campeonato, superando apenas a Venturi e a Trulli, conseguindo apenas 58 pontos. Assim sendo, para a próxima temporada, decidiram fazer tudo de novo substituindo de parceiro, trocando a Carlin pela Campos, que assistiu a NEXTEV, a equipa chinesa que deu a Nelson Piquet Jr. o seu titulo de campeão. 

"Estamos felizes em anunciar a Campos como nosso fornecedor para a Mahindra na temporada 2015-16. A Mahindra e Campos começam a parceria com riqueza de conhecimento e experiência vindas da primeira temporada. Temos uma intenção clara de maximizar o desempenho do M2Electro e almejar resultados de ponta", começou por dizer o chefe da equipa indiano, Dilbagh Gill, na conferência de imprensa de apresentação da equipa para a temporada 2015-16.

"A Mahindra construiu nos últimos meses uma equipa que vai liderar esse projeto com serviços a serem providenciados pela Campos. Essa nova relação é muito diferente da do ano passado, já que a liderança da marca será a cargo da Mahindra.", continuou. 

"É uma parceria de longo prazo, que potencialmente vai desenvolver projetos fora da F-E. A Mahindra vai fornecer liderança técnica, e a Campos entra com a expertise em engenharia de corrida", concluiu Gill.

Do lado da Campos, o seu chefe, o ex-piloto Adrian Campos, referiu a nova parceria da seguinte forma: "Ser abordado por uma equipa com a ambição da Mahindra prova que merecemos uma reputação forte no paddock da Formula E. Com uma parceria com dois equipas esse ano, vamos trabalhar com o mesmo direcionamento e rigor que tivemos na primeira temporada."

"Estamos aqui para fornecer as habilidades e a experiência no sentido de tirar o melhor de ambos os pacotes. Nosso corpo de trabalho da Campos está a trabalhar com dedicação ao lado dos engenheiros da Mahindra e essa abordagem híbrida provou-se bastante benéfica ao testar o M2Electro", concluiu Campos.

Em termos de pilotos, Dilbagh Gill afirmou que tinha maiores expectativas em relação a Bruno Senna, nesta sua primeira temporada. "Tanto Karun quanto Bruno tiveram performances admiráveis nas suas próprias maneiras. Karun foi bem nas primeiras corridas, enquanto Bruno mostrou momentos de brilho durante a temporada. Do ponto de vista da equipa, gostaríamos definitivamente que Bruno tivesse sido mais consistente", referiu.

Em relação a quem ficará no lugar de Chandhok, quatro pilotos foram testados no mês passado em Espanha: o português Antonio Félix da Costa, o holandês Giedo Van der Garde, o italiano Giorgio Pantano e o britânico Adam Carroll.

domingo, 9 de junho de 2013

CPR 2013 - Bernardo Sousa soma e segue na Marinha Grande

Três semanas depois de Bernardo Sousa ter vencido em Guimarães, máquinas e pilotos estavam na Marinha Grande para mais uma etapa do Campeonato Português de Ralis, neste caso em concreto, o Rali do Vidreiro, uma das clássicas nacionais. Com o piloto da Madeira a destacar-se no campeonato, apesar da oposição dos Skodas de Ricardo Moura e de Pedro Meireles, e os carros de Grupo N guiados por veteranos como Adruzilo Lopes, o rali prometia ser bem interessante de ser seguido.

Depois da classificativa noturna, na Marinha Grande, máquinas e pilotos andariam por sítios como Carnide e Mata Mourisca, para além de andarem pela mítica classificativa do Pinhal de Leiria, na zona de São Pedro de Muel. Na primeira classificativa do dia, Pedro Meireles foi o melhor, abrindo 1,2 segundos de diferença sobre um surpreendente - ou talvez não... - Adruzilo Lopes, no seu Subaru Impreza, e 2,2 segundos sobre Bernardo Sousa, no seu Ford Fiesta S2000. A seguir, Ricardo Moura (que tinha perdido 10,9 segundos na primeira especial) venceu de novo na primeira passagem por Mata Mourisca, mas o segundo tempo de Lopes fez com que tenha sido ele a passar para o comando.

Pensava-se que a liderança de Adruzilio iria ser de curta duração, mas afinal não. Fazendo valer a sua experiência, e aproveitando bem o tempo instável, ele conseguiu ser melhor do que os S2000 na segunda passagem por Carvide e Mata Mourisca, vencendo em ambos os troços e conseguindo abrir uma vantagem de 7,1 segundos sobre Pedro Meireles. Aliás, os pilotos da frente rodam muito juntos: Bernardo Sousa é o terceiro, com 8,4 segundos de desvantagem sobre Adruzilio, e Ricardo Moura é o quarto, a 18,7 segundos do lider do rali.

A parte final estava reservada para a classificativa de São Pedro de Muel, onde se iria ver até que ponto o piloto do Subaru iria aguentar as investidas dos S2000. E aparentemente, com toda a gente perto uns dos outros, a mudança iria acontecer. E foi o que aconteceu: Bernardo Sousa na quinta especial, beneficiando da maior velocidade e da melhor escolha de pneus, provando que foi uma aposta ganha.

Com isso, Adruzilo Lopes caiu para o quarto posto, pois os dois Skodas de Ricardo Moura de Pedro Meireles conseguiram superar o piloto do Subaru. Mas os seus andamentos eram tão iguais que chegaram ao fim do rali com uma diferença de 0,3 segundos, a favor do açoriano. Apesar de Adruzilo Lopes ter ficado fora do pódio, ele foi o melhor na Power Stage, conseguindo três pontos extra, na frente de Miguel Jorge Barbosa, quinto no seu Mitsubishi Lancer Evo IX.

Na classificação geral, Bernardo Sousa é o comandante do campeonato, com 81 pontos, seguido por Ricardo Moura, que poderá ter uma palavra a dizer, já que foi o melhor português no Rali Açores, que conta para a Taça de Ouro, e esse resultado pode ser substituído por algum mau resultado que tenha até ao final da temporada. Quanto ao campeonato, este volta em setembro, com o Rali da Mortágua.

sábado, 1 de dezembro de 2012

The End: HRT Formula 1 Team (2010-2012)

A HRT acabou esta sexta-feira, 30 de novembro. O anuncio ainda não e oficial, mas é oficioso. E sinal dos tempos: o anuncio de que a HRT fechou as portas foi dado pelo Twitter. Toni Cucurella, diretor desportivo da equipa espanhola, confirmou esta noite, no perfil da equipa no microblog, que “hoje, depois de três temporadas, a última página da HRT foi escrita". 

Provavelmente amanhã ou segunda feira aparecerá o anuncio oficial por parte da Thesan Capital, mas à falta de informações contrárias a tendência, a equipa espanhola deve ter anunciada a sua extinção. Quando isso acontecer, a Formula 1 terá onze equipas na temporada de 2013.

O desfecho era esperado desde o momento em que a Thesan Capital anunciou que iria vencer a sua participação na equipa, há cerca de duas semanas, e logo depois decidiu tinha iniciar o processo de dispensa de 30 dos seus funcionários e a suspensão das suas atividades em Madrid, pelo menos até ao final do ano. Ao longo desse tempo, houve noticias do potencial interesse de chineses, mas mesmo com um preço de venda a rondar os 40 milhões de euros, aparentemente, não anunciaram qualquer acordo. É que este era o "deadline" para tal.

Assim sendo, esta é a segunda das quatro equipas que Max Mosley queria colocar em 2009, para tentar levar por diante a sua politica de corte de custos, com um tecto orçamental de 50 milhões de euros. Das quatro equipas - Virgin, Lotus, Campos Meta e USF1, todos com motores Cosworth - apenas duas existem, sob novos nomes, Marussia e Caterham, e a USF1, projeto de Peter Widsor e Ken Andersson, nunca chegou a sair do papel.

Inicialmente, a HRT começou como Campos Meta, projeto de Adrian Campos e José Ramon Carabante, com chassis desenhados à Dallara e com Bruno Senna como piloto. Contudo, a ideia de captar patrocínios no Brasil com o nome de Senna acopolado revelou-se um enorme fracasso e as dificuldades económicas fizeram com que Campos se afastasse e entrasse José Ramon Carabante, contratando Colin Kolles como diretor desportivo. Quando ao nome, sofria a primeira mudança: agora chamava-se Hispania.

O primeiro ano teve Senna e um conjunto de pilotos secundários: primeiro Karun Chandhok, depois o japonês Sakon Yamamoto e o austriaco Christian Klien. Sem resultados de relevo, não foi a última classificada graças às piores prestações da Virgin. Mas a falta de dinheiro, principalmente os problemas financeiros das empresas de Carabante, quase fizeram com que a equipa terminasse após o primeiro ano. Em 2011, é contratado o italiano Vitantoino Luizzi e o indiano Narain Karthikeyan, com o indiano a ser substituido pelo australiano Daniel Ricciardo a meio da época. Um 13º posto, no Canadá, acabou por ser a melhor posição da equipa.

Por essa altura, um investidor privado espanhol, a Thesan Capital, aparece para comprar a equipa a Carabante e a equipa muda de nome, ou se preferirem, encolhe para uma sigla: HRT. Colin Kolles fora dispensado e transferem-se para Madrid. Karthikeyan fica e no seu lugar é contratado o veterano Pedro de la Rosa, na tentativa de a tornar um pouco mais "espanhola". Contudo, as coisas não melhoram, apesar de a equipa manter a mesma dupla ao longo do ano, sem trocas pelo meio. Não existem grandes patrocinadores nas carlingas do carro e vivia-se no presente, e como nas duas temporadas anteriores, não conseguiram acabar qualquer corrida nos pontos.

Com o anuncio nas últimas duas semanas, as coisas precipitaram-se e agora, o desfecho parece inevitável. 

Para finalizar, uma historieta: confesso que nunca tive jeito para fazer canções, mas houve uma altura em que me aventurei. E uma delas tinha a ver com a HRT, na altura Hispania. E imaginando quatro "mariachis" a cantar no "funeral" da equipa, o refrão para essa musica seria o seguinte:

"Adiós, Hispania
Formula One is a cruel thing
Farewell, Hispania
Don’t blame us, blame on Mad Max!"


Em suma, a Formula Um, no alto da sua competitividade, mostrando que nesse mundo, os aventureiros ou jogam pelas regras dos outros ou arriscam-se a ser comidos. Porque afinal de contas, estamos a falar do "Club Piraña". 

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A aventura chinesa de Carlos Sousa e as farpas de Filipe Campos

Durante mais de duas semanas, sabia-se que o Carlos Sousa iria participar no Dakar de 2012, que como sabem, começará em Mar del Plata e acabará em Lima, no Peru. Mas não se sabia de qual marca é que iria participar na próxima edição, embora se falava "à boca cheia", desde há algumas semanas a esta parte, que seria um construtor chinês.

Sousa foi fazer os seus testes a Marrocos e o segredo era algo de "polichinelo", ou seja, "sabia-se tudo sobre o boi, menos o nome do boi". Agora tornou-se oficial: é a Great Wall, cujo jipe é um "clone" do BMW X3. Tanto que a estrutura da equipa com o qual Sousa vai correr, liderada pelo veterano Philippe Gache, trabalhou no passado com esse modelo.

"Tivemos três dias de testes em Marrocos, e gostei do equilíbrio geral do carro. Logicamente, precisa de evoluir, em vários pequenos aspetos, e apesar de já termos testado algumas afinações, não houve tempo para ensair mais. Eram precisos mais dias para conhecer melhor o carro. Para já realizámos afinações na suspensão e sistema de arrefecimento do motor, o que foi importante. Fiquei agradado com o motor, quer pela potência e mesmo pelo binário. Claramente acima do que estava habituado no Mitsubishi. Enfim, existe a noção exata do caminho a seguir." referiu.

Por um lado, é bom ver que o Carlos Sousa, um veterano de muitos Dakares, quer em África, quer na América do Sul, volte a participar numa equipa oficial e não como privado, onde os apoios são mais difíceis de alcançar, apesar de ter feito alguns brilharetes no passado, com a Mitsubishi. Agora, claro, como é que as coisas vão correr no Dakar é uma incógnita cuja resposta só se verá daqui a pouco menos de dois meses na América do Sul.

Digamos que acredito mais nos Mini 4All onde o Ricardo Leal dos Santos e o Stephane Peterhansel vão pilotar. Mas claro, vai-se ver - e desejar boa sorte - ao Carlos Sousa.

Entretanto, ontem à noite, o meu amigo Gonçalo Sousa Cabral, do 16 Valvulas, entrevistou o novo campeão nacional, o Filipe Campos, que também foi o vencedor da "prova-raínha" do Todo o Terreno português, o Rali de Fronteira, prova idealizada por José Megre e que comemorou este ano a sua 25ª edição. A bordo de um Mini 4All preparado pela Yser Racing Team - o que prova cada vez mais que é um carro competitivo - decidiu aproveitar a ocasião para mandar as suas "farpas" para a entidade organizativa da FPAK, especialmente sobre os regulamentos.

Por um lado tem razão - por causa de um dos seus maiores adversários ser Miguel Barbosa, o filho do presidente do ACP, Carlos Barbosa - mas por outro há uma coisa que salta à vista de todos nós. Tendo o carro mais competitivo do Nacional de Todo-o-Terreno, que raio faria ali em Portugal, só a correr provas nacionais? Já provou por mais do que uma vez que é o melhor, já ganhou títulos nacionais - aliás, é o atual campeão nacional. Portanto, correr lá fora é o desafio que lhe segue e só faz bem, desde que tenha o "budget" necessário para o fazer.

Quanto ao Dakar... apesar de muitos terem dito que seria pena ele não participar na edição de 2012, as suas razões são justificáveis. Para além de ser tarde em termos de planeamento, ele já não tem muita idade e muita paciência para rodar em superfície de areia, por exemplo. E ele é o primeiro a reconhecer isso. Talvez em 2013, se planear bem os seus próximos passos, com o devido "budget" e tudo. E claro, se a temporada de 2012 for boa.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Noticias: Miguel Campos testou Mini em Inglaterra

Depois de Armindo Araujo, outros pilotos portugueses podem estar a pensar no Mini Cooper John Cooper Works para projetos futuro. Isto porque Miguel Campos esteve esta semana em Banburry, sede da Prodrive, para testar um desses modelos, a convite da marca. Presentes estiveram igualmente outros pilotos que foram já clientes da Prodrive, e o teste durou apenas alguns quilómetros. Mas o piloto português ficou impressionado com o modelo e já pensa em angariar apoios para fazer o rali Vinho da Madeira ao volante de um modelo S2000.

"Tive o prazer de testar mais um carro atual e este mini WRC impressionou-me bastante pela positiva pois tem uma excelente carroçaria o que proporciona uma grande facilidade de condução, para além de que tem excelentes travões e caixa de velocidades. Quanto ao motor, confesso que notei pouca diferença para o Peugeot 206 WRC que conduzi durante alguns anos, pois este atual Mini tem um excelente torque aliado á boa potência, o que proporciona boas sensações de condução. Em resumo, fiquei muito bem impressionado, pena agora faltarem apoios para voltar ao ativo neste excelente carro!", referiu na sua página de Facebook.

Enquanto não consegue arranjar apoios para concretizar o projeto, o piloto de Vila Nova de Famalicão coloca a hipótese de disputar este ano mais uma ou duas provas do Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno, mas pretende fazê-lo num carro mais competitivo do que aquele onde fez a sua estreia este ano.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Noticias: Adrian Campos vai competir na Auto GP

A Auto GP, que começou por ser a Formula 3000 italiana, parece que se está a tornar aos poucos numa espécie de alternativa mais barata à GP2, para pilotos e equipas. Chefiada por Enzo Coloni, nas últimas semanas anda a conseguir acordos importantes visando uma cada vez maior visibilidade. Primeiro, um acordo com o WTCC para fazer parte da sua estrutura, com um calendário europeu a seguir em paralelo, e depois a atracção de mais equipas, algumas delas da GP2, como a Durango, Supernova e DAMS.

Esta tarde deu mais um passo rumo ao alargamento do pelotão com o anuncio de que a espanhola Campos Racing - que tentou no ano passado montar a sua equipa de Formula 1, sem sucesso - se vai juntar à competição que usa antigos chassis Lola-Zytek, construidos em 2005 e que correram anteriormente na agora extinta A1GP.

"Acredito que Auto GP seja o único campeonato que, graças ao seu acordo com a Eurosport, me pode oferecer uma competição de alto nível para os pilotos que têm a capacidade e a experiência para competir como profissionais mas que não conseguem, de uma forma ou outra, encontrar um lugar na Formula 1. Seu sistema de prémios, os seus carros com cerca de 600 cv e, sobretudo, a sua promoção assegurada por um canal como a Eurosport, faz-me acreditar que eles conseguirão organizar um campeonato extraordinário", começou por dizer Adrian Campos no sitio oficial da Auto GP.

"Sinto orgulhoso de fazer parte deste projeto e voltar a trabalhar com eles. Eu vou falar com os pilotos que tenho na minha mente e para montar o mais rapidamente possível a minha equipa para enfrentar este novo desafio", concluiu.

Já Enzo Coloni declarou sobre a entrada de uma estrutura como a Campos: "Conheço Adrian há muitos anos, quando a sua equipa começou a competir e ganhar na Fórmula Nissan, com um carro projetado e construído pela Coloni Motorsport. Agora já passaram mais de dez anos e estou muito contente por recebê-lo na Auto GP. A qualidade das equipas tem sido uma das chaves para o sucesso desta competição e adicionando Campos Racing para o nosso campo é outro passo nessa direção. Adrian e sua equipa têm bastante experiência nos monolugares e por isso tenho certeza que eles serão competitivos desde o inicio", afirmou.

A temporada da Auto GP de 2011 terá sete provas, seis das quais em conjunto com o WTCC, e começará a 15 de Maio em Monza para terminar a 4 de Setembro no Circuito Ricardo Tormo, em Valencia.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O acidente fatal de Marco Campos



Para fechar o dia, pus-me à procura do video sobre o acidente fatal do Marco Campos no circuito de Magny Cours, cujo 15º aniversário da sua morte recordei esta tarde. São apenas 30 segundos, mas mais do que suficientes para verem a violência do acidente com o italiano Thomas Biagi e o tremendo azar que o jovem Marco teve, e cuja vida foi abruptamente interrompida aos 19 anos, a fazer aquilo que mais gostava.

Ars lunga, vita brevis, Marcos.

Marco Campos, o talento que o Destino não deixou mostrar

Já não me lembrava, e acho que mesmo dentro dos "hardcores", poucos se recordariam dele. Mas quando o Leandro Verde se lembrou hoje no seu blog de Marco Campos, um promissor piloto cuja carreira acabou há precisamente 15 anos no muro de Magny-Cours, na última volta da última corrida daquela temporada, lembrei-me das imagens do acidente, absolutamente arrepiantes. Para os mais novos terem uma ideia, recordo-vos o acidente que o Ernesto Viso sofreu em 2007 na corrida da GP2 no mesmo circuito.

Pelo que me contam, tinha talento a rodos. E muitos acharam louco na altura de colocar um piloto de 18 anos num chassis de Formula 3000, ainda por cima não era o mais competitivo da altura, depois de ter ganho o título da formula Opel-Lotus, uma categoria cuja diferença de potência andava à volta dos 200 cavalos. Se soubessem nesta altura que aquilo era a tendência do futuro, teriam pensado duas vezes.

Com um mau chassis (era um Lola, enquanto que os da frente andavam de Reynard), "tirou leite de pedra" ao longo da temporada de 1995 e conseguiu pontuar nesse ano, um quarto lugar em Pau. Mas no final do ano, as suas perspectivas eram nubladas, e tinha uma mente confusa com tantas perguntas sem resposta. Acharia que a melhor maneira de provar o seu talento era de fazer uma condução agressiva e ultrapassar vários pilotos, para que assim pudesse dar nas vistas. Assim o fez, e de vigésimo na partida, chegou ao principio da última volta a lutar pelo nono lugar com o estreante italiano chamado Tomas Biagi. Uma posição insignificante, pois não havia pontos em disputa, mas mesmo assim, não virou a cara à luta. Quando chegaram ao gancho Adelaide, provavelmente o unico sitio onde se poderia ultrapassar naquele circuito, desentenderam-se e as rodas tocaram-se. O carro de Campos voou e bateu no muro. Azar dos azares, a sua cabeça recebeu a totalidade do seu ie se seguiram,mpacto, que o colocou em coma irreversível.

Nos dois dias que se seguiram, foi uma batalha perdida. Aos poucos, os sinais vitais iam se escoando, e entrou em morte cerebral. Os pais disseram aos médicos que podiam desligar as máquinas, mas eles disseram que não era preciso, pois o coração iria deixar de bater pouco depois. E assim foi na madrugada de terça-feira, 17 de Outubro de 1995. Aos 19 anos.

A história tem alguns paralelos com Ricardo Rodriguez, o irmão mais novo de Pedro Rodriguez. Muito jovem, ultra-talentoso e nas poucas vezes que correu, espantou toda a gente. E morreu cedo, em 1962, aos 20 anos, nos treinos para o GP do México, num acidente na Curva Peraltada. O circuito recebeu depois o nome dele e o do irmão, após a morte deste, em Julho de 1971. Tal como no caso de Ricardo, fica-se a pensar no que teria sido o Marco Campos caso tivesse sobrevivido a aquele acidente. Teria chegado à Formula 1? Teria ido para a IndyCar e vencido as 500 Milhas? Teria resistido À pressão de ser o sucessor de Ayrton Senna, como acontecia por essta altura a Rubens Barrichello? Essas são perguntas que ficarão para sempre sem resposta.

Apenas sei que há quinze anos desaparecia um jovem talento, do qual alguns acreditavam ser um diamante em bruto.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Última hora: Campos vende a sua parte a sócio

A saga da Campos Meta pode ter chegado ao fim esta sexta-feira, quando foi anunciado um acordo de compra de parte do seu capital a um dos seus sócios, o promotor imobiliário Jose Manuel Carabante. Este anunciou que não só Campos se afasta do cargo, como também constratou o ex-director desportivo da Force India e da Spyker, Colin Kolles. Um acordo contra o tempo, com a ajuda de Bernie Ecclestone:

"Gostaria de agradecer a Bernie Ecclestone, que trabalhou intensamente para apoiar nossos esforços e manter nossa equipe viável", começou por afirmar Carabante (à esquerda na foto). "A operação inteira de resgate foi uma corrida contra o tempo, sempre com o objetivo de ter dois carros competitivos no primeiro GP da temporada, no Bahrein. Temos ainda muito trabalho pela frente, mas estamos animados com nossa estreia na Formula 1 e visualizando um campeonato competitivo pela frente.", concluiu, em declarações captadas pelo site brasileiro Tazio.

"Não pude resistir a este enorme desafio e estou muito animado para unir forças nesta nova equipe", disse Kolles, "Nos próximos dez dias, vamos rever toda a operação, encontrar o financiamento extra para assegurar que a equipe fará sua primeira corrida no Bahrein, anunciar a dupla completa para 2010 e tornar a operação viável sob a administração de Carabante", concluiu.

Nesta conferência de imprensa, nada foi referido sobre pilotos, mas é certo que Bruno Senna se mantenha, enquanto que para o segundo lugar, rumores apontam para que este seja preenchido pelo argentino José Maria Lopez, que depois de ver ruir o projecto USF1, procura alternativas. Quando ao chassis da Dallara, espera-se que nestes próximos dias, a situação se desbloqueie e possam estar prontos a tempo no Bahrein.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O Dia do Juízo Final... na Campos

Hoje é um dia para se definir tudo na Campos Meta, a equipa espanhola da Formula 1. Toda a gente tem uma ideia do que se passa: não há dinheiro, existem pagamentos em atraso no caso dos chassis Dallara, e estes deram até hoje para que se resolva esse assunto, ao mesmo tempo que Adrian Campos espera dinheiro proveniente do luso-sul-africano Tony Teixeira, que aparentemente (não se confirmou nem se desmentiu) comprou uma parte da equipa, por um valor não especifico.

E quem sofre é Bruno Senna. Julgando Adrian Campos que só o nome seria o suficiente para atraír investidores, desde meados de Dezembro que se sabia das dificuldades da equipa em atraír pilotos e dinheiro necessário para completar o orçamento. Mas mesmo antes, as desconfianças sobre a validade do projecto não se dissiparam totalmente. E as desconfianças desses observadores podiam ter alguma verdade, mas Campos, ex-piloto de formula 1 pela Minardi em 1987/88, e que construiu uma equipa na Formula 3 espanhola e na GP2 após encerrar a sua carreira competitiva, até nem tinha motivos para tais suspeitas. Mas quando ele foi escolhido para montar uma equipa em 2010, batendo estruturas mais sólidas como a Prodrive e a sua compatriota Epsilon Euskadi, muitos não compreenderam tal escolha.

E é por aí que pretendo ir: as escolhas foram feitas a meio de 2009, quando Max Mosley, então prresidente da FIA, quis impor às equipas um tecto de 40 milhões de dólares para poderem correr na Formula 1. E a escolha da Campos, em conjunto com a Manor (agora Virgin) e a USF1, fazia parte dessa estratégia de uma contenção radical de despesas, em conjunto com um motor-padrão fabricado pela Cosworth. Como é público, Mosley travava uma batalha contra a FOTA, e ele queria impôr esses limites, mesmo correndo o risco de ver criada uma série paralela. No final, depois de a FOTA ter puxado as coisas até ao limite, Mosley cedeu e foi-se embora.

Mas os estragos tinham sido feitos. Como não se podiam pura e simplesmente retirar as licenças às novas equipas, bastou que eles "rebentassem" por si. Sendo equipas pensadas para determinado valor, mas agora viram esse valor a ser levantado, viram-se aflitas para completar orçamentos. Para piorar, vive-se uma época de crise, em que tudo tem de ser contido. Contratar pilotos pagantes é uma boa solução, mas nem todos têm, por exemplo, cinco milhões de euros para comprar um lugar para 2010. José Maria Lopez, o argentino da USF1, levou em teoria oito milhões de dólares, mas até agora só foram confirmados os dois milhões do governo argentino. E mesmo os 15 milhões de euros que o russo Vitaly Petrov levou para a Renault foram esta semana colocados em causa porque se soube que metade dele é proveniente de um empréstimo bancário. E mesmo esse está atrasado...

E no meio desta embrulhada, novas embrulhadas surgem. Primeiro, uma misteriosa "Stefan GP" assombra as novas equipas desde que esta se mostrou interessada em comprar o espólio da Toyota, no final de 2009. Assim o fez, e agora mostra-se, qual fantasma, afirmando que vai mandar contentores com material para o Bahrein e Malásia, e confirma testes com o novo carro em Portimão, no final do mês. Para dizer e fazer tais coisas, é sinal que existe um acordo dentro da FOM, do Bernie Ecclestone, de que assim que a Campos ou a USF1 se "baldarem", a Stefan pode entrar sem problemas. E a cada dia que passa, esta Stefan GP é levada a sério...

E claro, Bruno Senna sofre. Não quero traçar paralelismos com Álvaro Parente, pois são casos tremendamente distintos, mas tenho a sensação de que não os verei num "cockpit" de Formula 1, num fim de semana de Grande Prémio. Com o sobrinho de Ayrton a arriscar a ficar de fora pelo segundo ano consecutivo, depois de em 2008 ter sido apanhado em falso com a falência da Honda e de ser preterido por Rubens Barrichello na Brawn GP, este ano pensava-se que com o projecto da Campos, as coisas seriam diferentes. Mas pelos vistos... não. Pergunto-me se verei algum dia num fim de semana de Grande Prémio, a competir em igualdade com outros vinte ou 22 pilotos. Pelo andar da carruagem... temo que não. E não merece tal coisa.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Noticias: Senna apresentado na Campos

Das novas equipas, Bruno Senna foi o primeiro a ser contratado, confirmado, e ontem à tarde, em Murcia, o primeiro a ser apresentado à imprensa. E claro, na conferência (onde se apresentou à civil, sem logotipos de marcas, ao lado de Adrian Campos, o dono da equipa) foi inevitavelmente bombardeado com as perguntas comparativas com o seu falecido tio. A isso, respondeu da unca maneira que sabe: que quer ganhar o seu próprio nome.


"Espero que dentro de pouco tempo todos me possam conhecer por ser o Bruno e não por ter o mesmo apelido do meu tio. Há muito aprendi a conviver com isso, e se no início me ajudou a encontrar patrocinadores, agora, só mesmo o talento vai contar. Estou perfeitamente consciente disso! Agora quero chegar aos pontos, e tentar ajudar a minha equipa a ser a melhor das estreantes. A longo prazo gostaria de ser Campeão do Mundo de Fórmula 1, pois chegar à disciplina não é suficiente.", referiu.


Quanto a Adrian Campos, o dono da equipa, que ainda não disse quem vai ser o segundo piloto da equipa (mas que quase descarta Pedro de la Rosa por falta de apoios), afirmou as qualidades do piloto brasileiro, dando como exemplo o teste que realizou no final de 2008 com a Honda, em Barcelona: "Há uns anos já o quis na minha equipa de GP2. Devo recordar que com pouca experiência rodou com o Honda de Formula 1 em tempos similares ao Button, por isso estou convicto que o melhor do Bruno ainda está para chegar. Quanto ao outro piloto da equipa, todos me perguntam por De la Rosa, mas isso depende dos apoios que possamos conseguir. Em Espanha e não só a situação está complicada. Vamos ver o que se poderá passar com o Pastor Maldonado, e o Vitaly Petrov", referiu.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

As novidades das novas equipas

No meio da actualidade aumobibilistica, destaco três noticias referentes às novas equipas: a Campos, a Manor/Vrgin e a USF1, que pelo menos em termos de pilotos, pode ser tudo... menos americana.

Começamos primeiro no caso da Campos Meta. Aparentemente, Adrian Campos foi uma das entidades que, a par com Frank Williams vetou o ingresso da 14ª equipa, que seria a Qadbak-Sauber, essa mesma envolta em alguma suspeita relacionada com os seus compradores, desde há algumas semanas para cá. Mas tembém ontem surgiu outra noticia relacionada com eles e tem a ver com o possivel ingresso de Nelson Piquet Jr. na equipa espanhola.


O jornal "Marca" afirma que o piloto brasileiro, que esteve envolvido no "Crashgate" de Singapura, em 2008, e que foi despedido a meio de 2009, ter-se-ia oferecido para ser piloto da equipa, sendo que as negociações para o seu ingresso estariam a ser lideradas pelo seu pai, e envolveria uma participação na equipa espanhola. Falando à autosport inglesa, Nelson Piquet Jr. encara essa possibilidade:


"Estou conversando com algumas equipas que abriram espaço e as novas esquadras ainda têm vagas abertas. Não me iludo e sei que será difícil, mas estou conversando com pessoas e, se me derem uma chance, darei 100 por cento", afirmou, em declarações captadas pelo site brasileiro Tazio. Piquet Jr. afirmar categoricamente que o seu objectivo é o regresso à Formula 1: "Não vou descansar enquanto não tiver provado minha capacidade", concluiu.


Passando da Campos para a Manor/Virgin, a equipa inglesa anunciou que poderá ter pronto no final do mês que vêm o seu chassis para 2010. O responsável pelo projecto dos novos monolugares, Nick Wirth, afirmou numa entrevista à revista italiana Autosprint que o primeiro chassis estará pronto em finais de Novembro, com os testes marcados para a primeira semana de Fevereiro.

"Já estamos a montar componentes num chassis falso, o primeiro chassis verdadeiro está a ser construído e deverá estar pronto dentro de quatro ou cinco semanas. Estou muito satisfeito com a maneira como os crash-tests estão a decorrer e espero que o primeiro carro esteja pronto para andar em pista no início de Fevereiro", referiu o responsável.


O mesmo homem que há 15 anos atrás fundou e projectou o chassis da Simtek, prevê que terão um início de época complicado, ainda que "à espera de ficar à frente das outras novas equipas". O responsável máximo da Manor, que será parcialmente controlada pela Virgin, espera que com os novos regulamentos possa subir gradualmente na grelha. "Estas alterações não devem ser subestimadas porque significa que ainda há espaço para surpresas. Se as regras para 2010 fossem iguais às deste ano, então ficaria muito preocupado", declarou.

Wirth revelou, ainda, que o novo monolugar foi projectado e construído unicamente em computador, abdicando dos testes em túnel de vento: "Não faremos um único dia de testes em túnel de vento, nem mesmo para efectuar verificações", admitiu.

No lado da USF1, o projecto também vai no seu caminho, mas um dos seus fundadores, Peter Windsor, afirma que a dupla pode não ser americana, pelo menos em 2010. Numa entrevista à Autosport inglesa, Windsor diz que a ideia inicial de ter uma dupla cem por cento americana não é possivel de acontecer no próximo ano.


"Devido ao tempo perdido, a nossa ambição de colocar dois jovens pilotos americanos se tornou um pouco mais difícil", disse o dirigente aos jornalistas Jonathan Noble e Edd Straw. "Eu ainda espero ser capaz de colocar pelo menos um americano, mas esta é uma tarefa difícil porque não há muitos americanos com Super Licença. Caso não possamos cumprir esta meta na próxima temporada, certamente criaremos um programa para jovens pilotos americanos", explicou.


Windsor explicou também a ideia que tem em mente acerca do tipo de pilotos que querem na equipa, dando alguns exemplos: "Há um grande debate dentro da equipa para a escolha de um piloto experiente, no sentido de darmos alguns passos à frente num ano. No entanto, este não foi sempre o nosso argumento, já que é uma sensação agradável para uma nova equipa ter dois pilotos jovens que crescem ao mesmo ritmo. Vamos esperar que pilotos realmente talentosos como Anthony Davidson, Jamie Green e Gary Paffett, tenham uma chance na Formula 1, porque é triste ver que existe tanta gente talentosa e que nunca tiveram uma verdadeira chance", concluiu.

No caso do piloto experiente, os nomes mais falados são os do austriaco Alexander Wurz e o espanhol Pedro de la Rosa, ambos com larga experiência como pilotos de testes em equipas como McLaren, Williams e Honda, entre outros. Mas este último é largamente falado para fazer parte da Campos Meta.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Rumor do dia: Campos escolheu De la Rosa e Petrov para 2010

A Radio Marca anunciou esta tarde que a Campos Meta já teria escolhido os seus pilotos para a sua temporada de estreia, em 2010: o veterano espanhol Pedro de la Rosa e o russo Vitaly Petrov, que já correu pela equipa em 2008 na GP2, antes de Adrian Campos ter vendido a equipa. Fala-se que o próprio Petrov, que a acontecer, seria o primeiro russo a participar na Formula 1, terá uma carteira de patrocinios imbatível: 50 milhões de euros.

Para além disso, a rádio anunciava que a equipa teria apoios de duas importantes empresas espanholas: o banco BBVA e a Telefónica. Caso se confirme, para De la Rosa, actualmente com 38 anos, seria um regresso a um Formula 1 em competição, ele que actualmente é piloto de testes da McLaren. A sua última corrida foi o GP do Brasil de 2006, ao serviço da McLaren, depois de ter corrido pela Arrows e Jaguar.

Quanto a Petrov, tem actualmente 24 anos e vai na sua quarta temporada na GP2. Actualmente está na Barwa Addax, onde era companheiro de Romain Grosjean, que vai estrear-se neste fim de semana na Formula 1, ao volante de um Renault. Ao todo já ganhou três corridas, uma delas este ano na Turquia, e ocupa actualmente o terceiro lugar no campeonato. Para além disso, tem mais duas vitórias na GP2 Asia, onde foi terceiro em 2008.

Está previsto que este fim de semana haja um anuncio oficial por parte de Adrian Campos, pois Valencia é a sede da Campos Meta. Ainda falta saber quem irá fazer o chassis e se o fornecedor de motores será mesmo a Cosworth ou será outra marca. Veremos.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Os candidatos à vaga da Campos

Como todos sabem, a Campos Meta é uma das três equipas que se irá estrear na Formula 1 em 2010, e a primeira vinda de Espanha. Com seis novas vagas na Formula 1, candidatos com dinheiro e prestígio não faltam. Depois de se falar que a USF1, a equipa de Ken Anderson e Peter Windsor, poderá apostar numa dupla de veteranos, hoje é a Campos que está nas bocas do mundo.

Primeiro foi de manhã, quando o seu fundador Adrian Campos disse que considerava Bruno Senna como uma boa hipótese de conduzir um dos seus carros na temporada de 2010. Em entrevista à Cadena SER, o ex-piloto da Minardi admitiu essa hipótese, em conjunto com o russo Vitaly Petrov. O outro piloto poderia ser um espanhol mais veterano, pois Campos quer combinar experiência com juventude. Em suma: Marc Gené ou Pedro de La Rosa são grandes hipóteses para a equipa.

Mas esta tarde, outra hipótese surgiu: o indiano Karun Chandhok admitiu ao site Sportmotores que procura por uma hipótese na Formula 1 através das novas equipas. ”É normal para mim estar em contacto com todas as equipas de Fórmula 1, tendo em vista a próxima temporada. Isto inclui a Campos, a Manor e a USF1, dado que o meu objectivo é estar na Fórmula 1 na próxima temporada”, apontou o piloto indiano, cuja carreira é gerida por... Bernie Ecclestone.

Actualmente com 25 anos e a correr na Ocean Racing Technology, a equipa portuguesa da GP2, Chandhok tem bons contactos, mas desvalozia esse facto. ”O Adrian Campos é um amigo da GP2 e damo-nos muito bem. Gosto muito do Adrian e respeito-o muito. No entanto, também o John Booth da Manor Motorsport e o Peter Windsor da USF1 são meus amigos e também estou em contactos com eles”, afirmou o indiano que acrescentou: ”Tenho a certeza de que também eles estão a conversar com outros pilotos, da mesma forma que eu estou a conversar com outras equipas, portanto temos que esperar para ver o que acontece nas próximas semanas”, concluiu.

Uma coisa é certa: Adrian Campos quer aproveitar o próximo GP da Europa, no circuito urbano de Valencia para anunciar parte dos seus planos para 2010, e isso pode incluir um piloto. Veremos...

domingo, 25 de janeiro de 2009

A entrevista a Adrian Campos, no 16 Valvulas

O convidado principal da emissão de ontem do programa radiofónico 16 Valvulas, o espanhol Adrian Campos, explicou, entre outras coisas, a sua carreira como piloto, a razão pela qual decidiu sair da equipa pelo qual criou desde raíz, a Campos Grand Prix, e partir para outros projectos, e o que pensa de Alvaro Parente e Filipe Albuquerque, dois pilotos com maiores esperanças para alcançar a categoria máxima.




Durante a entrevista, revelou que um desses novos projectos que tem em vista é tomar conta das operações da Honda no WTCC, com o modelo Accord, e que quer entre outros, o seu compatriota Felix Porteiro e o actual campeão da GP2, o italiano Giorgio Pantano. Tudo isto e muito mais, podem ver aqui, neste link, onde também podem ouvir os relatos de três dos participantes do Dakar 2009 Argentina-Chile: Elisabete Jacinto, Nuno Inocêncio e Pedro Bianchi Prata.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Para sintonizar, amanhã

Se nas últimas duas semanas, avisei os meus amigos brasileiros acerca dos convidados para a emissão de amanhã do programa de rádio 16 Valvulas, hoje esta mensagem é para os meus amigos espanhois. É verdade, o convidado principal do programa vai ser Adrian Campos, o responsávél máximo da equipa Campos Racing, que corre na GP2, a categoria de acesso à Formula 1.


Para além disso, o programa vai ter convidados nacionais: Elisabete Jacinto, Bianchi Prata e Nuno Inocêncio, todos participantes do Dakar Argentina-Chile de 2009, e cada um vai contar as suas aventuras em paragens sul-americanas. Entrevistas a não perderem, meus amigos!


Se quiserem seguir a entrevista através do vosso computador, eis o link: http://sintonizate.net/radio/popup/Radio-Telefonia-do-A.html. Não percam, comparem este fuso horário com o vosso e estejam à frente do computador para ouvir a entrevista!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Noticias: Nova equipa em 2010?

Mesmo em época de crise, há quem planeie dar o "grande salto". Adrian Campos, ex-piloto de Formula 1 e o homem por detrás da Campos Racing, no qual tem equipas na Formula 3 espanhola e na GP2 Series, planeia desde há muito tempo uma eventual entrada na Formula 1. Há alguns meses atrás, decidiu construir um tunel de vento nas suas instalações de Valencia, e antes disso, em 2006, o seu nome e o do seu sócio, Alejandro Agag, foram insistentemente falados como potênciais compradores da Super Aguri.




Agora, parece que já há data para a tal entrada na Formula 1: a temporada de 2010. Numa entrevista ao jornal português Test Drive, Adrian Campos coloca essa hipótese por cima da mesa. "A ideia de ter uma equipa de Fórmula 1 continua sempre na minha cabeça, mas o fecho da Super Aguri mostra que agora não é a altura indicada. A Fórmula 1 chegou a um colapso e é certo que vai mudar muito, veremos o que se passa a partir de 2010.", referiu.


Campos disse ainda que o seu objectivo é o de colocar engenheiros no mercado de trabalho, e também de ser o primeiro a colocar uma mulhar na GP2: a suiça Natasha Ganschang, terceira classificada na Formula 3 espanhola.